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Temos fome de amor

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Temos fome de amor

Uma vez, Renato Russo disse, com uma sabedoria ímpar: “Digam o que disserem, o mal do século é a solidão”. Pretensiosamente, digo que assino embaixo, sem dúvida alguma. Parem para notar, os sinais estão batendo em nossa cara todos os dias.

Baladas recheadas de garotas lindas, com roupas cada vez mais micros e transparentes, danças e poses em closes ginecológicos, chegam sozinhas. E saem sozinhas. Empresários, advogados, engenheiros que estudaram, trabalharam, alcançaram sucesso profissional e… sozinhos.

Tem mulher contratando homem para dançar com elas em bailes, os novíssimos “personal dancers”… incrível, né? E não é só sexo não, se fosse era resolvido fácil, alguém duvida?

Estamos é com carência de passear de mãos dadas, dar e receber carinho sem necessariamente ter que depois mostrar performances dignas de um atleta olímpico, fazer um jantar pra quem você gosta e depois saber que vão “apenas” dormir abraçados… sabe, essas coisas simples que perdemos nessa marcha de uma evolução cega!

Pode fazer tudo, desde que não interrompa a carreira, a produção. Tornamo-nos máquinas e agora estamos desesperados por não saber como voltar a “sentir”! Só isso, algo tão simples que a cada dia fica tão distante de nós.

Quem duvida do que estou dizendo é só dar uma olhada nas redes sociais o número de grupos como: “Quero um amor pra vida toda!”, “Eu sou pra casar!” e até a desesperançada “Nasci pra ser sozinho!”. Unindo milhares, ou melhor, milhões de solitários em meio a uma multidão de rostos cada vez mais estranhos, plásticos, quase etéreos e inacessíveis.

Vivemos cada vez mais tempo, retardamos o envelhecimento e estamos cada dia mais belos e… mais sozinhos. Sei que estou parecendo o solteirão infeliz, mas pelo contrário, pra chegar a escrever estas bobagens (mais que verdadeiras) é preciso encarar os fantasmas de frente e aceitar essa verdade de cara limpa. Todo mundo quer ter alguém ao seu lado, mas hoje em dia é feio, demodèe, brega.

Alô, gente! Felicidade, amor, todas essas emoções nos fazem parecer ridículos, abobalhados… mas e daí? Seja ridículo, não seja frustrado, “pague mico”, saia gritando e falando bobagens, pague pra ver, você vai descobrir, mais cedo ou mais tarde, que o tempo pra ser feliz é curto, e cada instante que vai embora não volta.

Mais (estou muito brega!): aquela pessoa que passou hoje por você na rua, talvez nunca mais volte a vê-la, quem sabe ali estivesse a oportunidade de um sorriso a dois.

Quem disse que ser adulto é ser ranzinza? Um ditado tibetano diz que, se um problema é grande demais não pense nele, e se ele é pequeno demais, pra quê pensar nele? Dá pra ser um homem de negócios e tomar iogurte com o dedo ou uma advogada de sucesso que adora rir de si mesma por ser estabanada; o que realmente não dá é continuarmos achando que viver é out, que o vento não pode desmanchar o nosso cabelo ou que eu não posso me aventurar a dizer pra alguém: “vamos ter bons e maus momentos e uma hora ou outra, um dos dois (ou quem sabe até os dois), vai querer pular fora. Mas se eu não pedir para que fique comigo porque pessoas vão se machucar, tenho certeza que vou me arrepender pelo resto da vida”. Afinal, pessoas sempre vão se machucar… até mesmo quem não se arrisca!

Antes idiota que infeliz!

Desconheço a autoria.

A solidão existe, incomoda, mas pode ser boa!

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Solidão existe, incomoda...

“E ficamos meio perdidos, meio desapontados, meio de escanteio, meio cabisbaixos, meio espectadores da vida, à parte, desdenhados, sem par, sem acalento… sós”.

“E sentimos um friozinho no peito, que nada aquece, como se alguém tivesse aberto uma janela, numa noite fria, em que nevasse, assim, sem avisar, e não fechasse de jeito nenhum… e o jeito fosse tentar aguentar.”

“Ah, solidão… Nessa hora tem o mesmo gosto, caviar e pão, papel e camarão… Nenhum aconchego ou brilho tem uma mansão; nenhuma graça tem o abano do rabo de um cão… nada nos satisfaz.

Nada preenche esse vazio, que dói e dói. É como um mundo em preto e branco, um salão sem dança, uma piscina sem água, uma pista sem carro, um casamento sem noiva, um domador sem leão…”

“Solidão é uma pedra de gelo dentro do coração…”

Mesmo bem no centro de uma multidão, alguém pode estar se sentindo só. Porque só não quer dizer “sozinho”, porque muitas vezes até precisamos ficar sozinhos! Todos já sentiram esta necessidade. Estar só consigo mesmo para colocar “as ideias em dia”, a “cabeça no lugar”, “fazer um balanço”, “descansar”, “afrouxar a gravata”, “dar um tempo”.

Este tipo de ficar sozinho é bom porque é por escolha.

E por escolha você pode até pintar o seu cabelo de azul que vai se sentir super bem. E quanto às críticas, você vai até se divertir com elas…

Mas quando ficamos sós por não conseguirmos alguém que nos entenda, e nem mesmo nós conseguimos nos entender, aí sim, nos sentimos completamente sós: no planeta. Como se não se encaixasse. No mundo. Em si mesmo. Em uma razão de existir.

Mas por que umas pessoas “conseguem” ficar sozinhas e outras não?

Amigos, festas, trabalho, atividades do dia a dia, projetos, e até mesmo os problemas a resolver, ocupam bastante espaço nas nossas vidas e isso nos distrai de nós mesmos, do que queremos e de quem somos de verdade, no nosso íntimo.

Há momentos em que somos impulsionados a nos isolar e não achar muita animação nas atividades ou pessoas do dia a dia, para que possamos nos interiorizar e nos formatar, reciclar, conhecer.

Na vida, nos deparamos com tantas informações, obrigações, exigências, atividades, que acabamos por nos afastar de nós, de nosso verdadeiro eu, e nos confundimos perdendo de vista nossos conceitos com os conceitos de outras pessoas, ideias e até desejos ou objetivos.

A solidão, embora seja desagradável de sentir, é algo bom para que nós possamos entrar em contato com nosso próprio íntimo e nos resgatar, lustrar, e manter nossa essência viva. A solidão massacra mais aqueles que vão deixando os acontecimentos correrem soltos em sua vida, se distrai com outras milhares de pessoas, como se fossemos uma casa e nunca cuidássemos dela por estarmos sempre ocupados com as casas dos outros. A solidão não dura muito, só o tempo necessário para fazermos um autobalanço.

“Jamais conseguiremos que a felicidade seja trazida por outra pessoa. Se queremos ser felizes temos que construí-la”.

O amor próprio e o autoconhecimento vão fazer com que tenhamos sempre bastante reserva para nos suprir, mesmo em épocas que parecemos não nos entendermos com ninguém.

Ame-se. Conheça-se. Conserte-se. Aprimore-se.

Quando sentir solidão, apenas tire férias e divirta-se consigo mesmo, saindo para passear e arrumando suas prateleiras. Vai se sentir leve e renovado.

By Simone Dantas, do livro “Vivendo, Aprendendo e… Comentando”.

Para estar junto é preciso estar só

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É preciso estar só

Antes de estar com alguém, estamos junto com nós mesmos. E, eventualmente, temos medo do silêncio, acumulamos informação nas paredes, usamos ajuda para relaxar a mente, ficamos desconfortáveis na multidão. Evitamos nossa primeira companhia, buscando a resposta além, ansiando sentirmo-nos completos por uma promessa de felicidade.

Grande influência para nosso comportamento é o Romantismo, que nos visita nas comédias românticas, novelas, brinquedos de crianças e cantigas desde a primeira infância, e catequiza gerações desde Shakespeare a fazer das decisões da vida um drama, viver o presente ou desejar o fim de todo sofrimento. É a arte do sonho e da fantasia. Graças a ele, somos incentivados a ansiar nosso lugar ao sol. Mas, também devemos lembrar dos perigos de viver na terra das fadas, e negar a realidade.

Nascemos sós, com nossa consciência e o céu. E não há nada de estranho em estar no cinema desacompanhado. Precisamos nos compreender, para compreender o outro. Contemplar em silêncio os sons da cidade faz parte de integrar-se com o mundo, e aceitar que somos parte dele: quanto de você está presente na chuva lavando a calçada. Como você sente seus pés. Como sente o coração. Investir tempo para responder honestamente se você é feliz.

O maior estranhamento que podemos causar em alguém é perguntar o quanto ela é feliz. Contudo, poucas coisas são tão absolutas quanto a felicidade. Dizer que ela independe do dinheiro, do trabalho, não é novidade. Mas, vale reforçar que ela depende somente dos nossos olhos.

Dessa forma, não existe nenhum amor que nos torne completos. Porque a resposta não é essa. A resposta somos nós mesmos. Estar com alguém pode ser mais solitário que aceitar o fim. E crer que a felicidade virá junto com um Messias romântico prometido é frustrante.

Entramos inteiros ou partidos numa história, mudamos por próprio mérito para menos ou para mais, e é isso. O romantismo é saudável, mas quanto dele é um desespero por algo grandioso na vida, simplesmente para jogarmos a bola para alguém. O companheirismo de uma vida é, definitivamente, grandioso; que o diga Tarcísio Meira e Gloria Menezes, Jorge Amado e Zélia Gatai. Mas, e quando amamos estar apaixonados mais do que o objeto do nosso afeto. A maior prova está em “amor à primeira vista”, que é o cúmulo do não amor, e cujo sucesso depende inteiramente da sorte. Beleza, caráter, coragem, inteligência não são correlacionados, não é estatística. Insistimos em “riscos” desnecessários ao adotarmos estratégias levianas e depois lamentamos tanto azar. Por desespero de quê? Nutrimos relações destrutivas e sofremos por acabar destruídos.

Amar é estar em paz consigo mesmo. E estar em paz já é um grande desafio. Nenhuma resposta mágica aparece junto com o amor. Pelo contrário. Aparecem mais perguntas e desafios. Então, se você acha que sua rotina demanda muito, deveria evitar mais uma tribulação.

Se não, tornamo-nos vítimas de clichês e nada mais acontece.

Para estar junto é preciso primeiro saber estar só. Estar feliz consigo mesmo. Porque não é mérito de mais ninguém, que não você, como vai a sua vida. Companheiro ou santo nenhum têm poder de salvar nossas peles, podem dar o exemplo. Que tal?

Para estar junto é preciso primeiro respeitar o contorno do próximo. Não se fundir a ele e virar uma massa amorfa, com consciência coletiva. Casais são duas unidades juntas, mas são unidades.

O ser humano é tão rico e misterioso, devemos explorar nosso potencial e melhorar o mundo, e evitar caber numa caixinha etiquetada. Somos únicos e infinitos. Somos sós e completos. Ainda assim, escolhemos voar juntos. E isso é fantástico! Mas, para que a vista seja boa, é preciso criar força nas asas e dar nosso primeiro salto sós.

By Tamara Ferreira.

Dancem, macacos, dancem!

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Dancem macacaos dancem

Existem bilhões de galáxias no Universo observável. Em cada uma delas existem centenas de bilhões de estrelas. Em uma dessas galáxias, orbitando em uma dessas estrelas se encontra um pequeno planeta azul. E este planeta é governado por um bando de macacos.

Mas esse macacos não pensam em si mesmos como macacos. Sequer pensam em si mesmos como animais. De fato eles adoram listar todas coisas que eles pensam separá-los dos animais: polegares opostos, autoconsciência, e usam palavras como Homo-erectus e Australopitecos.

Eles são animais, certo? São macacos! Macacos com tecnologia de fibra ótica digital de alta velocidade. Mas, ainda sim, macacos…

Quero dizer, eles são espertos, você tem que admitir isso. As Pirâmides, os arranha-céus, os jatos, a Grande Muralha da China, tudo isso é muito impressionante para um bando de macacos. Macacos cujo cérebro evoluiu a um tamanho tão ingovernável que agora é bastante impossível para eles ficarem felizes por muito tempo. Na verdade, eles são os únicos animais que pensam que deveriam ser felizes. Todos os outros animais podem simplesmente ser.

Mas não é tão simples assim para os macacos. Pois esses macacos são amaldiçoados com a consciência. E, assim, os macacos têm medo, os macacos se preocupam… Os macacos se preocupam com tudo, mas acima de tudo, com o que todos os outros macacos pensam, porque os macacos querem desesperadamente se encaixar com os outros macacos. O que é bem difícil porque a maioria dos macacos se odeia. Isto é o que realmente os separa dos outros animais: esses macacos odeiam! Odeiam macacos que são diferentes, odeiam macacos de lugares diferentes, macacos de cores diferentes…

Sabe, os macacos se sentem sozinhos, todos os 7 bilhões deles!

Alguns dos macacos pagam outros macacos para ouvir seus problemas. Afinal, os macacos querem respostas…

Os macacos sabem que vão morrer; então, fazem deuses e os adoram. Então, os macacos começam a discutir quem fez o melhor deus. E os macacos ficam irritados! E, então, é quando eles geralmente decidem que é uma boa hora de começar a matar uns aos outros. Então, os macacos fazem guerras, fazem bombas de hidrogênio. Os macacos têm o planeta inteiro preparado para explodir. Os macacos não sabem o que fazer…

Alguns macacos tocam pra uma multidão vendida de outros macacos. Eles fazem troféus e, então, os dão para si mesmos, como se isto significasse alguma coisa!

Alguns dos macacos acham que sabem tudo. Alguns dos macacos lêm Nietzsche. Os macacos discutem Nietzsche… Sem dar qualquer consideração ao fato de que Nietzsche… era apenas outro macaco!

Os macacos fazem planos, os macacos se apaixonam, os macacos fazem sexo. E, então, fazem mais macacos!

Os macacos fazem música. E, então, eles dançam…

– “Dancem, macacos, dancem!”

Os macacos fazem muito barulho. Os macacos têm tanto potencial… se eles pelo menos se dedicassem…

Os macacos raspam o pelo de seus corpos numa ostensiva negação de sua natureza de macaco. Eles constroem gigantes colmeias de macacos que eles chamam de “cidades”. Os macacos desenham um monte de linhas imaginárias sobre a Terra.

Os macacos estão ficando sem petróleo, o combustível da sua precária civilização. Os macacos estão poluindo e saqueando seu planeta como se não houvesse amanhã…

Os macacos gostam de fingir que está tudo bem. Alguns dos macacos realmente acreditam que o Universo inteiro foi feito para o seu próprio benefício…

Como você pode ver, eles são uns macacos atrapalhados. Eles são, ao mesmo tempo, as criaturas mais belas e mais feias da natureza!

Mas os macacos não querem ser macacos. Eles querem ser outra coisa… mas são!

By Ernest Cline, apenas outro macaco.

Dar certo ou dar errado

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Dar certo ou dar errado

Com seus cabelos brancos e muitos milhões de reais no banco, um velho empreendedor gosta de contar a história de dois garotos que estudavam numa pequena cidade do interior e que se separaram no final do ginásio.

Foram se reencontrar numa esquina de São Paulo, trinta anos depois. Um era funcionário subalterno de um pequeno escritório. O outro, o principal sócio de uma importante indústria. Depois de algum tempo de conversa, o mais pobre não aguentou e perguntou:

– “Como é que você se deu assim tão bem na vida?”

– “Eu pulei na hora certa.”

Inconformado com a resposta, o pobre retrucou:

– “Mas como você sabia a hora certa de pular?”

– “Não sabia… fiquei pulando o tempo todo!”

Essa historinha saltitante esconde uma verdade ululante. Para ter sucesso no próprio negócio é preciso ser muito, mas muito teimoso – por muitas razões, sobretudo para aguentar por um bom tempo a conta bancária no vermelho, sem luz visível no final do túnel. É, não raro, um teste infernal de resistência, pontilhado por obstáculos de mercado, armadilhas da concorrência, rejeição da clientela – isso sem falar da alucinante montanha russa emocional na qual o empreendedor sacoleja diariamente, com picos de euforia pela manhã, descidas vertiginosas à tarde e vales de depressão à noite.

Está enganado quem acredita que os empreendedores de sucesso chegaram aonde chegaram por causa de inteligência privilegiada. Até porque os empreendedores que se julgam muito inteligentes normalmente são os que desistem mais rápido diante de resultados pouco animadores. São traídos pela própria inteligência, achando que ela está sendo sub-utilizada num negócio que não parece ter futuro certo.

Por outro lado, os empreendedores que persistem, colocando o sonho acima da vaidade intelectual, continuam a tocar o seu negócio. Passam por anos de sacrifício, até que em algum momento desembocam na hora e no lugar certos, com as pessoas certas. E o negócio finalmente deslancha!

De cada 10 empresas que prosperam, nove têm algo em comum: o dono gosta do que faz, acredita no que faz e tem paciência para esperar o mercado reconhecer seu valor. Se não gosta, deixa de acreditar. Se não acredita, a paciência não tem sentido. E sem sentido nada existe. Ou a mesma coisa de outro jeito: se gosta, o trabalho se assemelha ao prazer, não a aquele fardo que se suporta apenas para pagar as contas. Se acredita, talvez nem pense em desistir, afinal o tempo não importa tanto assim quando se tem fé. E, se não desiste, dar certo é uma questão de tempo.

A matemática ajuda a explicar o sucesso dos persistentes. Se um empreendedor entregar os pontos depois de prospectar 50 clientes em um ano de trabalho e outro empreendedor continuar no negócio por mais cinco anos com a mesma taxa de prospecção, o persistente terá cinco vezes mais chance de fazer a empresa prosperar.

Parece lógico? Note que a taxa de sucesso, nesse caso, não tem nada a ver com inteligência privilegiada – apenas com paciência e persistência. O mundo está cheio de pessoas pelas quais ninguém dava um tostão e que hoje são acionistas de empresas milionárias.

Da mesma forma, há uma multidão de primeiros alunos da classe que abriram sua empresa e não tiveram a paciência necessária para continuar remando contra a maré. Fecharam as portas e hoje, na mesa do bar, sempre que têm oportunidade, comentam com os amigos que não conseguem entender como tanta “gente burra” dá certo e ele, “inteligente e cheio de ideias novas” quebrou a cara.

Também é preciso lembrar que paciência é fundamental, sim, mas não é tudo. Existe uma linha nem sempre nítida que separa a persistência virtuosa da insistência inútil. Jamais gaste vela boa com defunto ruim – melhor assumir o prejuízo e fechar as portas do que perder mais dinheiro e aumentar o desgaste e o estresse. Se a situação está muito mal, a hora de fechar fica evidente. A grande questão é quando a empresa está patinando sem sair do lugar, naquele vai-não-vai, fecha-não-fecha. O que fazer nesse caso? Bem, o amigo pobre desistiria. Já o amigo rico continuaria pulando.

By Pedro Mello.

O vendedor de balões

Posted in Reflexão with tags , , , , , , , , , , , , , , on 20/04/2014 by Joe

O vendedor de balões

Era uma vez um velho homem que vendia balões numa quermesse.

Evidentemente, o homem era um bom vendedor, pois deixou um balão vermelho soltar-se e elevar-se nos ares, atraindo, desse modo, uma multidão de jovens compradores de balões.

Perto dali, havia um menino negro. Estava observando o vendedor e, é claro, apreciando os balões.

Depois de ter soltado o balão vermelho, o homem soltou um azul, depois um amarelo e, finalmente, um branco. Todos foram subindo até sumirem de vista.

O menino, de olhar atento, seguia a cada um. Ficava imaginando mil coisas… Porém, uma coisa o aborrecia: o homem não soltava o balão preto. Então, aproximou-se do vendedor e lhe perguntou:

– “Moço, se o senhor soltasse o balão preto, ele subiria tanto quanto os outros?”

O vendedor de balões sorriu compreensivamente para o menino, arrebentou a linha que prendia o balão preto e, enquanto ele se elevava nos ares, disse:

– “Não é a cor, filho… é o que está dentro dele que o faz subir!”

By Anthony de Mello.

Esforço individual

Posted in Inspiração with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 09/08/2013 by Joe

Pequena chama

Você já pensou no valor do esforço individual?

Uma demonstração desse valor foi realizada numa noite escura, sem estrelas, durante um comício patriótico no Coliseum Stadium, de Los Ângeles.

Havia cerca de cem mil pessoas reunidas no local, quando o presidente avisou que todas as luzes seriam apagadas. Ele disse que, embora ficassem na mais completa escuridão, não havia motivos para receios.

Quando as luzes se apagaram e as trevas tomaram conta do ambiente, ele riscou um fósforo e perguntou à multidão:

– “Quem estiver vendo esta pequenina luz queira exclamar ‘sim’!”

Um vozerio ensurdecedor partiu da assistência. Todos percebiam aquela minúscula chama.

O silêncio se fez novamente e o homem falou:

– “Assim também fulgura um ato de bondade num mundo cheio de maldade.”

E, insistindo em suas ideias, lançou um desafio:

– “Vejamos agora o que acontece se cada um de nós acender um palito de fósforo.”

Num instante, quase cem mil minúsculas chamas banharam de luz a imensa arena, fruto da colaboração de cem mil indivíduos, cada um fazendo a parte que lhe tocava.

Essa foi a maneira singela que o homem utilizou para despertar nos indivíduos o valor do esforço pessoal!

Desconheço a autoria, mas concordo plenamente: se cada um de nós iluminasse só um pouquinho, não haveria trevas neste planeta!

Síndrome da solidão

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Ponte

Não importa se está solteiro ou casado. Não importa sem tem muitos ou poucos amigos. Nem tampouco se é introvertido ou extrovertido. A síndrome da solidão não tem a ver com convites para festas e baladas ou a ausência deles.

Justamente num tempo em que o mundo está cada vez mais globalizado, em que as facilidades para os encontros são inúmeras e de diversas formas, parece que a maioria das pessoas está, cada uma no seu grau, sofrendo de solidão.

A carência parece nos consumir em desejos que inexplicavelmente não se realizam e numa saudade que a gente nem sabe de que, de onde ou de quem. Buscamos o outro sem encontrá-lo, ainda que vivamos um sem número de relações. Este outro, tão esperado, parece nunca chegar. Ou melhor, às vezes parece nem existir.

O velho e bom carteiro continua passando todos os dias. Temos telefone, fax e computador. Dentro dele, os e-mails, as salas de bate-papo, os sites de encontros, o facebook, oorkut, o gazzag, o multiply e o msn. Temos também blogs, fotologs e skype. Instalamos câmera, microfone e colecionamos uma lista interminável de amigos (alguns que a gente nem sabe quem são… mas vale mantê-los porque nos dão a sensação de estar junto). Tudo para tentar aplacar este eco interior. Qualquer coisa que preencha o vazio, o abismo que insiste em nos separar de alguém que já fomos um dia ou – pior! – que gostaríamos de ser, mas não sabemos como construir, enfim, a ponte.

Creio que este seja o primeiro passo. Precisamos aprender a construir pontes. Pontes que nos levem até onde desejamos chegar, especialmente do outro lado de nós mesmos.
Estamos sempre do lado de fora, procurando, olhando, observando, acusando, apontando, amando, desejando, rindo e chorando… sempre do lado de fora… Basta uma conversa, uma situação, um encontro e lá estamos nós falando do que o outro fez, do que o outro disse, de como o outro nos faz sentir. Basta uma nova paixão ou uma velha briga com quem já está ao nosso lado para encontrarmos todas as justificativas no outro.

Não temos as pontes, as benditas pontes… Caramba! Nem tentamos construí-las. Simplesmente nos acomodamos com as facilidades dos encontros sem laços com o outro sem nos darmos conta de que o único encontro necessário não tem acontecido há anos, há muito, muito tempo! E, assim, muitos estão morrendo, ou melhor, se matando de solidão no meio da multidão.

Paradoxal? Lamentável? Pode até ser! Mas as saídas existem, eu tenho certeza! Você pode encontrar a sua. Eu posso encontrar a minha. Só que, definitivamente, tem que ser dentro e não fora!!!

Temos confundido liberdade e amor-próprio com egoísmo e individualismo. Olhamos constantemente para o outro, mas não conseguimos vê-lo verdadeiramente porque somente poderemos enxergar alguém – quem quer que seja – depois de termos nos enxergado. Falta nos responsabilizarmos. Falta parar com essa mania desgraçada de acreditar que o outro é o causador dos fatos em nossa vida.

E assim, quando finalmente começarmos a olhar para tudo o que nos acontece com um pouco mais de propriedade, estou certa de que a solidão diminuirá consideravelmente, porque permitiremos a aproximação das pessoas sem tantas ressalvas e compreenderemos que somos todos um e que, sozinhos, fechados em nossa concha pessoal, não somos ninguém, nossa existência perde qualquer sentido. Não faz link, não tem significado nem importância, porque perdemos a chance preciosa de compartilhar nosso coração.

Sugiro que você aposte mais na delícia dos encontros, mas comece hoje, agora, a construir pontes pelas quais você possa passar, atravessar o abismo que sente aí dentro. Porque do outro lado, está certamente a sua imensa capacidade de mudar qualquer situação para melhor. E que esta mudança inclua a humildade que requer a convivência, para definitivamente conseguir sentir bem mais amor e bem menos solidão.

By Rosana Braga.

Solidão pra que?

Posted in Reflexão with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 28/11/2012 by Joe

Você tem dado atenção para essa pessoa especial que é você?

Estou te perguntando porque passamos muito tempo cuidando das pessoas ao nosso redor, do nosso trabalho, dos familiares e até dos amigos.

Somos craques em perceber quando um amigo não está bem, temos conselhos para tudo e para todos e, muitas vezes, quando a noite termina, estamos isolados em uma solidão profunda…

Examinando a solidão vamos perceber que ela pode ocorrer até no meio de uma multidão de gente, ataca crianças e adultos, não escolhe raça, nem sexo, simplesmente vai se instalando onde nem sempre é chamada. Aliás, quem em são juízo vai dizer que adora a solidão? Não to falando daqueles momentos em que você quer ficar só, nada disso, isso é até saudável e necessário; estou falando de solidão brava, daquelas que até dói na alma.

Solidão dói? Dói pra caramba! Ela se manifesta de tal maneira que vai causando outros estragos na alma e, com o tempo, no corpo também. Isso mesmo: muitas doenças físicas acabam sendo geradas pela solidão, porque a sua auto-estima é a primeira a cair. Principalmente quando a pessoa cisma que precisa encontrar uma pessoa para fazê-la feliz e os relacionamentos não acontecem, só tranqueira, só pequenas aventuras e parece que, quanto mais procura, menos encontra.

As causas são muitas, a resposta para o problema, uma só: preencher-se! Isso mesmo, você tem que descobrir o que anda deixando de fazer por você. O que o seu corpo ou espírito anda pedindo e você não está dando. Com certeza não é uma companhia, um(a) companheiro(a), pois ninguém preenche ninguém.

Cada ser humano precisa se valorizar, ter a certeza do seu valor para receber da vida o que merece. Pense nisso, e procure descobrir o que você está deixando de fazer por você mesmo, e preencha-se!

Solidão, nunca mais…

By Paulo Roberto Gaefke.

A cidade dos resmungos

Posted in Inspiração with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 20/02/2012 by Joe

Era uma vez um lugar chamado Cidade dos Resmungos, onde todos resmungavam, resmungavam, resmungavam. No verão resmungavam que estava muito quente. No inverno, que estava muito frio. Quando chovia, as crianças choramingavam porque não podiam sair. Quando fazia sol reclamavam que não tinham o que fazer. Os vizinhos queixavam-se uns dos outros, os pais queixavam-se dos filhos, os irmãos das irmãs.

Todos tinham um problema e todos reclamavam que alguém deveria fazer alguma coisa.

Um dia chegou à cidade um mascate carregando um enorme cesto às costas. Ao perceber toda aquela inquietação e choradeira, colocou o cesto no chão e gritou:

– “Ó, cidadãos deste belo lugar! Os campos estão abarrotados de trigo, os pomares carregados de frutas. As cordilheiras estão cobertas de florestas espessas, e os vales banhados por rios profundos. Jamais vi um lugar abençoado por tantas conveniências e tamanha abundância. Por que tanta insatisfação? Aproximem-se, e eu lhes mostrarei o caminho para a felicidade”.

Ora, o povo olhava a camisa do mascate, que estava rasgada e puída. Havia remendos nas calças e buracos nos sapatos.

As pessoas riram que alguém como ele pudesse mostrar-lhes como ser feliz. Mas enquanto riam, ele puxou uma corda comprida do cesto e a esticou entre dois postes na praça da cidade. Então, segurando o cesto diante de si, gritou:

– “Povo desta cidade! Aqueles que estiverem insatisfeitos escrevam seus problemas em um pedaço de papel e ponham dentro deste cesto. Trocarei seus problemas por felicidade!”

A multidão, então, se aglomerou ao seu redor. Ninguém hesitou diante da chance de se livrar dos problemas. Todo homem, mulher e criança da vila rabiscou sua queixa num pedaço de papel e jogou no cesto.

Eles observaram o mascate pegar cada problema e pendurá-lo na corda. Quando ele terminou, havia problemas tremulando em cada polegada da corda, de um extremo a outro.

Então, ele disse:

– “Agora cada um de vocês deve retirar desta linha mágica o menor problema que puder encontrar”.

Todos correram para examinar os problemas.

Procuraram, manusearam os pedaços de papel e ponderaram, cada qual tentando escolher o menor problema.

Depois de algum tempo a corda estava vazia.

Eis que cada um segurava o mesmíssimo problema que havia colocado no cesto. Cada pessoa havia escolhido os seu próprio problema, julgando ser ele o menor da corda.

Daí por diante, o povo daquela cidade deixou de resmungar o tempo todo.

E sempre que alguém sentia o desejo de resmungar ou reclamar, pensava no mascate e na sua corda mágica.

By William J. Bennett, do livro “O Livro das virtudes II – O Compasso Moral.

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