Arquivo para Vinho tinto

Costela suína ao molho barbecue

Posted in Receitas with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 07/06/2014 by Joe

Costela suína ao molho barbecue

Sabe aquela costela ao molho barbecue, servida naquele famoso restaurante, cujo preço dá para preparar o triplo em casa, sem muito trabalho?

Pois é… a receita deste sábado é justamente esse prato, saborosíssimo e muito fácil de preparar! E, aproveitando que o Dia dos Namorados está próximo, este prato é ideal para um jantar romântico, regado a um bom vinho tinto e à luz de velas!

Que tal você – namorado ou namorada, marido ou esposa, amigo ou amiga – fazer uma surpresa, preparar este prato e mostrar que não é tão difícil assim entrar na cozinha e mostrar todos seus dotes culinários?

Naturalmente – e como eu sempre comento nas receitas – existem diferentes formas de se preparar esta costela e o molho barbecue. Esta receita é uma forma mais simples – sem a necessidade de levar a carne à churrasqueira – mas nem por isso menos saborosa.

O molho barbecue – abreviado para BBC, em inglês – é o nome genérico de uma variedade de molhos de sabor forte, habitualmente empregados em churrascos e outros pratos com base em carne assada. Menos frequentemente, acompanha outros alimentos, como por exemplo, a batata frita e certas pizzas, por vezes substituindo o molho de tomate.

A sua preparação inclui ingredientes doces e ácidos. Via de regra enfatiza-se o sabor defumado típico do churrasco. A receita varia, mas ingredientes típicos incluem o molho de tomate, vinagre, especiarias e adoçantes.

Seu uso como acompanhamento para carne de porco e de frango é particularmente tradicional nos Estados Unidos.

Bom… vamos à receita? É bem simples, basta seguir as etapas abaixo!

Costela suína ao molho barbecue

Ingredientes

1 kg de costela de porco
1 colher (sopa) de óleo
2 dentes de alho triturados
1 cebola pequena picada
4 colheres (sopa) de açúcar mascavo
150 ml de vinagre de vinho tinto
250 g de nolho de tomate pronto
100 ml de refrigerante de Cola
1 tablete de caldo de carne
pimenta do reino a gosto
uma pitada de noz-moscada
1 folha de louro
1/2 colher (sopa) de pó de café

Modo de preparo

Prepare e limpe a costela, tirando o excesso de gordura que recobre a carne. Não precisa salgar a carne pois o molho é bem temperado.

Em uma panela quente, coloque o óleo, deixe esquentar e comece a colocar os ingredientes: primeiro o alho (deixe fritar), a cebola (frite até ela amolecer), adicione o açúcar aos poucos e vá mexendo ate obter um caramelo. Em seguida, adicione lentamente o vinagre, sempre mexendo, e deixe ferver para que todo o álcool evapore.

Adicione o molho de tomate, o refrigerante de Cola, o tablete de caldo de carne, a pimenta do reino, a noz-moscada e a folha de louro. Vá mexendo até ferver. Por último, coloque o pó de café – que dará um sabor defumado ao molho – misture bem e deixe cozinhar até o molho reduzir. Ao final, deverá obter um molho com aspecto e consistência de catchup, pois assim a água se evapora totalmente e o sabor dos temperos fixa mais.

Pegue uma assadeira em que caiba a costela, forre com papel-alumínio de forma que o papel possa ser dobrado de cada lado da costela. Espalhe um pouco do molho sobre o papel, coloque a costela sobre ele e espalhe o restante do molho sobre a carne.

Dobre as beiradas do papel-alumínio, fechando bem e leve ao forno pré-quecido a 180 graus por uma hora (a proporção é, mais ou menos, de uma hora pra cada kilo de costela). Abra o papel alumínio e deixe mais meia hora para dar uma tostada na carne. Caso tenha sobrado molho, espalhe por cima. O ponto certo da carne é quando você puxar um ossinho da costela e ele se desprender sem dificuldade (em hipótese alguma, coma carne de porco mal passada).

Sirva com batatas assadas e legumes cozidos! Complete o clima com um bom vinho tinto!

By Joemir Rosa.

Sopa gratinada de cebolas

Posted in Receitas with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 26/04/2014 by Joe

Sopa gratinada de cebolas

Em Paris, depois de alguma sessão cultural, tal como uma boa representação teatral, as pessoas tinham por hábito cear com uma sopa gratinada de cebolas. A mais famosa delas era servida no mercado de Paris, o “Les Halles”. Os franceses costumavam tomar sua “soupe à l’oignon” acompanhada apenas de pão ou torradas e vinho tinto.

No Brasil, ficou famosa a sopa de cebolas do Ceasa, criada para alimentar os pedreiros e construtores do Ceasa na década de 60, servida pelo Restaurante do Gouveia, e que acabou caindo na boca do povo – literalmente! – e passou a ser pedida certa entre os paulistanos de todas as classes sociais.

O caldo, bem quente e gratinado, servia para espantar o frio. Até 1994, quando o restaurante fechou, o prato era programa obrigatório nas noites frias de São Paulo. O Restaurante do Gouveia fechou, o do Ceasa também, mas a fama e a qualidade da sopa de cebola permaneceram.

Hoje a receita original foi patenteada e pertence à Sociedade Pestalozzi de Osasco. A sopa é servida em diversos buffets de sopas em restaurantes de São Paulo e parte das vendas é destinada à Sociedade Pestalozzi.

Aproveito que a temperatura começou a dar sinais de queda e publico uma versão da famosa “Soupe Gratinée à l´Oignon”, de origem francesa, tão saborosa e quente quanto a famosa sopa do Ceasa!

Sopa gratinada de cebolas

Ingredientes

1 kg cebolas médias cortadas em pétalas
4 colheres (sopa) de manteiga
2 colheres (sopa) de açúcar
4 colheres (sopa) de farinha de trigo
2 litros de caldo de carne (3 tabletes)
1/2 colher (chá) de sal
1 pitada de pimenta-do-reino
1/2 xícara (chá) de vinho branco seco
fatias de pão italiano de 1 cm de espessura, tostadas ou croutons
queijo tipo suíço, gruyère ou parmesão a gosto

Modo de preparo

Em uma panela, aqueça a manteiga em fogo médio, coloque as cebolas, o açúcar e refogue bem, mexendo sem parar, até que fiquem com a cor marrom (isto acontece com a adição do açúcar). Junte a farinha de trigo e cozinhe por um minuto.

Acrescente o caldo de carne, o vinho, o sal e a pimenta-do-reino. Aqueça até atingir o ponto de fervura. Abaixe o fogo e cozinhe lentamente em panela parcialmente tampada por meia hora. Aqueça o forno.

Coloque a sopa em 4 cumbucas refratárias e deposite-as em uma assadeira. Coloque uma fatia de pão em cada uma das cumbucas e cubra com o queijo ralado grosso. Leve ao forno bem quente para gratinar. Sirva imediatamente, colocando as cumbucas sobre pratos individuais.

Sopa de cebola no pão italiano 2Sugestão: prepare a sopa como a receita indica e, na hora de servir, coloque a sopa dentro de pães italianos, sem os miolos, previamente lambuzados com requeijão e queijo parmesão ralado grosso. Leve ao forno por alguns minutos para derreter os queijos.

Sirva a sopa acompanhada de um bom vinho tinto!

By Joemir Rosa.

Macarronada da mamma

Posted in Receitas with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 13/07/2013 by Joe

Macarronada da mamma

Desde pequeno aprendi que domingo é dia daquela bela macarronada com a família, geralmente regada com um bom vinho, que meus pais me permitiam tomar diluído em um copo com Soda. E sempre havia convidados para essa pequena reunião familiar, que curtiam as delícias gastronômicas italianas preparadas por minha avó e minha mãe! Difícil achar alguém que não gostasse daquele macarrão da “mamma” ou da “nonna”…

Mas… esperem um pouco! Eu disse gastronomia italiana? Desculpem decepcioná-los, mas parece que a história não é bem assim…

Há várias versões para a história do macarrão. Uma das mais comuns é a de que essa massa tenha sido levada da China para o ocidente por volta de 1280, no século 13. E foi a partir daí que essa massa começou a ser difundida pela Europa e mais tarde para as Américas.

A crença de que o macarrão tenha sua origem na Itália deve-se, na verdade, ao molho de tomate, este sim uma invenção italiana. E daí para a macarronada foi um pulo.

Porém, existem indícios de que em civilizações antigas, muito antes dessa época, as pessoas consumiam uma espécie de massa fresca feita da mistura de cereais com água, que seria a origem do macarrão.

E mesmo sem saber com exatidão sua origem, o macarrão conquistou muitos adeptos e se tornou muito popular, por ser o mais fácil, prático e barato almoço de domingo para reunir toda a família.

E não é só com molho de tomate que se consome macarrão. Ele fica ótimo servido com vários tipos de molhos. O macarrão ao sugo é o mais tradicional, apenas com molho de tomate. Outro molho também muito apreciado é à bolonhesa, onde se adiciona carne moída ao molho de tomate. Sem contar os molhos brancos e o delicioso macarrão ao alho e óleo.

Hoje, porém, deixarei aqui uma deliciosa receita do tópico inicial deste post, ou seja, do famoso macarrão da mamma! Ah, sim … não esqueçam daquele bom vinho vinho tinto… italiano, de preferência!

Macarronada da mamma

Ingredientes

1 kg de macarrão tipo espaguete
•2 colheres (sopa) de sal
•água

Para o molho

2 colheres (sopa) de manteiga
•4 colheres (sopa) de azeite
•2 cebolas picadas
•2 talos de salsão picado
•4 dentes de alho picado
•200 g de carne moída
•200 g de linguiça calabresa em rodelinhas
•1 kg de tomate picado, sem pele nem sementes
1 xícara de vinho branco
•1 colher (chá) de açúcar
•2 folhas de louro
•1 colher (chá) de orégano
•2 xícaras (chá) de extrato de tomate
•queijo parmesão ralado a gosto

Modo de preparo

Derreta a manteiga com o azeite em uma panela e doure a cebola, o alho e o salsão. Adicione uma xícara de extrato de tomate e os tomates picados e mexa bem. Junte a carne moída, a linguiça e cozinhe por uns 20 minutos.

Após esse tempo, adicione o vinho branco e deixe borbulhar. Coloque o açúcar, o louro, o orégano e o extrato de tomate restante. Deixe cozinhar por mais uns 20 minutos em fogo brando.

Cozinhe o macarrão em três litros e meio de água fervente com sal, até que esteja al dente. Escorra, espalhe em uma travessa grande e adicione o molho. Misture bem, polvilhe o queijo ralado e sirva em seguida.

Uma dica importante: muita gente acha que o macarrão cozinha melhor se colocarmos um pouco de óleo à água, para não grudar. Não faça isso! O óleo cria uma película em torno do macarrão e, quando adicionar o molho de tomates, este “escorregará” e não ficará bem impregnado na massa. Para que o macarrão não grude, na hora do cozimento, utilize bastante água e separe o espaguete com a ajuda de um garfo longo!

By Joemir Rosa.

Sopa no pão italiano

Posted in Receitas with tags , , , , , , , , , , , , , , , , on 15/05/2010 by Joe

A sopa, junto com o pão, foi a primeira refeição completa da história da humanidade. Caldos, consomês, veloutés … palavras tão complicadas para algo tão simples e nutritivo como um belo prato de sopa! O antigo vocábulo “sop”, em latim arcaico, significava o pão sobre o qual se despejava o caldo quente. Sua história vem de muito tempo atrás, sendo a mesma consumida pelo homem desde a Idade da Pedra.

Sabe-se que há milhares de anos, a sopa era o principal alimento dos camponeses em todos os cantos do planeta. Até mesmo na arte, o prato era celebrado nas telas de grandes pintores – onde os personagens satisfaziam sua fome bebendo uma tigela deste alimento.

De fato, são inúmeros os tipos de sopas que podemos encontrar em todo o mundo, como por exemplo, o Minestrone (italiana); Won Ton (chinesa); o Caldo Verde (portuguesa); Gaspacho (espanhol), entre tantas outras. Na Grécia, há mais de 10.000 anos, ficou famoso um “Caldo Negro” da cidade de Esparta, onde era preparado com sangue de alguns animais misturado a vinagre e especiarias. Era também costume colorir as sopas com açafrão – para ficarem amareladas ou amêndoas – para deixá-las brancas.

As sopas podem ser uma refeição completa, mas para isso é necessário que em seu preparo entrem alimentos como cereais ou tubérculos, além de hortaliças (verduras e legumes) e um tipo de proteína – de preferência animal. A combinação destes ingredientes permite a elaboração de várias receitas que caem muito bem no inverno e não necessitam de complementos.

Embora ainda não estejamos no inverno, os últimos dias têm sido frios e as noites geladas. Aproveitando este sábado gelado, uma sopa quente servida dentro de um pão italiano é uma refeição deliciosa, que ajuda a esquentar e dar aquela sensação de bem-estar e prazer!

Receita simples, rápida e deliciosa!!

Sopa no pão italiano

Ingredientes

4 colheres (sopa) margarina cremosa
2 alhos-porós cortados em rodelas (só a parte branca)
sal a gosto
pimenta-do-reino preta moída na hora a gosto
noz-moscada moída na hora a gosto
1 1/2 colher (sopa) de farinha de trigo
3 1/2 xícaras (chá) de leite frio
1/2 peça de lombo defumado Prezato cortado em cubos pequenos
4 ramos de salsa picados
2 pães italianos redondos, médios com as tampas cortadas e sem o miolo
2 colheres de sopa de queijo parmesão ralado

Modo de preparo

Numa frigideira grande, derreta metade da margarina e doure o alho-poró em fogo alto. Tempere com sal, pimenta e reserve-o numa vasilha.

Na mesma frigideira, derreta a margarina restante e doure a farinha de trigo. Aos poucos, vá juntando o leite e mexendo sempre para não empelotar. Acrescente o lombo e o alho-poró reservado e cozinhe até a sopa ficar encorpada. Tempere com a noz-moscada e, se necessário, acerte a pimenta e o sal. Retire do fogo, misture a salsa e reserve.

Pré-aqueça o forno em temperatura média (180º C). Corte as tampas dos pães italianos e retire uma parte do miolo (cuidado para não deixar muito fina a casca). Transfira a sopa para os pães italianos, polvilhe o parmesão e leve ao forno até a superfície ficar dourada. Sirva imediatamente.

Para a receita ficar completa, sirva com um vinho tinto aromático e encorpado que combine com o pão e com o lombo defumado.

By Joe.

Boeuf Bourguignon

Posted in Receitas with tags , , , , , , , , , on 21/11/2009 by Joe

Em 2009 comemoramos o Ano da França no Brasil, uma iniciativa do governo dos dois países, com o objetivo de aprofundar as relações bilaterais no âmbito cultural, acadêmico e econômico. Para isso, foram realizados centenas de eventos em todo o país, como exposições, shows, concertos, ciclos de cinema, seminários e festivais, que deram ao público brasileiro a oportunidade de acompanhar manifestações artísticas da França contemporânea e conhecer mais a fundo a cultura daquele país.

Em 2005, ocorreu o Ano do Brasil na França, que mobilizou mais de dois milhões de franceses e obteve um grande retorno da mídia, atingindo os principais veículos de comunicação do país durante quase todo o ano. Como resultado, houve um aumento de 27% de turistas franceses no Brasil e mais de 450 milhões de dólares em produtos brasileiros exportados para França.

As comemorações se encerraram agora em Novembro e vai deixar saudades! Principalmente no capítulo gastronomia. Assim, decidi postar uma receita que é um marco na culinária francesa. Um prato típico da Borgonha, basicamente trata-se de carne de vaca cozida em vinho tinto e ervas.

Apesar da grande quantidade de ingredientes, todos são muito fáceis de encontrar (na maioria, ervas). E muito fácil de preparar também!

Vamos à receita:

Boeuf Bourguignon

Ingredientes

1 kg. de músculo ou coxão mole
1 cebola
1 cenoura
2 folhas de alho-poró
1 galho de tomilho
2 galhos de salsinha
2 pontas do maço de salsão
2 folhas louro
2 cravos da índia
2 dentes de alho
30 ml. de óleo para fritar
1/4 de xícara de farinha de trigo
1 colher de massa de tomate
1 colherinha de açúcar
1 litro de caldo de carne
1 garrafa vinho tinto
sal
pimenta do reino moída
150 g bacon
200 g. de champignon
150 g. cebolas bolinha em conserva

Modo de preparo

Corte o músculo em cubos, tirando apenas a primeira capa de gordura. Prepare o buquê de ervas: faça um envelope com a folha do alho-poró e ponha dentro o tomilho, a salsinha, o salsão e o louro e amarre com um barbante.

Coloque a carne picada numa vasilha com a cenoura e a cebola fatiadas, o cravo da índia e o buquê. Cubra com o vinho. Deixe a vasilha tampada na geladeira durante 12 horas ou mais.

Depois, retire todos os pedaços de carne e frite numa panela grande. Junte a farinha de trigo até dourar. Passe o vinho da marinada numa peneira e despeje na panela da carne. Acrescente o buquê amarrado. Tempere com sal e pimenta moída.

Depois cozinhar em fogo baixo, por uma hora, coloque o caldo de carne, o extrato de tomate, o açúcar e o alho picado. Cozinhe por mais uma hora, pelo menos, sempre em fogo baixo. Na hora de servir, retire o buquê e prove para ver se está bom de sal e pimenta.

Para a guarnição típica da Borgonha, frite o bacon numa frigideira sem outra gordura. Quando estiver bem frito, coloque as cebolas e o champginon em conserva (cozidos com vinagre e sal). Se quiser, pode colocar também ervilhas e cenoura cozidas, para enfeitar.

Sirva com um bom e cremoso purê de batatas. Ou, se preferir, com batatas douradas ao forno!

Bon appetit!!!

By Joe.

Carpaccio

Posted in Receitas with tags , , , , , , , , , , on 05/09/2009 by Joe

Carpaccio SaladaDécada de 50, um beco sem saída perto da Piazza San Marco, em Veneza. Endereço: Calle Vallaresso, 1232, Harry´s Bar. O dono, Giuseppe Cipriani, costumava receber gente famosa em seu pequeno bar. Por lá passaram Charles Chaplin, Orson Welles, Ernest Hemingway, Aristóteles Onassis, Somerset Maugham, Truman Capote, Maria Callas, entre outros. Para eles, Cipriani criava drinks exclusivos, os quais fizeram o maior sucesso, como o “Tiziano” ou o “Bellini”.

Nessa época, Cipriani recebeu um pedido inusitado. A Condessa Amália Nani Moncenigo confidenciou-lhe que estava sofrendo de uma severa anemia e que o médico havia recomendado que consumisse pratos preparados com carne crua, por ser rica em ferro.

Porém, nessa época, havia um grande preconceito em relação às carnes cruas, o que tornava a tarefa de Cipriani ainda mais difícil.Mas ele não poderia deixar de atender ao pedido de sua amiga, a Condessa e, assim, acabou preparando um prato que se tornaria um grande sucesso. Havia nascido o Carpaccio, nome escolhido em homenagem ao pintor renascentista Vittore Carpaccio (1460 – 1525), cujos quadros estavam em uma exposição St Augustine in his study, by Vittore Carpaccio, 1511 na cidade. O detalhe que inspirou Cipriani a dar o nome do famoso artista ao seu prato foi o fato dele usar tons vermelhos em todos os seus quadros luminosos. Tons que lembravam a carne crua.

O tempo foi passando, a receita ganhou o mundo e também muitas variações, algumas usando lâminas de peixe, frutos do mar, legumes, etc. E o molho que acompanha o carpaccio também ganhou ares nacionalistas. No Brasil, o mais comum é um molho feito com azeite, mostarda, limão, alcaparras, sal e pimenta, polvilhado com lâminas de queijo parmesão.

Ah, sim … Giuseppe Cipriani morreu em 1980 e seu filho, Arrigo Cipriani assumiu a direção do Harry´s. O bar cresceu, tornou-se restaurante também e tem algumas filiais espalhadas pela Europa, Asia e EUA.  Se quiser conhecer mais, acesse www.cipriani.com.

Servido como entrada ou refeição leve, o carpaccio é sempre uma boa pedida.

No post de hoje apresento a receita que eu considero a mais saborosa. Para aqueles que não tem muito tempo, sugiro comprar o carpaccio já fatiado, congelado, à venda nos supermercados.

Carpaccio

Ingredientes

300 gramas de filé mignon ou lagarto bem limpo
50 gramas de alcaparras enxaguadas
azeite de oliva extra-virgem
4 colheres (chá) de mostarda (Dijon, de preferência)
2 colheres (chá) de suco de limão
sal e pimenta-do-reino moída a gosto
Alface, rúcula ou agrião (salada de folhas) a seu gosto
100 gr queijo parmesão em lâminas
cogumelos em lascas

Modo de preparo

Pincele a carne com azeite, sal e pimenta. Embrulhe em papel filme, o mais apertado possível para dar um formato arredondado. Deixe no congelador por umas 2 horas até que fique com a consistência de um salame.

Corte a carne em lâminas bem finas. Coloque cada fatia entre dois pedaços de papel-manteiga e, com cuidado para não rasgar os pedaços, bata a carne com o batedor ou com a lateral de um rolo de massas. Regue com um pouco de azeite e salpique sal e pimenta-do-reino moída. Deixe na geladeira até a hora de servir.

Enquanto isso, prepare o molho colocando o azeite de oliva, a mostarda e o suco de limão numa tigela pequena (acerte o sal e a pimenta-do-reino a seu gosto) e misture bem até incorporar todos os ingredientes.

Disponha as lâminas de carpaccio em pratos individuais, espalhando as alcaparras, os cogumelos e o queijo parmesão em lâminas. Disponha a salada de folhas (sugiro fatiar bem fininho o alface) e espalhe fartamente o molho sobre tudo. Sirva imediatamente.

Um bom vinho tinto leve (Chianti jovem, Bardolino ou Beaujolais) e torradas completam o cenário.

By Joe.

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