Num dia desses entrei na Amazon, a famosa livraria virtual da Internet, e fiz uma pesquisa sobre livros que tratam do assunto felicidade. Quase caí para trás com a quantidade de títulos que encontrei: nada menos que 4.695!
Felicidade é, realmente, a grande busca do ser humano. É o que está na origem de todos os nossos desejos, sejam eles quais forem. É para ser felizes que buscamos a prosperidade, o amor da nossa vida, a saúde e a beleza, o sucesso no trabalho, a harmonia em família e tudo o que podemos imaginar.
Mas que difícil é encontrar esta tal felicidade, hein?
Tentar achá-la com a ajuda dos livros, pelo visto, é uma missão tão complicada como procurar uma agulha num palheiro…
Se tanto já se escreveu – e continua se escrevendo – sobre o assunto, é porque não é fácil encontrar a felicidade, mesmo porque, para falar a verdade, felicidade não é o tipo de coisa que se “encontra” nem se “busca” como algo que está fora da gente, como um pote de ouro no final do arco-íris. Não existe felicidade em lugar algum, a não ser dentro de você mesmo! E isso não é uma conclusão só minha, não; é também a de pesquisadores de universidades de vários lugares do mundo, que encontramos com alguma facilidade na Internet.
Quem diria, então: a felicidade é assunto de estudos científicos!
Em alguns desses estudos, chegou-se à conclusão que a felicidade independe de fatores externos como o país em que se vive, a condição financeira que se tem, o trabalho que se faz ou o lugar onde se mora, independemente até mesmo da existência de problemas. Os autores de um deles, Haydeé Cuadra e Ramon Florenzano, pesquisadores da Universidade do Chile se surpreenderam como algumas pessoas são capazes de enfrentar dificuldades, até mesmo viver sem confortos e facilidades e, mesmo assim, se considerarem felizes.
“Qual seria o segredo destas pessoas?”, se perguntam eles.
Vou me atrever a responder… Posso não ser pesquisadora, cientista e nem psicóloga, mas, como todo ser humano, me interesso por felicidade e tenho lá minhas teorias a respeito. Uma delas é que o conceito de felicidade é pessoal e intransferível. Quer dizer, ninguém pode ser feliz tentando viver a vida dos outros, tendo os mesmos resultados e sucessos que eles têm. E isso, infelizmente, é o que as pessoas mais fazem! Elas se espelham em profissionais poderosos, em modelos deslumbrantes, em pares românticos de novela e outros modelos de felicidade achando que se obtiverem os mesmos resultados serão felizes. E como é muito difícil viver a vida dos outros, dá no que dá: elas se sentem infelizes.
Outra teoria que tenho sobre a felicidade é que ela vem de uma disposição interior, uma capacidade para ter satisfação com o que se é aqui e agora. Olhe à sua volta e você encontrará alguém que se mostra satisfeito com o que faz, a vida que leva, o seu dia-a-dia, o seu mundo sem se comparar com o que os outros fazem, vivem ou têm. Pode ser o colega que ganha um salário modesto, mas usufrui tão bem dele que é feliz como um milionário. Pode ser o parente que, no seu modo de ver, leva uma vida dura, mas não deixa de ser entusiasmado por ela.
Não estou insinunando que você deva se satisfazer com pouco: a idéia é que você reconheça o que o satisfaz e se proporcione isso.
Não existe aquela frase que diz “Não devo satisfação da minha vida à ninguém”?
Pois está aí o mapa da felicidade!
Deixe de lado o pote de ouro e questione interiormente onde está a sua satisfação.
Só você pode saber se o calo dói, se a água mata a sede, se a roupa aperta, se a vida satisfaz.
O que impede que você tenha satisfação agora? Onde está sua satisfação?
Você já parou para se dar uma satisfação sobre os desejos que não realizou ou abandonou no meio do caminho?
Entenda que ninguém mais pode proporcionar satisfação à você a não ser você mesmo!
Assuma isso, e você descobrirá que pode ser feliz agora!
By Leila Navarro, palestrante motivacional, autora de cinco livros, vencedora do “8º Prêmio Top of Mind Fornecedores de RH” na categoria “Palestrante do Ano”, em 2005.
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