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Sericaia

Posted in Receitas with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 22/11/2014 by Joe

Sericaia

Sericaia, ou sericá, é um doce tipicamente alentejano cuja receita é de origem duvidosa. Não existe consenso sobre sua origem. Encontram-se referências a origens indianas, brasileiras e portuguesas. Na obra “Gastronomia e Vinhos do Alentejo”, Alfredo Saramago nos conta:

– “A dúvida nunca mais se resolve. Uns dizem que a receita veio da Índia, outros que ela veio do Brasil. O que é certo é que, desde os tempos da nossa expansão, a sericaia, ou sericá, era preparada, com todo o esmero, por dois conventos alentejanos que se arrogavam de direitos de importação da receita.” (Saramago, pg. 242).

Neste caso, o autor referia-se ao convento das Chagas de Cristo, de Vila Viçosa e o de Santa Clara, de Elvas. Há até a alusão à competição entre estes dois conventos para justificar os dois nomes atribuídos ao doce – Sericá e Sericaia. No caso das freiras do Convento de Elvas, estas preparavam o doce e decoravam com as famosas ameixas da região, juntamente com uma calda doce.

Segundo contam, a Sericaia teria origem no Convento das Chagas, mas no Convento das Clarissas acrescentou-se canela à receita e, a partir daí, a Sericaia passou a fazer mais sucesso. Neste caso, a sericaia seria uma receita contemporânea da origem da doçaria conventual em Portugal no século XV. Foi nessa altura que o açúcar entrou na gastronomia dos conventos, com a produção da cana de açúcar da Ilha da Madeira.

Sobre a origem oriental, a lenda diz que a sericaia é uma receita mais remota e terá tido a sua origem em Malaca, e a sua receita foi trazida pelo copeiro de D. Constantino de Bragança, sétimo vice-rei da Índia.

Independente da origem, o mais importante é que o toque de canela e a textura fofa fazem deste doce uma verdadeira delícia. No entanto, o segredo dele, mais do que os ingredientes utilizados, é a forma de colocá-lo no prato (que dever de barro ou estanho), ou seja, às colheradas desencontradas!

Sericaia

Ingredientes

12 ovos, separadas as claras das gemas
1 litro de leite
½ kg de açúcar
90 g de farinha
casca de um limão
1 canela em pau
1 colher (chá) de sal
canela em pó a gosto

Modo de preparo

Comece pré-aquecendo o forno a 225º C.

Em uma panela, ferva o leite com a casca do limão, o pau de canela e o sal. Retire do fogo e deixe amornar.

Enquanto isso, bata muito bem as gemas dos ovos com o açúcar até que a mistura fique bem cremosa. Reserve.

Em seguida, dissolva a farinha, aos poucos, no leite morno, junte o creme de gemas e açúcar, leve novamente ao fogo baixo e vá mexendo bem até engrossar. Desligue o fogo, tire a casca do limão e o pau de canela e deixe amornar.

Enquanto isso, bata as claras em neve, na batedeira, em velocidade média, até que fiquem em ponto de picos altos (para saber se estão no ponto, vire a tigela de cabeça para baixo e as claras não podem cair). Incorpore-as com cuidado ao creme preparado anteriormente.

Leve ao forno um prato de barro, fundo e largo, para aquecer. Uma vez aquecido, espalhe o creme sobre ele em colheradas desencontradas (uma colherada no sentido do centro para as bordas do prato e a outra atravessada).

Polvilhe bastante canela em pó e leve para assar por cerca de 1 hora. Para saber se está no ponto, faça o teste do palito: se ele sair seco ao colocá-lo no centro do prato, a sericaia está pronta. É normal que ela apresente “rachaduras” após estar assada.

By Joemir Rosa.

Bom-bocado

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Bom-bocado

Como já comentamos anteriormente em algumas receitas, a utilização de ovos – principalmente muitas gemas – é uma característica dos doces portugueses, normalmente aqueles criados pelas freiras, em conventos. Para agradar os nobres que as visitavam, usavam uma grande quantidade de gemas que sobravam – as claras eram utilizadas para manter as roupas delas sempre bem “engomadas”.

E muitos desses doces chegaram até o Brasil e foram sendo adaptados aos novos ingredientes: coco, queijos, mandioca, frutas típicas, etc. Entre essa grande quantidade, o bom-bocado é um desses doces que foi sendo adaptado aos gostos, costumes e ingredientes locais, indo parar nas mesas de festas de aniversários, batizados e até festas juninas.

Originalmente, era preparado com uma grossa calda de açúcar, à qual misturavam muitas gemas, farinha, manteiga, amêndoas trituradas, levando-se para assar em forminhas, em banho-maria.

Da receita original, restaram apenas os ovos, o açúcar e o leite. A farinha deu lugar ao fubá e à mandioca. O queijo foi trocado pelo coco (e até mantendo uma boa convivência), e as amêndoas sumiram da receita, uma vez que era um produto importado, muito caro para os nossos padrões.

Como era um doce vendido nas ruas do Rio de Janeiro pelas escravas que as sinhás liberavam para fazer pequenos negócios, logo caiu no gosto popular e começou a rivalizar com o doce original, produzido nas cozinhas senhoriais.

Por curiosidade, Pedro I era amante de furrundum, doce de cidra ralada, gengibre macerado e rapadura; Pedro II, se amarrava no de figo feito em tacho; Rui Barbosa elegia entre os preferidos o de batata; Deodoro, bom nordestino, não resistia à compota de caju; Juscelino empregava uma doceira especializada em baba-de-moça; Tancredo Neves revelava predileção por queijadinhas e quindins.

Na literatura, Jorge Amado fez da cozinha de Gabriela e de Dona Flor a extensão de sua mesa, onde quer que estivesse morando: são muitos os doces citados por ele e atribuídos às qualidades culinárias de suas inesquecíveis personagens. Já o bom-bocado aparece nas páginas de Machado de Assis.

E a receita de hoje é justamente a citada nas obras de Machado de Assis, muito prática e fácil de preparar, e é um exemplo de como o doce adaptou-se bem aos costumes e ingredientes locais!

Bom-bocado

Ingredientes

3¼ xícaras (chá) de açúcar
1¼ xícara (chá) de água
2½ xícaras (chá) de coco fresco ralado
½ xícara (chá) de queijo parmesão ralado
5 colheres (sopa) rasadas de manteiga
½ xícara (chá) de farinha de trigo
6 ovos

Modo de preparo

Em uma panela, leve a água e o açúcar ao fogo, mexendo sempre até o açúcar dissolver bem. Cozinhe bem até a calda ficar em ponto de fio. Retire do fogo, acrescente o coco, o queijo, os ovos batidos, a manteiga e vá adicionando a farinha, mexendo com cuidado para não empelotar.

Mexa sempre até que fique uma mistura bem homogênea. Deixe esfriar um pouco.

Depois, distribua em forminhas de empada untadas e asse no forno pré-aquecido até dourar.

Retire do forno, deixe amornar para que solte das forminhas (se for preciso, utilize a ponta de uma faca, com cuidado) e sirva em temperatura ambiente.

By Joemir Rosa.

Creme caramelo

Posted in Receitas with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 18/10/2014 by Joe

Creme caramelo

O caramelo é um desses doces cuja origem se perde no tempo. De qualquer forma, suas características “maleáveis” permitem uma variada gama de usos na cozinha, seja na preparação de caldas ou de pudins, chocolates industrializados e até para decoração de pratos.

Ele é produzido a partir do aquecimento lento do açúcar até que se obtenha um ponto pastoso que chamamos de caramelo. À medida que o açúcar vai derretendo e se aproximando da temperatura de 170ºC (ou 340ºF), as moléculas vão se quebrando em compostos que dão a cor e o sabor característicos.

Na indústria de alimentos, o corante de caramelo é um dos aditivos mais antigos conhecidos utilizados na obtenção de cores, que vão do amarelo-palha até o quase negro (utilizado nos refrigerantes tipo Cola).

A receita deste sábado é muito simples: uma sobremesa rápida e prática de se preparar, onde o caramelo é utilizado para dar cor e até mesmo uma decoração às taças onde será servida.

Creme caramelo

Ingredientes

1/2 litro de leite
2 colheres (sopa) de manteiga
2 colheres (sopa) de amido de milho
1 ovo (gema e clara separadas)
2 colheres (sopa) de açúcar para o caramelo
1/2 xícara de açúcar para o creme
1 colher (sopa) de açúcar para a clara em neve
1 pitada de sal
1 colher (chá) de essência de baunilha

Modo de preparo

Derreta as duas colheres de açúcar, prepare o caramelo e espalhe nas laterais e bordas de taças individuais.

Reserve 1/2 xícara de leite e leve o restante ao fogo junto com a manteiga. Dissolva o amido e a gema no leite reservado, junte ao leite da panela e mexa sem parar. Adicione, sem parar de mexer, ½ xícara (chá) de açúcar, o sal e a baunilha. Ferva por cinco minutos até obter ponto de creme (mingau).

Bata a clara em neve, juntando uma colher (sopa) de açúcar. Incorpore a clara ao creme, misturando rapidamente. Retire do fogo e distribua entre as taças. Deixe esfriar e leve à geladeira.

Sirva bem gelado.

By Joemir Rosa.

Brigadeiro de Leite Ninho

Posted in Receitas with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 04/10/2014 by Joe

Brigadeiros de Leite Ninho

O brigadeiro é um docinho de festa muito apreciado em todo o Brasil, particularmente nas áreas mais urbanas. Em algumas regiões do país ainda é chamado de “negrinho”, como nos tempos em que foi inventado, devido à sua cor.

Ele é conhecido em muitos países como “trufas brasileiras”, pois a textura macia e delicada do chocolate faz lembrar as trufas francesas, embora o brigadeiro seja bem mais doce que elas.

Até algum tempo os brigadeiros eram sempre servidos nas festas infantis, logo depois de se cantar “Parabéns” e cortar o bolo. Hoje em dia o protocolo foi quebrado e as crianças (de todas as idades) liquidam os brigadeiros que enfeitam a mesa do bolo bem antes da hora programada.

A história desse doce, porém, é, no mínimo, diferente. Dizem que ele surgiu de uma campanha eleitoral, logo depois da Segunda Guerra Mundial.

Conta-se que naquela época havia uma certa dificuldade de se conseguir leite fresco e açúcar para a produção de doces. Então, alguém descobriu que a mistura de leite condensado e chocolate resultava em um docinho bem gostoso. Mas ainda faltava batizar esse doce.

Na mesma época aconteciam as eleições para presidente do Brasil e um dos candidatos era o Brigadeiro Eduardo Gomes. Na campanha, ele utilizava um bordão engraçado, que ficou na boca do povo:

“Vote no Brigadeiro, que é bonito e é solteiro”.

Então suas eleitoras batizaram o doce em homenagem ao candidato. E as mulheres que trabalhavam na campanha, em vez do ‘santinho’ tradicional do candidato, distribuíam o docinho para ganhar votos.

Com o tempo o brigadeiro foi ficando cada vez melhor. Para enfeitá-lo e deixá-lo mais saboroso, começaram a utilizar o chocolate granulado. Depois, outras variações de receitas foram criadas a partir da original.

A receita de hoje é, como eu sempre prefiro, uma dessas variações. Pra começar, não leva leite condensado. E pra deixar com um sabor ainda melhor, leva leite em pó! Garanto que o sabor é inesquecível, principalmente para aqueles que na infância adoravam misturar meio copo de leite em pó com um pouco de água e fazer um delicioso creme pra comer de colher!

Espero que curtam! Além de saboroso, tem bem menos calorias!

Ah, sim … o resultado das eleições? O Brigadeiro Eduardo Gomes perdeu a eleição para o Marechal Eurico Gaspar Dutra, que infelizmente, não teve nenhum doce com o seu nome.

Brigadeiro de Leite Ninho

Ingredientes

1 ½ xícara de água
1 ½ xícara de leite Ninho em pó
7 colheres (sopa) de chocolate em pó
½ xícara de açúcar
1 colher (sopa) de manteiga
chocolate granulado (ou leite em pó)

Modo de preparo

No liquidificador, bata a água com o leite em pó, o chocolate em pó e o açúcar. Transfira para uma panela e acrescente a colher de manteiga. Mexa em fogo médio até o doce se soltar da panela. Transfira o doce para um prato untado com manteiga. Faça bolinhas e passe no chocolate granulado.

Eu inovei e passei novamente numa mistura de leite em pó e coco ralado fino!

By Joemir Rosa.

Ataif

Posted in Receitas with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 13/09/2014 by Joe

Ataif

Os doces árabes, muito elaborados, são geralmente preparados com nozes, amêndoas, frutas secas e mel, e aromatizados com deliciosas essências, como a de rosas e a de flor de laranja, que evocam lembranças às “mil e uma noites”. Em alguns países, ainda são usadas as flores de laranja para aromatizar a água que servirá à preparação de pratos.

Comparados à maioria dos doces ocidentais, a doçaria árabe é bem mais acentuada no açúcar, característica que cai bem no gosto dos brasileiros, pois se assemelham na doçura à confeitaria portuguesa e às nossas compotas regionais e doces de fazenda.

Uma iguaria da doçaria árabe muito conhecida no mundo inteiro é a Baklava, torta de massa folhada de origem turca, e o ataif, servido quente e coberto com calda de flor de laranjeira.

Ataif são pequenas panquecas recheadas de nozes ou queijo e umedecidas com uma calda rala feita de água, açúcar, limão, água de rosas ou de flor de laranjeira. Também é usado o mel no lugar da calda. É uma sobremesa luxuosa, muito usada em casamentos por todo o Oriente Médio e mundo árabe.

E hoje trazemos exatamente essa receita deliciosa, muito ao gosto dos brasileiros!

Ataif de nozes

Ingredientes

Massa

500 ml de leite tipo B
1 ½ colher (sopa) de fermento biológico
2 xícaras (chá) de farinha de trigo
óleo de canola para untar uma chapa (frigideira)

Recheio

500 g de nozes moídas
1 colher (sopa) de açúcar refinado
1 colher (café) de canela em pó

Calda

300 ml de água
½ kg de açúcar
2 colheres de sopa de água de flor de laranjeira
suco de 1 limão

Modo de preparo

Massa

Bata todos os ingredientes da massa no liquidificador. Aqueça bem uma chapa (ou frigideira), e unte-a com o óleo. Em fogo médio, coloque uma concha pequena da massa de ataif e espalhe pela chapa formando discos de mais ou menos uns 10 cm de diâmetro. Asse apenas de um lado. Depois de cozidos, retire-os da chapa com o auxílio de uma espátula.

Entre uma panqueca e outra, limpe a chapa ou frigideira com um guardanapo umedecido em óleo.

Recheio

Misture bem as nozes com o açúcar e a canela.

Montagem

Recheie cada crepe (deixe as massas com o lado mais claro para cima) com 1 colher (de sopa) do recheio de nozes. Feche formando uma meia lua e pressione bem a borda para lacrar o ataif.

Calda

Em uma panela, derreta o açúcar na água, em fogo médio até engrossar. Quando estiver em ponto de fio, acrescente o suco de limão, misture bem e retire do fogo. Acrescente a água de flor de laranjeira, misturando bem, regue as panquecas e sirva imediatamente.

Experimente também preparar a calda com água de rosas, encontrada em lojas de produtos árabes.

By Joemir Rosa.

Cocada com morangos

Posted in Reflexão with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 06/09/2014 by Joe

Cocada com morangos

A história do morango vem de uma longa trajetória em busca do aprimoramento do sabor e do prazer. Embora existam espécies de morangos nativas na maioria das regiões temperadas, os frutos cultivados atualmente são provenientes do cruzamento e da união de várias espécies, entre as quais algumas encontradas apenas sob a forma silvestre nas Américas.

Embora por toda a Europa existam registros de que diferentes espécies de morangos silvestres já eram conhecidos e apreciados desde os tempos mais antigos, presumindo-se que essas frutas tenham sido levadas para cultivo em hortas caseiras apenas por volta do século XV. No entanto, apesar de fornecerem frutos de excelente qualidade e notável aroma, os morangos de então eram pequenos e sua produção era bastante irregular.

Até que os colonizadores europeus chegaram à América do Norte. Ali encontraram uma espécie de morangueiro nativo extraordinariamente vigoroso e produtivo (Fragaria virginiana) que, logo no início do século XVII, foi levado para o continente europeu.

Um século depois, um novo e feliz encontro: mais ao sul, nas terras que hoje pertencem ao Chile, os colonizadores se depararam com uma outra espécie nativa, de maior tamanho, que há muito tempo já era cultivada pelos indígenas da terra (Fragaria chiloensis), que foi também levada para a Europa.

Acredita-se que o cruzamento casual entre estas diferentes espécies de Fragaria nos viveiros europeus originou as matrizes das inúmeras variedades de morangos que se conhecem hoje em dia.

Atualmente no Brasil, como em quase todo o mundo, existem inúmeras variedades diferentes de morangos sendo cultivadas e, em geral, utilizam-se as mais adaptadas localmente. O Estado de São Paulo destaca-se como o maior produtor de morangos do país, sendo o extremo sul de Minas Gerais também um pólo considerável de cultivo da fruta.

O consumo de morango traz diversos benefícios ao organismo, principalmente para quem deseja emagrecer. Ele diminui a fome, pois graças às fibras, ele aumenta a sensação de saciedade, impedindo que você coma mais do que deveria durante as refeições. E ele não engorda!

O morango também controla o colesterol, afinal, quanto mais fibras um alimento tem, maior a capacidade de absorver o colesterol do sangue e eliminá-lo pelas fezes. Ele também evita as rugas, pois é dotado de antioxidantes que previnem o envelhecimento precoce, combatendo os radicais livres. Além disso, reduz o inchaço, equilibrando o nível de sódio que retém líquidos, combate a gordura graças à vitamina C, que previne a obesidade e auxilia na formação de colágeno, dando firmeza à pele. Ele também diminui a barriga e regula o intestino.

E o que pouca gente sabe: ele previne o câncer, pois contém ácido elágico, substância que trabalha para impedir a formação de tumores no aparelho digestivo. E mais uma boa notícia para quem quer emagrecer: a fruta aumenta a produção da leptina, que estimula o metabolismo, melhora o funcionamento de outros hormônios que trabalham no emagrecimento, reduzem a velocidade de digestão de alguns alimentos e controlam os níveis de açúcar no sangue.

Já que os benefícios são enormes com a ingestão de morangos, o melhor é provarmos uma deliciosa sobremesa com essa fruta saborosíssima!

Cocada com morangos

Ingredientes

1 pacote (100 g) de coco ralado
1 colher (sopa) de manteiga
1 lata de leite condensado
200 g de morangos

Modo de preparo

Em uma panela, misture o coco ralado, a manteiga e o leite condensado. Leve ao fogo brando, mexendo sem parar até desgrudar do fundo da panela. Deixe baixar um pouco a temperatura, mas não até esfriar totalmente porque a cocada estará mais consistente.

Lave bem, pique os morangos e misture na cocada. Distribua em copinhos e leve à geladeira. Decore com mais morangos picados na hora de servir.

Dica: aproveite a safra de morangos e congele. Lave-os bem em água corrente, enxugue e passe no açúcar. Distribua em saquinhos e congele.

By Joemir Rosa.

Beijinho de coco

Posted in Receitas with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 21/06/2014 by Joe

Beijinho de colher

Beijinho ou Branquinho (no Rio Grande do Sul) é um doce tipicamente brasileiro servido em festas de aniversário. Sua origem provém de alguns experimentos com leite condensado e leite de cabra coalhado, que daria um gosto levemente azedo quebrando o excesso de açúcar no seu sabor.

Seu idealizador foi José Ferreira Mendes, um homem rico que morou na França e estudou culinária na escola Gâteaux et Confiseries de 1940 à 1946 e, com 34 anos (1947), retornou ao Brasil. De 1948 à 1950, seus experimentos na área da confeitaria foram desvalorizados apesar dos seus estudos na Europa. Desiludido, deixou de trabalhar na área, deixando suas anotações para sua filha Isabelle Ferreira Arnaud, que seguiu seus passos na culinária.

Aos 19 anos (1964), intrigada por não encontrar uma forma de tornar o doce de seu pai popular, achou apropriado misturar leite condensado e suco de lichia, para dar uma consistência aquosa, e depois deixou refrigerando. Seu gosto era especialmente saboroso e, para dar um toque final, acrescentou coco ralado como cobertura.

Alguns anos mais tarde o suco de lichia foi descartado, porém sua base de leite condensado e coco se manteve. Tornou-se um doce popular e fora levado por Isabelle à Europa, pois assim ficaria na história européia e brasileira o doce criado por seu pai.

Hoje em dia, muito popularizado, é preparado e servido de forma semelhante ao brigadeiro, mas leva coco ralado ao invés de chocolate em pó. A massa pode levar gemas de ovos ou não, dependendo da região do país em que é feito. Também pode levar suco de laranja e cascas de limão e ser coberto com açúcar cristal ou coco. Tradicionalmente, um único cravo é colocado em cima do doce.

A receita deste sábado é a deste saborosíssimo doce, muito comum em quase todas as festas de aniversário. E nada melhor do que preparar e comer de colher!

Beijinho de coco

Ingredientes

3 latas de leite condensado
100 ml de leite de coco
100 g de coco desidratado ou fresco
100 g de creme de leite
2 cravos

Modo de preparo

Em uma panela, leve ao fogo o leite condensado, o leite de coco, os cravos e o coco. Vá mexendo sempre até que levante fervura, desligue o fogo e mexa até que fique no ponto de brigadeiro. Retire os cravos e deixe esfriar.

Após esse tempo, acrescente o creme de leite e mexa levemente para ajustar a consistência.

Sugestões na hora de servir

Caso deseje, coloque em copinhos e decore com coco ralado fresco, confeitos ou cerejas.

Outra sugestão é utilizar copinhos de chocolate.

Utilize essa receita para rechear ovos de Páscoa (em metades), com coco ralado por cima.

Eu, particularmente, prefiro comer às colheradas!

By Joemir Rosa.

Caponata Siciliana

Posted in Receitas with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 24/05/2014 by Joe

Caponata Siciliana

Esse delicioso prato tem uma história de mais de 1.000 anos!

Quando em 17 de junho de 827 os árabes desembarcaram em Cabo Granitola, perto de Mazara del Vallo e começaram a conquista da Sicília, não sabiam que sua presença iria afetar tão profundamente também na cozinha siciliana.

Entre os produtos e costumes dos árabes levados para a Sicília, a berinjela era um vegetal não conhecido antes de sua invasão. Este vegetal, que é a base de muitas receitas da cozinha siciliana, é o ingrediente chave de berinjela caponata.

Outro ingrediente muito importante, o tomate, voltaria às Américas cerca de 700 anos mais tarde, através de Cristóvão Colombo.

Os demais ingredientes – cebolas, azeitonas, alcaparras, aipo, vinagre e açúcar – já eram conhecidos e usados.

A caponata de berinjela é um aperitivo (entrada) que pode ser servido com um bom pão cozido em forno de lenha e um bom vinho branco. Ou com pão italiano, ligeiramente aquecido em forno.

A receita original é a que segue, sendo admitidas algumas variações em seus ingredientes e temperos.

Caponata Siciliana

500 gramas de berinjelas
200 gramas de cebolas roxas bem picadas
100 gramas de aipo
50 gramas de alcaparras salgadas, lavadas e escorridas
100 gramas de azeitonas verdes picadas
300 gramas de tomates maduros sem pele e sem sementes cortados em cubos
20 gramas de manjericão
20 gramas de amêndoas tostadas e laminadas
20 gramas de nozes
150 ml de vinagre de vinho tinto
azeite extra-virgem a gosto
sal e pimenta do reino a gosto

Modo de preparo

Coloque uma panela com água para ferver. Corte o aipo em pedaços pequenos (mais ou menos, 1 cm) e escalde-os em água fervente por uns 3 minutos. Escorra e reserve.

Lave bem as berinjelas, corte em cubos, polvilhe com sal e deixe escorrer em uma peneira por, pelo menos, 1 hora. Após este tempo, seque-os com um pano.

Em uma frigideira, coloque a cebola com umas 4 colheres de azeite, cubra e refogue por uns 2 minutos. Adicione o aipo, uma pitada de sal e deixe refogar até que fiquem macios. Reserve.

Em outra frigideira, aqueça uma certa quantidade de azeite suficiente e coloque uma pequena quantidade de berinjelas para dourar. Repita a operação com toda a porção. Retire-as da frigideira e reserve em papel-toalha.

Na mesma frigideira, refogue os tomates por alguns minutos e coloque algumas folhas de manjericão para saborizá-los. Adicione as berinjelas reservadas, o aipo e as cebolas, um toque de pimenta do reino, acerte o sal, se necessário, e deixe cozinhar até que fiquem macios.

Em seguida, acrescente as amêndoas laminadas, as nozes, as alcaparras e as azeitonas. Por último, o vinagre de vinho tinto. Mexa tudo muito bem, desligue o fogo, regue com azeite e deixe esfriar.

Na hora de saborear, decore com folhas de manjericão e sirva com pão italiano ligeiramente aquecido e um vinho branco de ótima qualidade!

By Joemir Rosa.

Curau de milho verde

Posted in Receitas with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 29/03/2014 by Joe

Curau

O milho é um dos ingredientes mais usado no Brasil, principalmente nos pratos típicos das festas juninas. Servido como curau, pamonha ou apenas cozido, o grão agrada ao público de todo o país. Mas de onde ele veio e como chegou ao nosso país?

Descoberta em ilhas próximas ao litoral mexicano, há mais de 7 mil anos, a planta silvestre recebeu o nome de “milho”, de origem indígena caribenha, com o significado de “sustento da vida”. Muito usado pelos incas, maias e astecas, o grão foi a base da alimentação das sociedades antigas e todas as atividades em grupo eram feitas em função de seu plantio. Com o período de colonização do continente americano e as grandes navegações, o alimento ganhou o mundo e se tornou um dos primeiros itens de cultura mundial, perdendo apenas para o trigo e o arroz.

A facilidade de cultivo e a variedade de formas de consumo do produto – que pode ser ingerido cru, cozido, seco ou transformado em farinha – garantiram seu sucesso em diferentes regiões do planeta, entre elas o México, que utilizava o farelo para preparar pequenos bolos, chamados de tortillas, e parte do cardápio tradicional nativo até os dias de hoje.

No Brasil, o milho já fazia parte do dia-a-dia dos índios antes mesmo da chegada dos colonizadores, que aproveitavam todas as partes do vegetal. Com a chegada dos portugueses, surgiram novos pratos à base de milho e seu consumo aumentou significativamente.

O milho é uma planta presente em diversos lugares do mundo e usado tanto para a alimentação humana como para a produção de ração animal. Apesar de bastante conhecido na mesa brasileira, o cereal tem apenas 5% de sua produção direcionada para o consumo humano; a maior parte vai para a alimentação de animais criados em grande escala.

Espigas de milhoA cultura do milho – um dos primeiros alimentos domesticados pelo homem – tinha como objetivo aproveitar os grãos e o suco proveniente de seu talo. Alguns povos produziam açúcar e mel a partir do líquido extraído.

Atualmente, existem diversos tipos de milho: o milho verde, o doce, o farinhoso, o pipoca, o duro, o macio e o dentado. Além de servir de base para diversos pratos da culinária, o vegetal também está na raiz da produção de amido, azeite, bebidas alcoólicas, combustíveis e corantes alimentícios.

Não é apenas pelo prazer do paladar que o milho deve aparecer com mais frequência na dieta alimentar. O grão tem fibras e nutrientes que auxiliam no bom funcionamento do organismo. Porém, para um consumo saudável do milho, é recomendado não adicionar muita gordura ou açúcar durante o preparo dos alimentos.

A receita deste sábado tem o milho como ingrediente principal e é bem simples e rápido de se preparar: o curau.

Curau de milho verde

Ingredientes

8 espigas de milho verde
2 xícaras (chá) de leite
1 vidro de leite de coco
1 colher (sopa) de manteiga
1 lata de leite condensado
Canela em pó a gosto para polvilhar

Modo de preparo

Passe o milho em um ralo grosso ou retire os grãos com uma faca. Em seguida, bata os grãos no liquidificador, depois passe em uma peneira para obter somente a polpa, descartando o bagaço.

Coloque a polpa, já peneirada, em uma panela e junte o leite, o leite condensado e a manteiga. Leve ao fogo por cerca de 10 minutos e mexa sem parar até formar um creme grosso.

Coloque em uma tigela e, por cima, polvilhe a canela em pó. Leve à geladeira até que adquira a consistência de um pudim.

By Joemir Rosa.

Gelatina de cerejas com maria-mole

Posted in Receitas with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 18/01/2014 by Joe

Gelatina de cerejas e maria-mole

Por diversas vezes eu postei receitas de mousses e outras sobremesas onde coloquei informações sobre o quão importante e saudável é o consumo da gelatina! Ela deveria estar presente na nossa dieta praticamente todos os dias.

Então, acredito não ser preciso repetir aqui tudo que já foi postado anteriormente. Quem não leu, pode procurar pelo Busca aqui do lado e ver todas as vantagens do consumo desse alimento.

Aproveitando que o verão está em alta em todo o país, com temperaturas absurdas, recomenda-se a ingestão de bastante líquidos, o consumo de frutas, legumes e verduras e alimentos com pouca gordura e açúcar.

Desta forma, a gelatina pode ser uma ótima opção para quem quer manter o corpo em forma e ter uma alimentação leve e saudável.

Aproveitando que a época é de cerejas ainda., trazemos a receita de uma sobremesa deliciosa, fácil e rapidíssima de preparar. Com gelatina, claro!

Gelatina de cerejas com maria-mole

Ingredientes

Gelatina

2 embalagens de gelatina sabor cereja

Pudim

1 caixa de pó para maria mole
1 xícara (chá) de água quente
4 colheres (sopa) de água
1 lata de leite condensado
1 lata de creme de leite
50 gramas de cerejas picadas
50 gramas de coco ralado fino

Modo de preparo

Dissolva a gelatina conforme as instruções da embalagem. Coloque em taças individuais e leve-as à geladeira até começar a endurecer. A consistência é semelhante à de clara de ovo.

Bata, no liquidificador, o pó para maria-mole com a água quente, por aproximadamente 5 minutos, até espumar. Adicione o leite condensado, o creme de leite e misture bem. Finalmente, acrescente as cerejas picadas, misture e despeje sobre a gelatina. Polvilhe o coco ralado e enfeite com uma cereja. Leve para gelar por 6 horas.

Retire da geladeira apenas na hora de servir.

Você pode substituir as cerejas por outras frutas e até por pêssegos em calda.

By Joemir Rosa.