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Caponata Siciliana

Posted in Receitas with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 24/05/2014 by Joe

Caponata Siciliana

Esse delicioso prato tem uma história de mais de 1.000 anos!

Quando em 17 de junho de 827 os árabes desembarcaram em Cabo Granitola, perto de Mazara del Vallo e começaram a conquista da Sicília, não sabiam que sua presença iria afetar tão profundamente também na cozinha siciliana.

Entre os produtos e costumes dos árabes levados para a Sicília, a berinjela era um vegetal não conhecido antes de sua invasão. Este vegetal, que é a base de muitas receitas da cozinha siciliana, é o ingrediente chave de berinjela caponata.

Outro ingrediente muito importante, o tomate, voltaria às Américas cerca de 700 anos mais tarde, através de Cristóvão Colombo.

Os demais ingredientes – cebolas, azeitonas, alcaparras, aipo, vinagre e açúcar – já eram conhecidos e usados.

A caponata de berinjela é um aperitivo (entrada) que pode ser servido com um bom pão cozido em forno de lenha e um bom vinho branco. Ou com pão italiano, ligeiramente aquecido em forno.

A receita original é a que segue, sendo admitidas algumas variações em seus ingredientes e temperos.

Caponata Siciliana

500 gramas de berinjelas
200 gramas de cebolas roxas bem picadas
100 gramas de aipo
50 gramas de alcaparras salgadas, lavadas e escorridas
100 gramas de azeitonas verdes picadas
300 gramas de tomates maduros sem pele e sem sementes cortados em cubos
20 gramas de manjericão
20 gramas de amêndoas tostadas e laminadas
20 gramas de nozes
150 ml de vinagre de vinho tinto
azeite extra-virgem a gosto
sal e pimenta do reino a gosto

Modo de preparo

Coloque uma panela com água para ferver. Corte o aipo em pedaços pequenos (mais ou menos, 1 cm) e escalde-os em água fervente por uns 3 minutos. Escorra e reserve.

Lave bem as berinjelas, corte em cubos, polvilhe com sal e deixe escorrer em uma peneira por, pelo menos, 1 hora. Após este tempo, seque-os com um pano.

Em uma frigideira, coloque a cebola com umas 4 colheres de azeite, cubra e refogue por uns 2 minutos. Adicione o aipo, uma pitada de sal e deixe refogar até que fiquem macios. Reserve.

Em outra frigideira, aqueça uma certa quantidade de azeite suficiente e coloque uma pequena quantidade de berinjelas para dourar. Repita a operação com toda a porção. Retire-as da frigideira e reserve em papel-toalha.

Na mesma frigideira, refogue os tomates por alguns minutos e coloque algumas folhas de manjericão para saborizá-los. Adicione as berinjelas reservadas, o aipo e as cebolas, um toque de pimenta do reino, acerte o sal, se necessário, e deixe cozinhar até que fiquem macios.

Em seguida, acrescente as amêndoas laminadas, as nozes, as alcaparras e as azeitonas. Por último, o vinagre de vinho tinto. Mexa tudo muito bem, desligue o fogo, regue com azeite e deixe esfriar.

Na hora de saborear, decore com folhas de manjericão e sirva com pão italiano ligeiramente aquecido e um vinho branco de ótima qualidade!

By Joemir Rosa.

Palavras movem, exemplos arrastam

Posted in Reflexão with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , on 17/12/2012 by Joe

Líder 4

Numa tarde de domingo, um pai e seus dois filhos chegam ao parque de diversões e dirigem-se à bilheteria, onde o pai pergunta:

– “Olá, boa tarde. Quanto custa a entrada?”

– “São R$20,00 para o senhor e para qualquer criança maior de seis anos. A entrada é grátis se eles tiverem seis anos ou menos. Quantos anos eles têm?”

– “O menor tem três anos e o maior sete anos” – respondeu o pai.

O rapaz da bilheteria, então, comentou:

– “Poxa, se tivesse me dito que o mais velho tinha seis anos, eu não notaria a diferença e você poderia ter economizado R$ 20,00”.

O pai então respondeu:

– “É verdade, talvez você não notasse a diferença, mas meus filhos saberiam que eu menti”.

Em liderança, atitudes e exemplos não são apenas a melhor, senão a única maneira de influenciar positivamente as pessoas. Os exemplos caem no coração das pessoas como se fossem sementes, que germinarão, crescerão e frutificarão, gerando os melhores frutos.

É por isso que as atitudes de um líder precisam “falar” mais alto que suas palavras, porque suas palavras movem, mas seus exemplos arrastam.

By Farias Souza.

Mousse de limão

Posted in Receitas with tags , , , , , , on 06/10/2012 by Joe


Em posts anteriores eu publiquei receitas de mousses e a história dessa deliciosa sobremesa (utilize o Busca do Blog para acessar outras receitas). As variações são inúmeras, podendo ser preparadas com diversas frutas e ingredientes.

Podem, também, ser salgadas e servidas como entrada. Em qualquer caso, lembre-se que é servida sempre fria!

Hoje eu trago uma receita tradicional dessa sobremesa, bem simples, rápida e fácil de preparar.

Mousse de limão

Ingredientes

1 envelope de gelatina sabor limão
suco de 1 limão
1 lata de leite condensado
1 lata de creme de leite
rodelas e raspas de limão para decorar

Modo de preparo

Prepare a gelatina usando metade da água indicada na embalagem. Coloque em uma travessa e leve à geladeira até endurecer.

Depois, bata a gelatina, o suco de limão, o leite condensado e o creme de leite no liquidificador até ficar uma mistura homogênea. Coloque numa forma untada com um pouco de óleo. Leve à geladeira até ficar firme. Desenforme e decore com as raspas e fatias de limão.

Sugestão: você pode variar o sabor da gelatina e acrescentar suco de frutas do mesmo sabor escolhido.

By Joemir Rosa.

Mousse de morangos com chocolate

Posted in Receitas with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 08/09/2012 by Joe

A França é a mãe das mousses (la mousse, espuma), daqueles de consistência quase mágica e sabor de nuvem.

Existem muitas teorias e histórias da origem da palavra mousse. Uma das mais interessantes conta que, na Roma antiga, existia uma mistura de mel com vinho chamada de muslum. Com as modificações do latim, a palavra transformou-se em mulsa.

Em francês, a palavra se transformou em mousse e, por volta do século 19, foi o nome dado a um doce aerado preparado na Inglaterra. Mousse na França, ou musse no bom português, significa algo leve e espumoso, porém com textura estável.

Conta a história que a mousse de chocolate teria sido inventada no início do século XX pelo artista francês Henri de Toulouse-Lautrec que a chamou, originalmente, de “maionese de chocolate”

As mousses podem ser preparadas a partir de praticamente todos os ingredientes, doces ou salgados. Basta acrescentar claras batidas em neve ou creme de leite batido. A mousse é um prato leve e pode ser servida tanto como entrada, no caso das mousses salgadas, como uma deliciosa sobremesa. Qualquer que seja a situação, lembre-se de que é servida sempre fria!

Ah, e quando você for preparar a mousse, não esqueça de dar uma atenção especial à apresentação do prato. O paladar é bastante estimulado pelos olhos e pela elegância.

A receita de hoje é das tradicionais mousses doces, de chocolate, morangos e chantilly. Tradicional e sempre deliciosa!

Mousse de morangos com chocolate

Ingredientes

1 envelope de gelatina vermelha em pó, sem sabor
6 colheres (sopa) de água
1 ½ copo de requeijão cremoso
1 ¼ de xícara (chá) de açúcar
2 xícaras (chá) de morangos picados
1 colher (sopa) de suco de limão

Cobertura

1 caixa (200 g) de creme de leite
200 g de chocolate meio amargo picado
morangos para decorar
1 ½ xícara (chá) de chantilly batido para decorar

Modo de preparo

Coloque a gelatina e a água em uma tigela e deixe hidratar por uns 2 minutos. Leve ao fogo, em banho-maria, até derreter. No liquidificador, coloque o requeijão, o açúcar, os morangos e o suco de limão. Bata por 2 minutos, junte a gelatina e bata de novo até misturar.

Unte uma forma (ou formas menores para porções individuais) com óleo de milho, despeje o creme batido e leve à geladeira até firmar, por cerca de 4 horas.

Para a cobertura, leve ao fogo, em banho-maria, o creme de leite com o chocolate e mexa até derreter. Deixe esfriar.

Desenforme o doce, decore com morangos e sirva com a calda de chocolate e o chantilly.

By Joemir Rosa.

Carpaccio

Posted in Receitas with tags , , , , , , , , , , on 05/09/2009 by Joe

Carpaccio SaladaDécada de 50, um beco sem saída perto da Piazza San Marco, em Veneza. Endereço: Calle Vallaresso, 1232, Harry´s Bar. O dono, Giuseppe Cipriani, costumava receber gente famosa em seu pequeno bar. Por lá passaram Charles Chaplin, Orson Welles, Ernest Hemingway, Aristóteles Onassis, Somerset Maugham, Truman Capote, Maria Callas, entre outros. Para eles, Cipriani criava drinks exclusivos, os quais fizeram o maior sucesso, como o “Tiziano” ou o “Bellini”.

Nessa época, Cipriani recebeu um pedido inusitado. A Condessa Amália Nani Moncenigo confidenciou-lhe que estava sofrendo de uma severa anemia e que o médico havia recomendado que consumisse pratos preparados com carne crua, por ser rica em ferro.

Porém, nessa época, havia um grande preconceito em relação às carnes cruas, o que tornava a tarefa de Cipriani ainda mais difícil.Mas ele não poderia deixar de atender ao pedido de sua amiga, a Condessa e, assim, acabou preparando um prato que se tornaria um grande sucesso. Havia nascido o Carpaccio, nome escolhido em homenagem ao pintor renascentista Vittore Carpaccio (1460 – 1525), cujos quadros estavam em uma exposição St Augustine in his study, by Vittore Carpaccio, 1511 na cidade. O detalhe que inspirou Cipriani a dar o nome do famoso artista ao seu prato foi o fato dele usar tons vermelhos em todos os seus quadros luminosos. Tons que lembravam a carne crua.

O tempo foi passando, a receita ganhou o mundo e também muitas variações, algumas usando lâminas de peixe, frutos do mar, legumes, etc. E o molho que acompanha o carpaccio também ganhou ares nacionalistas. No Brasil, o mais comum é um molho feito com azeite, mostarda, limão, alcaparras, sal e pimenta, polvilhado com lâminas de queijo parmesão.

Ah, sim … Giuseppe Cipriani morreu em 1980 e seu filho, Arrigo Cipriani assumiu a direção do Harry´s. O bar cresceu, tornou-se restaurante também e tem algumas filiais espalhadas pela Europa, Asia e EUA.  Se quiser conhecer mais, acesse www.cipriani.com.

Servido como entrada ou refeição leve, o carpaccio é sempre uma boa pedida.

No post de hoje apresento a receita que eu considero a mais saborosa. Para aqueles que não tem muito tempo, sugiro comprar o carpaccio já fatiado, congelado, à venda nos supermercados.

Carpaccio

Ingredientes

300 gramas de filé mignon ou lagarto bem limpo
50 gramas de alcaparras enxaguadas
azeite de oliva extra-virgem
4 colheres (chá) de mostarda (Dijon, de preferência)
2 colheres (chá) de suco de limão
sal e pimenta-do-reino moída a gosto
Alface, rúcula ou agrião (salada de folhas) a seu gosto
100 gr queijo parmesão em lâminas
cogumelos em lascas

Modo de preparo

Pincele a carne com azeite, sal e pimenta. Embrulhe em papel filme, o mais apertado possível para dar um formato arredondado. Deixe no congelador por umas 2 horas até que fique com a consistência de um salame.

Corte a carne em lâminas bem finas. Coloque cada fatia entre dois pedaços de papel-manteiga e, com cuidado para não rasgar os pedaços, bata a carne com o batedor ou com a lateral de um rolo de massas. Regue com um pouco de azeite e salpique sal e pimenta-do-reino moída. Deixe na geladeira até a hora de servir.

Enquanto isso, prepare o molho colocando o azeite de oliva, a mostarda e o suco de limão numa tigela pequena (acerte o sal e a pimenta-do-reino a seu gosto) e misture bem até incorporar todos os ingredientes.

Disponha as lâminas de carpaccio em pratos individuais, espalhando as alcaparras, os cogumelos e o queijo parmesão em lâminas. Disponha a salada de folhas (sugiro fatiar bem fininho o alface) e espalhe fartamente o molho sobre tudo. Sirva imediatamente.

Um bom vinho tinto leve (Chianti jovem, Bardolino ou Beaujolais) e torradas completam o cenário.

By Joe.