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O mal da rotina

Posted in Inspiração with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 03/04/2015 by Joe

O mal da rotina

Seu Jorge já cantarolava, abençoado por uma melodia de Chico Buarque: “Todo dia ela faz tudo sempre igual/ me sacode às seis horas da manhã/ me sorri um sorriso pontual/ e me beija com a boca de hortelã”. Ambos os amantes não pareciam incomodados com a rotina que o casal compartilhava, e a composição não deixa transparecer qualquer desconforto com o cotidiano previsível. Mas e se ela o acordasse um pouco antes para cobrir-lhe de beijos com gosto de… maçã? Se não sorrisse ao acordá-lo, mas o pegasse desprevenido com cócegas que o fizesse perder o ar de tanto rir? E se ele faltasse ao trabalho, um dia que seja, para brindar a vida na companhia da amada?

Gostar de rotina não é algo ruim. Precisamos dela para nortear nossas vidas, dar linearidade ao nosso cotidiano, nos tirando do caos e auxiliando-nos a dar foco às metas. A rotina é a nossa cura da ressaca, nosso mais do mesmo que precisa existir, nossa obediência às regras, nossa submissão ao tempo, nossa dose de normalidade diária.

Sair da rotina, do óbvio, é um tanto doloroso para algumas pessoas. Arriscar-se numa atividade nova, atrasar-se mais que cinco minutos, um feriado no meio da semana (acredite: há quem não goste nem um pouco de feriado que tire da mesmice de uma semana de trabalho) nem sempre é fácil de encarar. Ainda mais pra quem trabalha com o método da agenda: acordar às seis, ler as notícias acompanhado de uma xícara de café – nem muito quente, nem frio, nem morno: acertar o ponto todas as vezes é crucial e rotineiro, por assim dizer – tomar um banho rápido, vestir-se e chegar no trabalho às oito. Nem sete e cinquenta e dois, nem sete e cinquenta e nove, muito menos oito e um. Oito. Trabalhar incessantemente, voltar pra casa (pelo mesmo caminho de sempre), assistir qualquer porcaria na televisão, dormir. Fim de semana é almoçar na mãe, ir ao cinema, voltar antes que escureça, dormir.

Pessoas assim não se permitem experimentar algo novo e ousado, por mais simples que seja. Por mais que a mídia tenha explorado e criticado positivamente aquela peça que está em cartaz todas as quartas, não é digno se dar ao luxo de fazer um programa cultural em plena quarta-feira. Amanhã é quinta, dia de labutar. Às oito em ponto.

Por mais que delivery de pizza seja prático, rápido e barato, não custa nada explorar os demais restaurantes da cidade, levar a garota ou o garoto para degustar sushi, comida chinesa, tailandesa, ou churrasco gaúcho, que seja. Algo que não venha engordurado dentro de uma caixa de papelão.

Há quem não goste de acampar na praia, mas que nunca sequer dormiu dentro de uma barraca e protege-se dos pés à cabeça do sol, da areia e da água salgada que resseca e quebra o cabelo. Tem gente que detesta balada, porque sempre frequentou a mesma casa noturna, que conta sempre com a presença dos mesmos DJ’s, sempre com as mesmas pessoas.

Há quem não goste de beber, mas que nunca bebeu, que não goste de redes sociais e que sempre conservou a velha conta de e-mail no BOL, que não goste de chuva, mas que nunca sentiu a deliciosa sensação da água refrescando o corpo num dia de calor infernal, que não gosta de música brasileira, mas que nunca se arriscou a ouvir os mestres da MPB – e que, inclusive, critica ferozmente o nosso funk, mas que dança de forma frenética ao som do pop e do hip hop americano que faz apologia às drogas e ao sexo, com letras tão “proibidonas” quanto as do ritmo carioca.

De que vale a vida, penso eu, se não arriscarmos, nos entregarmos ao novo? Ter o coração partido e se fechar para um novo amor; permanecer num emprego que te causa infelicidade, mas que garante estabilidade; dormir cedo sempre; nunca se atrasar; ir ao mesmo cinema; frequentar as mesmas praias; estranhar novas amizades… que perda de tempo!

Durante muito tempo fui um pouco assim, e confesso que ainda sou paranóica com horários e rotina, mas estou tentando mudar. Reconhecer que a minha bolha é limitada e que a zona de conforto não nos oferece nada mais que conforto é o primeiro passo.

Toda revolução sofre um pouco de resistência no ínicio – mesmo que a revolução seja mudar de cafeteria ou de marca de sabão em pó – mas pequenas ações podem resultar em mudanças positivas na nossa vida.

Se o café está bem quente, eu acho bom. Se está morno, me incomodo um pouco, mas engulo feliz. Se tem suco, agradeço: mais um dia sem cafeína. Viver metodicamente é não viver, ou viver pela metade.

Você por acaso sabe se existe vida após esta aqui? Melhor não desperdiçar. Hortelã pode ser bom, mas há uma infinidade de sabores por aí.

By Jennifer Severo.

Tórtano

Posted in Receitas with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 05/07/2014 by Joe

Tórtano

Quem frequenta as mais tradicionais pizzarias costuma encontrar, entre as deliciosas entradas (antepastos), um pão delicioso recheado com linguiça calabresa, mussarela e alguns outros temperinhos, assado lentamente em forno à lenha.

Confesso que, por algumas vezes, já pedi tórtano (além de outros antepastos) e vinho e a pizza acabou ficando pra outra oportunidade!

Esse pão é encontrado no sul da Itália, mais especificamente nas regiões de Nápoles e da Calábria. Originalmente preparado pelas nonas, a receita do tórtano variava de família para família, mas era – e ainda é – uma presença constante no dia-a-dia das mesas italianas.

É muito parecido com o Fular português, sendo que este é presente mais na época da Páscoa, e preparado com uma massa mais pesada e carnes mais secas.

Porém, é preciso ficar atento porque em muitos lugares – e aí incluímos muitas pizzarias – pães com linguiça são preparados e vendidos sob a alcunha de tórtano.

Um bom tórtano se caracteriza pela linguiça que se sobressai à massa, com baixo teor de gordura, coloração viva e sabor predominante. O sabor da massa é o que menos se nota, devendo ter umidade característica (devido à gordura da linguiça) e mussarela de boa qualidade.

A temperatura do forno deve ser mais baixa para evitar que o tórtano fique ressecado, o que tornaria o pão seco, pesado e massudo. O ideal seria assar em forno à lenha, lentamente!

Neste sábado, trago a receita de tórtano de uma tradicionalíssima pizzaria de São Paulo que prepara esse delicioso pão há décadas!

Tórtano

Ingredientes

60 gramas de fermento biológico fresco
50 ml de azeite de oliva extravirgem
1 colher (sopa) de açúcar
1.250 g de farinha de trigo
650 ml água mineral em temperatura ambiente
2 colheres (sopa) de sal
500 gramas de linguiça calabresa em fatias fininhas
200 g de mussarela ralada
orégano à gosto
azeite de oliva para untar a assadeira
1 gema de ovo

Modo de preparo

Colocar em um recipiente o fermento biológico e o açúcar, misturando bem até obter um creme. Em seguida, junte o sal e o azeite e continue misturando. Em seguida, vá acrescentando a água, e misturando sempre. Comece a acrescentar a farinha de trigo e continue trabalhando a massa até utilizar toda a farinha. Isso deve levar uns 10 minutos até que ela fique no ponto.

Basta trabalhar a massa com as mãos, sem sová-la, até que fique lisa e solte completamente das mãos. Coloque a massa em uma tigela enfarinhada, espalhe um pouco de farinha por cima também, cubra com um pano limpo e deixe descansar por umas duas horas em temperatura ambiente, longe de vento e ar frio. A massa deve crescer até quase dobrar de tamanho.

Quando a massa tiver crescido, corte-a em três partes e abra-as em uma superfície enfarinhada com a ajuda de um rolo como se fosse preparar uma pizza. Neste ponto já pode aquecer o forno a 180º C por uns 15 minutos. Espalhe, em cada parte, as linguiças fatiadas e a mussarela ralada, de forma que fique tudo bem distribuído por toda a superfície da massa. Polvilhe igualmente o orégano em cada parte da massa, e enrole cada uma como se fosse um rocambole.

Com as mãos, estique ligeiramente esse “rocambole” tomando cuidado para que a massa não se rasgue. Passe cada “rocambole” por cima do outro, formando uma trança. Una as pontas, dando uma forma redonda a esta trança, coloque-a em uma forma alta, redonda, de alumínio, previamente untada com um fio de azeite. Deixe descansar por meia hora, mais ou menos, antes de levar ao forno.

Bata a gema de ovo e pincele a superfície do pão, já na forma. Leve o pão ao forno e deixe assar até que fique bem dourado.

Dicas: espere o pão esfriar por meia hora antes de desenformá-lo. Isso não vai esfriá-lo, mas faz com que ele não se quebre na hora de retirar da forma.

Sirva com um fio de azeite de ótima qualidade e um bom vinho tinto (sugiro um Valpolicella)!

By Joemir Rosa.

Camarões ao Catupiry®

Posted in Receitas with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 28/06/2014 by Joe

Camarões ao Catupiry

Catupiry®, esse requeijão delicioso, tem sabor de infância!

Para quem é de fora e não conhece a história da empresa e do Requeijão Catupiry®, ela começou nas mãos do imigrante italiano Mário Silvestrini, em 1911, no estado de Minas Gerais, onde também começou o processo industrial do produto. Em 1949, ele passou a ser produzido em São Paulo, onde está atualmente a sua matriz.

No início, era consumido puro, com pães, torradas e com sobremesas. Por ser um produto versátil, logo despertou a criatividade das donas de casa e chefs brasileiros, gerando uma infinidade de receitas culinárias. Invadiu a tradição italiana no Brasil e deu origem à famosa pizza de Catupiry®.

Por ter baixo teor de acidez, o requeijão Catupiry® se tornou um ingrediente indispensável para inúmeros pratos como: massas, peixes, aves e carnes. Dessa maneira, surgiu a expressão “ao Catupiry®” nos grandes restaurantes. Da cozinha doméstica à cozinha profissional e industrial foi um pulo. A empresa concedeu, para alguns fabricantes de congelados e pizzas o direito de imprimir a logomarca da Catupiry® nos rótulos das embalagens, como garantia de qualidade.

E essa história está longe do seu fim. O requeijão Catupiry®, sempre pioneiro no seu segmento, atravessou fronteiras e chegou a outros países com a sua tradição de qualidade e excelência. Afinal, o nome Catupiry® tem sua origem na língua Tupi, significando “excelente”!

A receita deste sábado é deliciosa e tem como ingredientes, duas delícias da gastronomia: o próprio requeijão Catupiry® e camarões!

Camarões ao Catupiry®

Ingredientes

Requeijão Cremoso Catupiry®1 kg de camarões médios descascados
1 cebola grande picadinha
1 pimentão vermelho picadinho
1 pimentão verde picadinho
2 dentes de alho amassados
1/2 lata de tomates pelados triturados
manjericão, alecrim e salsa a gosto
azeite a gosto
cachaça para flambar
sal a gosto
pimenta do reino branca a gosto
400 g de requeijão cremoso Catupiry®
batata-palha a gosto
queijo parmesão ralado

Modo de preparo

Em uma frigideira bem quente, regue um pouco de azeite e sele os camarões, sem adicionar temperos, dos dois lados, até ficarem um pouco vermelhos. Reserve.

Em uma outra frigideira grande, refogue a cebola picada, depois os pimentões e acrescente os dois dentes de alho amassados. Acrescente os camarões reservados na frigideira. Agora é o momento de flambá-los. Use um pouco de cachaça amarela para isso.

Uma vez flambados, acrescente o tomate pelado triturado, já quase no ponto de molho. Não use tomate normal picado pois o camarão pode passar do ponto; use o pelado. Cozinhe por, no máximo três minutos, e acerte no sal, tempere com pimenta e coloque as ervas aromáticas.

Caso o molho fique um pouco ralo, você pode engrossar usando a velha tática do amido de milho diluído num copo d’água morna (pra não empelotar) para dar uma engrossada no molho.

Em um refratário, forre o fundo com metade do Catupiry®. Por cima desta base, espalhe os camarões com o molho que acabou de preparar e cubra com a outra metade do Catupiry®. Espalhe batata-palha e queijo parmesão ralado por cima para dar crocância ao prato.

Leve ao forno para gratinar e pronto! Sirva com arroz branco e salada verde.

By Joemir Rosa

Torta aerada de liquidificador

Posted in Receitas with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 12/04/2014 by Joe

Torta de liquidificador

A sugestão deste sábado não tem história e nem artistas vinculados. Porém, ela é ótima para um lanche de fim de tarde ou um sábado à noite, para quem quer fugir um pouco daquela pizza nossa de cada fim de semana.

A receita é bem simples e é preparada no liquidificador. O que diferencia esta receita de outras tantas é a massa, que fica bem leve e aerada. O recheio fica a critério de cada um, podendo variar de acordo com a vontade e o gosto de cada pessoa. Eu curto muito o recheio de frango e também o de carne moída refogada. Outras opções são: sardinhas, palmito, camarão com catupiry, queijo, presunto e orégano ou legumes.

Se alguém tiver outras sugestões de recheios, pode deixar nos comentários, não esquecendo o modo de preparar, ok?

Vamos à receita!

Torta de liquidificador

Ingredientes

Massa

2 xícaras (chá) de leite
1/2 xícara (chá) de azeite de oliva
2 xícaras (chá) de farinha de trigo
2 ovos
1 tablete de caldo de galinha
1 colher (sopa) de açúcar
20 gr de fermento biológico seco instantâneo
queijo parmesão ralado grosso

Recheio

1 peito de frango desossado (em torno de 800 gr)
1 colher de azeite
2 cebolas picadas
4 dentes de alho picados
sal a gosto
pimenta do reino a gosto
1 lata de ervilhas ou milho
1 tomate grande picado, sem sementes
1 xícara de leite
1 copo de requeijão (sugiro sabor cheddar)
salsa e cebolinha picados

Modo de preparo

Massa: coloque o leite numa panela e leve ao fogo até amornar. Retire do fogo e despeje no liquidificador. Adicione o azeite (reserve 1 colher de sopa), a farinha de trigo, os ovos, o sal e o açúcar. Bata até obter uma mistura homogênea. Acrescente o fermento e bata apenas por alguns segundos. Cubra o copo do liquidificador com filme plástico e deixe descansar entre 45 e 60 minutos, até a massa dobrar de volume. Se o copo de liquidificador for de 1 litro, sugiro dividir a massar em outro recipiente pois ela cresce bastante e fica bem aerada.

Recheio: cozinhe o peito de frango em panela de pressão e depois desfie bem. Em uma panela, com uma colher de azeite, refogue o alho e as cebolas. Adicione o frango desfiado e refogue bem, acertando o sal e a pimenta. Adicione a ervilha (ou milho), os tomates e misture tudo. Cuide para que o recheio não fique seco. Adicione a salsa e cebolinha picados e reserve.

Pré-aqueça o forno à temperatura média (180ºC).

Numa panela pequena coloque o requeijão e o leite, leve ao fogo baixo e dissolva tudo muito bem até obter um creme. Despeje sobre o frango reservado e misture bem. Com o azeite de oliva reservado, unte uma assadeira de 30 cm de diâmetro e polvilhe com farinha de trigo. Em seguida, despeje metade da massa e distribua uniformemente o recheio. Cubra com o restante da massa, polvilhe com o queijo parmesão ralado e leve ao forno por 50 minutos, ou até a torta dourar. Retire do forno, fatie e sirva.

Vinho tinto ou cerveja são ótimos acompanhamentos!

By Joemir Rosa.

Crepizza

Posted in Receitas with tags , , , , , , , , on 03/08/2013 by Joe

Crepizza

Depois da fugazzeta, trazemos mais uma especialidade de origem argentina, que segue o modelo “a la piedra“, com massa fininha e assada na pedra.

A Crepizza, como o próprio nome sugere, é uma mistura de crepe com pizza. Ela é preparada com a mesma massa da pizza, fina, recheada, enrolada e assada em forno médio para que fique bem crocante.

A receita de hoje é preparada com matambrito, a capa de costela bovina, cozida, assada e desfiada, e requeijão.

Espero que gostem da novidade!

Crepizza

Ingredientes

120 gramas de massa básica para pizza, em formato de bola.
40 ml de molho de tomate
100 gramas de mussarela ralada no ralo grosso
50 gramas de parmesão ralado fino
100 gramas de matambrito (capa de costela bovina desfiada)
5 ml de azeite
100 gramas de requeijão cremoso

Modo de preparo

Para preparar o matambrito, cozinhe a capa de costela bovina e depois leve ao forno. Quando estiver assada, desfie e reserve.

Numa superfície lisa e polvilhada com farinha de trigo, abra a massa da pizza com o auxílio de um pau de macarrão e em formato ovalado, mais comprido.

Espalhe o molho de tomate apenas no meio da massa aberta, porque as bordas serão fechadas depois. Sobre o molho, acrescente a mussarela, o matambrito e por último o requeijão.

Para fechar, enrole uma das pontas sobre o recheio. Repita o processo com a outra ponta. O procedimento é parecido com o do rocambole. Para que a massa não abra, aperte a última junção com o dedo polegar e o indicador em todo o comprimento e pontas. O importante é que ela fique bem fechada para que não haja vazamento do recheio.

Depois de fechada, unte a parte de cima da crepizza com azeite e cubra com parmesão. Leve ao forno pré-aquecido por 10 minutos. Sirva cortada em pequenos pedaços acompanhada de molhos variados (azeitonas pretas, pesto de manjericão, mostarda Dijon, etc).

Para quem não sabe, aqui vai a receita da massa básica para pizza:

Massa para pizza

2 tabletes de fermento biológico
3 colheres de sopa de açúcar
1 colher de chá de sal
3 ½ xícaras de chá de farinha de trigo
1 xícara de chá de água morna
1/2 xícara de chá de óleo de soja

Modo de preparo

Numa vasilha dissolva o fermento com o açúcar, junte o sal e o óleo. Junte a farinha de trigo aos poucos, alternando com a água morna. Misture bem e amasse com as pontas dos dedos até obter uma massa homogênea e lisa. Divida em pequenas bolas de, mais ou menos, 100 gramas, cubra e deixe crescer até dobrar de volume.

By Joemir Rosa.

Em Defesa da Comida – Um Manifesto

Posted in Livros with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 12/08/2012 by Joe

Livro: Em Defesa da Comida – Um Manifesto
By Michael Pollan
Editora Intrínseca

Comida! Todo mundo adora comer. Então, por que a comida precisa de defesa?

Porque a maior parte do que consumimos como refeições – na lanchonete, diante da TV, no carro e, cada vez mais, sozinhos – não é comida!!

Neste manifesto a favor de uma alimentação de verdade, Michael Pollan nos prova que, em vez de alimentos, somos levados a ingerir “substâncias comestíveis parecidas com comida”. O autor denuncia as razões para nossa alimentação se basear em produtos processados colocados à nossa disposição de acordo com as prioridades da agroindústria e da indústria alimentícia, e conforme os dogmas da ciência da nutrição.

Pollan investiga também os motivos de a maior parte dos alimentos da dieta ocidental ser comercializada com destaque de seus benefícios à saúde. Hoje os comestíveis anunciam “vitaminas”, “baixo teor de gordura” ou “enriquecimento” com ômega-3, ferro, magnésio, soja — e uma série de elementos pretensamente saudáveis, que variam conforme campanhas de marketing fundamentadas em diretrizes econômicas e/ou governamentais. Em defesa da comida ressalta que esse deve ser o primeiro sinal de alerta. Afinal, quatro das dez principais causas de morte na atualidade são doenças crônicas ligadas à alimentação: distúrbios coronarianos, diabetes, AVC e câncer.

Se nos falta comida de verdade – aquela que nossas avós reconheceriam como comida e que dispensava rótulos com as porcentagens de adição de substâncias benéficas, nutrientes, teor calórico ou índices de gorduras -, o autor mostra o que, de fato, aconteceu e desvirtuou a cadeia alimentar. Por isso ele indica o que fazer propondo hábitos simples e libertadores: “Coma comida. Não muita. Principalmente vegetais”.

Saúde e alimentos não-industrializados andam juntos. E apesar das verdadeiras ameaças ao bem-estar disponíveis nas prateleiras dos supermercados, podemos escapar das doenças crônicas resultantes dessa dieta realocando nossos hábitos e nosso apetite. Em defesa da comida aponta as escolhas que podem transformar nossa compreensão do que significa ser saudável, e levar ainda mais prazer às refeições.

“Não coma nada que a sua bisavó não reconheceria como comida”. Este é o sábio conselho do respeitadíssimo autor americano Michael Pollan em seu livro. Imagine caminhar com a sua bisavó, hoje, por qualquer supermercado. Sim, as frutas e legumes ela adoraria. No entanto, o que seriam aquelas caixas de sucrilhos com uma lista de nutrientes listados na lateral? E os sacos de batata frita? Bolo pré-preparado? Sopa em lata? Sopa em pó? Pizza industrializada e congelada? Leite achocolatado?

Em Defesa da Comida – Um Manifesto é um livro informativo, que não sugere nenhuma dieta milagrosa e nem prega um fundamentalismo “natureba”. Defende apenas a volta aos dias em que se apreciava comida menos processada!

Mostra com pesquisas e evidências que a dieta ocidental (leia-se americana, de modo geral) não é a mais saudável e seria um dos motivos pelos atuais índice de obesidade e problemas de saúde dos americanos. E, o pior, nossa alimentação por aqui também está muito americana para um país onde “tudo que se planta, dá”!

Dentro do seu manifesto, Pollan não fica cheio de dedos, aponta e ainda cutuca a ferida. Ou seja, faz aquilo que o jornalismo deveria fazer. Promove o pensamento e a crítica.

By Joemir Rosa.

Pizza Supreme

Posted in Receitas with tags , , , , , , , , , on 19/05/2012 by Joe

Alguém há de dizer: “Lá vem você com pizza novamente”! E eu direi: “Sim! Aqui venho eu novamente com uma receita de pizza”!

Já contei a história da pizza, também já mencionei que receitas de pizzas existem aos montes, que todo mundo tem uma receita diferente, todo mundo gosta especificamente de um sabor (ou vários) de pizza! Já postei as receitas da pizza enrolada, da pizza de picanha, da pizza de batata palha, e da fugazzeta, e sei que ainda publicarei outras no futuro.

Hoje escolhi uma receita de pizza que parece mais que isso, parece até uma torta, uma vez que é preparada com massa grossa e uma maior variedade e quantidade de ingredientes. Mas é o tipo de pizza que eu adoro: massa grossa e super recheada, daquelas que saem do forno borbulhante, o queijo bem derretido! Ótima para estas noites geladas de outono-quase-inverno!

Espero que gostem!

Pizza Supreme

Ingredientes

Massa

1 tablete de fermento fresco
1 xícara de leite morno
1 ovo
1 colher de sopa de açúcar
1 colher de café de sal
1 colher de sopa de óleo
1 colher de sopa de margarina
1 xícara de batatas cozidas espremidas
farinha de trigo suficiente
1 colher de sopa de molho de tomate pronto para pizza

Recheio

300 g de queijo mussarela ralada
100 g de salame tipo pepperoni fatiado
100 g de cogumelos frescos
1 cebola média em fatias
1 pimentão verde cortado em rodelas
1 colher de sopa de azeite
1 dente de alho picado
1 lata de molho de tomate pronto para pizza
10 azeitonas pretas fatiadas
sal a gosto

Modo de preparo

Massa

Em um recipiente grande, e com a ajuda de um garfo, misture bem o fermento e o sal até que fique uma mistura bem homogênea. Adicione os demais ingredientes e misture muito bem com as mãos, integrando tudo.

Depois vá adicionando a farinha de trigo aos poucos até a massa desgrudar das mãos. Faça uma bola e deixe crescer no mesmo recipiente, coberto com um pano levemente umedecido, até que a massa dobre de volume (em torno de uma hora e pouco).

Enquanto a massa descansa e dobra de volume, pegue uma forma redonda de borda alta e unte com azeite. Depois, abra a massa com um rolo ou uma garrafa até formar um disco com diâmetro suficiente para cobrir a forma e com espessura de, aproximadamente, um centímetro.

Pré-aqueça o forno por uns 10 minutos a 180º graus. Coloque o disco de massa na forma redonda, cubra com uma colher do molho de tomates pronto para pizza e espalhe bem. Leve ao forno para pré-assar por uns 10 minutos. Retire do forno e reserve.

Recheio

Lave bem os cogumelos, fatie e refogue-os com o azeite, a cebola fatiada, o pimentão e o sal (uma pitada ou duas) até que a cebola e o pimentão fiquem ligeiramente macios. Reserve.

Montagem

Pegue a massa pré-assada, cubra com bastante molho de tomate, espalhando bem. Espalhe a mussarela ralada por cima, depois o pepperoni fatiado e o refogado de cogumelos, cebola e pimentão. Por último, as azeitonas pretas fatiadas.

Levo ao forno a 180º graus por uns 15 ou 20 minutos. Sirva acompanhada de um bom Chianti, que é um vinho “alegre” e expressivo, que vai bem muito bem com a massa e os temperos da pizza!

By Joemir Rosa.

Caldinho de feijão

Posted in Receitas with tags , , , , , , , , , on 31/03/2012 by Joe

Fim de semana de frio e, de novo, bate aquela vontade de ficar em casa, vendo um bom filme, reunindo os amigos para uma partida de tranca ou, simplesmente, para jogar conversa fora!

Tudo bem que pizza, cerveja, salgadinhos caem bem com qualquer tempo. Mas, por que não variar um pouco esse cardápio e experimentar um delicioso caldinho de feijão, quente e nutritivo?

A receite de hoje é bem isso: simples, fácil de preparar, saborosa e cai bem nas noites geladas de inverno!

Caldinho de feijão

Ingredientes

1 kg de feijão carioquinha
4 folhas de louro
1 cebola grande picada
1 cabeça pequena de alho amassado
azeite a gosto
500 gr de bacon
1 queijo minas (mais ou menos 500 gr)
1 lata de molho de tomate
1 maço de cheiro verde
pimenta calabresa a gosto
sal a gosto

Modo de preparo

Cozinhe o feijão com as folhas de louro na panela de pressão por uns 40 minutos. Numa panela grande, refogue a cebola e o alho no azeite e, em seguida, o feijão. Acrescente o molho de tomate e misture bem. Em seguida bata tudo no liquidificador. Leve ao fogo para engrossar. Coloque a pimenta calabresa e acerte o sal com cuidado para não salgar. Lembre-se que ainda faltam o bacon e o queijo minas.

Separadamente pique o cheiro verde, o bacon e o queijo em cubinhos. Frite bem o bacon em uma panela em separado e depois coloque em um prato forrado com papel-toalha para que fique bem sequinho.

Coloque o queijo em cubinhos, juntamente com o bacon frito, em cumbuquinhas individuais. Jogue o caldo quente por cima. Por último, o cheiro verde. Sirva em seguida. O queijo irá derreter um pouco e o caldo ficará muito saboroso!

By Joemir Rosa.

Pizza enrolada

Posted in Receitas with tags , , , , , , , , , , , , , , on 18/02/2012 by Joe

Dizem que a história da pizza começa com os egípcios. Eles teriam sido os primeiros a misturar farinha com água. Outros afirmam que os pioneiros foram os gregos, que faziam massas a base de farinha de trigo, arroz ou grão-de-bico e assavam em tijolos quentes.

Ao contrário do conhecimento popular, apesar de tipicamente italiana, os babilônios, hebreus e egípcios já misturavam o trigo e amido e a água para assar em fornos rústicos há mais de 5000 anos. A massa era chamada de “pão-de-Abraão”, muito parecida com os pães árabes atuais e a ele eram acrescidos ervas e alho.

Os fenícios, sete séculos antes de Cristo, costumavam acrescentar coberturas de carne e cebola ao pão; os turcos muçulmanos adotaram esse costume durante a Idade Média e, por causa das cruzadas, essa prática chegou à Itália pelo porto de Nápoles, sendo em seguida incrementada em suas coberturas, dando origem à pizza que conhecemos hoje.

No início de sua existência, somente as ervas regionais e o azeite de oliva eram os ingredientes típicos da pizza, comuns no cotidiano da região. Os italianos foram os que acrescentaram o tomate, descoberto na América e levado a Europa pelos conquistadores espanhóis. Porém, nessa época a pizza ainda não tinha a sua forma característica, redonda, como a conhecemos hoje, mas sim dobrada ao meio, feito um sanduíche ou um calzone.

A pizza era um alimento de pessoas humildes do sul da Itália, quando, próximo do início do primeiro milênio, surge o termo “picea”, na cidade de Nápoles, considerada o berço da pizza. “Picea” indicava um disco de massa assada com ingredientes por cima. Servida com ingredientes baratos, por ambulantes, a receita objetivava “matar a fome”, principalmente da parte mais pobre da população. Normalmente a massa de pão recebia, como cobertura, o toucinho, peixes fritos e queijo.

Dizem que a fama da receita alastrou-se por toda a Itália e logo correu o mundo e fez surgir a primeira pizzaria que se tem notícia, a Port’Alba, ponto de encontro de artistas famosos da época, tais como Alexandre Dumas, que inclusive citou variações de pizzas em suas obras.

Chegou ao Brasil da mesma forma, por meio dos imigrantes italianos, e hoje pode ser encontrada facilmente na maioria das cidades brasileiras. Até meados de 1950 era muito mais comum ser encontrada em meio à colônia italiana, tornando-se logo em seguida parte da cultura deste país.

Receitas de pizzas existem aos montes, basta dar uma olhada rápida no Google. E cada um pode criar a sua própria, variando a combinação de ingredientes na cobertura.

Então, não serei eu quem vai sugerir alguma receita das já tradicionais pizzas tão consumidas em quase todo o país, principalmente nos sábados à noite.

A receita de hoje foge um pouco da pizza tradicional, principalmente no que diz respeito ao formato da pizza. Tenho certeza que todos vão curtir a ideia e, principalmente, a combinação de ingredientes do recheio. Saborosíssima!

Pizza enrolada

Ingredientes

Massa

2 tabletes de fermento biológico
3 colheres de sopa de açúcar
1 colher de chá de sal
3 ½ xícaras de chá de farinha de trigo
1 xícara de chá de água morna
1/2 xícara de chá de óleo de soja

Recheio

1 embalagem de requeijão cremoso
1 embalagem de linguiça fina cortada em rodelas
2 tomates picados sem pele e sem sementes
10 azeitonas pretas picadas
3 ramos de tomilho picados
1 colher de chá de sal
1 colher de sopa de azeite de oliva
1 gema de ovo batida

Modo de preparo

Numa vasilha dissolva o fermento com o açúcar, junte o sal e o óleo. Junte a farinha de trigo aos poucos, alternando com a água morna. Misture bem e amasse com as pontas dos dedos até obter uma massa homogênea e lisa. Cubra e deixe crescer até dobrar de volume.

Pré-aqueça o forno em temperatura média (180 ºC). Com ajuda de um rolo, abra os discos de massa em uma superfície polvilhada com farinha.

Cubra a superfície da massa com o requeijão. Numa vasilha à parte, misture a linguiça, os tomates, as azeitonas, o tomilho, o sal e regue com o azeite. Espalhe o recheio sobre o requeijão, enrole a pizza como rocambole e pincele com a gema.

Leve para assar em uma assadeira untada com margarina e polvilhada com farinha de trigo por, aproximadamente, 25 minutos ou até dourar.

Sirva quente, acompanhada por um bom vinho tinto ou … guaraná!

Bom apetite!

By Joemir Rosa.

Fugazzeta

Posted in Receitas with tags , , , , on 10/12/2011 by Joe

Quando falamos sobre a Argentina, mais especificamente sobre Buenos aires, logo pensamos em carnes e deliciosos churrascos.

O que pouca gente sabe é que em Buenos Aires existem cerca de 5.000 pizzarias, e que comer pizza é um programa tão curtido quanto para nós, paulistas! Uma ligeira diferença é que nós curtimos pizza com cerveja ou refrigerante, e eles preferem um bom vinho tinto.

Na  Argentina existem três tipos de pizza. A chamada “a la piedra“, que é a mais fininha e no outro extremo a de “molde“, de massa mais grossa. A pizza “media masa” fica em um ponto intermediário. A forma de cozinhar se divide basicamente em duas: ao forno (de piedra, lenha, ou gas) ou na grelha, uma inovação que teve muito sucesso nos ultimos anos.

Outra diferença é que nas pizzarias de Buenos Aires se faz também a fugazzeta, uma variação da pizza, deliciosíssima!

Consegui uma receita num site argentino e fui preparar as primeiras fugazzetas da minha vida. Foi um momento especial tirá-las do forno e sentir o aroma delicioso e a descoberta de algo novo e saboroso. Foi um prazer tão grande experimentá-las que resolvi compartilhar com todos vocês.

Experimentem e depois me contem o que acharam, ok?

Fugazzeta

Ingredientes

1,5 kg de cebolas
4 colheres (sopa) de azeite
sal a gosto
pimenta a gosto
1 colher (sopa) de orégano seco
massa de pizza
óleo para untar a forma
600 g de queijo mussarela ralado
1 colher (sopa) de queijo parmesão

Modo de preparo

Descasque as cebolas e corte-as em rodelas. Leve-as a uma frigideira com azeite quente, porém em fogo baixo, coloque o sal e cozinhe até que fiquem ligeiramentre douradas. Tempere com a pimenta e o orégano.

Estique a massa sobre uma bancada ou mesa enfarinhada e coloque em uma forma redonda untada com óleo. Cubra a superfície com metade do queijo mussarela ralado. Espalhe as cebolas douradas sobre o queijo. Distribua o restante da mussarela ralada e polvilhe com o queijo parmesão ralado. Opcionalmente você pode adicionar azeitonas e salsinha também!

Leve ao forno quente e asse por uns 35 a 40 minutos. Tire e sirva em seguida, acompanhada de um bom vinho tinto moscato!

Receita da massa básica para pizza

Ingredientes

1/2 kg de farinha de trigo
1 copo de água morna
30 gr de fermento biológico fresco
1/2 xícara (chá) de azeite
3 colheres (chá) de sal
1 colher (café) de açúcar

Modo de preparo

Dissolva o fermento na água morna. Junte o azeite, o sal e o açúcar. Vá adicionando a farinha e trabalhando com as mãos até obter uma massa homogênea. Caso necessite, acrescente mais farinha.

Trabalhe esta massa por uns 15 minutos ou até ficar lisa e soltando bolhas de ar. Deixe descansar por uns 40 minutos, coberta com um pano. Estique as pizzas, coloque em formas untadas, e de uma pré-assada por uns 10 minutos antes de colocar o recheio. Desta forma elas ficarão com uma textura crocante.

By Joemir Rosa.

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