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A força de dentro

Posted in Inspiração with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 29/06/2015 by Joe

A força de dentro

Parar ajuda-nos a por tudo em perspectiva. Parar ajuda-nos a respirar fundo, a ganhar fôlego e tomar balanço. Parar é tudo o que precisamos fazer quando queremos decidir o que fazer a seguir.

E mesmo quando existem estradas que temos de percorrer até ao fim, este caminho mais longo ajuda-nos a reequacionar todas as prioridades e a arrumar no lugar certo as urgências que podem esperar.

Dar valor a quem tem valor. Querer bem a quem nos quer bem. Parece tão simples, e ainda assim, a vida às vezes é dura e ensina muita coisa. Às vezes fere, e com isso cura. Às vezes empurra-nos, porque estamos prontos para avançar. Outras vezes puxa-nos, porque precisamos dar passos atrás.

Em cada dia, nas mais pequenas coisas, mostra-nos que os dias até podem passar todos a voar, que o carrossel pode dar muitas, muitas voltas, mas que mesmo no meio de um caos a que nos vamos moldando, sobra sempre tempo, se quisermos, para cuidar e ser cuidado. Para amar e ser amado. Para abraçar e ser (muito) abraçado.

Um destes dias, ensinaram-me a acreditar que só existe o bom olhado, que positivo-atrai-positivo, que a força que vem do coração é indestrutível e que quando estiver muito escuro, podemos ser nós a luz. Nunca mais esqueci. Nunca mais vou me permitir esquecer.

Ensinaram-me, também, aceitar que uma vida feliz não é uma vida fácil, também.

Esteja ou não tudo bem, eu vou ser feliz. Esteja ou não tudo no lugar certo, eu vou ver sempre o lado bom do que (e de quem) me acontece na vida. Esteja ou não mais perto dos meus sonhos, eu sei que um dia chego lá. Porque quero. Porque me esforço. Porque mereço.

Dito assim, até parece simples manter este compromisso comigo. Dito assim, até parece fácil persistir nesta busca incessante pelo que me faz bem e decidir ser feliz, “apesar dos apesares”. E não é. Não é simples para mim, não é simples para ninguém.

É preciso praticar todos os dias, como uma rotina. Escrever na agenda, na parede, na pele. Até que de uma forma de estar passe a uma forma de ser. A ser vivido como uma rotina, com a mesma naturalidade com que tomamos a ducha que nos desperta, o café da manhã que nos nutre, o caminho que nos leva para onde queremos ir, os abraços que nos esperam e nos regeneram no final de cada dia.

Passar a não conseguir respirar sem este compromisso de não nos esquecermos de nós, de mandar calar os “ais”, os “ses”, os ‘mas” e os “talvez”, de afastar as nuvens cinzentas, as pessoas assim-assim, o menos mal e o vai-se andando.

Passar a manter sempre por perto a alegria do que (e de quem) nos faz bem. Porque é assim, e só assim que aprendemos a dar sempre valor às pessoas e às coisas certas que nos acontecem.

Porque a força de dentro é muito, muito maior!!!

Desconheço a autoria.

A solidão existe, incomoda, mas pode ser boa!

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Solidão existe, incomoda...

“E ficamos meio perdidos, meio desapontados, meio de escanteio, meio cabisbaixos, meio espectadores da vida, à parte, desdenhados, sem par, sem acalento… sós”.

“E sentimos um friozinho no peito, que nada aquece, como se alguém tivesse aberto uma janela, numa noite fria, em que nevasse, assim, sem avisar, e não fechasse de jeito nenhum… e o jeito fosse tentar aguentar.”

“Ah, solidão… Nessa hora tem o mesmo gosto, caviar e pão, papel e camarão… Nenhum aconchego ou brilho tem uma mansão; nenhuma graça tem o abano do rabo de um cão… nada nos satisfaz.

Nada preenche esse vazio, que dói e dói. É como um mundo em preto e branco, um salão sem dança, uma piscina sem água, uma pista sem carro, um casamento sem noiva, um domador sem leão…”

“Solidão é uma pedra de gelo dentro do coração…”

Mesmo bem no centro de uma multidão, alguém pode estar se sentindo só. Porque só não quer dizer “sozinho”, porque muitas vezes até precisamos ficar sozinhos! Todos já sentiram esta necessidade. Estar só consigo mesmo para colocar “as ideias em dia”, a “cabeça no lugar”, “fazer um balanço”, “descansar”, “afrouxar a gravata”, “dar um tempo”.

Este tipo de ficar sozinho é bom porque é por escolha.

E por escolha você pode até pintar o seu cabelo de azul que vai se sentir super bem. E quanto às críticas, você vai até se divertir com elas…

Mas quando ficamos sós por não conseguirmos alguém que nos entenda, e nem mesmo nós conseguimos nos entender, aí sim, nos sentimos completamente sós: no planeta. Como se não se encaixasse. No mundo. Em si mesmo. Em uma razão de existir.

Mas por que umas pessoas “conseguem” ficar sozinhas e outras não?

Amigos, festas, trabalho, atividades do dia a dia, projetos, e até mesmo os problemas a resolver, ocupam bastante espaço nas nossas vidas e isso nos distrai de nós mesmos, do que queremos e de quem somos de verdade, no nosso íntimo.

Há momentos em que somos impulsionados a nos isolar e não achar muita animação nas atividades ou pessoas do dia a dia, para que possamos nos interiorizar e nos formatar, reciclar, conhecer.

Na vida, nos deparamos com tantas informações, obrigações, exigências, atividades, que acabamos por nos afastar de nós, de nosso verdadeiro eu, e nos confundimos perdendo de vista nossos conceitos com os conceitos de outras pessoas, ideias e até desejos ou objetivos.

A solidão, embora seja desagradável de sentir, é algo bom para que nós possamos entrar em contato com nosso próprio íntimo e nos resgatar, lustrar, e manter nossa essência viva. A solidão massacra mais aqueles que vão deixando os acontecimentos correrem soltos em sua vida, se distrai com outras milhares de pessoas, como se fossemos uma casa e nunca cuidássemos dela por estarmos sempre ocupados com as casas dos outros. A solidão não dura muito, só o tempo necessário para fazermos um autobalanço.

“Jamais conseguiremos que a felicidade seja trazida por outra pessoa. Se queremos ser felizes temos que construí-la”.

O amor próprio e o autoconhecimento vão fazer com que tenhamos sempre bastante reserva para nos suprir, mesmo em épocas que parecemos não nos entendermos com ninguém.

Ame-se. Conheça-se. Conserte-se. Aprimore-se.

Quando sentir solidão, apenas tire férias e divirta-se consigo mesmo, saindo para passear e arrumando suas prateleiras. Vai se sentir leve e renovado.

By Simone Dantas, do livro “Vivendo, Aprendendo e… Comentando”.

Amar por inteiro

Posted in Relacionamentos with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 29/05/2014 by Joe

Quanto é possível conhecer quem se ama

O texto a seguir é uma carta dirigida ao povo francês, escrita por Danielle Miterrand, esposa do ex-presidente da França, François Miterrand, após ter recebido críticas impiedosas por ter permitido a presença da amante do marido, Anne Pingeot, e a filha dos dois, Mazarine, na cerimônia fúnebre.

“Antes de mais nada devo deixar claro que não é um pedido de desculpas. Muito menos um enunciado de justificativas vãs, comum aos covardes ou àqueles que vivem preocupados em excesso com a opinião dos outros.

Aos 71 anos, vivendo a hora do balanço de uma existência que é um sulco bem traçado e profundo, já não mais preciso, e nem devo, correr atrás de possíveis enganos.

Vivo o momento em que as sombras já esclarecem e que as ausências são lindas expressões de perenidade e criação. Sombras e ausências podem ser tudo, ao passo que luzes e presenças confundem os mais precipitados, os mais jovens.

Vivi com François por 51 anos; estive com ele grande parte desse tempo e me coloquei sempre. Há mulheres que não se colocam, embora estejam; que não se situam, embora componham o cenário da situação presumível.

Uma vida de altos e baixos. Na época da Resistência nunca sabíamos onde iríamos passar a noite – se na cama, na prisão, nos bosques ou estendidos por toda a eternidade.

Quando se vive assim em comum, cria-se uma solda e a consciência de que é preciso viver depressa. Concentrar talvez seja a palavra. Por isso tentei entendê-lo, relacionar-me com sua complexidade, com as variações de sua pessoa e não de seu caráter.

Quem entende ou, pelo menos, luta para compreender as variações do outro, o ama realmente. E nunca poderá dizer que foi enganada ou que jamais enganou. Não nos enganamos. Nos confundimos quando nos perdemos da identidade vital do parceiro, familiar ou irmão. Ou jamais os conhecemos, não é um engano. Quem não conhece, não tem enganos.

Nas variações do outro não cabe o apaziguador que destrói tudo antes do tempo, em forma de tranquilidade.

Uma relação a dois não deve ser apaziguada, mas vibrante, apaixonada, e não, enfastiada. Nessa complexidade, vi que meu marido era tão meu amante quanto da política.

Vi, também, que como um homem sensível, ele poderia se enamorar, se encantar com outras pessoas, sem deixar de me amar.

Achar que somos feitos para um único e fiel amor é hipocrisia, conformismo. É preciso admitir, docemente, que um ser humano é capaz de amar apaixonadamente alguém e depois, com o passar dos anos, amar de forma diferente.

Não somos o centro amorável do mundo do outro. É preciso aceitar, também, outros amores que passam a fazer parte desse amor como mais uma gota de água que se incorpora ao nosso lago. Simone de Beauvoir dizia bem que temos amores necessários e amores contingentes ao longo da vida.

Aceitei a filha de meu marido e hoje recebo mensagens do mundo inteiro, de filhos angustiados que me dizem “Obrigado por ter aberto um caminho. Meu pai vai morrer, mas eu não poderia ir ao enterro porque a mulher dele não aceitava”.

É preciso viver sem mesquinhez, sem um sentido pequeno, lamacento, comum aos moralistas, aos caluniadores e aos paranóicos azedos que teimam em sujar tudo.

Espero que as pessoas sejam generosas e amplas para compreender e amar seus parceiros em suas dúvidas, fragilidades, divisões e pequenas paixões.

Isso é amar por inteiro e ter confiança em si mesmo”.

By Danielle Miterrand.

Comentário anônimo que circula pela Internet: “É um auto-de-fé no amor, na elegância, na generosidade e na lealdade a quem se ama!”

Assino embaixo!

A pessoa certa

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A pessoa certa

Atire a primeira pedra quem nunca sonhou em casar e ser feliz para sempre. Mas, quase sempre, a realidade é bem diferente da fantasia. Pensando nisso, a escritora americana Kathy Freston lançou o livro “A Pessoa Certa” (Editora Fontanar), um pequeno guia para facilitar as relações amorosas. Em entrevista, ela revela o caminho para ser feliz no amor.

Por que algumas pessoas têm tanta dificuldade para encontrar um amor?

Kathy Freston: Existem três grandes obstáculos que impedem uma relação feliz. O primeiro é o nosso ego, que quer sempre estar certo e no controle. Pessoas que precisam manter sempre o controle da situação têm mais dificuldade para amar. O segundo é o nosso inconsciente e toda aquela bagagem emocional que temos dificuldade em lidar. O terceiro é idolatrar o amor e os relacionamentos, achando que a vida a dois vai ser a solução de todos os problemas. Isto coloca muita pressão no parceiro, que acaba desistindo da relação.

Como encontrar a pessoal ideal?

KF: Os homens reclamam que as mulheres não prestam e elas lamentam que não existem mais homens bons. Isto não é verdade. É tudo uma questão das leis da energia e da atração. Se você realmente acredita que vai achar alguém que vale a pena, certamente vai encontrar. Se você acha que não merece ser amado, mesmo que inconscientemente, só vai atrair relações desastrosas. Acho que os solteiros, principalmente as mulheres, precisam acabar com essa paranoia de que precisam encontrar uma pessoa a todo custo. Correr atrás do amor não dá certo, você acaba parecendo uma pessoa louca e desesperada.

As pessoas costumam ter expectativas irreais sobre o amor?

KF: Sim. A maioria das pessoas acha que o relacionamento vai ser transformador, que vai melhorar tudo para a melhor. Mas isto não é verdade. O que somos é o que levamos para a relação. Se alguém está deprimido e improdutivo, certamente terá um relacionamento difícil e deprimente. Poucas pessoas lembram também que as relações são cheias de obstáculos. Só que isso é bom, porque nos torna pessoas melhores.

Como saber se estamos com a pessoa certa?

KF: Sua alma gêmea é aquela pessoa que vai incentivá-lo a dar o seu melhor, te transformar na “melhor versão de você mesmo”. É aquela pessoa que te dará força, que vai querer compartilhar os detalhes da sua vida, te motivar, te inspirar a ser generoso e amigo. Muitas vezes, é aquela pessoa que desperta qualidades positivas transformadoras. A atração sexual é importante, mas não é tudo.

Que conselho você daria para quem está passando por dificuldades no relacionamento?

KF: Terminar uma relação é uma decisão difícil, dolorosa e complicada. Por isso, pense muito antes de tomar esta decisão. Se o término é inevitável, tente acabar o relacionamento com gentileza e amor. Depois do fim, faça um verdadeiro balanço. De nada adianta começar uma relação nova carregando os mesmos vícios do passado. É importante lembrar que, no fundo, as pessoas mudam muito pouco. É possível mudar o corte de cabelo, as roupas ou um hábito mais superficial, mas não dá para transformar valores ou até mesmo a evolução pessoal do outro.

By Kathy Freston, escritora, do seu livro “A pessoa certa” (Editora Fontanar).

Prioridades na vida

Posted in Inspiração with tags , , , , , , , , , , , , , , on 15/05/2012 by Joe

Evidente que, para viver, precisamos do básico, mas não de um punhado de coisas que vamos acumulando ao longo da vida. Do mesmo modo, se pensarmos bem, chegaremos à conclusão de que não precisamos sequer fazer tanto quanto fazemos, ações que, não raro, pensamos ser imprescindíveis.

A idéia de “vou fazendo, vou fazendo” tornou-se muito desgastante e dispendiosa para o atual estilo de vida de nossa sociedade. Fazer muitas tarefas nem sempre é produzir algo realmente importante, uma das prioridades de nosso cotidiano.

Dê uma “geral” em sua vida, faça um balanço de suas atividades e avalie o grau de importância delas. Relacione as atividades, depois classifique-as por ordem de importância. Você vai descobrir que faz muito e que a maior parte das tarefas você apenas executa, de maneira automática e sem entusiasmo. Dentro de suas atividades, procure classificar os ítens que relacionou para responder a esta pergunta: “é prioridade fazer isto?”.

Toda vez que estiver num momento de indefinição em relação a algo em sua vida, faça essa pergunta a você mesmo. Muita gente está se transformando numa verdadeira generalidade ambulante, escrava do “faz, faz, faz…”, mas, independentemente disso, nada muda na vida delas. Quando nos empenhamos naquilo que foge de nossa prioridade, somos meros tarefeiros; mas quando nos empenhamos no que está dentro de nossas prioridades, realizamos algo importante para nossa vida.

Perguntar-se sobre nossas prioridades exige coragem para encarar a verdadeira resposta e praticá-la adequadamente. Ninguém deve levar uma vida com “sacolas existenciais” penduradas por todo o corpo, tentando equilibrar tudo a todo momento. Muito do que carregamos nem sequer nos pertence, e temos pouca ou nenhuma noção disso.

Defina o que realmente pertence à sua vida, o que de fato é parte integrante de suas atividades e hospede em sua morada apenas os filhos de seu coração.

By Cesar Romão, do livro “Superdicas para Motivar sua Vida”.

Depois da tempestade

Posted in Reflexão with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 07/05/2012 by Joe

Depois das grandes tempestades em nossas vidas, às vezes, ao invés da bonança esperada, costumamos fechar a alma para balanço. E, por mais que digamos estar disponíveis ao diálogo, bem no fundo do nosso coração colocamos uma porta.

E esta porta fica tão trancada que, se nós mesmos não a abrirmos, tornar-se-á quase que intransponível. Como se nossa casa tivesse sido saqueada e o medo de que fosse arrombada de novo não nos deixasse viver sossegados.

Visitantes cadastrados até poderiam chegar ao jardim. Mas … passar da soleira, quem disse?

E ficamos tantas vezes nos perguntando o porquê de ninguém se aproximar muito de nós se pensamos, numa atitude de bloqueio à verdade, que estamos dando espaço para que todos nos visitem.

Fingimos não enxergar o letreiro luminoso de “passagem proibida” ou os cadeados enormes que colocamos nos portões e nos muros que erguemos ao redor de nós, porque é duro admitir que temos medo de mais experiências depois que uma, duas, três ou mil delas não deram certo.

Mas se só as pessoas sensíveis enxergam esse bloqueio, e elas são cada vez em número menor, as não tão persistentes se afastam com medo de que soltemos os cães bravos em cima delas e as ponhamos para correr. Assim acabamos, por comodismo, ficando com as pessoas menos perigosas, com aquelas com quem sabemos que nunca chegaremos a ter envolvimento maior, até porque sua percepção não é tão aguçada para penetrar no nosso interior.

Ficamos com aquelas com quem temos menos afinidade e pouca cumplicidade, principalmente aquela que vem do fundo da alma, porque não queremos que ninguém invada a fortaleza inexpugnável dos nossos segredos, onde guardamos as mágoas, os ódios não passados a limpo e os amores mal sucedidos.

Não queremos saber de quem nos leia pensamentos e não pretendemos nos prender a nada, embora digamos sempre o contrário e saibamos que a falta das amarras num porto onde poderemos atracar quando estamos à deriva pode constituir uma bela teoria de liberdade, mas não nos gratifica, pois o ser humano não nasceu para ficar só.

Nós, hoje, mal ou bem, podemos escolher nossos amores e amigos. E que possamos escolher os melhores, e não os mais cômodos.

E que possamos, também, ter alguns inimigos e, entre os nossos conhecidos, pessoas incompatíveis conosco, porque são eles que nos ajudam a superar os nossos limites e nos botam para frente, nem que seja para que lhes mostremos do que e o quanto somos capazes.

Precisamos ter histórias para contar, sejam elas com finais tristes ou felizes. Precisamos passar por experiências que nem sempre são gratificantes, pois uma existência passada em brancas nuvens é uma existência sem frutos.

Um dia, talvez, venhamos a entender melhor os mistérios da vida e, para chegarmos a um determinado ponto, muitas vezes teremos que passar por vários obstáculos.

Talvez entendamos que precisamos nos purificar sofrendo várias provações até conseguir nossos objetivos e receber alguma recompensa.

Algumas doutrinas religiosas e filosóficas tentam explicar porque algumas pessoas sofrem e outras são poupadas e porque alguns de nós encontram suas metades e outros passem a vida inteira a procurá-las.

Mas são explicações que talvez nós leigos, não consigamos facilmente entender. A única coisa que podemos arriscar é que nada acontece por acaso (ou será que acontece?).

Talvez, quando sofremos, estejamos passando por um processo de purificação que nunca será entendido ou aceito por nós enquanto estivermos vivendo a experiência.

Talvez, quando procuramos alguém ou alguma coisa, estejamos nos informando; talvez, quando encontramos tanta gente incompatível conosco, é porque, de alguma maneira, somos ou fomos as pessoas determinadas a surgir em suas vidas, seja para suportá-las, ajudá-las ou para que, através delas, aprendamos alguma lição importante: da serenidade à perseverança, da paciência à fé.

Mas, por mais que apanhemos, que nos escondamos para fugirmos da vida, de nós mesmos, dos machucados e rejeições … tudo passa.

O desespero nunca foi solução para nada, pois, afinal, não há mal que sempre dure e nem bem que nunca acabe.

A vida sempre seguirá dando voltas. Tomara que saibamos aproveitar as ascensões para levantar quem estiver próximo de nós e as quedas para aprendermos a ser humildes.

By Claudia Belucci.

Balanço

Posted in Inspiração with tags , , , , , , , , , , , , , , , on 19/04/2012 by Joe

Rubem Alves, o ilustre educador que já sentiu o perfume de flores em mais de setenta primaveras, em seu livro “Mansamente Pastam As Ovelhas”, escreveu o seguinte:

– “Balançar é o melhor remédio para a depressão. Quem balança vira criança de novo. Razão pela qual eu acho um crime que nas praças públicas só haja balanços para crianças pequenas. Há que haver balanços grandes para os grandes! Já imaginaram o pai e a mãe, o avô e a avó, balançando?”

– “Ahhh, vocês riram? Acham absurdo?”

– “Entendo. Vocês estão velhos. Têm medo do ridículo. Seu sonho fundamental está enterrado debaixo do cimento.”

– “Eu já sou avô e me rejuvenesço balançando até tocar a ponta do pé na folha do caquizeiro, onde meu balanço está amarrado!”

Pense nisso … e liberte o jovem que existe em você!

By Rubem Alves.

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