No amor não há medo; pelo contrário, o perfeito amor expulsa o medo, porque o medo supõe castigo.
Aquele que tem medo não está aperfeiçoado no amor.
By João 4:18.
No amor não há medo; pelo contrário, o perfeito amor expulsa o medo, porque o medo supõe castigo.
Aquele que tem medo não está aperfeiçoado no amor.
By João 4:18.
O jovem Rei Arthur foi surpreendido pelo monarca do reino vizinho enquanto caçava furtivamente em um bosque.
O Rei poderia tê-lo matado no ato, pois tal era o castigo para quem violasse as leis da propriedade. Contudo, se comoveu ante a juventude e a simpatia de Arthur e lhe ofereceu a liberdade, desde que no prazo de um ano trouxesse a resposta a uma pergunta difícil.
A pergunta era: “Afinal, o que realmente querem as mulheres?”
Semelhante pergunta deixaria perplexo até o homem mais sábio, e ao jovem Arthur lhe pareceu impossível respondê-la. Contudo, aquilo era melhor do que a morte, de modo que regressou ao seu reino e começou a interrogar as pessoas. A princesa, a rainha, as prostitutas, os monges, os sábios, o bobo da corte, em suma, interrrogou todos, mas ninguém soube dar uma resposta convincente.
Porém, todos o aconselharam a consultar a velha bruxa, porque somente ela saberia a resposta. O preço seria alto, já que a velha bruxa era famosa em todo o reino pelo exorbitante preço cobrado pelos seus serviços.
Chegou o último dia do ano acordado e Arthur não teve mais remédio senão recorrer à feiticeira. Ela aceitou dar-lhe uma resposta satisfatória, com uma condição: primeiro teria de acertar o preço, que era casar-se com Gawain, o cavaleiro mais nobre da Távola Redonda e o mais íntimo amigo do Rei Arthur! O jovem Arthur a olhou, horrorizado: era feíssima, tinha um só dente, desprendia um fedor que causava náuseas até a um cachorro, fazia ruídos obscenos, nunca havia visto uma criatura tão repugnante!
Se acovardou diante da perspectiva de pedir a um amigo de toda a sua vida para assumir essa carga terrível. Não obstante, ao inteirar-se do pacto proposto, Gawain afirmou que não era um sacrifício excessivo em troca da vida de seu melhor amigo e a preservação da Távola Redonda.
Anunciadas as bodas, a velha bruxa, com sua sabedoria infernal, respondeu à pergunta proposta:
– ”O que realmente as mulheres querem é serem soberanas de suas próprias vidas!”
Todos souberam no mesmo instante que a feiticeira havia dito uma grande verdade e que o jovem Rei Arthur estaria salvo. E assim foi! Ao ouvir a resposta, o monarca vizinho lhe devolveu a liberdade.
Porém, que bodas tristes foram aquelas! Toda a corte assistiu e ninguém se sentiu mais desgarrado, entre o alívio e a angústia, que o próprio Arthur. Gawain se mostrou cortês, gentil e respeitoso. A velha bruxa usou de seus piores hábitos, comeu sem usar talheres, emitiu ruídos e exalou um mau cheiro espantoso.
Chegou a noite de núpcias. Quando Gawain, já preparado para ir para a cama e aguardava sua esposa, ela apareceu como a mais linda e charmosa mulher que um homem poderia imaginar! Gawain ficou estupefato e lhe perguntou o que havia acontecido.
A jovem lhe respondeu, com um doce sorriso, que como havia sido cortês com ela, a metade do tempo se apresentaria com aspecto horrível e a outra metade com aspecto de uma linda donzela. E, então, ela lhe perguntou qual ele preferia para o dia e qual para a noite.
Que pergunta cruel! Gawain se apressou em fazer cálculos. Poderia ter uma jovem adorável durante o dia para exibir a seus amigos e, à noite, na privacidade de seu quarto, uma bruxa espantosa… ou quem sabe ter de dia uma bruxa e uma jovem linda nos momentos íntimos de sua vida conjugal!
E você? O que teria preferido? Qual seria a sua escolha?
A escolha de Gawain está mais abaixo! Porém, antes de ler, tome sua decisão. Qual seria a sua escolha?
É muito importante que seja sincero com você mesmo. Pense bem antes de responder! Só depois leia a decisão de Gawain.
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O nobre Gawain respondeu que a deixaria escolher por si mesma. Ao ouvir a resposta ela anunciou que seria uma linda jovem de dia e de noite, porque ele a havia respeitado e permitido ser dona de sua vida!
Ou seja, quando a mulher é soberana de sua própria vida, todos saem ganhando!
Desconheço a autoria.
Os dias são diferentes uns dos outros. Sucedem conosco, e à nossa volta, em cada um deles, milhares de acontecimentos dos quais nunca mais nos lembraremos. E também, de vez em quando, alguns que não poderemos esquecer: aqueles que nos trazem as grandes alegrias e os grandes sofrimentos.
Alegramo-nos, temos momentos de paz e felicidade. Mas todos temos, igualmente, a nossa ração de dor. Sucedem coisas que não esperávamos, que não merecíamos, que não entendemos. A nós e àqueles que amamos. Dói-nos.
Há, porém, o fato curioso de que em muitas ocasiões somos nós mesmos que fazemos as coisas que depois nos fazem sofrer. Tomamos atitudes, temos comportamentos e escolhas que vão se refletir em nós, que vão ferir a nossa paz e a nossa felicidade.
E acontece que temos uma grande capacidade de enfrentar as agressões inevitáveis que nos chegam do exterior. E que estamos muito mais indefesos perante as situações que criamos.
Vi homens que sorriam com grande paz no meio da dor provocada pela cegueira, pela paralisia, pelo desemprego, por um câncer, pela morte de alguém muito querido. E vi pessoas – fisicamente saudáveis, sem inimigos, sem dificuldades exteriores – intimamente desfeitas pelo peso da culpa, pela perda da esperança, pela recusa de amar.
Estou convencido de que somos o nosso pior inimigo. Aquilo que vem de fora toca-nos na periferia, mas não penetra no interior da cidadela. Aquilo que fazemos, porém, alcança o núcleo do nosso ser.
É uma ilusão pensarmos que somos aquilo que a vida – os outros, os acontecimentos, etc. – fez de nós. Somos, antes, aquilo que as nossas escolhas determinaram. A vida pode arrastar-nos de um lado para outro, magoar-nos, oferecer-nos frio ou calor. Mas não nos corrompe.
“Quando eu vivia num dos campos de concentração da Alemanha Nazi, pude observar que alguns dos prisioneiros andavam de barraca em barraca, consolando outros, distribuindo as suas últimas fatias de pão. Podem ter sido poucos, mas ensinaram-me uma lição que jamais esqueci: tudo pode ser tirado de um homem, menos a última das suas liberdades – escolher de que maneira vai agir diante das circunstâncias do seu destino”, escreveu Vicktor Frankl.
Somos os autores da nossa felicidade ou da nossa infelicidade. Gostamos de nos queixar, mas não temos razão. Podemos adaptar-nos àquilo que nos sucede. Podemos aguentar. Podemos esperar. Mas quando atuamos mal, quando as nossas escolhas são contrárias à nossa natureza humana, chega-se a um ponto em que viver é insuportavelmente doloroso!
A dor pode vir-nos do exterior. A felicidade, contudo, está relacionada apenas com o nosso comportamento, com as nossas escolhas, e nada exterior pode roubá-la. É compatível com o sofrimento.
Quando eu era criança, os nossos pais ensinavam-nos, antes de mais nada, a agir bem, a escolher corretamente. Ficavam contentes quando tornávamos coisa nossa os seus conselhos, escolhendo livremente agir dessa forma – e não apenas por medo de um castigo. Agora, parece que muitos pais, e muitos educadores, desistiram de agir a esse nível. Preocupam-se mais com afastar das crianças os obstáculos exteriores: muitos cuidados com a saúde, estudar, para terem um futuro desafogado, imensas medidas de segurança…
E a felicidade?
By Paulo Geraldo.
Palestra do Dr. Içami Tiba, em Curitiba:
1. A educação não pode ser delegada à escola. Aluno é transitório. Filho é para sempre.
2. O quarto não é lugar para fazer criança cumprir castigo. Não se pode castigar alguém com internet, som, tv, etc.
3. Educar significa punir as condutas derivadas de um comportamento errôneo. Queimou índio pataxó, a pena (condenação judicial) deve ser passar o dia todo em um hospital de queimados.
4. Confrontar o que o filho conta com a verdade real. Se falar que professor o xingou, tem que ir até a escola e ouvir o outro lado, além das testemunhas.
5. Informação é diferente de conhecimento. O ato de conhecer vem após o ato de ser informado de alguma coisa. Não são todos que conhecem. Conhecer camisinha e não usar significa que não se tem o conhecimento da prevenção que a camisinha proporciona.
6. A autoridade deve ser compartilhada entre os pais. Ambos devem mandar. Não podem sucumbir aos desejos da criança. Criança não quer comer? A mãe não pode alimentá-la. A criança deve aguardar até a próxima refeição que a família fará. A criança não pode alterar as regras da casa. A mãe não pode interferir nas regras ditadas pelo pai (e nas punições também) e vice-versa. Se o pai disse que não ganhará doce, a mãe não pode interferir. Tem que respeitar sob pena de criar um delinquente. Em casa que tem comida, criança não morre de fome. Se ela quiser comer, saberá a hora. E é o adulto quem tem que dizer qual é a hora de se comer e o que comer.
7. A criança deve ser capaz de explicar aos pais a matéria que estudou e na qual será testada. Não pode simplesmente repetir, decorado. Tem que entender.
8. Temos que produzir o máximo que podemos, pois na vida não podemos aceitar a média exigida pelo colégio. Não podemos dar apenas 70% de nós, ou seja, não podemos tirar apenas 7,0.
9. As drogas e a gravidez indesejada estão em alta porque os adolescentes estão em busca de prazer. E o prazer é inconsequente, pois aquela informação, de que droga faz mal, não está gerando conhecimento.
10. A gravidez é um sucesso biológico, e um fracasso sob o ponto de vista sexual.
11. Maconha não produz efeito só quando é utilizada. Quem está são, mas é dependente, agride a mãe para poder sair de casa, para fazer uso da droga. A mãe deve, então, virar as costas e não aceitar as agressões. Não pode ficar discutindo e tentando dissuadi-lo da idéia. Tem que dizer que não conversará com ele e pronto. Deve “abandoná-lo”.
12. A mãe é incompetente para “abandonar” o filho. Se soubesse fazê-lo, o filho a respeitaria. Como sabe que a mãe está sempre ali, não a respeita.
13. Homem não gosta quando a mulher vem perguntar: “E aí, como foi o seu dia?”. O dia, para o homem, já foi, e ele só falará se tiver alguma coisa relevante. Não quer relembrar todos os fatos do dia.
14. Se o pai ficar nervoso porque o filho aprontou alguma coisa, não deve alterar a voz. Deve dizer que está nervoso e, por isso, não quer discussão até ficar calmo. A calmaria, deve o pai dizer, virá em 2, 3, 4 dias. Enquanto isso, o videogame, as saídas, a balada, ficarão suspensas, até ele se acalmar e aplicar o devido castigo.
15. Se o filho não aprendeu ganhando, tem que aprender perdendo.
16. Não pode prometer presente pelo sucesso que é sua obrigação. Tirar nota boa é obrigação. Não xingar avós é obrigação. Ser polido é obrigação. Passar no vestibular é obrigação. Se ganhou o carro após o vestibular, ele o perderá se desistir ou for mal na faculdade.
17. Quem educa filho é pai e mãe. Avós não podem interferir na educação do neto, de maneira alguma. Jamais. Não é cabível palpite. Nunca.
18. Mães, muitas são loucas. Devem ser tratadas.
19. Se a mãe engolir sapos do filho, a sociedade terá que engolir os dele.
20. Videogames são um perigo. Os pais têm que explicar como é a realidade. Na vida real, não existem “vidas”, mas sim uma única vida. Não dá para morrer e reencarnar. Não dá para apostar tudo, apertar o botão e zerar a dívida.
21. Professor tem que ser líder. Inspirar liderança. Não pode apenas bater cartão.
22. Pai não pode explorar o filho por uma inabilidade que o próprio pai tenha. “Filho, digite tudo isso aqui pra mim porque não sei ligar o computador”. O filho tem que ensiná-lo para aprender a ser líder. Se o filho ensina o líder (pai), então ele também será um líder. Pai tem que saber usar o Skype, pois no mundo em que a ligação é gratuita pelo Skype, é inconcebível o pai pagar para falar com o filho que mora longe.
23. O erro mais frequente na educação do filho é colocá-lo no topo da casa. Não há hierarquia. O filho não pode ser a razão de viver de um casal. O filho é um dos elementos. O casal tem que deixá-lo, no máximo, no mesmo nível que eles. A sociedade pagará o preço quando alguém é educado achando-se o centro do universo.
24. Filhos drogados são aqueles que sempre estiveram no topo da família.
25. Cair na conversa do filho é criar um marginal. Filho não pode dar palpite em coisa de adulto. Se ele quiser opinar sobre qual deve ser a geladeira, terá que saber qual é o consumo (KWh) da que ele indicar. Se quiser dizer como deve ser a nova casa, tem que dizer quanto que isso (seus supostos luxos) incrementará o gasto final.
26. Dinheiro a rodo para o filho é prejudicial. Tem que controlar e ensinar a gastar.
By Dr. Içami Tiba, psiquiatra.
Em pesquisa realizada em março de 2004, pelo IBOPE, entre os psicólogos do Conselho Federal de Psicologia, os entrevistados colocaram o Dr. Içami Tiba como terceiro autor de referência e admiração – o primeiro nacional:
1º- lugar: Sigmund Freud;
2º- lugar: Gustav Jung;
3º- Lugar: Içami Tiba
Outro dia, folheando a revista Veja num consultório médico, li uma reportagem bastante interessante que mostrava, com estatísticas, que as crianças de origem asiática, que vivem no Brasil, apresentam um desempenho escolar superior ao dos estudantes brasileiros.
O texto explicava que, nas classes onde elas são maioria, o silêncio e a atenção são uma constante. Ouve-se claramente a voz do professor explicando a matéria. Dizia também que essas crianças dedicam nove horas diárias ao estudo (cinco na escola e quatro em casa) enquanto que as nossas, apenas cinco (as da escola). Quando chegam em casa, essas crianças pegam seus cadernos, livros e estudam. Fazem os deveres de casa que o professor passa, lêem, treinam equações matemáticas, etc.
Enquanto os brasileirinhos, em sua maioria, vagueiam pelas ruas empinando pipa ou jogando bola. Com isso, os asiáticos do nosso país estão conseguindo os melhores postos de trabalho (que são justamente aqueles que exigem maior qualificação e preparo) em empresas com ótima remuneração, assistência médico-hospitalar e condições de ascensão profissional.
E tudo isso me fez lembrar de uma menina brasileira que morava no Japão e veio visitar os parentes que ficaram aqui. A tia dela era Orientadora na escola onde lecionávamos.
Certo dia estávamos em nossas classes, tentando dar aula e explicar a matéria para os alunos que, como sempre, só conversavam e brincavam de costas para a lousa. Enquanto isso a tia, nossa orientadora, vagava com a garota pelos corredores da escola, procurando uma classe mais calma, onde a sobrinha pudesse ficar resolvendo as questões de uma provinha de terceira série que ela (tia) havia preparado, para verificar o aproveitamento e a adaptação da menina na escola japonesa.
Mas a menina ficou aterrorizada com a gritaria dos nossos alunos e preferiu
resolver a prova na biblioteca, alegando que não conseguiria concentrar-se com aquela bagunça. Perguntamos, então, o que acontecia na escola dela, com os alunos que só queriam brincar, não estudavam e não respeitavam o professor em sala de aula. Ela disse que eles eram castigados. Perguntamos, então, qual era o tal castigo. E sabem o que ela respondeu? Que não sabia, porque na classe dela nunca havia visto um aluno conversar durante as explicações ou desrespeitar seu professor!
Perceberam a diferença?
Nas escolas públicas as salas de aula são superlotadas, com até 45 alunos por
classe. Para esse auditório, o professor tem que ensinar o conteúdo das disciplinas (Matemática, Português História, Geografia, Ciências), cidadania, valores, educação sexual, higiene, saúde, ética, pluralidade cultural…
Deverá também funcionar como psicólogo, assistente social, orientador educacional e orientador pedagógico, oculista, desempenhando também todos os deveres familiares que a sociedade resolve transferir para a escola (leia-se professor).
Nossos alunos dizem que as aulas são chatas e alegam que não gostam de ler, que ler não é divertido, que jogar bola, empinar pipa, jogar video-game e sacanear o colega é melhor. E todos logo gritam em coro:
– Culpa dos professores que não dão uma aula divertida e atraente para as crianças!
O Governo, através das Secretarias Estaduais de Educação, surge em cena alegando que o aluno que temos é assim mesmo, e que os professores precisam aprender a ensinar. Rotula o magistério oficial como “professores nota zero” ou outro pejorativo negativo qualquer! O que eles querem esconder é que temos em classe crianças (filhos de eleitores!) que recebem o livro didático, cadernos e até mochilas mas “esquecem” em casa para ficar brincando durante a aula. Crianças que não fazem lição de casa, não estudam e nem sequer prestam atenção às explicações do professor em classe.
Para agradar aos pais eleitores, a Secretaria da Educação encaminha os professores para cursos de “capacitação”, alegando que eles não têm mais capacidade para ensinar. Contratam empresas para dar esses cursos que, segundo eles, tem o poder de transformar “profissionais despreparados” em professores criativos, prontos para dar uma aula eficaz, envolvente, estimulante e, ao mesmo tempo, divertida, capaz de fazer com que os alunos gostem mais da escola do que das partidas de futebol, mais de leitura do que dos jogos no computador, e assim por diante.
É claro que esse discurso de responsabilizar o professor e varrer a sujeira para debaixo do tapete não vai levar a Educação a lugar nenhum. Mas serve perfeitamente para justificar, junto à opinião pública, os baixos salários
pagos a esses profissionais.
Imagine que você está doente, vai ao médico e ele prescreve determinado remédio. Você não toma o medicamento, não faz a sua parte e culpa o médico por não melhorar! Assim acontece nas escolas públicas: o professor ensina e os alunos não prestam atenção, não estudam, não fazem os deveres de casa, os pais negligenciam sua participação na educação, tudo bem diferente dos nossos amigos asiáticos.
Daí vem o governo, a opinião pública e até mesmo o Ministério Público, e culpa o professor pelo mau desempenho dos “estudantes”. Para justificar, mais uma vez, a falta de reajustes e os baixos salários, o Governo implantou um sistema de avaliação.
Os professores recebem um bônus por produtividade, uma vez por ano: se os alunos estudarem; se os alunos não faltarem; se os alunos não se evadirem; se os alunos. E como o aluno não quer saber de nada, estamos sem reajustes salariais dignos (há muitos anos). Daí vemos um político aparecer na TV dizendo que pagou seis mil reais de bônus aos professores! Só que se isso fosse averiguado direitinho, a verdade seria descoberta.
Para se ter uma ideia, tem escolas onde nenhum professor recebeu bonificação porque houve evasão, porque o aproveitamento dos alunos não se alterou e assim por diante! Sem contar que, nesse sistema de bonificação por produtividade, os aposentados, por não terem mais alunos, são castigados e estão sem reajuste há anos (desde que se passou a avaliar professores pelo desempenho dos alunos).
Ninguém quer sugerir aos eleitores a receitinha das crianças asiáticas: fazer a lição de casa, estudar, empenhar-se, dedicar-se… Enfim, fazer a sua parte!
A verdade é que o educador deixou de ser modelo para os jovens e a escola deixou de ser o seu segundo lar! Ganhamos mal, nos vestimos mal e somos alvo constante da crítica social. Hoje, modelo para os jovens, são os milionários jogadores de futebol, pagodeiros e outros mais que prefiro nem relacionar aqui.
Vamos combinar: não dá para falar em Educação de Qualidade enquanto o
profissional da educação for sistematicamente desvalorizado, tratado pelo governo, (Executivo, Legislativo e Judiciário) pelas famílias e pela mídia em geral como um inimigo público, um vagabundo, etc.
Nessas condições, que aluno vai querer ouvir o que uma pessoa assim tem a dizer?
Quem vai se levantar em prol da Educação?
Escrito por um professor, cansado de não ver acontecer nada ano após ano, e ainda pagar o pato!! Esse quadro precisa ser revertido, mas como sabemos, o professor/educador é hoje uma andorinha solitária.
O jovem Rei Arthur foi surpreendido pelo monarca do reino vizinho enquanto caçava furtivamente em um bosque.
O Rei poderia tê-lo matado no ato, pois tal era o castigo para quem violasse as leis da propriedade. Contudo, se comoveu ante a juventude e a simpatia de Arthur e lhe ofereceu a liberdade, desde que no prazo de um ano trouxesse a resposta a uma pergunta difícil.
A pergunta era: “Afinal, o que realmente querem as mulheres?”
Semelhante pergunta deixaria perplexo até o homem mais sábio, e ao jovem Arthur lhe pareceu impossível respondê-la. Contudo aquilo era melhor do que a morte, de modo que regressou ao seu reino e começou a interrogar as pessoas. À princesa, à rainha, às prostitutas, aos monges, aos sábios, ao palhaço da corte, em suma, a todos, mas ninguém soube dar uma resposta convincente.
Porém, todos o aconselharam a consultar a velha bruxa, porque somente ela saberia a resposta. O preço seria alto, já que a velha bruxa era famosa em todo o reino pelo exorbitante preço cobrado pelos seus serviços.
Chegou o último dia do ano acordado e Arthur não teve mais remédio senão recorrer à feiticeira. Ela aceitou dar-lhe uma resposta satisfatória, com uma condição: primeiro acertaria o preço: ela queria casar-se com Gawain, o cavaleiro mais nobre da Távola Redonda e o mais íntimo amigo do Rei Arthur! O jovem Arthur a olhou, horrorizado: era feíssima, tinha um só dente, desprendia um fedor que causava náuseas até a um cachorro, fazia ruídos obscenos, nunca havia visto uma criatura tão repugnante!
Se acovardou diante da perspectiva de pedir a um amigo de toda a sua vida para assumir essa carga terrível. Não obstante, ao inteirar-se do pacto proposto, Gawain afirmou que não era um sacrifício excessivo em troca da vida de seu melhor amigo e a preservação da Távola Redonda.
Anunciadas as bodas, a velha bruxa, com sua sabedoria infernal, disse:
-“O que realmente as mulheres querem é serem soberanas de suas próprias vidas!”
Todos souberam no mesmo instante que a feiticeira havia dito uma grande verdade e que o jovem Rei Arthur estaria salvo. Assim foi, ao ouvir a resposta, o monarca vizinho lhe devolveu a liberdade.
Porém, que bodas tristes foram aquelas! Toda a corte assistiu e ninguém se sentiu mais desgarrado, entre o alívio e a angústia, que o próprio Arthur. Gawain se mostrou cortês, gentil e respeitoso. A velha bruxa usou de seus piores hábitos, comeu sem usar talheres, emitiu ruídos e exalou um mau cheiro espantoso.
Chegou a noite de núpcias. Quando Gawain, já preparado para ir para a cama aguardava sua esposa, ela apareceu como a mais linda e charmosa mulher que um homem poderia imaginar!
Gawain ficou estupefato e lhe perguntou o que havia acontecido.
A jovem lhe respondeu, com um doce sorriso, que como havia sido cortês com ela, a metade do tempo se apresentaria com aspecto horrível e a outra metade com aspecto de uma linda donzela. E então ela lhe perguntou qual ele preferia para o dia e qual para a noite.
Que pergunta cruel! Gawain se apressou em fazer cálculos. Poderia ter uma jovem adorável durante o dia para exibir a seus amigos e à noite, na privacidade de seu quarto, uma bruxa espantosa … ou quem sabe ter de dia uma bruxa e uma jovem linda nos momentos íntimos de sua vida conjugal!
E você? O que teria preferido? Qual seria a sua escolha?
A escolha de Gawain está mais abaixo! Porém, antes tome sua decisão.
É muito importante que seja sincero com você mesmo. Pense bem antes de responder!
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O nobre Gawain respondeu que a deixaria escolher por si mesma. Ao ouvir a resposta ela anunciou que seria uma linda jovem de dia e de noite, porque ele a havia respeitado e permitido ser dona de sua vida!
Ou seja, quando a mulher é soberana de sua própria vida, todos saem ganhando!
Autor desconhecido.