Arquivo para Pão

Presente de Natal!

Posted in Astral with tags , , , , , , , , , , , on 25/12/2015 by Joe

Presente de Natal

Se eu pudesse deixar algum presente a você, deixaria aceso o sentimento de amar a vida dos seres humanos.

A consciência de aprender tudo o que foi ensinado ao longo do tempo.

Lembraria os erros que foram cometidos para que não mais se repetissem.

A capacidade de escolher novos rumos.

Deixaria para você, se pudesse, o respeito àquilo que é indispensável: além do pão, o trabalho. Além do trabalho, a ação.

E, quando tudo mais faltasse, um segredo:

O de buscar no interior de si mesmo a resposta e a força para encontrar a saída.

By Mahatma Gandhi.

Pensem nisso neste final de ano!!

Um maravilhoso Natal e um Ano Novo de muitas reflexões e atitudes no caminho das mudanças!

Beijos e abraços a todos os meus amigos!!!

By Joemir Rosa.

A solidão existe, incomoda, mas pode ser boa!

Posted in Inspiração with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 19/02/2015 by Joe

Solidão existe, incomoda...

“E ficamos meio perdidos, meio desapontados, meio de escanteio, meio cabisbaixos, meio espectadores da vida, à parte, desdenhados, sem par, sem acalento… sós”.

“E sentimos um friozinho no peito, que nada aquece, como se alguém tivesse aberto uma janela, numa noite fria, em que nevasse, assim, sem avisar, e não fechasse de jeito nenhum… e o jeito fosse tentar aguentar.”

“Ah, solidão… Nessa hora tem o mesmo gosto, caviar e pão, papel e camarão… Nenhum aconchego ou brilho tem uma mansão; nenhuma graça tem o abano do rabo de um cão… nada nos satisfaz.

Nada preenche esse vazio, que dói e dói. É como um mundo em preto e branco, um salão sem dança, uma piscina sem água, uma pista sem carro, um casamento sem noiva, um domador sem leão…”

“Solidão é uma pedra de gelo dentro do coração…”

Mesmo bem no centro de uma multidão, alguém pode estar se sentindo só. Porque só não quer dizer “sozinho”, porque muitas vezes até precisamos ficar sozinhos! Todos já sentiram esta necessidade. Estar só consigo mesmo para colocar “as ideias em dia”, a “cabeça no lugar”, “fazer um balanço”, “descansar”, “afrouxar a gravata”, “dar um tempo”.

Este tipo de ficar sozinho é bom porque é por escolha.

E por escolha você pode até pintar o seu cabelo de azul que vai se sentir super bem. E quanto às críticas, você vai até se divertir com elas…

Mas quando ficamos sós por não conseguirmos alguém que nos entenda, e nem mesmo nós conseguimos nos entender, aí sim, nos sentimos completamente sós: no planeta. Como se não se encaixasse. No mundo. Em si mesmo. Em uma razão de existir.

Mas por que umas pessoas “conseguem” ficar sozinhas e outras não?

Amigos, festas, trabalho, atividades do dia a dia, projetos, e até mesmo os problemas a resolver, ocupam bastante espaço nas nossas vidas e isso nos distrai de nós mesmos, do que queremos e de quem somos de verdade, no nosso íntimo.

Há momentos em que somos impulsionados a nos isolar e não achar muita animação nas atividades ou pessoas do dia a dia, para que possamos nos interiorizar e nos formatar, reciclar, conhecer.

Na vida, nos deparamos com tantas informações, obrigações, exigências, atividades, que acabamos por nos afastar de nós, de nosso verdadeiro eu, e nos confundimos perdendo de vista nossos conceitos com os conceitos de outras pessoas, ideias e até desejos ou objetivos.

A solidão, embora seja desagradável de sentir, é algo bom para que nós possamos entrar em contato com nosso próprio íntimo e nos resgatar, lustrar, e manter nossa essência viva. A solidão massacra mais aqueles que vão deixando os acontecimentos correrem soltos em sua vida, se distrai com outras milhares de pessoas, como se fossemos uma casa e nunca cuidássemos dela por estarmos sempre ocupados com as casas dos outros. A solidão não dura muito, só o tempo necessário para fazermos um autobalanço.

“Jamais conseguiremos que a felicidade seja trazida por outra pessoa. Se queremos ser felizes temos que construí-la”.

O amor próprio e o autoconhecimento vão fazer com que tenhamos sempre bastante reserva para nos suprir, mesmo em épocas que parecemos não nos entendermos com ninguém.

Ame-se. Conheça-se. Conserte-se. Aprimore-se.

Quando sentir solidão, apenas tire férias e divirta-se consigo mesmo, saindo para passear e arrumando suas prateleiras. Vai se sentir leve e renovado.

By Simone Dantas, do livro “Vivendo, Aprendendo e… Comentando”.

Mude

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Mude

“Mas comece aos poucos, porque a direção é mais importante que a velocidade.

Sente-se em outra cadeira, do outro lado da mesa. Mais para frente troque a mesa.

Quando sair procure andar pelo outro lado da rua. Depois mude o caminho, ande tranquilamente por outras ruas e observe com atenção os lugares por onde passa.

Pegue outros ônibus. Mude por um tempo o estilo das roupas; dê os sapatos velhos e procure andar descalço durante alguns dias, mesmo que seja só dentro de casa.

Dedique uma tarde inteira a passear livremente, escutar o canto dos pássaros e o barulho dos carros. Abra e feche as gavetas e as portas com a mão esquerda.

Durma no outro lado da cama. Depois, tente dormir em outras camas.

Assista outros programas de televisão, leia outros livros, viva outros romances, nem que seja só na imaginação. Durma mais tarde. Deite-se mais cedo.

Aprenda uma palavra nova cada dia.

Coma um pouco menos, coma mais um pouco, coma coisas diferentes: escolha novos molhos, novas cores, coisas que nunca se atreveu a experimentar. Almoce em outros lugares, vá a outros restaurantes, tome outro tipo de bebida, compre o pão em outra padaria. Almoce mais cedo, ceie mais tarde, ou vice-versa.

Experimente o novo a cada dia: o novo lado, o novo método, o novo sabor, a nova maneira de fazer algo, o novo prazer, a nova posição.

Escolha outro mercado, outra marca de sabonete, outra pasta de dentes. Tome o banho em outros horários.

Use canetas de outras cores. Vá passear por outros lugares.

Ame cada vez mais, de maneiras diferentes. Mesmo quando pense que a outra pessoa pode assustar-se, sugira o que sempre sonhou fazer na hora do sexo.

Mude de bolsa, de carteira, de malas. Compre novos óculos. Escreva outros poemas.

Abra uma conta em outro banco. Frequente outros cinemas, outros cabeleireiros, outros teatros, visite novos museus.

Mude!

E pense seriamente em arrumar outro emprego, uma nova ocupação, um trabalho mais parecido com o que esperava da vida, mais digno, mais humano.

Se não encontrar razões para ser livre, invente-as: seja criativo.

Aproveite para fazer uma viagem, modesta, mas longa e, se possível, sem destino.

Experimente coisas novas. Mude novamente. Mude de novo. Tente outra vez.

Com certeza você conhecerá coisas melhores e coisas piores das que já conhece, mas não é isso o que importa.

O mais importante é a mudança, o movimento, o dinamismo, a energia.

By Edson Marques.

Ramen Burger

Posted in Receitas with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 11/10/2014 by Joe

Ramen Burger

Quando o chef Keizo Shimamoto resolveu inovar e preparou um hamburger substituindo o pão por macarrão instantâneo, não imaginou que sua criação iria fazer um grande sucesso em vários países.

O sanduíche, conhecido como Ramen Burger, ou simplesmente hamburger de Miojo, tem sido uma das grandes atrações da feira gastronômica Smorgasburg, em Nova Yorque. Foi lá que o chef Keizo lançou seu novo prato antes de vir a São Paulo para servir sua criação na Feirinha Gastronômica, que acontece aos domingos, no bairro de Pinheiros.

Miojo é sinônimo de alimento prático e rápido, muito popular e barato. O inventor do macarrão instantâneo – também conhecido como “lámen” – foi um japonês chamado Momofuku Ando, presidente da Nissin Products, empresa que fundou.

Quando da sua morte, em 2007, o jornal “The New York Times” publicou o editorial “Mr. Noodle”, em homenagem a Ando, reafirmando que o “lámen” foi uma das maiores invenções japonesas do pós-guerra. No Japão, ele recebeu o título de maior invenção do século 20, seguida pelo karaokê e pelo Walkman.

A ideia nasceu após ver longas filas de gente esperando para conseguir uma sopa de macarrão que era servida aos desafortunados depois da segunda guerra. Era preciso produzir alimentos de baixo custo e fácil acesso a toda a população.

A primeira versão do seu “lámen”, chamada Chicken Ramen, foi criada em 1958 e chegou a causar estranheza e receio entre vendedores e consumidores. Mas, com o tempo, o produto caiu no gosto popular e a fábrica passou rapidamente das 300 para 6.000 porções!

O “lámen” é um macarrão pré-cozido, preparado com pouco óleo. Sua preparação também é muito simples, bastando colocar o macarrão em água fervente e depois acrescentar o tempero que vem junto com a embalagem (ou incrementá-lo com temperos caseiros e até inventar novas formas de preparar).

A receita de hoje é exatamente o hamburger preparado com macarrão instantâneo, esse famoso sanduíche já consagrado em vários países!

Ramen Burger

Ingredientes

1 pacote de macarrão instantâneo (Miojo)
1 ovo
400 gr de carne moída
sal e pimenta do reino a gosto
óleo de gergelim para fritar os hamburgers
molho Teriyaki
cebolinha picada
folhas de rúcula

Modo de preparo

Prepare o macarrão de acordo com as instruções do pacote, sem utilizar o tempero pronto que vem na embalagem. Retire do fogo e deixe assim por uns dois minutos para absorver a água. Em seguida, escorra a água restante e deixe esfriar por uns dez minutos.

Assim que o macarrão estiver frio, quebre o ovo em cima, acrescente o tempero pronto que vem junto no pacote e misture cuidadosamente até que esteja tudo bem homogêneo.

Agora é hora de formarmos os “pães” com o macarrão. Para formá-los, utilize qualquer prato pequeno de fundo redondo forrado com filme plástico (você pode usar qualquer outro utensílio que dê a forma de um pão redondo). Divida em duas partes o macarrão e, depois de colocá-los em dois pratos, feche bem o filme plástico sobre ele.

Ramen Burger - peso sobre o lámenEm seguida, coloque uma lata com algum peso – ou pote de vidro mais pesado – sobre o macarrão para ajudar a comprimir e dar firmeza, e leve à geladeira por uns 30 minutos.

Na hora de preparar o lanche, tempere a carne moída com sal e pimenta e molde-a no formato de dois hamburgers (uns 200 gr cada um). Leve para grelhar em uma frigideira larga ligeiramente untada com óleo de gergelim. Quando virar a carne, pincele um pouco de molho teriyaki.

Paralelamente, dê uma grelhada no “pão” de lámen com um pouco de óleo numa outra frigideira, mantendo o formato do pão (aqui você pode usar um aro para chapas).

Na hora de montar, coloque o “pão” de “lámen” em um prato, as folhas de rúcula, a carne grelhada, uma boa dose de molho teriyaki, a cebolinha picada e termine com o segundo “pão” de “lámen”. Utilize um papel impermeável – ou saquinho para lanches – para degustá-lo, pois o molho escorre bastante!

Você pode alterar os temperos, a composição do seu hamburger, adicionando queijo, ovo frito, cebolas, etc, de acordo com seu gosto! O que vale é a alquimia que a gastronomia nos proporciona!

By Joemir Rosa.

Murgh Tandoori

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Murgh Tandoori

A culinária indiana é caracterizada pelo seu uso sofisticado e sutil de muitas ervas e especiarias. Considerada por alguns como a culinária mais diversificada do mundo, cada ramo da cozinha indiana é caracterizada pelo uma ampla gama de pratos e técnicas culinárias. Embora uma significativa porção da comida indiana seja vegetariana, muito pratos indianos tradicionais incluem frango, peixe, bode, cordeiro e outras carnes. Carne de vaca não é comida pela maioria dos hindus.

A comida é uma parte importante da cultura indiana, desempenhando papel tanto na vida diária quanto nos festivais. Muitas vezes a comida indiana cotidiana consiste de dois ou três pratos principais com acompanhamentos variados como chutney (condimento agridoce, picante ou uma mistura dos dois) e picles, alimentos ricos em carboidratos como arroz e roti (pão), assim como sobremesas.

E esses são os pontos comuns da culiária indiana dentre as quatro grandes regiões geográficas: arroz, atta (farinha de trigo integral), e uma variedade de legumes sendo que os mais importantes o masoor (tipo de lentilha), chana (grão-de-bico), toor (guandu), urad (tipo de feijão) e mung (semente da vigna radiata).

Para a fritura, o mais comum são os óleos vegetais. Ao norte e oeste da Índia, o óleo de amendoin é tradicionalmente mais popular para fritar, enquanto que a leste, o óleo de mostarda é mais comum para essa mesma tarefa. No sul da India, óleo de coco e de gergelim são os mais comuns.

As especiarias mais importantes na culinária indiana são as pimentas, semente de mostarda preta, cominho, cúrcuma, feno-grego, gengibre e alho. Misturas de especiarias populares são comuns, como o Garam Masala, preparado com coentro, pimenta do reino, gengibre, canela, cravo, cardamomo, noz moscada, pimenta calabresa e casca de laranja. É uma deliciosa mistura que adiciona sabor sem ardência, muito utilizada no sul da Índia em receitas com frutos do mar. Experimente misturar com manteiga e cobrir pedaços de frango frito.

Com base nessa premissa do uso de especiarias é que trazemos hoje um prato comum naquele país, fácil de prepar e com um sabor exótico e delicioso! Espero que gostem!

Murgh Tandoori

Ingredientes

1 kg de frango (coxa e sobrecoxa)
2 colheres (chá) de pasta de alho e gengibre
1 colher (sopa) de suco de limão
2 colheres (chá) de páprica doce
2 colheres (chá) de coentro em pó
1 colher (chá) de curry em pó
1 colher (chá) de pimenta do reino
1 colher (chá) de garam masala
200 ml de iogurte
sal a gosto

Modo de preparo

Limpe bem as coxas e sobrecoxas, retirando a pele e as gordurinhas. Reserve.

Em um recipiente fundo, misture bem todos os temperos e passe em todos os pedaços do frango. Deixe marinando na geladeira por, pelo menos umas quatro horas.

Pré-aqueça o forno a 200º C. Coloque os pedaços de frango em uma forma untada com e leve para assar até que esteja dourado. Sirva com arroz branco ou, se preferir, Depois, coloque no forno para assar.

Sirva com arroz colorido de legumes (cenoura, ervilhas, milho) ou uma bela salada.

By Joemir Rosa.

Somos o nosso pior inimigo

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Somos nosso pior inimigo

Os dias são diferentes uns dos outros. Sucedem conosco, e à nossa volta, em cada um deles, milhares de acontecimentos dos quais nunca mais nos lembraremos. E também, de vez em quando, alguns que não poderemos esquecer: aqueles que nos trazem as grandes alegrias e os grandes sofrimentos.

Alegramo-nos, temos momentos de paz e felicidade. Mas todos temos, igualmente, a nossa ração de dor. Acontecem coisas que não esperávamos, que não merecíamos, que não entendemos. A nós e àqueles que amamos. Dói-nos.

Há, porém, o fato curioso de que em muitas ocasiões somos nós mesmos que fazemos escolhas que depois nos fazem sofrer. Tomamos atitudes, temos comportamentos e escolhas que vão se refletir em nós, que vão ferir a nossa paz e a nossa felicidade.

E acontece que temos uma grande capacidade de enfrentar as agressões inevitáveis que nos chegam do exterior. E que estamos muito mais indefesos perante as situações que criamos.

Vi homens que sorriam com grande paz no meio da dor provocada pela cegueira, pela paralisia, pelo desemprego, por um câncer, pela morte de alguém muito querido. E vi pessoas – fisicamente saudáveis, sem inimigos, sem dificuldades exteriores – intimamente carregadas pelo peso da culpa, pela perda da esperança, pela recusa de amar.

Estou convencido de que somos o nosso pior inimigo. Aquilo que vem de fora toca-nos na periferia, mas pode não penetrar no interior da cidadela. Aquilo que fazemos, que pensamos, porém, alcança o núcleo do nosso ser.

É uma ilusão pensarmos que somos aquilo que a vida – os outros, os acontecimentos, etc. – fez de nós. Somos, antes, aquilo que as nossas escolhas determinaram. A vida pode arrastar-nos de um lado para outro, magoar-nos, oferecer-nos frio ou calor. Mas não nos corrompe.

“Quando eu vivia num dos campos de concentração da Alemanha nazista, pude observar que alguns dos prisioneiros andavam de barraca em barraca, consolando outros, distribuindo as suas últimas fatias de pão. Podem ter sido poucos, mas ensinaram-me uma lição que jamais esqueci: tudo pode ser tirado de um homem, menos a última das suas liberdades: a de escolher de que maneira vai agir diante das circunstâncias do seu destino”, escreveu Vicktor Frankl.

Somos os autores da nossa felicidade ou da nossa infelicidade. Gostamos de nos queixar, mas não temos razão. Podemos adaptar-nos àquilo que nos acontece. Podemos aguentar. Podemos esperar. Mas quando atuamos mal, quando as nossas escolhas são contrárias à nossa natureza humana, chega-se a um ponto em que viver é insuportavelmente doloroso!

A dor pode vir-nos do exterior. A felicidade, contudo, está relacionada apenas com o nosso comportamento, com as nossas escolhas, e nada exterior pode roubá-la. É compatível com o sofrimento.

Quando eu era criança, os nossos pais ensinavam-nos, antes de mais nada, a agir bem, a escolher corretamente. Ficavam contentes quando tomávamos como coisa nossa os seus conselhos, escolhendo livremente agir dessa forma – e não apenas por medo de um castigo. Agora parece que muitos pais e muitos educadores desistiram de agir a esse nível. Preocupam-se mais com afastar das crianças os obstáculos exteriores: muitos cuidados com a saúde, estudar, para terem um futuro desafogado, imensas medidas de segurança…

Mas… e a felicidade?

By Paulo Geraldo.

Tórtano

Posted in Receitas with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 05/07/2014 by Joe

Tórtano

Quem frequenta as mais tradicionais pizzarias costuma encontrar, entre as deliciosas entradas (antepastos), um pão delicioso recheado com linguiça calabresa, mussarela e alguns outros temperinhos, assado lentamente em forno à lenha.

Confesso que, por algumas vezes, já pedi tórtano (além de outros antepastos) e vinho e a pizza acabou ficando pra outra oportunidade!

Esse pão é encontrado no sul da Itália, mais especificamente nas regiões de Nápoles e da Calábria. Originalmente preparado pelas nonas, a receita do tórtano variava de família para família, mas era – e ainda é – uma presença constante no dia-a-dia das mesas italianas.

É muito parecido com o Fular português, sendo que este é presente mais na época da Páscoa, e preparado com uma massa mais pesada e carnes mais secas.

Porém, é preciso ficar atento porque em muitos lugares – e aí incluímos muitas pizzarias – pães com linguiça são preparados e vendidos sob a alcunha de tórtano.

Um bom tórtano se caracteriza pela linguiça que se sobressai à massa, com baixo teor de gordura, coloração viva e sabor predominante. O sabor da massa é o que menos se nota, devendo ter umidade característica (devido à gordura da linguiça) e mussarela de boa qualidade.

A temperatura do forno deve ser mais baixa para evitar que o tórtano fique ressecado, o que tornaria o pão seco, pesado e massudo. O ideal seria assar em forno à lenha, lentamente!

Neste sábado, trago a receita de tórtano de uma tradicionalíssima pizzaria de São Paulo que prepara esse delicioso pão há décadas!

Tórtano

Ingredientes

60 gramas de fermento biológico fresco
50 ml de azeite de oliva extravirgem
1 colher (sopa) de açúcar
1.250 g de farinha de trigo
650 ml água mineral em temperatura ambiente
2 colheres (sopa) de sal
500 gramas de linguiça calabresa em fatias fininhas
200 g de mussarela ralada
orégano à gosto
azeite de oliva para untar a assadeira
1 gema de ovo

Modo de preparo

Colocar em um recipiente o fermento biológico e o açúcar, misturando bem até obter um creme. Em seguida, junte o sal e o azeite e continue misturando. Em seguida, vá acrescentando a água, e misturando sempre. Comece a acrescentar a farinha de trigo e continue trabalhando a massa até utilizar toda a farinha. Isso deve levar uns 10 minutos até que ela fique no ponto.

Basta trabalhar a massa com as mãos, sem sová-la, até que fique lisa e solte completamente das mãos. Coloque a massa em uma tigela enfarinhada, espalhe um pouco de farinha por cima também, cubra com um pano limpo e deixe descansar por umas duas horas em temperatura ambiente, longe de vento e ar frio. A massa deve crescer até quase dobrar de tamanho.

Quando a massa tiver crescido, corte-a em três partes e abra-as em uma superfície enfarinhada com a ajuda de um rolo como se fosse preparar uma pizza. Neste ponto já pode aquecer o forno a 180º C por uns 15 minutos. Espalhe, em cada parte, as linguiças fatiadas e a mussarela ralada, de forma que fique tudo bem distribuído por toda a superfície da massa. Polvilhe igualmente o orégano em cada parte da massa, e enrole cada uma como se fosse um rocambole.

Com as mãos, estique ligeiramente esse “rocambole” tomando cuidado para que a massa não se rasgue. Passe cada “rocambole” por cima do outro, formando uma trança. Una as pontas, dando uma forma redonda a esta trança, coloque-a em uma forma alta, redonda, de alumínio, previamente untada com um fio de azeite. Deixe descansar por meia hora, mais ou menos, antes de levar ao forno.

Bata a gema de ovo e pincele a superfície do pão, já na forma. Leve o pão ao forno e deixe assar até que fique bem dourado.

Dicas: espere o pão esfriar por meia hora antes de desenformá-lo. Isso não vai esfriá-lo, mas faz com que ele não se quebre na hora de retirar da forma.

Sirva com um fio de azeite de ótima qualidade e um bom vinho tinto (sugiro um Valpolicella)!

By Joemir Rosa.

Caponata Siciliana

Posted in Receitas with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 24/05/2014 by Joe

Caponata Siciliana

Esse delicioso prato tem uma história de mais de 1.000 anos!

Quando em 17 de junho de 827 os árabes desembarcaram em Cabo Granitola, perto de Mazara del Vallo e começaram a conquista da Sicília, não sabiam que sua presença iria afetar tão profundamente também na cozinha siciliana.

Entre os produtos e costumes dos árabes levados para a Sicília, a berinjela era um vegetal não conhecido antes de sua invasão. Este vegetal, que é a base de muitas receitas da cozinha siciliana, é o ingrediente chave de berinjela caponata.

Outro ingrediente muito importante, o tomate, voltaria às Américas cerca de 700 anos mais tarde, através de Cristóvão Colombo.

Os demais ingredientes – cebolas, azeitonas, alcaparras, aipo, vinagre e açúcar – já eram conhecidos e usados.

A caponata de berinjela é um aperitivo (entrada) que pode ser servido com um bom pão cozido em forno de lenha e um bom vinho branco. Ou com pão italiano, ligeiramente aquecido em forno.

A receita original é a que segue, sendo admitidas algumas variações em seus ingredientes e temperos.

Caponata Siciliana

500 gramas de berinjelas
200 gramas de cebolas roxas bem picadas
100 gramas de aipo
50 gramas de alcaparras salgadas, lavadas e escorridas
100 gramas de azeitonas verdes picadas
300 gramas de tomates maduros sem pele e sem sementes cortados em cubos
20 gramas de manjericão
20 gramas de amêndoas tostadas e laminadas
20 gramas de nozes
150 ml de vinagre de vinho tinto
azeite extra-virgem a gosto
sal e pimenta do reino a gosto

Modo de preparo

Coloque uma panela com água para ferver. Corte o aipo em pedaços pequenos (mais ou menos, 1 cm) e escalde-os em água fervente por uns 3 minutos. Escorra e reserve.

Lave bem as berinjelas, corte em cubos, polvilhe com sal e deixe escorrer em uma peneira por, pelo menos, 1 hora. Após este tempo, seque-os com um pano.

Em uma frigideira, coloque a cebola com umas 4 colheres de azeite, cubra e refogue por uns 2 minutos. Adicione o aipo, uma pitada de sal e deixe refogar até que fiquem macios. Reserve.

Em outra frigideira, aqueça uma certa quantidade de azeite suficiente e coloque uma pequena quantidade de berinjelas para dourar. Repita a operação com toda a porção. Retire-as da frigideira e reserve em papel-toalha.

Na mesma frigideira, refogue os tomates por alguns minutos e coloque algumas folhas de manjericão para saborizá-los. Adicione as berinjelas reservadas, o aipo e as cebolas, um toque de pimenta do reino, acerte o sal, se necessário, e deixe cozinhar até que fiquem macios.

Em seguida, acrescente as amêndoas laminadas, as nozes, as alcaparras e as azeitonas. Por último, o vinagre de vinho tinto. Mexa tudo muito bem, desligue o fogo, regue com azeite e deixe esfriar.

Na hora de saborear, decore com folhas de manjericão e sirva com pão italiano ligeiramente aquecido e um vinho branco de ótima qualidade!

By Joemir Rosa.

Pudim de arroz

Posted in Receitas with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 10/05/2014 by Joe

Pudim de arroz

Aproveitando que amanhã é comemorado o Dia das Mães, que tal prepararmos um delicioso pudim como sobremesa para o almoço de domingo? Pudim é sempre uma receita muito fácil de preparar e que todo mundo curte!

Como já comentei em outras receitas de pudins, quase todos os doces feitos com muitos ovos são de origem portuguesa, e os pudins, ao chegarem por aqui, ganharam outros ingredientes tupiniquins como o coco, a mandioca, o pão, etc.

O típico pudim de pão é uma excelente maneira de aproveitar aquele pão amanhecido. Geralmente recebe passas, frutas secas cristalizadas e ainda vinho do Porto. Já o de claras é uma ótima opção quando você não sabe o que fazer com os ovos que sobraram do quindim ou de outros doces, por exemplo.

Os pudins geralmente são assados em banho-maria, ou seja, a forma é colocada dentro de outro recipiente com água para ir ao forno, ou ao fogo, caso você use recipientes próprios para banho-maria encontrados nas lojas de utensílios domésticos.

Seja qual for a maneira como irá fazer, certo mesmo é que eles ficam cremosos, refrescantes e super fáceis de preparar. Uma sobremesa que serve para todas as ocasiões.

E hoje trago a receita de uma variação dos pudins clássicos: o de arroz. É simplesmente delicioso!!

Pudim de arroz

Ingredientes

Pudim

250 g de arroz
4 xícaras (chá) de água
2 ramas de canela em pau
2 xícaras (chá) de leite
1,5 xícaras (chá) de açúcar
6 ovos
1 colher (sopa) de baunilha
1 colher (café) de fermento em pó
raspas de 1 limão
manteiga para untar a forma
farinha de trigo para polvilhar a forma

Cobertura

6 bananas-da-terra
2 xícaras (chá) de açúcar

Modo de preparo

Cozinhe o arroz na água com a canela. Coloque o leite e 1 xícara e 1/2 de açúcar. Retire a canela, acrescente os ovos, a baunilha e bata tudo no liquidificador. Misture delicadamente o fermento e as raspas de limão. Unte uma forma redonda (sem buraco e com fundo falso) com manteiga, polvilhe com farinha de trigo e coloque para assar. Depois de assado, leve para a geladeira.

Cobertura: Corte as bananas em rodelas. Derreta numa panela 2 xícaras de açúcar até caramelizar. Se precisar, coloque uma ou duas colheres de água para que não fique muito seca. Junte as bananas e deixe descansar por meia hora.

Desenforme o pudim e coloque as bananas carameladas por cima.

By Joemir Rosa.

Sopa gratinada de cebolas

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Sopa gratinada de cebolas

Em Paris, depois de alguma sessão cultural, tal como uma boa representação teatral, as pessoas tinham por hábito cear com uma sopa gratinada de cebolas. A mais famosa delas era servida no mercado de Paris, o “Les Halles”. Os franceses costumavam tomar sua “soupe à l’oignon” acompanhada apenas de pão ou torradas e vinho tinto.

No Brasil, ficou famosa a sopa de cebolas do Ceasa, criada para alimentar os pedreiros e construtores do Ceasa na década de 60, servida pelo Restaurante do Gouveia, e que acabou caindo na boca do povo – literalmente! – e passou a ser pedida certa entre os paulistanos de todas as classes sociais.

O caldo, bem quente e gratinado, servia para espantar o frio. Até 1994, quando o restaurante fechou, o prato era programa obrigatório nas noites frias de São Paulo. O Restaurante do Gouveia fechou, o do Ceasa também, mas a fama e a qualidade da sopa de cebola permaneceram.

Hoje a receita original foi patenteada e pertence à Sociedade Pestalozzi de Osasco. A sopa é servida em diversos buffets de sopas em restaurantes de São Paulo e parte das vendas é destinada à Sociedade Pestalozzi.

Aproveito que a temperatura começou a dar sinais de queda e publico uma versão da famosa “Soupe Gratinée à l´Oignon”, de origem francesa, tão saborosa e quente quanto a famosa sopa do Ceasa!

Sopa gratinada de cebolas

Ingredientes

1 kg cebolas médias cortadas em pétalas
4 colheres (sopa) de manteiga
2 colheres (sopa) de açúcar
4 colheres (sopa) de farinha de trigo
2 litros de caldo de carne (3 tabletes)
1/2 colher (chá) de sal
1 pitada de pimenta-do-reino
1/2 xícara (chá) de vinho branco seco
fatias de pão italiano de 1 cm de espessura, tostadas ou croutons
queijo tipo suíço, gruyère ou parmesão a gosto

Modo de preparo

Em uma panela, aqueça a manteiga em fogo médio, coloque as cebolas, o açúcar e refogue bem, mexendo sem parar, até que fiquem com a cor marrom (isto acontece com a adição do açúcar). Junte a farinha de trigo e cozinhe por um minuto.

Acrescente o caldo de carne, o vinho, o sal e a pimenta-do-reino. Aqueça até atingir o ponto de fervura. Abaixe o fogo e cozinhe lentamente em panela parcialmente tampada por meia hora. Aqueça o forno.

Coloque a sopa em 4 cumbucas refratárias e deposite-as em uma assadeira. Coloque uma fatia de pão em cada uma das cumbucas e cubra com o queijo ralado grosso. Leve ao forno bem quente para gratinar. Sirva imediatamente, colocando as cumbucas sobre pratos individuais.

Sopa de cebola no pão italiano 2Sugestão: prepare a sopa como a receita indica e, na hora de servir, coloque a sopa dentro de pães italianos, sem os miolos, previamente lambuzados com requeijão e queijo parmesão ralado grosso. Leve ao forno por alguns minutos para derreter os queijos.

Sirva a sopa acompanhada de um bom vinho tinto!

By Joemir Rosa.