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Murgh Tandoori

Posted in Receitas with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 30/08/2014 by Joe

Murgh Tandoori

A culinária indiana é caracterizada pelo seu uso sofisticado e sutil de muitas ervas e especiarias. Considerada por alguns como a culinária mais diversificada do mundo, cada ramo da cozinha indiana é caracterizada pelo uma ampla gama de pratos e técnicas culinárias. Embora uma significativa porção da comida indiana seja vegetariana, muito pratos indianos tradicionais incluem frango, peixe, bode, cordeiro e outras carnes. Carne de vaca não é comida pela maioria dos hindus.

A comida é uma parte importante da cultura indiana, desempenhando papel tanto na vida diária quanto nos festivais. Muitas vezes a comida indiana cotidiana consiste de dois ou três pratos principais com acompanhamentos variados como chutney (condimento agridoce, picante ou uma mistura dos dois) e picles, alimentos ricos em carboidratos como arroz e roti (pão), assim como sobremesas.

E esses são os pontos comuns da culiária indiana dentre as quatro grandes regiões geográficas: arroz, atta (farinha de trigo integral), e uma variedade de legumes sendo que os mais importantes o masoor (tipo de lentilha), chana (grão-de-bico), toor (guandu), urad (tipo de feijão) e mung (semente da vigna radiata).

Para a fritura, o mais comum são os óleos vegetais. Ao norte e oeste da Índia, o óleo de amendoin é tradicionalmente mais popular para fritar, enquanto que a leste, o óleo de mostarda é mais comum para essa mesma tarefa. No sul da India, óleo de coco e de gergelim são os mais comuns.

As especiarias mais importantes na culinária indiana são as pimentas, semente de mostarda preta, cominho, cúrcuma, feno-grego, gengibre e alho. Misturas de especiarias populares são comuns, como o Garam Masala, preparado com coentro, pimenta do reino, gengibre, canela, cravo, cardamomo, noz moscada, pimenta calabresa e casca de laranja. É uma deliciosa mistura que adiciona sabor sem ardência, muito utilizada no sul da Índia em receitas com frutos do mar. Experimente misturar com manteiga e cobrir pedaços de frango frito.

Com base nessa premissa do uso de especiarias é que trazemos hoje um prato comum naquele país, fácil de prepar e com um sabor exótico e delicioso! Espero que gostem!

Murgh Tandoori

Ingredientes

1 kg de frango (coxa e sobrecoxa)
2 colheres (chá) de pasta de alho e gengibre
1 colher (sopa) de suco de limão
2 colheres (chá) de páprica doce
2 colheres (chá) de coentro em pó
1 colher (chá) de curry em pó
1 colher (chá) de pimenta do reino
1 colher (chá) de garam masala
200 ml de iogurte
sal a gosto

Modo de preparo

Limpe bem as coxas e sobrecoxas, retirando a pele e as gordurinhas. Reserve.

Em um recipiente fundo, misture bem todos os temperos e passe em todos os pedaços do frango. Deixe marinando na geladeira por, pelo menos umas quatro horas.

Pré-aqueça o forno a 200º C. Coloque os pedaços de frango em uma forma untada com e leve para assar até que esteja dourado. Sirva com arroz branco ou, se preferir, Depois, coloque no forno para assar.

Sirva com arroz colorido de legumes (cenoura, ervilhas, milho) ou uma bela salada.

By Joemir Rosa.

Salpicão de frango

Posted in Receitas with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 12/07/2014 by Joe

Salpicão de Frango

Salpicão tem sua origem na palavra “salpicar”, ou seja, salgar, polvilhar. O tempo alterou a origem e o termo não ficou restrito apenas ao sal.

Na Espanha é que alguns pratos podem ter sido os precursores do salpicão, tal como conhecemos hoje. Lá pelos meados dos séculos XVI e XVII começaram a aparecer algumas citações a um prato campesino chamado “vaca en salpicón“. Era preparado com pedaços de gorduras e sobras de carnes magras de vaca, bem picadinhas – e daí o termo espanhol, salpicón – e cozidas com cebolas, sal e pimentão. Podia ser servido frio ou quente.

Atualmente, com algumas poucas alterações, e mais o uso de especiarias, o vaca en salpicón é um prato tradicional da cozinha espanhola, muito comum em toda a Costa Andaluza. É desta região sua versão mais famosa, o salpicón de mariscos, que leva vôngoles, camarões, mexilhões, tudo marinado em muito azeite, ervas, rodelas de cebolas, pimentos verde e vermelhos.

O nosso salpicão, mais comum em terras tupiniquins, é preparado com carne de frango – ou de vaca – e legumes e grãos, com uma pitada de frutas cítricas. Variações existem aos montes, com adição de presunto em cubos, queijos, frutos do mar, várias frutas, batatas, vagens, azeitonas, massas e até batatas fritas. Enfim, o que sua imaginação e seu gosto permitirem. Como molho, o creme de leite ou a maionese.

Neste sábado, uma receita de salpicão para ser servido como um prato leve e fresco, próprio para esses dias de inverno de temperaturas mais altas.

Salpicão de frango

Ingredientes

1 peito de frango (600 g)
1 colher (sopa) de sal grosso
3 folhas de louro
1 dente de alho amassado
1 lata de milho verde bem escorrido
1 xícara (chá) de ervilhas frescas ou congeladas
3 cenouras médias raladas
2 maçãs verdes com casca picadas em cubinhos
3 talos de salsão, sem as folhas, fatiados finamente
1 cebola branca média ralada
40 g de uvas-passa sem sementes
1 colher (sopa) de alcaparras
30 ml de vinagre de vinho branco
80 ml de azeite de oliva extra-virgem
sal e pimenta do reino branca a gosto
300 g de creme de leite (fresco ou de caixinha)
10 tomatinhos cereja
100 g de batata palha fina e crocante

Modo de preparo

Em primeiro lugar um alerta: todas as saladas ou salpicões que envolvam creme de leite ou maionese em seu preparo necessitam que os legumes e grãos sejam bem higienizados e secos. Desta forma, ao utilizar grãos em lata, escorra bem em uma peneira e os legumes e folhas (inclusive temperos) devem ser lavados, higienizados e secos antes de sua utilização.

Cozinhe o peito de frango em uma panela de pressão com o sal grosso, o dente de alho amassado e as folhas de louro. Quando estiver cozido, desfie o frango e reserve.

Passe as ervilhas, o milho e a cenoura ralada em água fervente, rapidamente. Deixe escorrendo bem e reserve.

As uvas-passa também devem ficar de molho em água morna por uns 15 minutos, escorridas e reservadas.

Em uma travessa, acomode todos os ingredientes, exceto o creme de leite, os tomatinhos e a batata palha. Acerte o sal, se precisar, regue o vinagre e o azeite, jogue uma pitadinha de pimenta do reino e, com uma colher grande, misture tudo delicadamente. Distribua o creme de leite por cima, mexa mais uma vez e leve à geladeira por uns 10 minutos para refrescar.

Na hora de servir, salpique a batata palha, enfeite com os tomatinhos cereja e uns raminhos de salsinha.

Salpicão em cestinhasSe preferir, sirva o salpicão em forminhas de massa de pastel. Para tanto, utilize discos de massa para pastel de 12 cm. Enquanto os legumes e grãos estão escorrendo, acomode cada disco de massa em uma forminha de empada ou xícara de louça e leve para assar em forno médio. Assim que estiverem douradas, retire do forno e deixe esfriar. Coloque colheradas de salpicão e, por cima, a batata palha. Enfeite com um tomate cereja. Esta forma fica ótima para servir em reunião de amigos.

By Joemir Rosa.

Tórtano

Posted in Receitas with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 05/07/2014 by Joe

Tórtano

Quem frequenta as mais tradicionais pizzarias costuma encontrar, entre as deliciosas entradas (antepastos), um pão delicioso recheado com linguiça calabresa, mussarela e alguns outros temperinhos, assado lentamente em forno à lenha.

Confesso que, por algumas vezes, já pedi tórtano (além de outros antepastos) e vinho e a pizza acabou ficando pra outra oportunidade!

Esse pão é encontrado no sul da Itália, mais especificamente nas regiões de Nápoles e da Calábria. Originalmente preparado pelas nonas, a receita do tórtano variava de família para família, mas era – e ainda é – uma presença constante no dia-a-dia das mesas italianas.

É muito parecido com o Fular português, sendo que este é presente mais na época da Páscoa, e preparado com uma massa mais pesada e carnes mais secas.

Porém, é preciso ficar atento porque em muitos lugares – e aí incluímos muitas pizzarias – pães com linguiça são preparados e vendidos sob a alcunha de tórtano.

Um bom tórtano se caracteriza pela linguiça que se sobressai à massa, com baixo teor de gordura, coloração viva e sabor predominante. O sabor da massa é o que menos se nota, devendo ter umidade característica (devido à gordura da linguiça) e mussarela de boa qualidade.

A temperatura do forno deve ser mais baixa para evitar que o tórtano fique ressecado, o que tornaria o pão seco, pesado e massudo. O ideal seria assar em forno à lenha, lentamente!

Neste sábado, trago a receita de tórtano de uma tradicionalíssima pizzaria de São Paulo que prepara esse delicioso pão há décadas!

Tórtano

Ingredientes

60 gramas de fermento biológico fresco
50 ml de azeite de oliva extravirgem
1 colher (sopa) de açúcar
1.250 g de farinha de trigo
650 ml água mineral em temperatura ambiente
2 colheres (sopa) de sal
500 gramas de linguiça calabresa em fatias fininhas
200 g de mussarela ralada
orégano à gosto
azeite de oliva para untar a assadeira
1 gema de ovo

Modo de preparo

Colocar em um recipiente o fermento biológico e o açúcar, misturando bem até obter um creme. Em seguida, junte o sal e o azeite e continue misturando. Em seguida, vá acrescentando a água, e misturando sempre. Comece a acrescentar a farinha de trigo e continue trabalhando a massa até utilizar toda a farinha. Isso deve levar uns 10 minutos até que ela fique no ponto.

Basta trabalhar a massa com as mãos, sem sová-la, até que fique lisa e solte completamente das mãos. Coloque a massa em uma tigela enfarinhada, espalhe um pouco de farinha por cima também, cubra com um pano limpo e deixe descansar por umas duas horas em temperatura ambiente, longe de vento e ar frio. A massa deve crescer até quase dobrar de tamanho.

Quando a massa tiver crescido, corte-a em três partes e abra-as em uma superfície enfarinhada com a ajuda de um rolo como se fosse preparar uma pizza. Neste ponto já pode aquecer o forno a 180º C por uns 15 minutos. Espalhe, em cada parte, as linguiças fatiadas e a mussarela ralada, de forma que fique tudo bem distribuído por toda a superfície da massa. Polvilhe igualmente o orégano em cada parte da massa, e enrole cada uma como se fosse um rocambole.

Com as mãos, estique ligeiramente esse “rocambole” tomando cuidado para que a massa não se rasgue. Passe cada “rocambole” por cima do outro, formando uma trança. Una as pontas, dando uma forma redonda a esta trança, coloque-a em uma forma alta, redonda, de alumínio, previamente untada com um fio de azeite. Deixe descansar por meia hora, mais ou menos, antes de levar ao forno.

Bata a gema de ovo e pincele a superfície do pão, já na forma. Leve o pão ao forno e deixe assar até que fique bem dourado.

Dicas: espere o pão esfriar por meia hora antes de desenformá-lo. Isso não vai esfriá-lo, mas faz com que ele não se quebre na hora de retirar da forma.

Sirva com um fio de azeite de ótima qualidade e um bom vinho tinto (sugiro um Valpolicella)!

By Joemir Rosa.

Camarões ao Catupiry®

Posted in Receitas with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 28/06/2014 by Joe

Camarões ao Catupiry

Catupiry®, esse requeijão delicioso, tem sabor de infância!

Para quem é de fora e não conhece a história da empresa e do Requeijão Catupiry®, ela começou nas mãos do imigrante italiano Mário Silvestrini, em 1911, no estado de Minas Gerais, onde também começou o processo industrial do produto. Em 1949, ele passou a ser produzido em São Paulo, onde está atualmente a sua matriz.

No início, era consumido puro, com pães, torradas e com sobremesas. Por ser um produto versátil, logo despertou a criatividade das donas de casa e chefs brasileiros, gerando uma infinidade de receitas culinárias. Invadiu a tradição italiana no Brasil e deu origem à famosa pizza de Catupiry®.

Por ter baixo teor de acidez, o requeijão Catupiry® se tornou um ingrediente indispensável para inúmeros pratos como: massas, peixes, aves e carnes. Dessa maneira, surgiu a expressão “ao Catupiry®” nos grandes restaurantes. Da cozinha doméstica à cozinha profissional e industrial foi um pulo. A empresa concedeu, para alguns fabricantes de congelados e pizzas o direito de imprimir a logomarca da Catupiry® nos rótulos das embalagens, como garantia de qualidade.

E essa história está longe do seu fim. O requeijão Catupiry®, sempre pioneiro no seu segmento, atravessou fronteiras e chegou a outros países com a sua tradição de qualidade e excelência. Afinal, o nome Catupiry® tem sua origem na língua Tupi, significando “excelente”!

A receita deste sábado é deliciosa e tem como ingredientes, duas delícias da gastronomia: o próprio requeijão Catupiry® e camarões!

Camarões ao Catupiry®

Ingredientes

Requeijão Cremoso Catupiry®1 kg de camarões médios descascados
1 cebola grande picadinha
1 pimentão vermelho picadinho
1 pimentão verde picadinho
2 dentes de alho amassados
1/2 lata de tomates pelados triturados
manjericão, alecrim e salsa a gosto
azeite a gosto
cachaça para flambar
sal a gosto
pimenta do reino branca a gosto
400 g de requeijão cremoso Catupiry®
batata-palha a gosto
queijo parmesão ralado

Modo de preparo

Em uma frigideira bem quente, regue um pouco de azeite e sele os camarões, sem adicionar temperos, dos dois lados, até ficarem um pouco vermelhos. Reserve.

Em uma outra frigideira grande, refogue a cebola picada, depois os pimentões e acrescente os dois dentes de alho amassados. Acrescente os camarões reservados na frigideira. Agora é o momento de flambá-los. Use um pouco de cachaça amarela para isso.

Uma vez flambados, acrescente o tomate pelado triturado, já quase no ponto de molho. Não use tomate normal picado pois o camarão pode passar do ponto; use o pelado. Cozinhe por, no máximo três minutos, e acerte no sal, tempere com pimenta e coloque as ervas aromáticas.

Caso o molho fique um pouco ralo, você pode engrossar usando a velha tática do amido de milho diluído num copo d’água morna (pra não empelotar) para dar uma engrossada no molho.

Em um refratário, forre o fundo com metade do Catupiry®. Por cima desta base, espalhe os camarões com o molho que acabou de preparar e cubra com a outra metade do Catupiry®. Espalhe batata-palha e queijo parmesão ralado por cima para dar crocância ao prato.

Leve ao forno para gratinar e pronto! Sirva com arroz branco e salada verde.

By Joemir Rosa

Batata rösti de peito de peru com gorgonzola

Posted in Receitas with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 22/02/2014 by Joe

Batata rösti com peito de peru e gorgonzola

Há tempos postei receitas tendo a batata como ingrediente principal. Sabemos que ela teve origem nas regiões montanhosas da América do Sul, mais precisamente, nas Cordilheiras dos Andes, onde começaram a ser cultivadas pelos índios andinos que viviam nessas áreas há uns 8.000 anos.

Boas fontes de vitamina C, elas são atualmente o quarto alimento mais consumido do mundo, com milhares de variedades de diferentes cores, sabores e tamanhos, sendo utilizadas em receitas no mundo todo. O maior produtor mundial é a China, cuja produção em conjunto com a da Índia corresponde a mais de um terço da produção mundial.

A dica de hoje é mais uma variação da batata rösti que já publiquei anteriormente, um prato muito difundido por toda a Suiça, sendo presente nas casas como acompanhamento de carnes de embutidos, ou como um prato mais leve para ser servido com saladas.

Existem diferentes formas de prepará-la, seja com batata cozida ou crua, com diversos recheios. A tradição suiça manda que seja com queijo e bacon. Aqui no Brasil, o prato caiu no gosto da nossa população e ganhou recheios regionais, como carne seca, linguiça calabresa, presunto, carne moída, camarões, mas sempre com queijos!

Espero que gostem desta versão!

Batata rösti de peito de peru com gorgonzola

Ingredientes

500 g de batata pré-cozida ralada em tiras grandes
200 g de gorgonzola ralado
200 g de peito de peru picado
4 colheres (sopa) de azeite extra virgem
1 colher (sopa) de cebola ralada
1 colher (sopa) de alho triturado
1 colher (sopa) de caldo de galinha
½ xícara (chá) de farinha de trigo

Modo de preparo

Em uma frigideira, doure o alho e a cebola no azeite. Junte a batata ralada, a farinha de trigo e o caldo de galinha e reserve.

Prepare o recheio, misturando o gorgonzola ralado com o peito de peru.

Em uma frigideira pequena de teflon, coloque um pouco de azeite e metade das batatas reservadas, acrescente o recheio, espalhando bem, e cubra com o restante das batatas e frite até dourar. Com a ajuda de um prato, vire e frite as batatas do outro lado.

Sirva com salada verde ou legumes cozidos e temperados.

By Joemir Rosa.

Doce de mamão maduro

Posted in Receitas with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 26/10/2013 by Joe

Doce de mamão maduro 2

Mamão, papaia ou ababaia é o fruto do mamoeiro ou papaeira, árvores das espécies do gênero Carica, especialmente de Carica papaya. Utiliza-se o termo “mamão” para identificar o fruto mais arredondado e adocicado; e papaia para o fruto mais alongado e mais adocicado.

Geralmente possuem casca macia, amarela ou esverdeada. Sua polpa é doce e macia, variando a cor entre o amarelo-pálido até o laranja. Em sua cavidade central encontramos sementes negras e rugosas, envolvidas por uma espécie de gelatina transparente.

Mamões são consumidos in natura, em saladas e sucos. Antes da maturação, sua casca apresenta um látex leitoso que deve ser retirado antes do consumo. Este látex contém substâncias nocivas às mucosas, sendo usado, inclusive, culinariamente, como amaciante de carnes. Tem um alto teor de papaína, uma enzima proteolítica que é usada em medicamentos para tratamento de distúrbios gastrointestinais e para reabsorção de hematomas.

Originalmente do sul do México e países vizinhos, é atualmente cultivado na maioria dos países tropicais e nos Estados Unidos, onde foi introduzido primeiramente na Flórida, Havaí, Porto Rico, e nas Ilhas Virgens.

O mamoeiro produz fruto o ano todo, porém, no Brasil, a safra geralmente ocorre nos meses de maio, junho, agosto e outubro. Existem diversas variedades de mamão. As mais conhecidas por aqui são: mamão papaia, mamão formosa (um pouco maior e geralmente usado para fazer doces), mamão-da-baía, mamão-macho e mamão-da-índia.

O consumo do mamão é recomendado pelos nutricionistas por se constituir em um alimento rico em licopeno (média de 3,39 mg em 100 g), vitamina C e minerais importantes para o organismo. Quanto mais maduro, maior a concentração desses nutrientes.

Além de todas essas recomendações pra o consumo do mamão, ainda podemos preparar deliciosos doces, com o mamão verde ou maduro. Eu, particularmente, prefiro o doce de mamão maduro, que é a receita deste sábado.

Doce de mamão maduro

Ingredientes

1 mamão grande e maduro (mais ou menos 350 g)
200 g de coco ralado
500 gr de açúcar
6 cravos
1 pedaço de canela em pau

Modo de preparo

Descasque e retire as sementes do mamão. Bata no liquidificador até que esteja todo desmanchado.

Em uma panela, ponha o mamão, o coco, o açúcar, o cravo e a canela. Leve ao fogo baixo, mexendo sempre até chegar ao ponto de pegar o doce com a colher.

Enfeite com coco ralado e fatias finas de mamão e sirva com sorvete de creme. O doce também ser usado como recheio de crepes.

By Joemir Rosa.

Suflê de queijo gruyère

Posted in Receitas with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 15/06/2013 by Joe

Suflê de queijo gruyère

De origem francesa, o suflê (ou soufflé) foi bem-recebido no Brasil. Acredita-se que a primeira receita tenha sido criada em meados do século 19, talvez até antes, pelo chef francês Antonin Carême. Sobre ele dizia-se que era “o chef dos reis e o rei dos chefs”. Desde então, essa delícia corre o mundo em mil e uma variações.

O termo “soufflé” significa “inchado” ou “soprado” e, por isso, uma das regras básicas do prato é servi-lo imediatamente após sair do forno. Se não for veloz, ele perde consistência e murcha. O suflê pode ser doce ou salgado, feito com diversos tipos de recheio. Vale queijos, legumes, carnes, frutos do mar, chocolate e frutas.

O prato à base de clara de ovos e leva algum farináceo para dar liga e o recheio principal escolhido. As claras batidas em neve são adicionadas no último momento e delicadamente se incorporam à massa. Ao ser colocado no forno bem quente, as bolhas de ar contidas nas claras se dilatam fazendo a mistura inflar e crescer. Chega a ultrapassar a altura das forminhas de porcelana (ramequins), causando assim o efeito “colarinho”.

No prato de hoje, você confere uma receita prática de suflê, com um dos mais deliciosos recheios: o queijo gruyère!

Suflê de queijo gruyère

Para o molho bechamel

1/2 litro de leite
1 1/2 colher (sopa) de manteiga
2 colheres (sopa) de farinha de trigo
sal e pimenta-do-reino à gosto
uma pitada de noz-moscada

Para a massa

350 gramas de queijo do tipo gruyère ralado grosso
3 colheres (sopa) de manteiga
2 colheres (sopa) de farinha de trigo
1 receita de molho bechamel
sal a gosto
2 gemas
6 claras
2 colheres (chá) de queijo parmesão ralado fino

Modo de preparo

Molho bechamel

Em uma panela, ferva o leite. Em outra panela, derreta a manteiga e junte a farinha mexendo. Aos poucos, incorpore o leite à mistura, mexendo sempre. Adicione o sal, a pimenta e a noz-moscada e ferva por mais dois minutos. Reserve.

A massa

Em uma frigideira, derreta o queijo gruyère parcialmente na manteiga. Acrescente a farinha e misture por dois minutos. Junte o molho bechamel e tempere com sal. Deixe ferver, mexendo sempre. Adicione as gemas, sem parar de mexer, e cozinhe até a mistura engrossar. Reserve.

Na batedeira, bata as claras até ficarem firmes e junte à massa. Transfira para dois ramequins com capacidade para 600 ml cada um, untados com manteiga. Polvilhe com o parmesão e leve ao forno pré-aquecido a 240 ºC por dez minutos. Sirva quente assim que sair do forno.

By Joemir Rosa.

Cassoulet

Posted in Reflexão with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 02/02/2013 by Joe

Cassoulet 1

O cassoulet é uma especialidade gastronômica de origem francesa da região de Languedoc-Roussillon, em especial das cidades de Carcassonne, Castelnaudary e Toulouse.

Originalmente era preparado com feijão seco e carne, principalmente o de ganso, de pato, salsichas, linguiça, carne de porco, e até carne de perdiz ou cordeiro dependendo da temporada do ano ou da variedade local.

Os feijões eram cozidos juntos com as carnes e temperos em um recipiente de barro chamado “cassole“, o que deu origem ao nome do prato, cassoulet.

O que antes era uma comida grosseira para trabalhadores rurais e soldados que defendiam as terras da região (dizem que foi durante a Guerra dos Cem anos, de 1337 a 1453), transformou-se numa das mais importantes e ricas receitas do mundo ocidental.

A combinação básica do cassoulet é composta de feijão branco, carne de porco, tomate, alho, cebola e ervas. Sobre esta base, outros ingredientes foram sendo acrescentados com o decorrer do tempo.

Para Prosper Montagné, um renomado chef de cuisine, autor de muitos livros sobre gastronomia, o cassoulet se divide em uma “Santíssima Trindade”: o “Pai” proviria de Castelnaudary, cidade batizada de “A Capital Mundial do Cassoulet”, no oeste do Languedoc entre Toulouse e Carcassone. O “Filho” proviria de Carcassone, cidade próxima do Golfo do Leão, onde se localiza Marselha. E o “Espírito Santo” proviria de Toulouse.

Os ingredientes estabelecem as diferenças. Em Castelnaudary usam várias partes do porco: lombo, pernil, as linguiças de diferentes formulações, o toucinho fresco, peito e coxas de ganso. Em Carcassone, usa-se o pernil de cordeiro. E em Toulouse são acrescentados mais tipos de linguiças e pedaços de pato.

Basicamente, o similar francês para a nossa popular feijoada, o cassoulet ao longo do tempo sofreu transformações e pode ser preparado de várias maneiras. A receita de hoje é a versão adaptada ao nosso país, com ingredientes facilmente encontrados e não menos saborosa que a original francesa. Apesar de um pouco trabalhosa, o resultado final é saborosíssimo!

Cassoulet

Ingredientes

500 g de feijão branco
150 g de toucinho defumado picado
1 kg de lombo de porco
800 g de linguiça fresca
2 cenouras inteiras
2 cenouras picadas
1 cebola grande com alguns cravos espetados
1 cebola picada
6 dentes de alho descascados, inteiros
5 tomates sem pele e sem sementes
150 ml de vinho branco
1 talo de salsão picado
1 talo de alho poró picado
1 amarrado de ervas (salsa, tomilho, alho poró, salsão e louro)
sal e pimenta-do-reino a gosto
200 g de caldo de frango pronto
farinha de rosca

Modo de preparo

Comece deixando o feijão de molho por 12 horas. Depois desse tempo, cozinhe-o com as cenouras inteiras, a cebola com cravo, 3 dentes de alho e o amarrado de ervas, por 1 hora.

Em uma panela grande, frite o toucinho, em fogo baixo, até que fique crocante e solte bastante gordura. Retire da panela e reserve.

Na gordura que sobrou na panela, frite a linguiça, retire e reserve. Ainda nessa gordura, frite o lombo temperado com sal e pimenta (se preciso, coloque mais um pouco de óleo). Retire e reserve também.

Acrescente a cenoura e a cebola picadas, o salsão, o alho poró e os 3 dentes de alho restantes à panela, e deixe dourar um pouco. Acrescente o vinho branco e o caldo de frango, e deixe reduzir um pouco.

Em seguida, acrescente os tomates e as carnes reservadas e cozinhe por 1 hora e meia (ou até que as carnes fiquem macias).

Em uma outra panela que possa ir ao forno, alterne camadas de feijão, o caldo do cozimento das carnes e as próprias carnes. Salpique a farinha de rosca e leve ao forno por 1 hora.

Sirva bem quente.

By Joemir Rosa.

Feijão tropeiro

Posted in Receitas with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 01/12/2012 by Joe

Feijão tropeiro 3

A receita de hoje tem sua origem em solo mineiro onde, lá pelos idos do século XVII, o transporte de vários tipos de mercadorias era feito por tropas a cavalo ou em lombo de burro.

Já durante os séculos XVII e XVIII, em Minas Gerais, a mão de obra foi quase toda direcionada para a mineração, o que fez com que a atividade agrícola ficasse comprometida. Foi o início do ciclo do ouro e a saída, então, era transportar matéria prima e alimentos de outras regiões em animais até os centros de mineração. Esses homens, que faziam os trajetos e guiavam os animais, eram conhecidos por tropeiros (nome também usado em outras regiões do Brasil, como sul e sudeste).

O comércio de Minas Gerais com as demais regiões brasileiras se intensificaram após 1822 e o papel do tropeiro começou a se destacar também dentro da culinária. A tropa era o conjunto de burros conduzidos pelos tropeiros, os comerciantes que iam e vinham, traziam e levavam cachaças, sementes, o precioso e raro sal, vasilhames, tudo enfim que se necessitasse transportar e comercializar.

A alimentação dessas pessoas era composta de produtos duráveis e secos como as carnes salgadas ou guardadas envoltas por banha de porco para melhor conservação, farinha com feijão, sementes, brotos nativos e caças abatidas no meio do caminho.

Durante essas travessias, os tropeiros preparavam um prato que misturava feijão, farinha de mandioca, linguiça, bacon, alho, cebola, ovos, temperos e acabou ficando conhecido por “feijão tropeiro”, numa referência direta aos integrantes das tropas.

A partir daí o feijão tropeiro passou a fazer parte da cozinha mineira, uma das mais características do Brasil, conhecida por seus pratos ricos em sabor e repleta de histórias típicas.

Como sempre destaco, as receitas podem ter pequenas variações de uma região para outra, mas o básico é mantido neste prato típico! Espero que gostem!

Feijão tropeiro

Ingredientes

1 kg de feijão roxinho
½ kg de farinha de mandioca crua
4 ovos fritos
4 ovos cozidos
½ kg de toucinho (para torresmo)
2 cebolas picadas
4 dentes de alho picados
½ xícara de chá de azeite de oliva
½ kg linguiça calabresa em fatias
½ kg linguiça mineira (fina) em pequenos pedaços
½ kg de bacon cortados em cubinhos
cheiro verde a gosto
sal a gosto

Modo de preparo

Cozinhe o feijão de modo que ele não se desmanche (o tempo vai depender da qualidade do feijão) e reserve. Com o azeite, frite o toucinho até que vire torresmo, coloque em um prato forrado com papel-toalha e reserve.

Aproveite essa gordura para fritar as cebolas, o alho, o bacon e as linguiças e, assim que estiverem bem fritos, acrescente o feijão para que fique refogado. Acerte o sal e vá adicionando a farinha de mandioca aos poucos, mexendo bem.

Em seguida, acrescente parte do cheiro verde e os ovos previamente fritos e cortados em pedaços médios. Finalmente coloque o torresmo e disponha toda a mistura em uma travessa. Utilize os ovos cozidos fatiados com o restante do cheiro verde para enfeitar.

Um dos acompanhamentos mais tradicionais é a couve, finamente fatiada e refogada.

Um bom vinho tinto seco é o ideal para harmonizar o prato.

By Joemir Rosa.

Lasanha de funghi secchi

Posted in Receitas with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 03/11/2012 by Joe

O funghi secchi, o mais utilizado na gastronomia, é uma espécie de cogumelo da espécie Porcini (italiano) e geralmente encontrado na forma desidratada, ou seja, desprovido de água.

É muito utilizado pelos chefs de cuisine na confecção de molhos para massas e de pratos à base de carne. Normalmente, este ingrediente confere um sabor muito peculiar a estas receitas, lembrando o gosto das nozes e de textura macia.

Vale lembrar que o funghi deve ser bem higienizado antes do preparo, sendo mais apropriado que ele fique de molho em água durante uns 30 minutos.

Entre os cogumelos de grande valor na gastronomia estão o Champignon; o Shiitake – mais comum na alimentação dos povos asiáticos, o Maitake, o Porto Bello, o Shimeji Preto – produzido no Brasil e também conhecido como cogumelo-gigante, e o Shimeji Branco. O funghi apresenta duas variedades: o chileno e o italiano (denominado Porcini, é mais suave e demanda um tempo menor para revelar uma textura agradável, ou seja, uns 10 minutos.

É preciso tomar alguns cuidados com o funghi chileno, o qual exige meia hora de preparo antes de atingir o ponto ideal; assim, é melhor utilizar uma porção menor na elaboração do prato desejado, para que o sabor não fique muito forte.

A titulo de curiosidade, é bom lembrar que alguns cogumelos são venenosos. Dizem que o Papa Clemente VII (1478 – 1534) foi morto com uma refeição preparada à base de “Amanita phalloides”, um cogumelo altamente tóxico. Buda morreu, de acordo com a lenda, após jantar com um camponês pobre que saiu a coletar cogumelos e os ofereceu de boa-fé ao mestre. Daí, fica a lição: todos os cogumelos são comestíveis, mas alguns, apenas uma vez!

O prato de hoje é uma das jóias da gastronomia, muito saboroso, prático e rápido de preparar. Utiliza, entre seus ingredientes, o funghi secchi, o que lhe confere um sabor todo especial.

Lasanha de funghi secchi

Ingredientes

Massa

massa para lasanha
300g de queijo mussarela ralado

Molho branco

1 colheres (sopa) de manteiga
1 cebola média ralada
1 dente de alho espremido
2 copos de leite
2 colheres (sopa) de amido de milho
200g de creme de leite sem soro
pimenta-do-reino, sal e noz-moscada a gosto
2 colheres (sopa) de queijo parmesão ralado

Creme de funghi secchi

100g de funghi secchi
1/2 litro de água morna
2 colheres (sopa) de manteiga
1/2 xícara de vinho branco seco
sal e pimenta-do-reino a gosto

Modo de preparo

Lave bem e hidrate o funghi secchi deixando de molho por meia hora em água morna. Depois, escorra (reserve esta água para o molho branco) e pique o funghi em pedaços pequenos.

Em uma frigideira, em fogo médio, coloque a manteiga, junte o funghi, refogue por uns cinco minutos e acrescente o vinho branco. Adicione o sal, a pimenta e um pouco da água, se necessário. Deixe cozinhar em fogo baixo por dez minutos. Reserve.

Prepare o molho branco numa panela, dourando a cebola e o alho na manteiga, junte o leite e a noz-moscada. Na água reservada em que o funghi ficou hidratando, dissolva o amido de milho e junte à panela, mexendo bem até engrossar. Acerte o sal, junte o creme de leite, o queijo parmesão, misture bem e desligue o fogo.

Agora é hora de montar a lasanha. Pré-aqueça o forno uns 10 minutos antes. Em uma forma refratária, coloque um pouco do molho branco no fundo. Em seguida, a primeira camada de massa para lasanha. Adicione um pouco do creme de funghi secchi, molho branco e mussarela ralada por cima.

Mais uma camada de massa (não sobreponha uma tira de massa sobre outra), mais creme de funchi secchi e o molho branco. Finalize com uma camada de queijo mussarela e cubra com queijo parmesão ralado. Leve ao fogo médio (em torno dos 200º C) para gratinar (até formar aquela casquinha dourada).

Sirva acompanhada por um bom vinho tinto Cabernet Sauvignon ou Pinot Noir.

By Joemir Rosa.

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