Arquivo para maio, 2012

Gentileza

Posted in Relacionamentos with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 31/05/2012 by Joe

Você já ficou surpreso por que algum desconhecido foi gentil com você?

Muitas pessoas nem sentem, mas já se acostumaram com a falta de gentileza. E quando ela acontece, vira um evento.

As relações ficaram tão frias que o normal é a secura, a indiferença e até a hostilidade.

As pessoas parecem estar mais preparadas para se defender de ofensas do que receber palavras doces e gestos de carinho.

A gentileza virou artigo de luxo, peça de antiquário, virou memória.

Tem gente que desconfia de homem muito gentil, dizem logo que é gay.

Mulheres muito gentis são vistas como frescas ou falsas.

O mundo perdeu a referência de gentileza, de delicadeza.

Ser xingado no trânsito virou rotina. Ser destratado por quem ganha para servir é comum nos estabelecimentos.

A gente se depara com caras feias, impaciência e maus humores o tempo todo, até mesmo em casa.

Mas eu não me acostumo com isso, não! Eu quero gentileza pra minha vida, e quero ser gentil também.

Quero ser tratada com respeito, com carinho. Tratada como gente, que é exatamente o que a palavra gentileza sugere: gentileza é coisa de gente!

A juventude já não acha necessário dar o lugar para os idosos no ônibus, no metrô, nas filas.

Os homens já não praticam a delicadeza com o sexo oposto.

As mulheres, por sua vez, se emanciparam e dispensaram o cavalheirismo, porque acham que está fora de moda.

Eu quero gentileza, sim. De homens, de mulheres, de crianças, de estranhos.

Quero o gesto sutil, o telefonema de agradecimento, o bilhete de boas-vindas, as flores, os bombons…

Eu quero um simples olhar de sinceridade, porque ser verdadeiro é ser gentil também!

Eu quero a gentileza pela gentileza. Por menor que seja o gesto, ele faz bem, é necessário…

E essencial!

By Lena Gino.

Elegância

Posted in Relacionamentos with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 30/05/2012 by Joe

Elegância não é apenas uma questão de moda, de se vestir bem! Ou de ter muito dinheiro e curtir as férias em Paris!

Ser elegante significa ser gentil e educado. É algo tão fácil, que não requer trabalho algum, apenas respeito pelo próximo e tratá-lo como gostaria de ser tratado! 

Pesquisei e colecionei algumas frases e pensamentos soltos que podem ajudar bastante as pessoas a serem um pouco mais elegantes! Espero que ajudem!

Diga sempre “muito obrigado.” Diga sempre “por favor”. Seja o primeiro a dizer “olá”.

Devolva tudo o que pegar emprestado.

Sorria muito, não custa nada e não tem preço.

Lembre-se do aniversário dos amigos.

Quando alguém contar alguma coisa importante que lhe aconteceu, não tente superá-lo. As pessoas também têm o direito de aparecer.

Jamais prive uma pessoa de esperança, pode ser que ela só tenha isso.

Elogie em público, critique em particular.

Não aborreça as pessoas com mais problemas.

Procure reavivar antigas amizades.

Nunca desperdice uma oportunidade de dizer a uma pessoa o quanto a ama.

Nunca subestime o poder de uma palavra ou de uma ação gentil.

Nunca ria dos sonhos alheios. Em caso de discordância, exponha seus pontos de vista sem pretender ridicularizar os entendimentos dos outros.

Quando alguém lhe fizer uma pergunta, a qual não gostaria de responder, sorria e pergunte: “por que quer saber?”

Não admire as pessoas pela sua riqueza, mas pelos meios criativos e generosos do qual elas dispõem.

Não traia nunca uma confidência.

Não deixe que uma pequena desavença prejudique uma grande amizade.

Dê às pessoas mais do que elas esperam, e faça-o alegremente.

Lembre-se de que o tempo que leva para que duas pessoas se tornem amigas nunca é tempo desperdiçado.

Saiba compreender as imperfeições de seus amigos com a mesma presteza com que sabe compreender as suas próprias.

Seja aberto e acessível, pois a próxima pessoa que conhecer pode se tornar o seu melhor amigo.

Seja o primeiro a perdoar. E quando disser “sinto muito”, olhe nos olhos.

Quando um amigo ou uma pessoa amada ficar doente, lembre-se de que esperança e pensamento positivo são remédios fortíssimos.

Passe a vida levantando o ânimo das pessoas e nunca colocando-as para baixo.

Peça desculpas imediatamente quando perder a paciência.

Estimule sempre qualquer pessoa que esteja tentando melhorar mental, física ou espiritualmente.

Lembre-se de que o princípio mais profundamente enraizado na natureza humana é a ânsia por ser apreciado.

By Joemir Rosa.

Amigo de si mesmo

Posted in Reflexão with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 29/05/2012 by Joe

Para ser amigo de si mesmo é preciso estar atento a algumas condições do espírito. A primeira aliada da camaradagem é a humildade. Jamais seremos amigos de nós mesmos se continuarmos a interpretar o papel de Hércules ou de qualquer super-herói invencível.

Encare-se no espelho e pergunte: quem eu penso que sou? E chore, porque você é fraco, erra, se engana, explode, faz bobagem. E aí enxugue as lágrimas e perdoe-se, que é o que bons amigos fazem: perdoam.

Ser amigo de si mesmo passa também pelo bom humor. Como ainda há quem não entenda que sem humor não existe chance de sobrevivência? Já martelei muito nesse assunto, então vou usar as palavras de Abrão Slavutsky: “Para atingir a verdade é preciso superar a seriedade da certeza”. É uma frase genial. O bem-humorado respeita as certezas, mas as transcende. Só assim o sujeito passa a se divertir com o imponderável da vida e a tolerar suas dificuldades.

Amigar-se consigo também passa pelo que muitos chamam de egoísmo, mas será? Se você faz algo de bom para si próprio estará automaticamente fazendo mal para os outros? Ora. Faça o bem para si e acredite: ninguém vai se chatear com isso. Negue-se a participar de coisas em que não acredita ou que simplesmente o aborrecem.

Presenteie-se com boa música, bons livros e boas conversas. Não troque sua paz por encenação. Não faça nada que o desagrade só para agradar aos outros. Mas seja gentil e educado, isso reforça laços, está incluído no projeto “ser amigo de si mesmo”.

Por fim, pare de pensar. É o melhor conselho que um amigo pode dar a outro: pare de fazer fantasias, sentir-se perseguido, neurotizar relações, comprar briga por besteira, maximizar pequenas chatices, estender discussões, buscar no passado as justificativas para ser do jeito que é, fazendo a linha “sou rebelde porque o mundo quis assim”. Sem essa. O mundo nem estava prestando atenção em você, acorde. Salve-se dos seus traumas de infância. Quem não consegue sozinho, deve acudir-se com um terapeuta. Só não pode esquecer: sem amizade por si próprio, nunca haverá progresso possível, como bem escreveu Sêneca cerca de 2.000 anos atrás. Permanecerá enredado em suas próprias angústias e sendo nada menos que seu pior inimigo.

By Martha Medeiros.

Ansiedade

Posted in Reflexão with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 28/05/2012 by Joe

As mãos suam, o corpo treme, a respiração fica ofegante, uma sensação de náusea e aquela palpitação inegável no coração. Todos estes são sinais de um dos males modernos: a ansiedade!

A vida nos dias de hoje é repleta de cobranças: no trabalho, na família, nas relações sociais. A cada dia estamos mais cheios de tarefas, compromissos, pendências. Uma lista enorme de coisas a fazer. E nem sempre o tempo é suficiente.

Vem, então, a sensação desagradável de ter de fazer mais coisas do que damos conta.

É comum ouvirmos as pessoas se queixando: tenho tanto a fazer e gostaria apenas de dormir. De ficar com minha família, de assistir a um bom filme, de brincar com meus animais de estimação…

Por outro lado, as exigências da vida moderna nos obrigam a fazer cursos, aperfeiçoar os conhecimentos. É a era da informação.

Como conciliar tudo isso com o natural desejo de se instruir, melhorar de vida, aproveitar oportunidades, evoluir?

A solução é o equilíbrio.

É natural desejar o progresso e o aperfeiçoamento, tanto nos campos ético-moral, como intelectual. É da natureza humana estar em permanente aprendizado, adquirindo conhecimento e agregando valor à sua bagagem cultural.

Mas o grande problema de nossos dias é a ausência de limites. Estamos cada vez mais comandados pelas pressões externas, subjugados pelas imposições dos diversos grupos sociais.

Raras vezes pensamos por nós. Não costumamos refletir sobre o que realmente nos interessa.

Em geral, tomamos decisões sob extrema pressão. Resultado: desejamos fazer de tudo um pouco. Queremos ler tudo, não desejamos a pecha de desinformado. E a consequência imediata é o stress. O corpo não suporta tanta pressão e adoece.

Nossa reação a esse mundo globalizado deveria ser serena: “vou aprender o que puder, quando puder e no meu ritmo, sem forçar minha natureza. Vou trabalhar no limite de minhas forças, fazendo o melhor que puder, mas sem a obrigação de provar coisas a chefes e colegas de trabalho”.

A tradução disso tudo? Estar no comando da própria vida!

Todas as coisas estarão bem se você estiver em paz. Pois a paz vai gerar saúde do corpo. Com isso, você poderá trabalhar, sustentar a família, adquirir os bens que deseja.

Apenas seja cauteloso: não se deixe envolver a tal ponto no turbilhão do mundo, de maneira que o mundo o arraste para o olho desse furacão de stress.

Vigie suas reações. Monitore seus planos de vida. Pergunte-se: “para que, realmente, quero isso?”

Faça a diferença entre o supérfluo e o necessário e verifique se a sua opção não está contaminada pelos excessos.

No final, você verá que, em um processo inteiramente natural, a ansiedade irá, aos poucos, desaparecer.

Confie sempre em você!

Desconheço a autoria.

A Chave de Sarah

Posted in Livros with tags , , , , , , , on 27/05/2012 by Joe

Livro: A Chave de Sarah
By Tatiana de Rosnay
Editora Suma de Letras

Os personagens de “A Chave de Sarah” são inteiramente fictícios. Mas vários dos eventos descritos na obra não o são, principalmente aqueles que ocorreram na França ocupada durante o verão de 1942 e, em particular, a grande concentração de judeus no Vélodrome d’Hiver, que ocorreu em 16 de julho de 1942, no coração de Paris.  O romance não é uma história e não tem a intenção de sê-lo. Esta á a minha homenagem às crianças do Vel’d’Hiv. Às crianças que nunca voltaram. E àquelas que sobreviveram para contar”.

É assim que a escritora francesa Tatiana de Rosnay apresenta “A Chave de Sarah”. O livro traz à tona um dos episódios mais vergonhosos da história francesa: a prisão em massa de judeus parisienses no verão de 42, quando quase 13 mil pessoas foram capturadas pela polícia francesa no dia 16 de julho, entre elas, cerca de 4 mil crianças. Levados para o Vélodrome d’Hiver, uma antiga arena de ciclismo, eles ficaram detidos por uma semana antes de serem enviados para o campo de deportação de Drancy, próximo a Paris e, em seguida, de trem para Auschwitz.

A autora explica que, para a França, especialmente para a geração nascida no início doas anos 60, a história de Vel d´Hiv não faz parte do currículo escolar:

“Eu não sabia do que se tratava até o discurso de Jacques Chirac em 1995 – ele foi o primeiro presidente a admitir a responsabilidade da França neste evento, sem culpar os nazistas. Essa foi a primeira vez que eu ouvi o termo “Le Rafle du Vel’ d’Hiv”. Eu pensei: tenho que escrever sobre isso, mas como? Eu não sou historiadora, eu não sou judia, eu não tenho nenhuma razão legítima para escrever sobre isso, exceto o fato de ser francesa.”

Em A Chave de Sarah, Julia Jarmond, uma jornalista americana que vive na França, é designada para cobrir as comemorações do 60º aniversário do Vel d’Hiv, episódio do qual ela nunca ouvira falar até então. Ao apurar os fatos ocorridos, a repórter constata que o apartamento para o qual ela e o marido planejam se mudar pertenceu aos Starzynski, uma família judia imigrante que fora desapossada pelo governo francês da ocupação e, em seguida, comprado pelos avós de Bertrand.

Em suas pesquisas, Julia descobre que muitas famílias francesas se aproveitaram da prisão das famílias judias para conseguirem apartamentos desocupados por preços muito bons. Decide, então, descobrir o destino dos ocupantes anteriores – e a história de Sarah, a única sobrevivente dos Starzynski, é revelada.

Concomitantemente, a história de Sarah – e seu segredo – e a de Julia são contadas até que as duas se cruzam!

Leitura rápida, em que pese o teor do tema, porém de um valor histórico muito importante, na medida que vem resgatar fatos pouco divulgados e esclarecidos, uma verdadeira mancha na história da França.

Vale a pena sua leitura e, também, assistir o filme lançado no final de 2011!

By Joemir Rosa.

Rocambole prestígio de leite em pó

Posted in Receitas with tags , , , , , , , , , , on 26/05/2012 by Joe

Rocambole é um bolo fino, salgado ou doce, em forma cilíndrica. Feito com massa comum de bolo, a cobertura é passada sobre o bolo, para que este seja então enrolado sobre si mesmo.

Diferente de um bolo de camadas, o rocambole é feito de uma única peça de bolo. Os recheios podem ser diversos, desde carnes (nos salgados) a doces (como a goiabada e o doce de leite). Em alguns lugares no Brasil é ainda conhecido como bolo-de-rolo.

Contam alguns historiadores que a iguaria tem sua origem em Portugal e chegou ao Brasil primeiramente em Pernambuco. O bolo-de-rolo confunde-se, muitas vezes, com outros tipos de bolos enrolados, como o próprio rocambole.

A história ensina que, quando as damas de Portugal chegaram ao Brasil, elas trouxeram seus utensílios de cozinha; porém, faltaram os ingredientes que estavam acostumadas a usar em seus tradicionais doces, como a pêra, marmelo, amêndoas, pinhões, cravo, canela e gengibre. Então, o jeito foi substituir por caju, goiaba, banana, abacaxi, castanha de caju, amendoim, milho, coco, ingredientes bem mais comuns em terras tupiniquins.

A massa era feita com farinha de trigo, ovos, manteiga e açúcar, e depois era enrolada com uma camada de goiabada derretida, dando a aparência de um rocambole, porém suas camadas de massa e goiabada eram bem mais finas.

Durante muitos anos esse bolo ficou restrito aos senhores de engenho e, posteriormente, aos governadores de Pernambuco, se tornando popular posteriormente. Anos depois, o bolo-de-rolo chegou a ser reconhecido como patrimônio imaterial de Pernambuco.

E, como tudo que cai no gosto popular, começa a sofrer variações nos seu preparo, nos ingredientes e recheios, adaptados à região, clima e gosto.

A receita de hoje é uma dessas variações no preparo, principalmente para quem gosta da combinação chocolate e coco! Acredito que serão poucos os que não irão curtir uma receita de prestígio como essa!

Rocambole prestígio de leite em pó

Ingredientes

Massa

400 gr de leite em pó
2 xícaras (chá) de chocolate em pó
1 lata de leite condensado
2 colheres de água

Recheio

200 g de coco ralado
1 lata de leite condensado
1 colher (sopa) de manteiga

Modo de preparo

Em uma panela misture o coco ralado, o leite condensado e a manteiga. Leve ao fogo brando, mexendo sem parar até soltar do fundo da panela. Deixe esfriar.

Em uma tigela misture o leite em pó, o chocolate em pó, a água e o leite condensado. Misture tudo muito bem e sove até obter uma massa que não grude nas mãos. Coloque essa massa entre duas folhas de filme plástico ou papel alumínio e abra com um rolo, formando um retângulo.

Espalhe o recheio uniformente e enrole como um rocambole. Embrulhe no filme plástico e leve à geladeira por umas 3 horas. Retire do filme plástico, fatie, polvilhe mais um pouco de coco ralado ou leite em pó peneirado fino e sirva em seguida.

By Joemir Rosa.

Cobranças

Posted in Inspiração with tags , , , , , , , , , , , , , on 25/05/2012 by Joe

Depois de um dia de caminhada pela mata, mestre e discípulo retornavam ao casebre, seguindo por uma longa estrada.

Ao passarem próximo a uma moita de samambaia, ouviram um gemido. Verificaram e descobriram, caído, um homem. Estava pálido e com uma grande mancha de sangue, próximo ao coração. O homem tinha sido ferido e já estava próximo da inconsciência. Com muita dificuldade, mestre e discípulo carregaram o homem para o casebre rústico, onde trataram do ferimento.

Uma semana depois, já restabelecido, o homem contou que havia sido assaltado e que, ao reagir, fora ferido por uma faca. Disse que conhecia seu agressor, e que não descansaria enquanto não se vingasse.

Disposto a partir, o homem disse ao mestre:

– Senhor, muito lhe agradeço por ter salvo minha vida. Tenho que partir e levo comigo a gratidão por sua bondade. Vou ao encontro daquele que me atacou e vou fazer com que ele sinta a mesma dor que senti.

O mestre olhou fixamente para o homem e disse:

– Vá e faça o que deseja. Entretanto, devo informá-lo de que você me deve três mil moedas de ouro, como pagamento pelo tratamento que lhe fiz.

O homem ficou assustado e disse:

– Senhor, é muito dinheiro! Sou um trabalhador e não tenho como lhe pagar esse valor!

– Se não podes pagar pelo bem que recebeste, com que direito queres cobrar o mal que te fizeram?

O homem ficou confuso e o mestre concluiu:

– Antes de cobrar alguma coisa, procure saber quanto você deve. Não faça cobrança pelas coisas ruins que te aconteçam nesta vida, pois a vida pode te cobrar tudo que você lhe deve. E, com certeza, você vai pagar muito mais caro.

O vento que, às vezes, tira algo que amamos é o mesmo que nos traz algo que aprendemos a amar… por isso não devemos chorar pelo que nos foi tirado, mas sim, aprender a amar o que nos foi dado! Pois tudo aquilo que é realmente nosso nunca se vai para sempre!

By Adélio Rosa, jornalista e escritor.

A força das crenças e valores

Posted in Reflexão with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 24/05/2012 by Joe

Cada cultura tem seu conjunto de crenças e valores que foram criados e praticamente impostos há séculos e séculos, e foram sendo repassados de geração pra geração até chegar aos dias de hoje, em pleno século XXI.

Basta um passeio pelos noticiários de TV ou um bom bate papo na mesa de um barzinho com amigos para confirmarmos essa ideia.

Vemos povos que ainda castigam suas mulheres impondo-lhes uma posição inferior na sociedade, onde nada é permitido a elas; povos que mutilam suas meninas para que não sintam prazer sexual na idade mais adulta; vemos maridos achando que são os donos de suas esposas; homens que acabam tendo ataques cardíacos porque não conseguem exprimir suas emoções porque lhes ensinaram que eles não choram; gente que ainda acha que tudo que lhes acontece na vida é obra do destino ou – pior! – porque Deus quis assim; etc, etc, etc …

A força que essas crenças têm é imensa e faz com que a maioria dos seres humanos seja fraca, doente e medrosa perante a vida. A culpa não é exatamente deles, mas de seus pais e antepassados ao lhes imporem aqueles conjuntos de crenças e valores que falei acima.

Quando somos crianças, a nossa mente ainda não tem a capacidade de discernir sobre o que tem uma lógica fundamentada ou não. Nosso cérebro, naquela idade, funciona como uma esponja que absorve tudo que lhe é dito e não tem ainda a capacidade de distinguir o óbvio do absurdo.

E é exatamente nesse período de vida que as crenças começam a fazer o maior estrago. É aí que somos moldados para acreditar em um monte de coisas sem sentido, num conjunto de valores, muitas vezes hipócritos e sem a menor lógica. São as crenças sociais, religiosas, educacionais e até as mais manipuladoras, como a mídia, que tenta nos impor a ideia de que determinados produtos nos fazem ser melhores e mais desejados!

Vejam, no exemplo a seguir, como uma crença imposta na infância pode fazer pequeno estrago na idade adulta: se eu colocar uma tábua bem forte, de 2 metros de comprimento e 40 centímetros de largura, no chão e pedir a você que caminhe sobre ela de uma ponta à outra, você o fará tranquilamente. Ao colocar a mesma tábua apoiada nos topos de dois edifícios e solicitar que caminhe novamente sobre ela, você, com certeza, dirá que não dá pra passar, que tem medo de cair e se espatifar lá embaixo! Mas … a tábua não é a mesma? Você não havia passado por ela sem o menor problema quando ela estava no chão? Por que o medo agora?

A resposta é simples: quando criança, alguém – provavelmente seus pais – encheu sua cabeça com uma série de crenças sobre os “perigos” desta vida. “Desça dessa cadeira que você vai cair, menino!” … E aí você absorveu essa informação sobre altura e  acabou guardando-a em algum arquivo desse porão escuro chamado inconsciente. E toda vez que você se depara com uma situação semelhante àquela, a luz de um spot se acende sobre o arquivo onde aquela crença está guardada e ela se revela abertamente pra você! E aí vem o medo novamente!

Outro exemplo de crença sem fundamento é a tal história de que manga com leite faz mal à saúde, que passa de pai pra filho e não tem nenhuma comprovação científica. A afirmação nasceu na época dos escravos, em alguma fazenda cujo cultivo de mangas era uma das maiores fontes de riquezas juntamente com a produção de leite. Então, para que os escravos não fizessem uso desses dois alimentos, os senhores donos das terras inventaram essa história de que manga com leite faz mal!

Estes são apenas dois pequenos e bobos exemplos sobre o poder das crenças em nossas vidas. E olha que elas existem aos montes nos arquivos que mencionei acima!

Da mesma forma, os valores sociais, emocionais, religiosos nos foram impostos igualmente, gerando muitos conflitos, preconceitos e traumas. Aliás, prestem atenção à palavra preconceito: pré (antes) + conceito (ideia) = ideia anterior, ou seja, uma “alucinação”, um script que vem antes de um fato! Você acha, alucina que uma coisa funciona de uma determinada forma e passa a acreditar fortemente naquilo, sem nem mesmo ter tido o trabalho de testar. E – o pior – passa até a marginalizar e agredir quem pensa diferente de você! Não respeita aquela pessoa que tem uma visão diferente da sua ou do seu meio social.

É preciso ter um pouco mais de consciência, é preciso questionar mais, é preciso duvidar de certos valores e crenças que não trazem, em si, nenhuma comprovação prática!

Toda vez que você se deparar com alguma crença ou valor que, de certa forma, lhe tire o poder de decisão pessoal, pare um pouco e reflita, duvide, questione! De onde vem essa ideia? Quem criou? Qual a real intenção por trás disso?

Tenho certeza que, livres de muitas dessas correntes e amarras, seremos muito mais felizes e livres para vivermos a nossa vida … e não a vida que os outros tentam nos impor! Vamos sair do piloto automático e ter mais consciência existencial!

Afinal, quem usa cabresto não pode olhar para os lados, só para a frente! E perde a maior parte da linda paisagem que a vida nos oferece!!

By Joemir Rosa.

A Lei da Semeadura

Posted in Reflexão with tags , , , , , , , , , , , , , , , on 23/05/2012 by Joe

Estou sempre observando a natureza para dela tirar exemplos de como podemos guiar nossas vidas para sermos felizes.

Observe uma macieira. Pode haver mais de 500 maçãs numa única árvore e cada maçã por volta de 10 sementes. São muitas sementes, não? Para que tantas sementes?

A natureza está nos ensinando alguma coisa aqui. Ela parece estar nos dizendo:

“A maioria das sementes se perde. Portanto, se você realmente quer que alguma coisa aconteça, é melhor tentar mais de uma vez.”

E podemos traduzir isso em nossas vidas assim:

– Você irá passar por várias entrevistas antes para conseguir um emprego.

– Você irá entrevistar umas 40 pessoas antes de encontrar um bom funcionário.

– Você irá falar com umas 50 pessoas antes de vender sua casa, seu carro ou uma ideia.

– E talvez precise conhecer umas 100 pessoas antes de encontrar um amigo especial.

Raramente nos decepcionamos na vida, ou com a vida, quando entendemos a lei da semeadura. E também deixamos de nos sentir e agir como vítimas!

Somente precisamos entender e trabalhar com as leis da natureza para que possamos viver melhor.

Portanto, lembre-se:

As pessoas de sucesso falham com maior frequência. Mas sempre atingem o sucesso porque plantam mais sementes.

By Claudia Giovani.

Os nós e nós

Posted in Saúde with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 22/05/2012 by Joe

Quando queremos que alguma coisa fique ancorada à nossa vida, fazemos de tudo para mantê-la presa à nós. Criamos laços e os apertamos com todo nosso coração.

Os nós fazem parte de nós.

Infelizmente, nem tudo o que se apega a nós é bom e útil. Se prezamos ter laços afetivos e pedaços de memórias agarradas definitivamente à nossa pele, há aqueles nós que se apegam sem que nossa permissão seja pedida e sem que tenhamos forças para desatá-los. Esses nos acompanham e nos adoecem.

Viver com nós na garganta, que não descem e nem saem, nos deixa deficientes.

Avançamos em algumas outras coisas, mas o não resolvido fica, como um espinho na carne.

A gente caminha, mas sente que algo ficou para trás e muitas das dores de garganta que não conseguimos curar são emoções presas das quais não soubemos nos livrar.

O que fica atravessado diante de nós é o peso que carregamos, por vezes, por anos e anos. O dia bendito em que conseguimos colocar em palavras e lágrimas aquilo que nos ofendeu, entrou em nós e ficou, o sol desponta no horizonte como se fosse seu primeiro dia.

Ah, Deus, se tivéssemos sempre a coragem de abrir nosso coração e gritar nossa mágoa, quão mais leves e sãos poderíamos viver!

Se criamos a coragem de desatar, devagar, certo, mas desatar, um a um os laços que nos incomodam, liberamos uma a uma as ansiedades, os males que nos doem física e psicologicamente.

Nessas horas nosso coração bate de maneira diferente, respiramos mais ar puro e nossos olhos se abrem para novos horizontes.

Só um pequeno passo, um muito de coragem e uma nova vida pode começar.

By Letícia Thompson.

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