“Morre e transforma-te” – dizia Goethe.
Piruás são aquelas pessoas que, por mais que o fogo esquente, se recusam a mudar!
By Rubem Alves.
Você tem um desafio? Então, aceite-o, enfrente-o, aproveite-o para sua evolução!
Aceite sua situação difícil não como uma desgraça, ou como algo que vai destruí-lo, mas como condição para desenvolver suas potencialidades.
É com fogo e martelada que um pedaço de ferro bruto é transformado num objeto de beleza ou utilidade…
A falta de pernas faz nascer asas no verdadeiro homem!
A violência da poda torna a árvore ainda mais bonita e vitalizada!
A terra cujo lombo é rasgado pelas pás do arado ganha fertilidade!
Assim é com o ser humano: os desafios da desventura podem amadurecer a personalidade! As lágrimas que derramamos na dor não são de lastimar, pois enriquecem os dias de experiência!
Quero que me apresentem alguém que se aperfeiçoou, se fortaleceu em obras, fez-se herói, santo ou sábio através do prazer e na ausência da dor.
Alguém aceita esse desafio?
Prof. Hermógenes.
Primeiro: não queremos perder…
É lógico não querer perder. Não deveríamos ter de perder nada: nem saúde, nem afetos, nem pessoas amadas.
Mas a realidade é outra: experimentamos uma constante alternância de ganhos e perdas!
Segundo: perder dói mesmo…
Não há como não sofrer. É tolice dizer “não sofra”, “não chore”. A dor é importante. O luto também.
Terceiro: precisamos de recursos internos para enfrentar a tragédia e a dor…
A força decisiva terá que vir de nós, de onde foi depositada a nossa bagagem. Lidar com a perda vai depender do que encontrarmos ali.
A tragédia faz emergir forças inimagináveis em algumas pessoas. Por mais devorador que seja, o mesmo sofrimento que derruba faz voltar a crescer.
Quando é hora de sofrer não temos de pedir licença para sentir e esgotar a dor. O luto é necessário, ou a dor ficará soterrada, seu fogo queimando nossas últimas reservas de vitalidade e fechando todas as saídas.
Aprendi que a melhor homenagem que posso fazer a quem se foi é viver como ela gostaria que eu vivesse: bem, integralmente, saudavelmente, com alegrias possíveis e projetos até impossíveis.
By Lya Luft.
Homenagem à minha mãe, que se foi há exatos 5 anos hoje… (Joe).
Em meados dos anos 80, lá em Minas, o costume era comprar leite na porta de casa, trazido pela carroça do leiteiro, que vinha gritando:
– “Ó o lêeeeeite!!!”.
Minha mãe corria porta afora e o leite – fresquinho, gorduroso e integral – era despejado na leiteira para nosso consumo. Porém, era um leite impuro, não pasteurizado, e necessitava ser fervido antes de consumir.
No início, minha mãe tinha um ritual no mínimo interessante para esse evento: colocava o leite na fervura e saía de perto. Literalmente esquecia. Simplesmente i.g.n.o.r.a.v.a.!
É claro que o leite fervia, subia canecão acima e despencava fogão abaixo. Eu era criança e, quando via a conclusão do projeto, gritava:
– “Mãe!!! O leite ferveu!!! Tá secaaaannndo…”
E ela vinha correndo, apavorada, soltando frases do tipo:
– “Seja tudo pelo amor de Deus…” – e desandava a limpar o fogão, o canecão, e ver o que sobrou do leite… pra tudo se repetir no dia seguinte, tradicionalmente.
Até hoje não entendo o porquê dessa técnica. Parecia combinado, tamanha precisão com o que ocorria.
Mais tarde, ela mudou de estratégia. Eu já era maiorzinha e podia ficar perto do fogo. Assim, ficava ao lado do fogão, de olho no leite esquentando… pra desligar assim que a espuma subisse, impedindo que transbordasse. Foi assim que aprendi uma grande lição:
“O leite só ferve quando você sai de perto.”
Não adianta ficar sentada ao lado do fogão, fingir que não está ligando; até pegar um livro pra se distrair. É batata: ele não ferve. Parece existir um radar sinalizador capaz de dotar o leite de perspicácia e estratégia. Porque também não basta se afastar fingindo que não está nem aí. O leite percebe que é só uma estratégia. E só vai ferver (e transbordar) se você esquecer de fato.
A vida gosta de surpresas e obedece à “lei do leite que transborda”: aquilo que você espera acontecer não vai acontecer enquanto você continuar esperando.
Antigamente, o sofrimento era ficar em casa aguardando o telefone tocar. Não tocava. Então, pra disfarçar, a gente saía, fingia que não estava nem aí (no fundo estava), até deixava alguém de plantão. Também não tocava. Porém, quando realmente nos desligávamos, a coisa fluía, o leite fervia, a vida caminhava.
Hoje, ninguém fica em casa por um telefonema, mas piorou. Tem e-mail, WhatsApp, MSN, Facebook, SMS, e por aí vai. O celular com internet sempre à mão, a neurose andando com você pra todo canto. E o leite não ferve…
Acontece também de você se esmerar na aparência, com esperança de esbarrar no grande amor, na fulana que te desprezou, no canalha que te quer como amiga. Então, ajeita o cabelo, dá um jeito pra maquiagem parecer “linda e casual”, capricha no perfume… e com isso faz as chances de encontrá-lo(a) na esquina despencarem.
Esqueça, baby. O grande amor, a fulaninha ou o canalha podem cruzar seu caminho nos dias de cabelo ruim, roupa esquisita e couve no cantinho do sorriso.
Do mesmo modo, se quiser engravidar, pare de desejar. Não contabilize seu período fértil e desista de armar estratégias pro destino. Continue praticando esportes radicais, indo à balada, correndo maratonas. Na hora que ignorar de verdade, dará positivo.
A vida – como o leite – não está nem aí pra sua pressa, pro seu momento, pra sua decisão. Por isso você tem que aprender a confiar. A relaxar. A tolerar as demoras. A não criar expectativas. A fazer como minha mãe: i.g.n.o.r.a.r…
E lembre-se: tem gente que prefere ser lagarta do que borboleta. Sem paciência com os ciclos, destrói seu casulo antes do tempo e não aprende a voar.
By Fabíola Simões de Brito Lopes.
Conta-se que seis homens ficaram presos numa caverna por causa de uma avalanche de neve. Teriam que esperar até o amanhecer para receber socorro. Cada um deles trazia um pouco de lenha e havia uma pequena fogueira ao redor da qual eles se aqueciam. Eles sabiam que se o fogo apagasse todos morreriam de frio antes que o dia clareasse.
Chegou a hora de cada um colocar sua lenha na fogueira. Era a única maneira de poderem sobreviver.
O primeiro homem era racista. Ele olhou demoradamente para os outros cinco e descobriu que um deles tinha a pele escura. Então, raciocinou consigo mesmo:
– “Aquele negro! Jamais darei minha lenha para aquecer um negro!”
E guardou-a protegendo-a dos olhares dos demais.
O segundo homem era um rico avarento. Estava ali porque esperava receber os juros de uma dívida. Olhou ao redor e viu um homem da montanha que trazia sua pobreza no aspecto rude do semblante e nas roupas velhas e remendadas. Ele calculava o valor da sua lenha e, enquanto sonhava com o seu lucro, pensou:
– “Eu, dar a minha lenha para aquecer um preguiçoso? Nem pensar!”
O terceiro homem era negro. Seus olhos faiscavam de ressentimento. Não havia qualquer sinal de perdão ou de resignação que o sofrimento ensina. Seu pensamento era muito prático:
– “É bem provável que eu precise desta lenha para me defender. Além disso, eu jamais daria minha lenha para salvar aqueles que me oprimem!”
E guardou suas lenhas com cuidado.
O quarto homem era um pobre da montanha. Ele conhecia mais do que os outros os caminhos, os perigos e os segredos da neve. Este pensou:
– “Esta nevasca pode durar vários dias. Vou guardar minha lenha para me aquecer nos próximos dias!”
O quinto homem parecia alheio a tudo. Era um sonhador. Olhando fixamente para as brasas, nem lhe passou pela cabeça oferecer a lenha que carregava. Ele estava preocupado demais com suas próprias visões (ou alucinações?) para pensar em ser útil.
O último homem trazia nos vincos da testa e nas palmas calosas das mãos os sinais de uma vida de trabalho. Seu raciocínio era curto e rápido:
– “Esta lenha é minha. Custou o meu trabalho. Não darei a ninguém nem mesmo o menor dos gravetos!”
Com estes pensamentos, os seis homens permaneceram imóveis. A última brasa da fogueira se cobriu de cinzas e, finalmente, apagou…
No alvorecer do dia, quando os homens do socorro chegaram à caverna, encontraram seis cadáveres congelados, cada qual segurando um feixe de lenha. Olhando para aquele triste quadro, o chefe da equipe de socorro disse:
– “O frio que os matou não foi o frio de fora, mas o frio de dentro…”
Não deixe que a friagem que vem de dentro mate você. Abra o seu coração e ajude a aquecer aqueles que o rodeiam. Não permita que as brasas da esperança se apaguem, e nem que a fogueira do otimismo vire cinzas.
Contribua com seu graveto de amor e aumente a chama da vida onde quer que você esteja.
Desconheço a autoria.
Punhais e armas de fogo deixam vestígios de sangue. Bombas abalam edifícios e ruas. Venenos terminam sendo detectados. Mas a palavra destruidora consegue despertar o mal sem deixar pistas.
Crianças são condicionadas durante anos pelos pais, artistas são impiedosamente criticados, mulheres são sistematicamente massacradas por comentários de seus maridos, fiéis são mantidos longe da religião por aqueles que se julgam capazes de interpretar a voz de Deus…
Procure ver se você está utilizando esta arma. Procure ver se estão utilizando esta arma contra você!
E não permita nenhuma destas duas coisas.
By Paulo Coelho.
Se somarmos todos os minutos jogados fora, vamos perceber que perdemos anos inteiros!
Depois de nascer, a gente demora para falar, demora para caminhar… Mais tarde, demora para entender certas coisas, demora para dar o braço a torcer. Viramos adolescentes teimosos e dramáticos. Levamos um século para aceitar o fim de uma relação, e outro século para abrir a guarda para um novo amor! E já adultos demoramos para dizer a alguém o que sentimos, demoramos para perdoar um amigo, demoramos para tomar uma decisão…
Até que um dia a gente faz aniversário. 37 anos. Ou 41. Talvez 48 ou 50. Uma idade qualquer que esteja no meio do trajeto. E a gente descobre que o tempo não pode continuar sendo desperdiçado.
Fazendo uma analogia com o futebol, é como se a gente estivesse com o jogo empatado no segundo tempo e ainda se desse ao luxo de atrasar a bola pro goleiro! Ou fazer tabelas desnecessárias. Que esbanjamento! Não falta muito pro jogo acabar. É preciso encontrar logo o caminho do gol.
Sem muita frescura, sem muito desgaste, sem muito discurso.Tudo o que a gente quer, depois de uma certa idade, é ir direto ao assunto. Excetuando-se no sexo, onde a rapidez não é louvada, para todo o resto é melhor pegar um atalho. E isso a gente só alcança com alguma vivência e maturidade. Pessoas experientes já não cozinham em fogo brando, não esperam sentados, não ficam dando voltas e voltas, não necessitam percorrer todos os estágios. Queimam etapas. Não desperdiçam mais nada.
Uma pessoa é sempre bruta com você? Não é obrigatório conviver com ela. O cara está enrolando muito? Beije-o primeiro. A resposta do emprego ainda não veio? Procure outro enquanto espera. Paciência só para o que importa de verdade. Paciência para ver a tarde cair. Paciência para sorver um cálice de vinho. Paciência para a música e para os livros. Paciência para escutar um amigo. Paciência para aquilo que vale nossa dedicação. Para enrolação, atalho!
By Martha Medeiros.
Aproveitando que amanhã é comemorado o Dia das Mães, que tal prepararmos um delicioso pudim como sobremesa para o almoço de domingo? Pudim é sempre uma receita muito fácil de preparar e que todo mundo curte!
Como já comentei em outras receitas de pudins, quase todos os doces feitos com muitos ovos são de origem portuguesa, e os pudins, ao chegarem por aqui, ganharam outros ingredientes tupiniquins como o coco, a mandioca, o pão, etc.
O típico pudim de pão é uma excelente maneira de aproveitar aquele pão amanhecido. Geralmente recebe passas, frutas secas cristalizadas e ainda vinho do Porto. Já o de claras é uma ótima opção quando você não sabe o que fazer com os ovos que sobraram do quindim ou de outros doces, por exemplo.
Os pudins geralmente são assados em banho-maria, ou seja, a forma é colocada dentro de outro recipiente com água para ir ao forno, ou ao fogo, caso você use recipientes próprios para banho-maria encontrados nas lojas de utensílios domésticos.
Seja qual for a maneira como irá fazer, certo mesmo é que eles ficam cremosos, refrescantes e super fáceis de preparar. Uma sobremesa que serve para todas as ocasiões.
E hoje trago a receita de uma variação dos pudins clássicos: o de arroz. É simplesmente delicioso!!
Pudim de arroz
Ingredientes
Pudim
250 g de arroz
4 xícaras (chá) de água
2 ramas de canela em pau
2 xícaras (chá) de leite
1,5 xícaras (chá) de açúcar
6 ovos
1 colher (sopa) de baunilha
1 colher (café) de fermento em pó
raspas de 1 limão
manteiga para untar a forma
farinha de trigo para polvilhar a forma
Cobertura
6 bananas-da-terra
2 xícaras (chá) de açúcar
Modo de preparo
Cozinhe o arroz na água com a canela. Coloque o leite e 1 xícara e 1/2 de açúcar. Retire a canela, acrescente os ovos, a baunilha e bata tudo no liquidificador. Misture delicadamente o fermento e as raspas de limão. Unte uma forma redonda (sem buraco e com fundo falso) com manteiga, polvilhe com farinha de trigo e coloque para assar. Depois de assado, leve para a geladeira.
Cobertura: Corte as bananas em rodelas. Derreta numa panela 2 xícaras de açúcar até caramelizar. Se precisar, coloque uma ou duas colheres de água para que não fique muito seca. Junte as bananas e deixe descansar por meia hora.
Desenforme o pudim e coloque as bananas carameladas por cima.
By Joemir Rosa.
Contam que o texto abaixo é parte de uma carta que teria sido enviada por Abraham Lincoln ao professor de seu filho.
“Caro professor, ele terá de aprender que nem todos os homens são justos, nem todos são verdadeiros, mas por favor, diga-lhe que, para cada vilão há um herói, que para cada egoísta, há também um líder dedicado; ensine-lhe, por favor, que para cada inimigo haverá também um amigo; ensine-lhe que mais vale uma moeda ganha que uma moeda encontrada; ensine-o a perder, mas também a saber gozar da vitória; afaste-o da inveja e dê-lhe a conhecer a alegria profunda do sorriso silencioso; faça-o maravilhar-se com os livros, mas deixe-o também perder-se com os pássaros do céu, as flores do campo, os montes e os vales.
Nas brincadeiras com os amigos, explique-lhe que a derrota honrosa vale mais que a vitória vergonhosa; ensine-o a acreditar em si, mesmo se sozinho contra todos.
Ensine-o a ser gentil com os gentis e duro com os duros; ensine-o a nunca entrar no comboio simplesmente porque os outros também entraram.
Ensine-o a ouvir a todos, mas, na hora da verdade, a decidir sozinho; ensine-o a rir quando está triste e explique-lhe que, por vezes, os homens também choram.
Ensine-o a ignorar as multidões que reclamam sangue e a lutar só contra todos, se ele achar que tem razão.
Trate-o bem, mas não o mime, pois só o teste do fogo faz o verdadeiro aço; deixe-o ter a coragem de ser impaciente e a paciência de ser corajoso.
Transmita-lhe uma fé sublime no Criador e fé também em si, pois só assim poderá ter fé nos homens.
Eu sei que estou a pedir muito, mas veja o que pode fazer, caro professor.”
By Abraham Lincoln.