Arquivo para Câncer

Lições

Posted in Reflexão with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 19/08/2015 by Joe

Lições

Cada um de nós tem uma área da vida que necessita ser cuidada com mais atenção. Se alguma parte de sua vida anda aborrecida e sem sal, é sinal de que precisa ser mais bem cuidada.

Fique atento ao sinal de alerta da mudança: ele toca sempre que substituímos a alegria de viver pela preocupação. E a fluidez pela tensão. Nesses momentos, você tem de tirar o barco do porto e colocá-lo no mar, rumo a um novo mundo.

É claro que ninguém pode comprar a alegria de viver na padaria da esquina. Temos de aprender a conquistá-la. As lições estão dentro de nós. Precisamos ser professores e alunos de nós mesmos.

Na Índia, os mestres dizem que a diferença entre alguém que está com câncer e alguém com dor de cabeça depende da intensidade da aula de que a pessoa está precisando. Na vida, quanto mais teimoso for o aluno, mais as aulas serão dolorosas. Quanto menos o aluno aprender, mais a vida vai bater pesado para que acorde e aprenda.

A escola da vida funciona assim. Se a pessoa está insatisfeita e fica em casa reclamando da sina, em vez de tentar mudá-la, vai se tornar cada vez mais angustiada, arrumar uma úlcera ou uma depressão. Ela tem a ilusão de se acostumar com a dor, mas o pior é que a dor não para de aumentar. A alegria de viver fica tão inacessível quanto o pico do Everest.

Negar uma necessidade nunca foi boa solução. O problema vai continuar até a pessoa se convencer de que precisa sair daquela situação e começar algo novo. Essa é a lição que está fazendo falta. Quando nos recusamos a aprendê-la, o problema se agrava.

Muitas vezes, as pessoas insistem em comportamentos que dão resultados negativos e depois reclamam. Não percebem que reclamar é inútil e que a única saída é analisar a situação e buscar solucioná-la. Fazer as mesmas coisas e esperar que os resultados mudem é acumular sofrimento. Isso nos deixa amargos.

Na vida, nós somos problema ou solução. Se formos parte do problema, ninguém vai gostar de ficar ao nosso lado. Se formos solução, conseguiremos fazer com que os outros tenham vontade de estar conosco e nos ajudar.

O psicanalista americano Erick Ericsson disse que por volta dos 50 anos as pessoas se encontram numa encruzilhada existencial, entre a amargura e a sabedoria. Aquelas que aprenderam a viver conquistam a maturidade.

Quem aprendeu a simplificar a vida desfruta cada dia com alegria. Quem só aprendeu a reclamar de tudo, terá de aguentar o peso da vida por mais algum tempo.

By Roberto Shinyashiki.

Aprendiz

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Elis Rejane Busanello 1

Eu não sabia, mas antes do câncer, eu já estava doente. Porém, duas doenças me limitaram mais do que a quimioterapia e a cirurgia. Os nomes delas são “Não Posso” e “Não Consigo”.

Quando eu estava atacada pelo vírus “Não posso”, eu dizia e agia assim:

– “Não posso tirar foto de lado… porque meu nariz e queixo são pontudos”.

– “Não posso usar saia curta… porque meus joelhos são muito grossos”.

– “Não posso sorrir muito em foto… porque meu bigode chinês aparece”.

– “Não posso andar de avião… porque tenho medo”.

– “Não posso ter plantas em casa… porque não sei cuidar”.

E assim eu permanecia, doente de mim mesma!

Quando eu estava atacada pelo vírus “Não consigo”, eu dizia e agia assim:

– “Não consigo ficar bem nas fotos… porque sempre arregalo os olhos”.

– “Não consigo posar para fotos… porque tenho vergonha”.

– “Não consigo sorrir pra valer… porque meus dentes não são bonitos”.

– “Não consigo ler livros… porque me dão sono”.

– “Não consigo fazer caridade regularmente… porque não tenho tempo”.

E assim eu seguia, impondo-me limites…

Quantas vezes reclamei da oleosidade do meu cabelo, do quanto ele era fino e pesado. A escova não durava nada! Fiz até permanente para dar volume, fiquei parecendo um poodle.

Hoje, depois de encarar a doença, cheguei à conclusão que o câncer mata muita coisa realmente, entre elas, preguiça, vergonha, solidão, hipocrisia, medos, futilidades, culpas, limitações, radicalismos, carência, dependências, autocrítica, intolerância, baixa autoestima e muito mais!

Nesse processo, conheci estas frases e elas definem o que acredito hoje:

“O que somos é um presente de Deus. O que nos tornamos é o nosso presente para ele”.

“Não aprendi a voar. Isto é para os pássaros. Mas aprendi a me sentir como se estivesse voando”.

“Descobri que a gente pode sorrir por fora e por dentro”.

“Ser diferente é muito diferente de ser esquisito, feio ou anormal”.

“O silêncio pode ser melhor do que mil palavras”.

“Conhecer a mim mesma é um aprendizado constante”.

“Existe mais beleza nos processos e nas atitudes do que nas formas”.

É certo que o câncer muda a vida da gente, porém, eu discordo que ele seja um presente. Ele é uma oportunidade! Mas até quando precisaremos dele para percebermos as belezas que existem em nós e à nossa volta?

“Viver
E não ter a vergonha de ser feliz
Cantar e cantar e cantar
A beleza de ser um eterno aprendiz! “ (Gonzaguinha).

By Elis Rejane Busanello.

Cocada com morangos

Posted in Reflexão with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 06/09/2014 by Joe

Cocada com morangos

A história do morango vem de uma longa trajetória em busca do aprimoramento do sabor e do prazer. Embora existam espécies de morangos nativas na maioria das regiões temperadas, os frutos cultivados atualmente são provenientes do cruzamento e da união de várias espécies, entre as quais algumas encontradas apenas sob a forma silvestre nas Américas.

Embora por toda a Europa existam registros de que diferentes espécies de morangos silvestres já eram conhecidos e apreciados desde os tempos mais antigos, presumindo-se que essas frutas tenham sido levadas para cultivo em hortas caseiras apenas por volta do século XV. No entanto, apesar de fornecerem frutos de excelente qualidade e notável aroma, os morangos de então eram pequenos e sua produção era bastante irregular.

Até que os colonizadores europeus chegaram à América do Norte. Ali encontraram uma espécie de morangueiro nativo extraordinariamente vigoroso e produtivo (Fragaria virginiana) que, logo no início do século XVII, foi levado para o continente europeu.

Um século depois, um novo e feliz encontro: mais ao sul, nas terras que hoje pertencem ao Chile, os colonizadores se depararam com uma outra espécie nativa, de maior tamanho, que há muito tempo já era cultivada pelos indígenas da terra (Fragaria chiloensis), que foi também levada para a Europa.

Acredita-se que o cruzamento casual entre estas diferentes espécies de Fragaria nos viveiros europeus originou as matrizes das inúmeras variedades de morangos que se conhecem hoje em dia.

Atualmente no Brasil, como em quase todo o mundo, existem inúmeras variedades diferentes de morangos sendo cultivadas e, em geral, utilizam-se as mais adaptadas localmente. O Estado de São Paulo destaca-se como o maior produtor de morangos do país, sendo o extremo sul de Minas Gerais também um pólo considerável de cultivo da fruta.

O consumo de morango traz diversos benefícios ao organismo, principalmente para quem deseja emagrecer. Ele diminui a fome, pois graças às fibras, ele aumenta a sensação de saciedade, impedindo que você coma mais do que deveria durante as refeições. E ele não engorda!

O morango também controla o colesterol, afinal, quanto mais fibras um alimento tem, maior a capacidade de absorver o colesterol do sangue e eliminá-lo pelas fezes. Ele também evita as rugas, pois é dotado de antioxidantes que previnem o envelhecimento precoce, combatendo os radicais livres. Além disso, reduz o inchaço, equilibrando o nível de sódio que retém líquidos, combate a gordura graças à vitamina C, que previne a obesidade e auxilia na formação de colágeno, dando firmeza à pele. Ele também diminui a barriga e regula o intestino.

E o que pouca gente sabe: ele previne o câncer, pois contém ácido elágico, substância que trabalha para impedir a formação de tumores no aparelho digestivo. E mais uma boa notícia para quem quer emagrecer: a fruta aumenta a produção da leptina, que estimula o metabolismo, melhora o funcionamento de outros hormônios que trabalham no emagrecimento, reduzem a velocidade de digestão de alguns alimentos e controlam os níveis de açúcar no sangue.

Já que os benefícios são enormes com a ingestão de morangos, o melhor é provarmos uma deliciosa sobremesa com essa fruta saborosíssima!

Cocada com morangos

Ingredientes

1 pacote (100 g) de coco ralado
1 colher (sopa) de manteiga
1 lata de leite condensado
200 g de morangos

Modo de preparo

Em uma panela, misture o coco ralado, a manteiga e o leite condensado. Leve ao fogo brando, mexendo sem parar até desgrudar do fundo da panela. Deixe baixar um pouco a temperatura, mas não até esfriar totalmente porque a cocada estará mais consistente.

Lave bem, pique os morangos e misture na cocada. Distribua em copinhos e leve à geladeira. Decore com mais morangos picados na hora de servir.

Dica: aproveite a safra de morangos e congele. Lave-os bem em água corrente, enxugue e passe no açúcar. Distribua em saquinhos e congele.

By Joemir Rosa.

Mousse de goiaba com calda

Posted in Receitas with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 23/08/2014 by Joe

Mousse de goiaba com calda

Já contei a origem da mousse por diversas vezes em receitas passadas. Falei sobre os benefícios da gelatina e como ela é preparada. Então, não vou me repetir. Quem quiser saber mais sobre o assunto, use o Busca no Blog, colocando a palavra “mousse”, sem aspas.

Hoje trago mais uma deliciosa receita, tendo como ingrediente principal a goiaba! Rica em vitamina C, um antioxidante que neutraliza a ação dos radicais livres responsáveis pelo processo de envelhecimento precoce. Rapidamente absorvida pelo intestino delgado, a vitamina C é necessária para a produção de colágeno, a formação dos glóbulos vermelhos do sangue e o metabolismo de alguns aminoácidos. Também facilita a absorção de ferro e aumenta a resistência a infecções.

A quantidade de vitamina C da goiaba é três vezes maior que aquela que o nosso organismo precisa diariamente. E tem quatro vezes mais desse nutriente que as laranjas. Por isso, se você ingerir meia goiaba por dia, já será o suficiente. A recomendação dos especialistas é que a ingestão diária de frutas deva corresponder de três a quatro porções (uma goiaba equivale a uma porção).

Além disso, a goiaba é fonte de licopeno, um elemento predominante no plasma e nos tecidos humanos, sendo encontrado em um número limitado de alimentos de cor vermelha (tomate e seus derivados, melancia, mamão e pitanga são exemplos). É um dos mais potentes antioxidantes, sendo sugerido na prevenção de cânceres e da formação de placas de gorduras nos vasos sanguíneos.

As fibras solúveis ou insolúveis são benéficas na redução do colesterol (especialmente o ruim, LDL) e demais frações de gordura no sangue (como os triglicérides), assim como no controle de taxa de glicose no sangue, na regulação do funcionamento do intestino e no controle da fome. Vale a pena lembrar que somente comer goiabas não é suficiente. O aumento de sua ingestão deve ser gradual e também acompanhado de um proporcional consumo de líquidos.

Bom… informações nutricionais à parte, vamos à mais uma deliciosa sobremesa!

Mousse de goiaba com calda

Ingredientes

Mousse

2 goiabas vermelhas em fatias
1 xícara (chá) de água
½ xícara (chá) de açúcar
1 lata de creme de leite
1 envelope de gelatina incolor sem sabor
4 colheres (sopa) de água

Calda

1 goiaba vermelha picada
1 xícara (chá) de água
½ xícara (chá) de açúcar
folhas de hortelã a gosto

Modo de preparo

Hidrate a gelatina com as 4 colheres de água, de acordo com as instruções da embalagem. No liquidificador, bata a goiaba com a xícara de água e passe por uma peneira para descartar as sementes.

Coloque o creme de novo no liquidificador e junte a gelatina, o açúcar e o creme de leite. Bata bem e, quando estiver um creme homogêneo, ponha em taças de sobremesa. Leve à geladeira por duas horas ou até ficar firme.

Prepare a calda, batendo todos os ingredientes no liquidificador, depois passe pela peneira e leve ao fogo. Deixe ferver por cinco minutos. Na hora de servir, despeje sobre a mousse nas taças e decore com folhas de hortelã ou mais pedacinhos de goiaba.

By Joemir Rosa.

Somos o nosso pior inimigo

Posted in Reflexão with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 25/07/2014 by Joe

Somos nosso pior inimigo

Os dias são diferentes uns dos outros. Sucedem conosco, e à nossa volta, em cada um deles, milhares de acontecimentos dos quais nunca mais nos lembraremos. E também, de vez em quando, alguns que não poderemos esquecer: aqueles que nos trazem as grandes alegrias e os grandes sofrimentos.

Alegramo-nos, temos momentos de paz e felicidade. Mas todos temos, igualmente, a nossa ração de dor. Acontecem coisas que não esperávamos, que não merecíamos, que não entendemos. A nós e àqueles que amamos. Dói-nos.

Há, porém, o fato curioso de que em muitas ocasiões somos nós mesmos que fazemos escolhas que depois nos fazem sofrer. Tomamos atitudes, temos comportamentos e escolhas que vão se refletir em nós, que vão ferir a nossa paz e a nossa felicidade.

E acontece que temos uma grande capacidade de enfrentar as agressões inevitáveis que nos chegam do exterior. E que estamos muito mais indefesos perante as situações que criamos.

Vi homens que sorriam com grande paz no meio da dor provocada pela cegueira, pela paralisia, pelo desemprego, por um câncer, pela morte de alguém muito querido. E vi pessoas – fisicamente saudáveis, sem inimigos, sem dificuldades exteriores – intimamente carregadas pelo peso da culpa, pela perda da esperança, pela recusa de amar.

Estou convencido de que somos o nosso pior inimigo. Aquilo que vem de fora toca-nos na periferia, mas pode não penetrar no interior da cidadela. Aquilo que fazemos, que pensamos, porém, alcança o núcleo do nosso ser.

É uma ilusão pensarmos que somos aquilo que a vida – os outros, os acontecimentos, etc. – fez de nós. Somos, antes, aquilo que as nossas escolhas determinaram. A vida pode arrastar-nos de um lado para outro, magoar-nos, oferecer-nos frio ou calor. Mas não nos corrompe.

“Quando eu vivia num dos campos de concentração da Alemanha nazista, pude observar que alguns dos prisioneiros andavam de barraca em barraca, consolando outros, distribuindo as suas últimas fatias de pão. Podem ter sido poucos, mas ensinaram-me uma lição que jamais esqueci: tudo pode ser tirado de um homem, menos a última das suas liberdades: a de escolher de que maneira vai agir diante das circunstâncias do seu destino”, escreveu Vicktor Frankl.

Somos os autores da nossa felicidade ou da nossa infelicidade. Gostamos de nos queixar, mas não temos razão. Podemos adaptar-nos àquilo que nos acontece. Podemos aguentar. Podemos esperar. Mas quando atuamos mal, quando as nossas escolhas são contrárias à nossa natureza humana, chega-se a um ponto em que viver é insuportavelmente doloroso!

A dor pode vir-nos do exterior. A felicidade, contudo, está relacionada apenas com o nosso comportamento, com as nossas escolhas, e nada exterior pode roubá-la. É compatível com o sofrimento.

Quando eu era criança, os nossos pais ensinavam-nos, antes de mais nada, a agir bem, a escolher corretamente. Ficavam contentes quando tomávamos como coisa nossa os seus conselhos, escolhendo livremente agir dessa forma – e não apenas por medo de um castigo. Agora parece que muitos pais e muitos educadores desistiram de agir a esse nível. Preocupam-se mais com afastar das crianças os obstáculos exteriores: muitos cuidados com a saúde, estudar, para terem um futuro desafogado, imensas medidas de segurança…

Mas… e a felicidade?

By Paulo Geraldo.

Sorte e escolhas bem feitas

Posted in Reflexão with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 16/06/2014 by Joe

Sorte e escolhas bem feitas

Pessoas consideradas inteligentes dizem que a felicidade é uma idiotice, que pessoas felizes não se deprimem, não têm vida interior, não questionam nada, são uns bobos alegres, enfim, que a felicidade anestesia o cérebro.

Eu acho justamente o contrário: cultivar a infelicidade é que é uma burrice. O que não falta nessa vida é gente sofrendo pelos mais diversos motivos: ganham mal, não têm um amor, padecem de alguma doença, sei lá, cada um sabe o que lhe dói.

Todos trazem uns machucados de estimação, você e eu, inclusive. No que me diz respeito, dedico a meus machucados um bom tempo de reflexão, mas não vou fechar a cara, entornar uma garrafa de uísque e me considerar uma grande intelectual só porque reflito sobre a miséria humana. Eu reflito sobre a miséria humana e sou muito feliz – e salve a contradição!

Felicidade depende basicamente de duas coisas: sorte e escolhas bem feitas.

Tem que ter a sorte de nascer numa família bacana, sorte de ter pais que incentivem a leitura e o esporte, sorte de eles poderem pagar os estudos pra você, sorte por ter saúde. Até aí, conta-se com a providência divina. O resto não é mais da conta do destino: depende das suas escolhas.

Os amigos que você faz, se optou por ser honesto ou ser malandro, se valoriza mais a grana do que a sua paz de espírito, se costuma correr atrás ou desistir dos seus projetos, se nas suas relações afetivas você prioriza a beleza ou as afinidades, se reconhece os momentos de dividir e de silenciar, se sabe a hora de trocar de emprego, se sai do país ou fica, se perdoa seu pai ou preserva a mágoa pro resto da vida, esse tipo de coisa.

A gente é a soma das nossas decisões, todo mundo sabe. Tem gente que é infeliz porque tem um câncer. E outros são infelizes porque cultivam uma preguiça existencial. Os que têm câncer não têm sorte. Mas os outros, sim, têm a sorte de optar. E estes só continuam infelizes se assim escolherem.

By Martha Medeiros.

Crenças e valores

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Criando raízes

O homem é um ser social e, como tal, nasce, vive, cresce dentro de organizações sociais que foram sendo construídas ao longo dos séculos. E isso faz com que todos nós vivamos dentro de certos padrões onde pensamos da mesma forma, enxergamos as coisas sob os mesmos angulos.

Nascemos, crescemos, fazemos o que não gostamos na maior parte do tempo, envelhecemos, aposentamos e morremos! No meio disso tudo fazemos também uma série de coisas que nos são impostas como moldes, como modelos sociais: estudamos, casamos, temos filhos, cuidamos deles, eles crescem, estudam, se casam, vão embora, entramos em depressão, envelhecemos e morremos!

Mas aí eu pergunto: a vida é só isso mesmo? O que vocês acham? Será que esses modelos sociais, aos quais não temos direito de voto, têm de ser assim mesmo, não podem ser diferentes?

A maioria de nós aceita essa “filosofia” de vida como única existente, talvez imposta por uma força maior chamada “destino”, e nem pensa no assunto. E acaba passando isso para os filhos, estes para os netos e assim por diante. Essa “filosofia” é baseada em alguns elementos que adquirimos através da linguagem. Isto é, de tanto ouvir, passamos a acreditar que são verdadeiros e não podem ser mudados. Assim são formadas as nossa crenças, os nossos valores, através da nossas vivências, experiências, da nossa identidade, do ambiente em que vivemos!

Porém, se continuarmos fazendo o que sempre fizemos, vamos continuar obtendo os mesmos resultados que sempre obtivemos! Para se obter um resultado diferente é preciso fazer diferente! O primeiro passo é a conscientização! É perceber que as coisas não precisam ser da forma que têm sido até hoje! E ter consciência que podem mudar, que podem ser melhor!

O planeta está vivendo uma fase que eu chamo de “peneira”. Isso quer dizer que, ou as coisas mudam ou não passaremos pela peneira para uma nova fase. E isso vale para tudo: para a nossa vida pessoal, emocional, comercial, ambiental e espiritual!

As crenças que trazemos conosco desde que fomos gerados (e aí entram família, escola, igreja, sociedade, mídia) é que formam os nossos valores e a forma como vivemos. Se não nos conscientizarmos de que não é assim que queremos viver, não conseguiremos mudá-los! Até porque a maioria dessas crenças e valores estão em um nível inconsciente! Foram formadas quando ainda éramos crianças, sem noção e capacidade de julgamento!

Acho que todos se lembram, de frases que nossos avós e nossos pais diziam (ainda hoje ouvimos muitas outras) a respeito de uma série de aspectos de nossas vidas: saúde, dinheiro, ambiente, etc.:

– “Manga com leite faz mal!”

– “Pele negra não tem riscos de câncer de pele”

– “Homem não tem câncer de mama”

– “Comer e tomar banho mata!”

– “Dinheiro é sujo, não traz felicidade”

– “É mais fácil um camelo passar pelo fundo de uma agulha do que um rico entrar no céu!”

– “Papai do céu castiga!”

E tantas outras frases que fizeram a nossa cabeça, quando crianças, e que agora norteiam, de forma inconsciente, a nossa vida adulta.

Pior que tudo isso são os efeitos advindos dessas crenças e valores, conflitos que vão se manifestar 30, 40, 50 anos depois, quando as pessoas começam a perceber – ou não! – que muitos de nós trazemos problemas de saúde, de relacionamentos, de conquistas, de dinheiro, tudo em função dessas crenças que nos foram impostas durante a vida!

E sabem qual é o nosso maior inimigo? A nossa própria mente! Na verdade, é tudo que está contido na nossa mente, proveniente dessas crenças e valores que trazemos.

Na área de saúde, por exemplo, eu costumo dizer que doenças não existem! Vamos nos desequilibrando energeticamente ao longo de um tempo e, um dia, isso acaba afetando o elo mais fraco da nossa corrente. Para uns é estômago, para outros é pulmão, outros, ainda, é o coração e assim por diante. É a somatização desses desequilíbrios. E olha quantas crenças nos foram impostas nessa área!

Na área financeira é pior ainda! Cansamos de ouvir afirmações a vida inteira sobre dinheiro, como eu citei acima: “Dinheiro é sujo, não traz felicidade”; “É mais fácil um camelo passar pelo fundo de uma agulha do que um rico entrar no céu”; “Vai lavar a mão, menino, você pegou em dinheiro”… e assim por diante! Crenças baseadas na ignorância, na falta de cultura!

O dinheiro, assim como outros objetos não são bons e nem ruins. Tudo depende do uso que fazemos dele. Uma corda serve para salvar uma pessoa que está numa enxurrada, por exemplo, mas também serve para enforcar. Uma faca serve para passarmos a manteiga no pão, mas também serve para apunhalar. Da mesma forma, o dinheiro serve para o bem ou para o mal. Somos nós quem decidimos o que fazer com ele!

No capítulo ambiental é pior ainda! Acreditamos no fim do mundo, como se o mundo fosse o planeta! As pessoas não têm noção da real dimensão do planeta e vivem falando em fim de mundo, destruição total… O que pode acontecer é a extinção da raça humana e animal do planeta (coisa que já aconteceu há milhões de anos com a queda de um meteoro em nosso planeta). Mas o planeta Terra, mesmo que leve milhões e milhões de anos, vai se recuperar de toda e qualquer forma de destruição que provocarmos ou de outra origem.

Na área de relacionamentos a gente ainda ve algumas coisas que não parecem impossíveis! Relações baseadas em dominação, em jogos de poder, de sedução, a falsidade e a hipocrisia imperando. E tudo porque existem crenças medievais que ainda comandam a cabeça das pessoas, crenças machistas.

E assim por diante em todas as áreas do ser humano. Tudo é baseado em crenças e valores! Por isso a necessidade de nos conscientizarmos! Somente com a conscientização é que podemos mudar nossas crenças e nossos valores!

Mas como se dá esse processo de conscientização?

Somente através da percepção do incômodo é que podemos começar a nos dar conta disso! Veja o que tem incomodado você em cada setor da sua vida! Porque muita gente vive uma vida inteira incomodada com uma situação e não faz nada pra mudar, justamente porque existe a crença de que “é assim mesmo!”, ou “não tem jeito, eu nasci assim!” (síndrome de Gabriela), ou ainda “ele (ela) não vai mudar nessa idade”!

Outra coisa que precisamos mudar dentro de nós é em relação aos nossos sonhos e desejos! Não aceitarmos migalhas, não sonharmos pequeno, não vivermos com pouco, sonharmos sempre alto, grande!

Vou deixar uma pergunta para reflexão:

– “Se você pudesse recomeçar sua vida, o que você faria?”

Então, eu digo que você ainda pode mudar sua vida, pode transformá-la e chegar bem próximo daquilo que você faria se pudesse vivê-la novamente!

Precisamos mudar todo um sistema de crenças e valores e tomar o máximo cuidado para não passá-lo adiante também! É hora de mudarmos nossa consciência para vivermos um mundo melhor, para termos um futuro com mais qualidade de vida!

É hora de darmos um basta na ganância, no poder, na vaidade, na inveja. Não vamos levar nada material deste mundo. Se pararmos para pensar, nem aqui somos donos dos bens materiais. Apenas tomamos conta deles enquanto estamos nesta vida! O que vamos levar são as experiências vividas, as coisas boas que experienciarmos aqui.

Neste dia de reflexão, façamos uma análise sobre nossas próprias vidas… enquanto ainda estamos vivos e com tempo para vivermos dias melhores!

Vá viver a sua vida… e não a que os outros impuseram para você!

By Joemir Rosa.

A influência das emoções na saúde

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Emoções e estados de saúde

Complementando o post de ontem – e ainda a respeito de uma matéria que escrevi há algum tempo sobre o efeito das emoções em nosso corpo físico, o que deu origem à psiconeuroimunoendocrinologia – vejo que a ciência está cada vez se aproximando mais desta verdade que já sabemos há muito tempo: “somos o que pensamos”!

O texto abaixo faz parte de uma palestra realizada pela psicóloga Paula Freitas num Encontro Municipal do Idoso. Tomara que as pessoas acordem para o assunto e comecem a educar seus filhos mostrando a eles o quanto as emoções são importantes para a saúde mental e física!

By Joemir Rosa.

“Quando a boca cala, o corpo fala; quando a boca fala, o corpo sara!”

Muitas são as músicas que nos falam sobre as emoções. Pixinguinha compôs uma música romântica chamada Carinhoso, onde diz: “Meu coração, não sei porque, bate feliz quando te vê…

E o que sentimos quando estamos apaixonados? Geralmente o coração acelera, suamos frio, sentimos arrepios e as pernas bambas…

E quando sentimos medo? As principais reações físicas são: frio na barriga, coração acelerado, tremores, etc.

Então, quer dizer que quando sentimos algo, o nosso corpo reage?

É verdade. O nosso corpo reage a cada sentimento, emoção ou pensamento. Por exemplo, quando nos deparamos com uma situação de perigo, sentimos medo. Este medo é importante para que possamos nos proteger/reagir frente a esse perigo. Após a visão do estímulo, a informação é enviada ao cérebro, que prepara o nosso corpo para lutar ou fugir. O corpo acelera, fica mais atento e alerta.

Estudos da nova ciência de neurocardiologia mostram que o coração não é somente uma bomba mecânica, mas um sofisticado sistema para receber e processar informações. O coração envia muitas mensagens ao cérebro. Desta forma, estados emocionais negativos como raiva ou frustração geram ondas eletromagnéticas totalmente caóticas no coração (como se estivéssemos pisando no freio e no acelerador ao mesmo tempo). Esse estado de batimentos desordenados (chamado de incoerência cardíaca) está ligado às doenças cardíacas, ao envelhecimento precoce, ao câncer e à morte prematura.

Já sentimentos de amor e gratidão estimulam um batimento cardíaco “coerente”, pois a secreção do cortisol (hormônio do estresse) diminui e a depressão, a hipertensão e a insônia são reduzidas. Neste estado, o sistema imunológico se fortalece e a clareza mental aumenta (ref: Susan Andrews, em “O Círculo do amor”, Instituto Visão Futuro, 2006, p.11).

Portanto, concluímos que emoções positivas harmonizam a mente e influenciam no batimento cardíaco. Da mesma forma, emoções e pensamentos negativos aceleram o batimento cardíaco, provocando o surgimento de doenças cardíacas.

As doenças podem ter uma origem genética, podem ser causadas ou agravadas de acordo com os hábitos alimentares, com o estilo de vida da pessoa, entre outros fatores. Entretanto, também existe uma estreita relação das doenças com as emoções e sentimentos. Por isso, precisamos compreender a doença numa perspectiva biológica, mas também numa perspectiva simbólica. A fisiologia do órgão está ligada ao psicológico. Muitas são as pesquisas e os estudos sobre o assunto.

Sentimentos de vulnerabilidade, ansiedade, baixa autoestima, solidão ou um domínio insatisfatório da vida profissional ou familiar podem repercutir consideravelmente sobre a saúde. Por isso, é importante cuidarmos de nós mesmos através da medicina (consultas, exames, medicamentos, etc.), mas também devemos nos cuidar emocionalmente, através de outras formas (lazer, grupos de reflexão, escuta profissional, etc.).

Convido, então, você a fazer algumas reflexões:

– O que você tem feito com suas emoções? Tem colocado pra fora o que sente ou tem guardado só para si?

– Você tem “ouvido” seu corpo? Tem prestado atenção nele?

Como diz o ditado popular:

“Quando a boca cala, o corpo fala; quando a boca fala, o corpo sara!”.

Então, é preciso falar com a boca, pra não falarmos através de insônia, depressão, hipertensão, etc.

Num mundo onde somos tão cobrados e que acabamos funcionado como máquinas, as emoções nos lembram que temos sentimentos, sensações, que somos gente! São os nossos afetos que dão colorido especial às nossas vidas.

Cuidando do corpo e da mente podemos viver a felicidade, apesar das dores… e as conquistas, apesar dos obstáculos!

By Paula Freitas, psicóloga, professora universitária e terapeuta comunitária em formação. Este texto faz parte de uma palestra realizada por ela e pela psicóloga Amanda, no IV Encontro Municipal do Idoso, em Barra do Piraí (Setembro de 2007).

O que realmente faz bem!

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O que nos faz bem

Acho a maior graça. Tomate previne isso, cebola previne aquilo, chocolate faz bem, chocolate faz mal, um cálice diário de vinho não tem problema, qualquer gole de álcool é nocivo, tome água em abundância, mas não exagere…

Diante desta profusão de descobertas, acho mais seguro não mudar de hábitos.

Sei direitinho o que faz bem e o que faz mal pra minha saúde.

Prazer faz muito bem.
Dormir me deixa 0 km.
Ler um bom livro faz-me sentir nova em folha.
Viajar me deixa tenso antes de embarcar, mas depois rejuvenesço uns cinco anos. Viagens aéreas não me incham as pernas; incham-me o cérebro, volto cheia de ideias.

Brigar me provoca arritmia cardíaca.
Ver pessoas tendo acessos de estupidez me embrulha o estômago.
Testemunhar gente jogando lata de cerveja pela janela do carro me faz perder toda a fé no ser humano.
E telejornais… os médicos deveriam proibir – como doem!

Caminhar faz bem, dançar faz bem, ficar em silêncio quando uma discussão está pegando fogo, faz muito bem! Você exercita o autocontrole e ainda acorda no outro dia sem se sentir arrependida de nada. Acordar de manhã arrependida do que disse ou do que fez ontem à noite é prejudicial à saúde! E passar o resto do dia sem coragem para pedir desculpas, pior ainda! Não pedir perdão pelas nossas mancadas dá câncer, não há tomate ou mussarela que previna.

Ir ao cinema, conseguir um lugar central nas fileiras do fundo, não ter ninguém atrapalhando sua visão, nenhum celular tocando e o filme ser espetacular, uau! Cinema é melhor pra saúde do que pipoca!

Conversa é melhor do que piada.
Exercício é melhor do que cirurgia.
Humor é melhor do que rancor.
Amigos são melhores do que gente influente.

Economia é melhor do que dívida.
Pergunta é melhor do que dúvida.
Sonhar é melhor do que nada!

By Martha Medeiros.

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