Arquivo para Massa

Quebrando ovos

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Quebrando ovos

Chega um momento em que a relação precisa quebrar os ovos. É bom estar preparado.

Será como o trabalho doméstico: transparente. Lava-se louça, roupa, estende, retira os vincos com ferro, limpa casa, recolhe o lixo, arruma os brinquedos e os filhos nem reparam que tudo está novamente no lugar e no armário, apesar da bagunça feita recentemente. É óbvio que não vão agradecer. É o que chamo de passado secreto. Aconteceu, mas não merece memória.

Entretanto, a raiva fica: não fui valorizado e resta um desmemoriado mal-estar.

Minha namorada resolveu comer omelete. Ela já preparou o prato outras vezes em seu apartamento. Estava na minha casa e me antecipei na captura dos ingredientes, louco para agradá-la. Mas a minha menção de executar a tarefa a desagradou. Entenda, é o passado secreto. O ardiloso passado secreto. Com minha efusiva disposição, ela desconfiou de que eu não gostava de suas omeletes e que, somente agora, decorrido um ano, estava com coragem de falar.

Raciocinei que significava uma informação dispensável, meu modo era dourar os dois lados e o dela era envelopar a massa ao final, mas ela tratava o assunto com tamanha energia que até me assustou.

– “Quer que eu faça?”, perguntei.

– “Não gosta do jeito que faço?”

– “Gosto, é que eu mostraria minha predileção…”

– “Gosta nada, quem já fez omelete para você? Quer do jeito de quem? Confessa?”

– “De ninguém…”

– “Ora, vai nessa, qual é a receita? Com queijo ralado, requeijão, tomates fatiados? Por que nunca me disse que não gostava da minha omelete? Eu me sinto uma idiota…”

– “Eu gosto, só busquei uma maneira diferente!”

– “Que maneira?”

(Daí eu me danei)

Levamos mais tempo discutindo na tentativa de prevenir a discussão. A conversa durou duas horas. Duas horas sobre absolutamente nada, a não ser o medo do que não foi vivido junto. Se aliso seu umbigo, acreditará que repito um convite libidinoso com uma antiga namorada. Quanto mais a gente se entrega, maior é o pânico de estar sozinho na doação, de ser uma miragem afetiva. Tanto que, após desfiar um “eu te amo tanto”, não ouse nunca mais declarar “eu te amo” – é como se amasse menos.

O ciúme está dobrado em cada gesto, fazendo contas e pedindo estornos. Não há saída; passe manteiga na conversa, aqueça a frigideira e admire os ovos quebrados na pia.

Repare como o negócio é tinhoso. Durante as compras, no caixa, costumava perguntar se ela estava naquele momento com troco. Não falava dinheiro, mas troco. Uso troco para tudo. Para quê? Ela já formulou uma tese de que empregava o código com a ex. Igual sina em nossas rotas românticas. Relaxados, sozinhos e prontos para namorar, peço que ela me alcance o champanhe do balde:

– “Por favor, me passe a “champs”?”

– ““Champs”?”

Pronto! Feito o entrevero. Usava também esse dialeto com a ex.

O grave é que ela tem razão. Só não desejava brigar, ainda mais quando não tenho defesa. Ela poderia ser mais justa e me dar tempo para preparar uma mentira.

By Fabrício Carpinejar.

Para estar junto é preciso estar só

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É preciso estar só

Antes de estar com alguém, estamos junto com nós mesmos. E, eventualmente, temos medo do silêncio, acumulamos informação nas paredes, usamos ajuda para relaxar a mente, ficamos desconfortáveis na multidão. Evitamos nossa primeira companhia, buscando a resposta além, ansiando sentirmo-nos completos por uma promessa de felicidade.

Grande influência para nosso comportamento é o Romantismo, que nos visita nas comédias românticas, novelas, brinquedos de crianças e cantigas desde a primeira infância, e catequiza gerações desde Shakespeare a fazer das decisões da vida um drama, viver o presente ou desejar o fim de todo sofrimento. É a arte do sonho e da fantasia. Graças a ele, somos incentivados a ansiar nosso lugar ao sol. Mas, também devemos lembrar dos perigos de viver na terra das fadas, e negar a realidade.

Nascemos sós, com nossa consciência e o céu. E não há nada de estranho em estar no cinema desacompanhado. Precisamos nos compreender, para compreender o outro. Contemplar em silêncio os sons da cidade faz parte de integrar-se com o mundo, e aceitar que somos parte dele: quanto de você está presente na chuva lavando a calçada. Como você sente seus pés. Como sente o coração. Investir tempo para responder honestamente se você é feliz.

O maior estranhamento que podemos causar em alguém é perguntar o quanto ela é feliz. Contudo, poucas coisas são tão absolutas quanto a felicidade. Dizer que ela independe do dinheiro, do trabalho, não é novidade. Mas, vale reforçar que ela depende somente dos nossos olhos.

Dessa forma, não existe nenhum amor que nos torne completos. Porque a resposta não é essa. A resposta somos nós mesmos. Estar com alguém pode ser mais solitário que aceitar o fim. E crer que a felicidade virá junto com um Messias romântico prometido é frustrante.

Entramos inteiros ou partidos numa história, mudamos por próprio mérito para menos ou para mais, e é isso. O romantismo é saudável, mas quanto dele é um desespero por algo grandioso na vida, simplesmente para jogarmos a bola para alguém. O companheirismo de uma vida é, definitivamente, grandioso; que o diga Tarcísio Meira e Gloria Menezes, Jorge Amado e Zélia Gatai. Mas, e quando amamos estar apaixonados mais do que o objeto do nosso afeto. A maior prova está em “amor à primeira vista”, que é o cúmulo do não amor, e cujo sucesso depende inteiramente da sorte. Beleza, caráter, coragem, inteligência não são correlacionados, não é estatística. Insistimos em “riscos” desnecessários ao adotarmos estratégias levianas e depois lamentamos tanto azar. Por desespero de quê? Nutrimos relações destrutivas e sofremos por acabar destruídos.

Amar é estar em paz consigo mesmo. E estar em paz já é um grande desafio. Nenhuma resposta mágica aparece junto com o amor. Pelo contrário. Aparecem mais perguntas e desafios. Então, se você acha que sua rotina demanda muito, deveria evitar mais uma tribulação.

Se não, tornamo-nos vítimas de clichês e nada mais acontece.

Para estar junto é preciso primeiro saber estar só. Estar feliz consigo mesmo. Porque não é mérito de mais ninguém, que não você, como vai a sua vida. Companheiro ou santo nenhum têm poder de salvar nossas peles, podem dar o exemplo. Que tal?

Para estar junto é preciso primeiro respeitar o contorno do próximo. Não se fundir a ele e virar uma massa amorfa, com consciência coletiva. Casais são duas unidades juntas, mas são unidades.

O ser humano é tão rico e misterioso, devemos explorar nosso potencial e melhorar o mundo, e evitar caber numa caixinha etiquetada. Somos únicos e infinitos. Somos sós e completos. Ainda assim, escolhemos voar juntos. E isso é fantástico! Mas, para que a vista seja boa, é preciso criar força nas asas e dar nosso primeiro salto sós.

By Tamara Ferreira.

Tórtano

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Tórtano

Quem frequenta as mais tradicionais pizzarias costuma encontrar, entre as deliciosas entradas (antepastos), um pão delicioso recheado com linguiça calabresa, mussarela e alguns outros temperinhos, assado lentamente em forno à lenha.

Confesso que, por algumas vezes, já pedi tórtano (além de outros antepastos) e vinho e a pizza acabou ficando pra outra oportunidade!

Esse pão é encontrado no sul da Itália, mais especificamente nas regiões de Nápoles e da Calábria. Originalmente preparado pelas nonas, a receita do tórtano variava de família para família, mas era – e ainda é – uma presença constante no dia-a-dia das mesas italianas.

É muito parecido com o Fular português, sendo que este é presente mais na época da Páscoa, e preparado com uma massa mais pesada e carnes mais secas.

Porém, é preciso ficar atento porque em muitos lugares – e aí incluímos muitas pizzarias – pães com linguiça são preparados e vendidos sob a alcunha de tórtano.

Um bom tórtano se caracteriza pela linguiça que se sobressai à massa, com baixo teor de gordura, coloração viva e sabor predominante. O sabor da massa é o que menos se nota, devendo ter umidade característica (devido à gordura da linguiça) e mussarela de boa qualidade.

A temperatura do forno deve ser mais baixa para evitar que o tórtano fique ressecado, o que tornaria o pão seco, pesado e massudo. O ideal seria assar em forno à lenha, lentamente!

Neste sábado, trago a receita de tórtano de uma tradicionalíssima pizzaria de São Paulo que prepara esse delicioso pão há décadas!

Tórtano

Ingredientes

60 gramas de fermento biológico fresco
50 ml de azeite de oliva extravirgem
1 colher (sopa) de açúcar
1.250 g de farinha de trigo
650 ml água mineral em temperatura ambiente
2 colheres (sopa) de sal
500 gramas de linguiça calabresa em fatias fininhas
200 g de mussarela ralada
orégano à gosto
azeite de oliva para untar a assadeira
1 gema de ovo

Modo de preparo

Colocar em um recipiente o fermento biológico e o açúcar, misturando bem até obter um creme. Em seguida, junte o sal e o azeite e continue misturando. Em seguida, vá acrescentando a água, e misturando sempre. Comece a acrescentar a farinha de trigo e continue trabalhando a massa até utilizar toda a farinha. Isso deve levar uns 10 minutos até que ela fique no ponto.

Basta trabalhar a massa com as mãos, sem sová-la, até que fique lisa e solte completamente das mãos. Coloque a massa em uma tigela enfarinhada, espalhe um pouco de farinha por cima também, cubra com um pano limpo e deixe descansar por umas duas horas em temperatura ambiente, longe de vento e ar frio. A massa deve crescer até quase dobrar de tamanho.

Quando a massa tiver crescido, corte-a em três partes e abra-as em uma superfície enfarinhada com a ajuda de um rolo como se fosse preparar uma pizza. Neste ponto já pode aquecer o forno a 180º C por uns 15 minutos. Espalhe, em cada parte, as linguiças fatiadas e a mussarela ralada, de forma que fique tudo bem distribuído por toda a superfície da massa. Polvilhe igualmente o orégano em cada parte da massa, e enrole cada uma como se fosse um rocambole.

Com as mãos, estique ligeiramente esse “rocambole” tomando cuidado para que a massa não se rasgue. Passe cada “rocambole” por cima do outro, formando uma trança. Una as pontas, dando uma forma redonda a esta trança, coloque-a em uma forma alta, redonda, de alumínio, previamente untada com um fio de azeite. Deixe descansar por meia hora, mais ou menos, antes de levar ao forno.

Bata a gema de ovo e pincele a superfície do pão, já na forma. Leve o pão ao forno e deixe assar até que fique bem dourado.

Dicas: espere o pão esfriar por meia hora antes de desenformá-lo. Isso não vai esfriá-lo, mas faz com que ele não se quebre na hora de retirar da forma.

Sirva com um fio de azeite de ótima qualidade e um bom vinho tinto (sugiro um Valpolicella)!

By Joemir Rosa.

Amor virtual

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Amor virtual

Acredito em amor virtual. Não adianta se valer do ceticismo da carne e dizer que a distância engana, que as pessoas não se conhecem, que pode haver desfeita e desilusão.

Acredito em amor virtual. Pois nada é mais expansivo e verdadeiro do que se conhecer pela linguagem. Nada é mais íntimo e pessoal do que se doar pela linguagem.

Não serei convencido da frieza do relacionamento na web, da articulação de fachadas e pseudônimos, da ironia e dos subterfúgios denunciados nos chats. O que acontece na internet reproduz a vida com seus defeitos e virtudes, não se pode exagerar na desconfiança. O amor virtual é tão real quanto o sangue. Não preciso enxergar o sangue para verificar se ele corre. O amor virtual trabalha com a expectativa e a ansiedade. Como um teatro que se faz de improviso, com a ardência de ser aceito aos poucos, sem o temor e os avisos em falso do rosto.

Na correspondência há a esperança de ser amado e de entreter as dores. A esperança aceita tudo, transforma todo troco em investimento. Um gesto de redobrada atenção, uma resposta alentada, uma frase diferente, um cuidado excessivo, a cordialidade do eco… e o amor se instala!

Não há o julgamento pelas aparências (que se assemelha a uma execução sumária), mas o julgamento em função do que se imagina ser, do que se deseja, do que se acredita. São raros os momentos em que se pode fechar os olhos para adivinhar. Adivinhar é delicioso – é se dedicar com intensidade às impressões mais do que aos fatos.

Alguns dirão que é alienação permanecer horas e horas teclando ou conversando diante de uma câmera e do computador. Mas é envolvimento, amizade, compromisso. É pressentir o cheiro, formigar os ouvidos, seduzir devagar. Não conheço paixão que não ofereça mais do que foi pedido.

Quem reclamava da ausência de preliminares deve comemorar o amor virtual? Nunca se teve tanta preliminar nas relações, rodeios, educação. Fica-se excitado por falar. Devolve-se à fala seu poder encantatório de persuadir. Afora o espaço democrático: um conversa e o outro responde. Findou o temporal de um perguntar para outro fingir que está ouvindo.

No amor virtual, a linguagem é o corpo. Dar a linguagem é entregar o que se tem de mais valioso. É esquecer as roupas na corda para escutar a chuva. É recordar de memórias imprevistas como do tempo em que se ajudava à mãe a contornar com o garfo a massa do capeletti. Conversa-se da infância, dos fundos do pátio, do que ainda não se tinha noção, sem ficar ridículo ou catártico. Abre-se a guarda para olhares demorados nos próprios hábitos. A autocrítica se converte em humor; a compreensão, em cumplicidade. É uma distração para concentrar. Uma distração para dentro. Vive-se com mais clareza para contar e se narrar.

Amor virtual é conhecer primeiro a letra, para depois conhecer a voz. A letra é o quarto da voz.

By Fabrício Carpinejar, jornalista e escritor.

Salteñas

Posted in Receitas with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 31/05/2014 by Joe

Salteñas

Nas obras do historiador e escritor Antonio Paredes Candia é possível ler que, no início do século XX, a senhora Juana Manuela Gorriti, que mais tarde se tornaria esposa do presidente Manuel Isidoro Belzu, nascida na cidade argentina de Salta, teve de fugir para o exílio com a sua família, durante a ditadura de Juan Manuel de Rosas.

Deixou todos os seus bens para trás e instalou-se em Tarija, na Bolívia. Durante muitos anos, a família Gorriti foi marcada por uma pobreza extrema. O desespero levou a família a começar a preparar uns pastéis que designava como “empanadas caldosas”, que eram típicas de algumas cidades europeias, na época.

A venda destes pastéis tornou-os muito popular, ao mesmo tempo que Manuela foi apelidada de “la salteña”, devido à sua cidade de origem. Os pastéis foram lentamente ganhando popularidade em Tarija, tendo acabado por se converter em uma tradição. Paredes Candia menciona que era comum dizerem às crianças: “vai buscar uma empanada da saltenha”. Com o passar do tempo, o nome de Manuela Gorriti foi sendo esquecido, mas não o seu apelido, razão pela qual a iguaria continua a ter o nome de saltenha.

Hoje em dia é possível encontrar esta iguaria em vários locais por toda a Bolívia. A sua aceitação foi tão boa que chegou mesmo ao mercado internacional.

Existem muitas variedades de saltenhas, dependendo do recheio, mas todas mantém um mesmo estilo e uma massa comuns.

A receita de hoje apresenta a saltenha de carne. Mas também pode ser preparada com frango ou atum. Todas muito saborosas neste tipo de massa!

Salteñas

Ingredientes

Massa

500 gr de farinha de trigo
¼ de xícara (chá) de manteiga
1 colher de chá de sal
1 colher (sobremesa) de colorau
¼ xícara (chá) de água morna
1 gema para pincelar

Recheio

400 gr de carne moída
1 colher (sopa) de azeite
3 colheres (sopa) de manteiga
1 cebola picadinha
2 dentes de alho picados
½ colher (chá) de cominho em pó
½ xícara (chá) de passas
½ xícara (chá) de azeitonas sem caroços
2 colheres (chá) de farinha de trigo
¼ xícara de água
2 ovos cozidos e picados
sal e pimenta do reino a gosto

Modo de preparo

Misture todos os ingredientes para a massa até obter uma bola homogênea e lisa. Deixe descansar por uns 15 minutos, enrolada em um plástico.

Enquanto isso, prepare o recheio, aquecendo a manteiga com o azeite e refogue o alho, a cebola, a carne, o cominho e o sal. Junte as passas, as azeitonas e o trigo dissolvido na água. Refogue bem até obter um recheio cremoso e espere esfriar.

Em seguida, separe a massa em três partes e abra cada uma em uma superfície enfarinhada, deixando-a bem fininha. Corte a massa colocando um prato de sobremesa (em torno de 15 cm) sobre ela, recortando com a ponta de uma faca lisa, formando círculos. Junte as rebarbas de massa, amassando bem novamente e abrindo tudo no final, repetindo o processo.

Recheie com bastante carne e acrescente os ovos cozidos picados na hora da montagem (se preferir também pode adicionar uma ou duas passas neste momento, ao invés de refogá-las junto com a carne). Molhe as beiradas da massa com água, dobre como um pastel, faça pequenas pregas na beirada da empanada utilizando um garfo. Pincele com gema batida e asse em forno quente por uns vinte minutos até dourar.

By Joemir Rosa.

Torta aerada de liquidificador

Posted in Receitas with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 12/04/2014 by Joe

Torta de liquidificador

A sugestão deste sábado não tem história e nem artistas vinculados. Porém, ela é ótima para um lanche de fim de tarde ou um sábado à noite, para quem quer fugir um pouco daquela pizza nossa de cada fim de semana.

A receita é bem simples e é preparada no liquidificador. O que diferencia esta receita de outras tantas é a massa, que fica bem leve e aerada. O recheio fica a critério de cada um, podendo variar de acordo com a vontade e o gosto de cada pessoa. Eu curto muito o recheio de frango e também o de carne moída refogada. Outras opções são: sardinhas, palmito, camarão com catupiry, queijo, presunto e orégano ou legumes.

Se alguém tiver outras sugestões de recheios, pode deixar nos comentários, não esquecendo o modo de preparar, ok?

Vamos à receita!

Torta de liquidificador

Ingredientes

Massa

2 xícaras (chá) de leite
1/2 xícara (chá) de azeite de oliva
2 xícaras (chá) de farinha de trigo
2 ovos
1 tablete de caldo de galinha
1 colher (sopa) de açúcar
20 gr de fermento biológico seco instantâneo
queijo parmesão ralado grosso

Recheio

1 peito de frango desossado (em torno de 800 gr)
1 colher de azeite
2 cebolas picadas
4 dentes de alho picados
sal a gosto
pimenta do reino a gosto
1 lata de ervilhas ou milho
1 tomate grande picado, sem sementes
1 xícara de leite
1 copo de requeijão (sugiro sabor cheddar)
salsa e cebolinha picados

Modo de preparo

Massa: coloque o leite numa panela e leve ao fogo até amornar. Retire do fogo e despeje no liquidificador. Adicione o azeite (reserve 1 colher de sopa), a farinha de trigo, os ovos, o sal e o açúcar. Bata até obter uma mistura homogênea. Acrescente o fermento e bata apenas por alguns segundos. Cubra o copo do liquidificador com filme plástico e deixe descansar entre 45 e 60 minutos, até a massa dobrar de volume. Se o copo de liquidificador for de 1 litro, sugiro dividir a massar em outro recipiente pois ela cresce bastante e fica bem aerada.

Recheio: cozinhe o peito de frango em panela de pressão e depois desfie bem. Em uma panela, com uma colher de azeite, refogue o alho e as cebolas. Adicione o frango desfiado e refogue bem, acertando o sal e a pimenta. Adicione a ervilha (ou milho), os tomates e misture tudo. Cuide para que o recheio não fique seco. Adicione a salsa e cebolinha picados e reserve.

Pré-aqueça o forno à temperatura média (180ºC).

Numa panela pequena coloque o requeijão e o leite, leve ao fogo baixo e dissolva tudo muito bem até obter um creme. Despeje sobre o frango reservado e misture bem. Com o azeite de oliva reservado, unte uma assadeira de 30 cm de diâmetro e polvilhe com farinha de trigo. Em seguida, despeje metade da massa e distribua uniformemente o recheio. Cubra com o restante da massa, polvilhe com o queijo parmesão ralado e leve ao forno por 50 minutos, ou até a torta dourar. Retire do forno, fatie e sirva.

Vinho tinto ou cerveja são ótimos acompanhamentos!

By Joemir Rosa.

O poder do nosso pensamento

Posted in Saúde with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 17/03/2014 by Joe

O poder do nosso pensamento

Temos, dentro de nós, um dos maiores instrumentos de poder que existe no Universo: o nosso pensamento. Ele pode produzir resultados diversos de acordo com o uso que fizermos dele.

Hoje já não há mais dúvidas de que tudo que existe no Universo é energia. Einstein comprovou isso através da sua Teoria da Relatividade, traduzida pela famosa fórmula da relação entre Energia (E) e Massa de um corpo (m): E = m.c² onde se pode deduzir como uma quantidade ínfima de matéria pode ser convertida em uma quantidade brutal de energia.

Bom, fórmulas à parte, podemos dizer que, por também sermos formados pelos mesmos átomos e moléculas que se encontram no Universo, nosso corpo vibra em determinadas frequências e que essa vibração está constantemente interagindo com todo o cosmos. Desta forma, estamos o tempo todo criando novas experiências que são compartilhadas com outros seres humanos, entre outros elementos do Universo.

Os nossos pensamentos também emitem vibrações e, portanto, contribuem com a criação da nossa realidade. Quando tomamos consciência desse poder, conquistamos a chave de todas as portas que levam à realização dos nossos desejos mais profundos.

Assim, se tivermos pensamentos de alta frequência, entraremos em sintonia com outras vibrações positivas também e seremos capazes de criar a nossa realidade através de ações que nos levarão à felicidade. É como estações de rádio: para se ouvir uma determinada emissora, precisamos sintonizar naquela frequência.

Pensamentos geram emoções e essas emoções influenciam nosso organismo e a nossa saúde, mantendo-nos saudáveis e felizes. Por outro lado, os pensamentos de baixa frequência detonam nossas células, fragilizando o sistema imunológico, provocando a somatização (“doenças”) proveniente dos nossos desequilíbrios energéticos.

Desta forma, se quisermos ter uma vida feliz, seja no campo dos relacionamentos, saúde ou profissional, devemos estar sempre atentos à qualidade dos nossos pensamentos. Existe uma lei universal que, embora nem todos entendam ou acreditem nela, diz que tudo aquilo que desejamos (pensamos) o Universo conspira para realizar. Porém, o Universo não julga se aquilo é bom ou ruim. Apenas nos proporciona aquilo que desejamos.

Portanto, é preciso ter muito cuidado com os nossos pensamentos e os nossos desejos, pois, dificilmente sabemos o que se passa nos porões escuros dos nosso subconsciente. Mecanismos de auto-sabotagem estão presentes nesses recônditos, prontos para nos proporcionarem o script perfeito para uma realidade que não é aquela que, conscientemente, dizemos querer.

Já perceberam como aquele velho ditado que diz “desgraça pouca é bobagem” revela uma grande verdade? Quando alguém está passando por uma situação difícil, está com depressão, infeliz ou estressado, parece que tudo dá errado. É porque essa pessoa está vibrando em baixa frequência e, dessa forma, entra em sintonia com tudo que está na mesma faixa de frequência. Eu costumo dizer que “não atraímos” coisas boas ou coisas ruins, como popularmente se diz, mas, sim, que entramos em sintonia com elas, como se cada um de nós fosse uma antena de rádio que capta essas frequências.

Podemos aprender, crescer e evoluir através do conhecimento e não, necessariamente, através do sofrimento como prega a nossa cultura judaico-cristã. Para isso vale a lição que um grande Mestre nos deixou: “Orai e vigiai”! Orai significa estar em sintonia com a Energia Maior, de altíssima frequência; vigiai significa estar atento para não deixar a frequência cair. Simples e objetivo, sem nada de misticismo nessa lição!

Nossa auto-estima está diretamente ligada à nossa capacidade de ter e manter bons pensamentos. Temos sempre a opção de escolher a nossa realidade e de criá-la da forma que desejamos. Só depende do que cultivamos em nossas mentes. Só depende de cada um de nós!

Então, orai e vigiai!

By Joemir Rosa.

Tá doendo? Então, solta!

Posted in Inspiração with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 04/03/2014 by Joe

Ta doendo... solta

Sabe quando você vive uma situação difícil, angustiante e que te incomoda? Quando você não sabe o que dizer, o que fazer ou como agir para que a dor passe ou ao menos diminua? Pois vou te contar o que descobri, por experiência própria!

Em primeiro lugar, observe a situação toda e, sobretudo, observe a si mesmo e os seus comportamentos.

Errou? Tente consertar e, de qualquer modo, peça desculpas! Fez ou falou o que não devia? Explique-se, seja sincero, não tente esconder seu engano ou fingir que nada aconteceu… Valide a dor do outro, sempre.

Ta difícil conseguir uma nova chance? Dê um tempo. Espere… Às vezes, algumas noites bem dormidas e alguns dias sem a imposição de sua presença ou a insistência de suas tentativas são preponderantes para que os sentimentos bons sejam resgatados e para que um coração possa ser reconquistado.

Por fim, fez tudo isso e não deu certo? Não rolou? A pessoa até te perdoou, mas a massa desandou, a história se perdeu, os desejos esfriaram? Você se sente inconformado, esmagado pelo arrependimento, atordoado pela tristeza do que poderia ter sido e não foi? Tem a sensação de que estragou tudo? Não sabe mais o que fazer para parar de doer? Acredite, só tem um jeito: solta!

A dor é consequência de um apego inútil! Deixa ir… Deixa rolar… Se você já fez o que podia fazer, tentou e não deu, confie na vida, confie no Universo e siga em frente. Pare de se lamentar, pare de se debater e de se perder cada vez mais, e tenha a certeza absoluta de que o que tiver de ser, será!

Quando essa certeza chega é impressionante: a gente simplesmente relaxa e solta! E quando solta, a dor começa a diminuir, e a gente começa a compreender que está tudo certo, mesmo quando não temos a menor ideia de que “certo” é esse. Mas quando menos esperamos, tudo fica absolutamente claro!

Não se trata de desistir, mas de confiar! Isso é o que se chama “fé”! Isso é o que desejo a mim e a você, quando estivermos doendo…

By Rosana Braga, jornalista, escritora, consultora e palestrante.

Tamale

Posted in Receitas with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 23/11/2013 by Joe

Tamale

Muito parecido com a nossa pamonha, tamale é talvez uma das refeições mais fascinantes e antigas dos livros tradicionais de receita mexicana.

O que é um tamale? Pode-se dizer que é uma espécie de sanduíche asteca. É uma refeição fascinante por ser fácil de preparar e deliciosa ao mesmo tempo, como tem sido há séculos. A palavra tamale vem da língua asteca “tamalli“, que significa “pão embrulhado”, ou simplesmente “embrulhado”.

Se você comprar o tamale em diferentes regiões do México, vai perceber como esta receita mexicana é versátil. No centro do país, encontramos o mais tradicional; nos estados do Norte encontram-se os uchepos também embrulhado em palha de milho, utilizando, no entanto, o milho doce; os tamales feitos em Oaxaca, utilizam folhas de bananeira.

As variações desta receita básica podem ser intermináveis, visto que cada civilização pré-colombiana deu o seu próprio toque nesta receita; vindo de diferentes civilizações pré-colombianas de diferentes línguas, o tamal pode ser chamado de diferentes nomes, como zacahuil no estado de Veracruz.

O Tamal é um prato mexicano que evoluiu muitas receitas regionais em diferentes países das Américas (México, América Central, Bolívia, Peru, Argentina), embora a sua origem nos leva, inevitavelmente, de volta para as antigas civilizações do México. Ela consiste, basicamente, de massa de milho (o masa), feita de farinha de milho cozida e enrolada em uma palha de milho (tradicionalmente no México), e cozido a vapor.

Também conhecido pelos nomes de humita, hallaca, corundas ou pastel de choclo, os tamales têm um sabor próprio que vai fazer você pensar no caloroso México! A preparação dos tamales tem evoluído muito desde o início e, hoje a massa pode ser preparada com uma grande variedade de combinações de ingredientes que dão a esta refeição sabores variados.

A receita de hoje é uma dessas variações, apresentada no prato como uma torta, sem a palha de milho ou de bananeira.

Tamale

Ingredientes

1/2 xícara (chá) de óleo
500 g de carne moída
1 cebola grande picada
2 pimentões verdes picados
500 g de tomates sem pele e sem sementes picados
200 g de azeitonas pretas picadas
2 latas de milho verde escorrido
Sal e pimenta dedo de moça picada a gosto
2 xícaras (chá) de farinha de milho
1 xícara (chá) de leite
2 ovos
1 xícara (chá) de cheiro verde picado
200 g de queijo mussarela ralado
margarina para untar

Modo de preparo

Em uma panela, aqueça o óleo e frite a carne por 10 minutos. Adicione a cebola, o pimentão, o tomate, as azeitonas, o milho, sal, pimenta e cozinhe por 15 minutos.

Retire do fogo, acrescente a farinha de milho dissolvida no leite, os ovos batidos, o cheiro verde e misture. Coloque em um refratário untado com manteiga e cubra com a mussarela ralada.

Leve ao forno médio, pré-aquecido, por 15 minutos. Sirva com salada verde.

By Joemir Rosa.

Coxinha de frango picante

Posted in Receitas with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 02/11/2013 by Joe

Coxinha de frango picante

Este salgadinho, muito apreciado por todos nas festas de aniversários, casamentos e nos butecos espalhados por todos os recantos do nosso país, tem sua origem perdida no tempo e na memória do povo brasileiro.

A primeira história nos conta que seria uma derivação dos croquetes europeus. O seu recheio de frango ou galinha é muito popular na culinária francesa; porém, a introdução do catupiry é tipicamente brasileira.

A segunda, publicada no livro “Histórias e Receitas”, de Nadir Cavazin, nos conta que o filho da Princesa Isabel e do Conde D’Eu, uma criança que foi afastada da corte por ter supostos problemas mentais, tinha o frango como prato favorito, mas só comia as coxas. E aconteceu que, um dia, por não ter coxas e frangos suficientes, a cozinheira decidiu transformar um frango inteiro em coxas, desfiando-o e preparando-o como recheio de uma massa de farinha de trigo. O menino aprovou o resultado, e a Imperatriz Tereza Cristina, quando foi visitá-lo, não resistiu, saboreou a guloseima, e gostou tanto que solicitou que o mestre da cozinha imperial aprendesse a receita. Assim, a coxinha ganhou a nobreza.

A terceira história conta que a coxinha teria sido criada em 1810 em uma cidade do sul do Amazonas chamada Tefé. Conta que um grupo de seringueiros foi atacado por índios, e que eles teriam fugido e deixado para trás as galinhas que criavam. Os índios, em comemoração pela vitória, resolveram cozinhar as galinhas e envolvê-las em massa à base de farinha de mandioca.

E a última história nos conta que a coxinha teria sido inventada pelos escravos, que, na falta de alimentos, juntavam os restos de comida, retiravam os ossos das galinhas, envolviam em uma massa e fritavam.

Seja qual for a verdadeira origem deste salgadinho, algumas coisas são certas: ele é delicioso, faz parte da gastronomia brasileira e é impossível comer um só!

E, como todos os pratos, existem inúmeras variações no preparo, dos ingredientes e dos acompanhamentos.

A receita de hoje é focada justamente numa dessas variações, preparada com um recheio deliciosamente picante que vai agradar a todos que já apreciam este aperitivo!

Coxinha de frango picante

Ingredientes

Massa

1 kg de mandioca cozida e amassada
1 colher (sopa) de manteiga
2 ovos
1 xícara (chá) de queijo parmesão ralado
farinha de trigo suficiente para dar o ponto

Recheio

1 kg de peito de frango picado na ponta da faca
1 cebola média ralada
1/3 xícara (chá) de óleo de milho
2 colheres (sopa) de óleo de gergelim torrado
1 colher (sopa) de curry em pó
1 colher (sopa) de folhas de manjericão picadas
1 colher (sopa) de gengibre bem picado ou ralado
1 xícara (chá) de caldo de frango
3 colheres (sopa) de açúcar mascavo
sal e pimenta a gosto
farinha de rosca suficiente para empanar

Modo de preparo

Massa

Leve ao fogo uma panela, coloque a manteiga, a mandioca amassada, os ovos, o queijo e vá adicionando a farinha de trigo, mexendo sempre para que fique uma massa homogênea e vá cozinhando até dar o ponto certo. Este ponto é quando ela desgrudar do fundo da panela. Reserve.

Recheio

Tempere o frango picado com sal e pimenta. Reserve.

Em outra panela, refogue a cebola no óleo de milho, adicione o curry e o óleo de gergelim e misture bem. Junte o frango e refogue.

Adicione as folhas de manjericão, o caldo, o gengibre e o açúcar. Cozinhe em fogo médio até secar o excesso de líquido, deixando o recheio apenas úmido. Acerte o sal e a pimenta.

Montagem

Molde as coxinhas com a massa, coloque o recheio e passe na farinha de rosca. Frite por imersão, em óleo bem quente.

Sirva como aperitivo, acompanhado de uma cerveja bem gelada!

By Joemir Rosa.

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