Arquivo para Sexo

Relacionamentos são contratos

Posted in Reflexão with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 14/09/2015 by Joe

Relacionamentos são contratos 2

Não existe uma forma certa de se relacionar. Não existe um único jeito de ser feliz acompanhada. Cada pessoa é diferente. Cada casal é diferente. E, exatamente por isso, o que é bom para um pode ser horrível para o outro. Você está em um relacionamento, mas sabe bem o que foi que assinou?

Cada pessoa é moldada por diversas experiências. Da infância aos dias de hoje. São várias coisas que se acumulam, certezas que se engessam e dores que são jogadas para baixo do tapete. E a gente acha que todo mundo sabe quais são essas coisas que marcaram e o que é importante para a gente. Mas ninguém está dentro da nossa cabeça.

Quando você entra em um relacionamento está assinando o contrato que outra pessoa te ofereceu. Você sabe o que essa pessoa pensa sobre coisas importantes para você como liberdade, sexo, fidelidade, grana, família, futuro? Será que antes de “fechar negócio” não é melhor conversar e alinhar as expectativas?

Quando eu fico frustrada espero que meu companheiro me dê carinho. Quero abraços, que ele passe a mão no meu rosto, fique de mão dada e faça carinho com o dedo enquanto as mão estão juntas. Quero que ele me diga que está tudo bem, que eu sou incrível e que merda acontece com todo mundo. Mas como ele vai saber de tudo isso se eu não contar com todas as palavras e detalhes?

Nós sabemos o que esperamos das pessoas. Nós temos uma lista imensa de coisas que queremos que façam e outra daquilo que desejamos com toda a força que nunca aconteçam. E todas essas coisas mudam de pessoa para pessoa.

Tem gente que acha relacionamentos abertos um absurdo. Outras que gostam de sinceridade. E tem aquelas que acham que trair não é tão ruim assim. Há os inseguros, os ciumentos, os controladores. Há quem goste de carinho e quem não suporte o toque. Há quem queira ficar grudado e quem precise de espaço para respirar. Há todo tipo de gente no mundo.

Não vivemos em uma comédia romântica em que uma pessoa sabe direitinho o que a outra precisa – mesmo antes dela saber que precisa daquilo. Vivemos no mundo real, lugar em que todas as pessoas são cheias de traumas, medos e histórias. Por aqui a gente precisa conversar, trocar, deixar claro e não esperar que leiam nossas mentes. Não vivemos em um conto de fadas – ele, na verdade, não existe.

Assinar um contrato requer atenção, cuidado e entendimento de todas as cláusulas. Um relacionamento nada mais é do que um contrato entre duas pessoas que resolveram ficar juntas. É bom ler as letras miúdas no final da página.

By Carol Patrocínio para o Yahoo.

O mal da rotina

Posted in Inspiração with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 03/04/2015 by Joe

O mal da rotina

Seu Jorge já cantarolava, abençoado por uma melodia de Chico Buarque: “Todo dia ela faz tudo sempre igual/ me sacode às seis horas da manhã/ me sorri um sorriso pontual/ e me beija com a boca de hortelã”. Ambos os amantes não pareciam incomodados com a rotina que o casal compartilhava, e a composição não deixa transparecer qualquer desconforto com o cotidiano previsível. Mas e se ela o acordasse um pouco antes para cobrir-lhe de beijos com gosto de… maçã? Se não sorrisse ao acordá-lo, mas o pegasse desprevenido com cócegas que o fizesse perder o ar de tanto rir? E se ele faltasse ao trabalho, um dia que seja, para brindar a vida na companhia da amada?

Gostar de rotina não é algo ruim. Precisamos dela para nortear nossas vidas, dar linearidade ao nosso cotidiano, nos tirando do caos e auxiliando-nos a dar foco às metas. A rotina é a nossa cura da ressaca, nosso mais do mesmo que precisa existir, nossa obediência às regras, nossa submissão ao tempo, nossa dose de normalidade diária.

Sair da rotina, do óbvio, é um tanto doloroso para algumas pessoas. Arriscar-se numa atividade nova, atrasar-se mais que cinco minutos, um feriado no meio da semana (acredite: há quem não goste nem um pouco de feriado que tire da mesmice de uma semana de trabalho) nem sempre é fácil de encarar. Ainda mais pra quem trabalha com o método da agenda: acordar às seis, ler as notícias acompanhado de uma xícara de café – nem muito quente, nem frio, nem morno: acertar o ponto todas as vezes é crucial e rotineiro, por assim dizer – tomar um banho rápido, vestir-se e chegar no trabalho às oito. Nem sete e cinquenta e dois, nem sete e cinquenta e nove, muito menos oito e um. Oito. Trabalhar incessantemente, voltar pra casa (pelo mesmo caminho de sempre), assistir qualquer porcaria na televisão, dormir. Fim de semana é almoçar na mãe, ir ao cinema, voltar antes que escureça, dormir.

Pessoas assim não se permitem experimentar algo novo e ousado, por mais simples que seja. Por mais que a mídia tenha explorado e criticado positivamente aquela peça que está em cartaz todas as quartas, não é digno se dar ao luxo de fazer um programa cultural em plena quarta-feira. Amanhã é quinta, dia de labutar. Às oito em ponto.

Por mais que delivery de pizza seja prático, rápido e barato, não custa nada explorar os demais restaurantes da cidade, levar a garota ou o garoto para degustar sushi, comida chinesa, tailandesa, ou churrasco gaúcho, que seja. Algo que não venha engordurado dentro de uma caixa de papelão.

Há quem não goste de acampar na praia, mas que nunca sequer dormiu dentro de uma barraca e protege-se dos pés à cabeça do sol, da areia e da água salgada que resseca e quebra o cabelo. Tem gente que detesta balada, porque sempre frequentou a mesma casa noturna, que conta sempre com a presença dos mesmos DJ’s, sempre com as mesmas pessoas.

Há quem não goste de beber, mas que nunca bebeu, que não goste de redes sociais e que sempre conservou a velha conta de e-mail no BOL, que não goste de chuva, mas que nunca sentiu a deliciosa sensação da água refrescando o corpo num dia de calor infernal, que não gosta de música brasileira, mas que nunca se arriscou a ouvir os mestres da MPB – e que, inclusive, critica ferozmente o nosso funk, mas que dança de forma frenética ao som do pop e do hip hop americano que faz apologia às drogas e ao sexo, com letras tão “proibidonas” quanto as do ritmo carioca.

De que vale a vida, penso eu, se não arriscarmos, nos entregarmos ao novo? Ter o coração partido e se fechar para um novo amor; permanecer num emprego que te causa infelicidade, mas que garante estabilidade; dormir cedo sempre; nunca se atrasar; ir ao mesmo cinema; frequentar as mesmas praias; estranhar novas amizades… que perda de tempo!

Durante muito tempo fui um pouco assim, e confesso que ainda sou paranóica com horários e rotina, mas estou tentando mudar. Reconhecer que a minha bolha é limitada e que a zona de conforto não nos oferece nada mais que conforto é o primeiro passo.

Toda revolução sofre um pouco de resistência no ínicio – mesmo que a revolução seja mudar de cafeteria ou de marca de sabão em pó – mas pequenas ações podem resultar em mudanças positivas na nossa vida.

Se o café está bem quente, eu acho bom. Se está morno, me incomodo um pouco, mas engulo feliz. Se tem suco, agradeço: mais um dia sem cafeína. Viver metodicamente é não viver, ou viver pela metade.

Você por acaso sabe se existe vida após esta aqui? Melhor não desperdiçar. Hortelã pode ser bom, mas há uma infinidade de sabores por aí.

By Jennifer Severo.

A descoberta da felicidade

Posted in Reflexão with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 25/03/2015 by Joe

A descoberta da felicidade

Quando olho o estilo de vida das pessoas no mundo de hoje, percebo que o final do filme é triste. A maioria luta para realizar metas que as afastam cada vez mais da sua realização pessoal. Conhecemos muito sobre culinária, telecomunicações, engenharia, mas quase nada sobre vida. Lutamos muito para conseguir o abacaxi, gastamos muita energia para descascá-lo e, na hora de saboreá-lo, estamos tão exaustos que não o aproveitamos.

Muitas pessoas se matam para ter uma casa de campo que só visita para pagar o caseiro. Outros querem garantir o futuro dos seus filhos, mas nunca brincaram com eles. As pessoas estão cada vez mais pressionadas, a palavra cooperação é substituída pela palavra competição.

É impressionante o aumento do número de famílias desagregadas, do consumo de drogas e de pessoas destruindo seus corpos. Empresas onde 40% dos seus gerentes com mais de dez anos de casa são enfartados. As pessoas estão desperdiçando suas vidas correndo atrás de miragens.

Todo mundo sabe que a felicidade não pode ser sedimentada em bens materiais, mas a maioria se ilude construindo castelos de areia.

Por que isso acontece?

As pessoas aprenderam a valorizar quantidade ao invés de qualidade. Colecionam mulheres, viagens, festas, sem conseguirem escutar a voz do seu coração. Procuram a felicidade onde ela não se encontra, buscam a segurança no outro. Tentam achar o amor, a tranquilidade e a paz fora de si. Parece mais fácil, mas é impossível pois o único lugar onde alguém pode encontrar a felicidade é dentro de si próprio.

As pessoas procuram a sua felicidade nos olhos dos outros. Bens materiais, carros importados, casas, roupas, enfim, tudo o que pode levar à admiração da sociedade.

As pessoas hoje vivem comparando quem tem mais dinheiro, status, reconhecimento ou sucesso. A comparação tem, como consequência, o sentimento de inferioridade. Sempre tem alguém com mais dinheiro, prestígio ou poder, que consegue mais admiração. É inevitável acabar se sentindo por baixo… então, vem uma avalanche de sentimentos ruins.

Para não se sentirem inferiores, as pessoas se sacrificam cada vez mais por algo que, muitas vezes, lhes destrói a alma. Valorizam o que todo mundo valoriza, sem saber se essas coisas as realizam. Vivem correndo como cachorro atrás do rabo, sem nunca alcançar a sua meta e, nas vezes em que conseguem realizá-las, se machucam muito.

Mas, afinal, o que é a felicidade?

Quando era criança eu me sentia muito limitado, existiam tantas coisas que queria fazer e não podia. Quando me sentia frustrado, pensava que, no dia em que entrasse na escola, seria muito feliz. Tudo daria certo, passaria a ser mais respeitado e não teria mais problemas. Quando entrei no primário, percebi que os problemas continuavam e eu não tinha me tornado feliz.

Comecei a achar que, ao entrar no ginásio, seria totalmente feliz e constatei também que não era assim. Mais uma vez adiei, joguei para a frente a minha expectativa de felicidade total. Imaginei que, quando entrasse no colegial, então, finalmente seria feliz.

No colegial os problemas continuaram. Ah! Mas quando eu entrasse na faculdade de medicina a felicidade seria inevitável! Triste frustração! Os problemas continuavam e a angústia aumentou. Idealizei, então, que quando me tornasse médico, seria totalmente feliz. Teria poder, as pessoas me respeitariam e tudo daria sempre certo para mim.

Acabei percebendo que não era desse jeito que a vida funcionava. Não tinha um momento definitivo de felicidade. Imaginei que a felicidade não existia. Descobri que as pessoas diziam que não existe a felicidade, só os momentos de felicidade, e nós temos que aproveitá-los para poder curtir da vida o melhor possível.

Então pensei: é isso mesmo! Nos momentos em que vivia o amor com alguém, ou conseguia uma vitória no trabalho, eu me sentia bem. Felicidade devia ser algo por aí. Esses momentos me davam a sensação de ser uma pessoa feliz, mas depois de algum tempo percebia que faltava alguma coisa, não era possível que fosse só isso – tanta luta para tão pouco prazer.

Em 1986 minha vida funcionava muito bem. Tinha conquistado tudo o que havia imaginado que me tornaria feliz, mas vivia frustrado. Ficava me perguntando se a vida era só isso. Uma coletânea de filmes, de momentos…

Como sempre fui muito religioso, não podia acreditar que o Criador houvesse me mandado para essa viagem por tão pouco. Deveria haver algo mais e, assim, decidi ir para o Oriente, conversar com os mestres e saber o que eles pensavam a respeito da felicidade.

Fui para o Nepal, mais exatamente para Katmandu, a um mosteiro budista, para descobrir o segredo da felicidade. Chegar em Katmandu é uma epopéia. Um avião até Londres, outro de Londres para Nova Deli e mais um até Katmandu. Sabia, através de um amigo, da existência de um mestre naquele lugar. Encontrei um hotel e fui procurar o mosteiro. A pessoa da portaria que me atendeu disse que o mestre iria me receber na manhã seguinte às nove da manhã.

Naquela noite praticamente não dormi, fiquei excitado com a possibilidade de ver revelado o segredo da felicidade. Saí de madrugada do hotel, na esperança de o mestre estar disponível e poder conversar comigo mais cedo. Fiquei lá esperando até que, ao redor das nove horas, uma mulher falando inglês com sotaque de francesa entrou na sala.

Exultei imaginando que ela me levaria até o mestre. Ela me acompanhou até uma sala, estendeu uma almofada para eu me sentar e sentou-se à minha frente. A francesa era uma jovem morena, muito bonita e eu lhe disse:

– “Quero falar com o mestre!”

Ela me respondeu:

– “Eu sou o mestre.”

Naquele momento, certamente, não consegui esconder minha frustração e pensei:

– “Puxa vida, viajei tanto tempo para chegar aqui e conversar com um mestre de verdade e me mandam uma mestra francesa. Sacanagem! Todo mundo tem um mestre homem, velhinho, oriental, de barba. Não uma mulher jovem, bonita e, ainda por cima, francesa!”

Então, falei para ela:

– “Você não entendeu direito: quero falar com o mestre.”

Ela me respondeu:

– “Eu sou o mestre.”

Aí, pensei:

– “Vou fazer uma pergunta muito difícil para que ela não saiba a resposta e tenha que me levar até o mestre de verdade.”

Fiz uma pergunta, a mais difícil que pude pensar naquela hora:

– “O que é budismo?”

E ela me respondeu, tranquilamente:

– “A base do budismo é que todo ser humano sofre.”

Pensei comigo mesmo:

– “Não é possível! Eu saio da nossa cultura ocidental que diz que o sofrimento é a base da purificação e da sabedoria, e venho para cá para escutar que a base do budismo é o sofrimento!”

Não satisfeito, pensei:

– “Vou fazer uma pergunta mais difícil para que ela não saiba a resposta e me leve até o verdadeiro mestre”.

– “E por que os seres humanos sofrem?”

– “Porque são ignorantes.”

Bem… se somos ignorantes, deve haver alguma coisa que não sabemos e que, talvez, seja a resposta que estou procurando.

– “E qual é o conhecimento que nos falta?”

– “O conhecimento que nos falta é a compreensão de que as coisas na nossa vida são dinâmicas e fluidas. Quando o ser humano está feliz, ele bloqueia a felicidade, pois quer a eternidade para aquele momento. Então, ele fica rígido, com medo do fim do prazer. Quando está infeliz pensa que o sofrimento não vai terminar nunca, mergulha na sombra e assim amplia a sua dor.

A vida é tão dinâmica quanto as ondas do mar. É tão certa a subida quanto a descida. Cada momento tem sua beleza. No prazer nos expandimos e na dor evoluímos. Um movimento é complementar ao outro. Saber apreciar a alegria e a dor na sua vida é a base da felicidade. Você não pode ser feliz somente quando tem prazer, pois perderá o maior aprendizado da existência. Você deve descobrir um jeito de ser feliz na experiência dolorosa porque essa experiência carrega dentro dela a oportunidade de muito aprendizado. Não curta somente o sol, aproveite também a lua. Não curta somente a calmaria, aproveite a tempestade. Tudo isso enriquece a vida. Ela não pode ser vivida somente dentro de uma casa; a vida tem que ser experimentada dentro do universo.

A felicidade é um jeito de viver, é uma postura de vida, é uma maneira de estar agradecido a tudo, não somente ao sol, mas também à lua, não somente a quem lhe estende a mão, mas também a quem o abandona, pois certamente nesse abandono existe a possibilidade de descobrir a força que existe dentro de você.

A felicidade não é o que você tem, mas o que você faz com isso. Por isso, existem pessoas que têm muitos bens materiais, um grande amor, filhos lindos e, apesar disso, se sentem angustiadas e depressivas.”

Já apaixonado por aquela mulher à minha frente, somente consegui balbuciar antes de sair:

– “Obrigado mestra!”… (por pouco meu preconceito a respeito do sexo e do mestre me afasta dessa lição de vida).

A felicidade não é o que acontece em sua vida, mas como você elabora esse episódio. A diferença entre a sabedoria e o desespero, o sábio e o desesperado, é que o sábio sabe aproveitar as suas dificuldades para evoluir e o desesperado sente-se vítima dos seus problemas.

A felicidade é uma experiência que está diretamente ligada à sabedoria e, certamente, para criarmos um planeta mais feliz precisamos muito mais de sábios do que de gênios.

As pessoas procuram sucessos em bens materiais, mas, na verdade, o único sucesso que vale a pena é ser feliz!

By Roberto Shinyashiki.

Temos fome de amor

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Temos fome de amor

Uma vez, Renato Russo disse, com uma sabedoria ímpar: “Digam o que disserem, o mal do século é a solidão”. Pretensiosamente, digo que assino embaixo, sem dúvida alguma. Parem para notar, os sinais estão batendo em nossa cara todos os dias.

Baladas recheadas de garotas lindas, com roupas cada vez mais micros e transparentes, danças e poses em closes ginecológicos, chegam sozinhas. E saem sozinhas. Empresários, advogados, engenheiros que estudaram, trabalharam, alcançaram sucesso profissional e… sozinhos.

Tem mulher contratando homem para dançar com elas em bailes, os novíssimos “personal dancers”… incrível, né? E não é só sexo não, se fosse era resolvido fácil, alguém duvida?

Estamos é com carência de passear de mãos dadas, dar e receber carinho sem necessariamente ter que depois mostrar performances dignas de um atleta olímpico, fazer um jantar pra quem você gosta e depois saber que vão “apenas” dormir abraçados… sabe, essas coisas simples que perdemos nessa marcha de uma evolução cega!

Pode fazer tudo, desde que não interrompa a carreira, a produção. Tornamo-nos máquinas e agora estamos desesperados por não saber como voltar a “sentir”! Só isso, algo tão simples que a cada dia fica tão distante de nós.

Quem duvida do que estou dizendo é só dar uma olhada nas redes sociais o número de grupos como: “Quero um amor pra vida toda!”, “Eu sou pra casar!” e até a desesperançada “Nasci pra ser sozinho!”. Unindo milhares, ou melhor, milhões de solitários em meio a uma multidão de rostos cada vez mais estranhos, plásticos, quase etéreos e inacessíveis.

Vivemos cada vez mais tempo, retardamos o envelhecimento e estamos cada dia mais belos e… mais sozinhos. Sei que estou parecendo o solteirão infeliz, mas pelo contrário, pra chegar a escrever estas bobagens (mais que verdadeiras) é preciso encarar os fantasmas de frente e aceitar essa verdade de cara limpa. Todo mundo quer ter alguém ao seu lado, mas hoje em dia é feio, demodèe, brega.

Alô, gente! Felicidade, amor, todas essas emoções nos fazem parecer ridículos, abobalhados… mas e daí? Seja ridículo, não seja frustrado, “pague mico”, saia gritando e falando bobagens, pague pra ver, você vai descobrir, mais cedo ou mais tarde, que o tempo pra ser feliz é curto, e cada instante que vai embora não volta.

Mais (estou muito brega!): aquela pessoa que passou hoje por você na rua, talvez nunca mais volte a vê-la, quem sabe ali estivesse a oportunidade de um sorriso a dois.

Quem disse que ser adulto é ser ranzinza? Um ditado tibetano diz que, se um problema é grande demais não pense nele, e se ele é pequeno demais, pra quê pensar nele? Dá pra ser um homem de negócios e tomar iogurte com o dedo ou uma advogada de sucesso que adora rir de si mesma por ser estabanada; o que realmente não dá é continuarmos achando que viver é out, que o vento não pode desmanchar o nosso cabelo ou que eu não posso me aventurar a dizer pra alguém: “vamos ter bons e maus momentos e uma hora ou outra, um dos dois (ou quem sabe até os dois), vai querer pular fora. Mas se eu não pedir para que fique comigo porque pessoas vão se machucar, tenho certeza que vou me arrepender pelo resto da vida”. Afinal, pessoas sempre vão se machucar… até mesmo quem não se arrisca!

Antes idiota que infeliz!

Desconheço a autoria.

Mude

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Mude

“Mas comece aos poucos, porque a direção é mais importante que a velocidade.

Sente-se em outra cadeira, do outro lado da mesa. Mais para frente troque a mesa.

Quando sair procure andar pelo outro lado da rua. Depois mude o caminho, ande tranquilamente por outras ruas e observe com atenção os lugares por onde passa.

Pegue outros ônibus. Mude por um tempo o estilo das roupas; dê os sapatos velhos e procure andar descalço durante alguns dias, mesmo que seja só dentro de casa.

Dedique uma tarde inteira a passear livremente, escutar o canto dos pássaros e o barulho dos carros. Abra e feche as gavetas e as portas com a mão esquerda.

Durma no outro lado da cama. Depois, tente dormir em outras camas.

Assista outros programas de televisão, leia outros livros, viva outros romances, nem que seja só na imaginação. Durma mais tarde. Deite-se mais cedo.

Aprenda uma palavra nova cada dia.

Coma um pouco menos, coma mais um pouco, coma coisas diferentes: escolha novos molhos, novas cores, coisas que nunca se atreveu a experimentar. Almoce em outros lugares, vá a outros restaurantes, tome outro tipo de bebida, compre o pão em outra padaria. Almoce mais cedo, ceie mais tarde, ou vice-versa.

Experimente o novo a cada dia: o novo lado, o novo método, o novo sabor, a nova maneira de fazer algo, o novo prazer, a nova posição.

Escolha outro mercado, outra marca de sabonete, outra pasta de dentes. Tome o banho em outros horários.

Use canetas de outras cores. Vá passear por outros lugares.

Ame cada vez mais, de maneiras diferentes. Mesmo quando pense que a outra pessoa pode assustar-se, sugira o que sempre sonhou fazer na hora do sexo.

Mude de bolsa, de carteira, de malas. Compre novos óculos. Escreva outros poemas.

Abra uma conta em outro banco. Frequente outros cinemas, outros cabeleireiros, outros teatros, visite novos museus.

Mude!

E pense seriamente em arrumar outro emprego, uma nova ocupação, um trabalho mais parecido com o que esperava da vida, mais digno, mais humano.

Se não encontrar razões para ser livre, invente-as: seja criativo.

Aproveite para fazer uma viagem, modesta, mas longa e, se possível, sem destino.

Experimente coisas novas. Mude novamente. Mude de novo. Tente outra vez.

Com certeza você conhecerá coisas melhores e coisas piores das que já conhece, mas não é isso o que importa.

O mais importante é a mudança, o movimento, o dinamismo, a energia.

By Edson Marques.

A idiotice é vital para a felicidade

Posted in Comportamento with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 17/12/2014 by Joe

A idiotice é vital para a felicidade

A idiotice é vital para a felicidade! Gente chata essa que quer ser séria, profunda e visceral sempre. Putz!

A vida já é um caos, então, por que fazermos dela, ainda por cima, um tratado? Deixe a seriedade para as horas em que ela é inevitável: mortes, separações, dores e afins.

No dia-a-dia, pelo amor de Deus, seja idiota! Ria dos próprios defeitos. E de quem acha defeitos em você. Ignore o que o boçal do seu chefe disse. Pense assim: quem tem que carregar aquela cara feia, todos os dias, inseparavelmente, é ele. Pobre dele.

Milhares de casamentos acabaram-se não pela falta de amor, dinheiro, sexo, sincronia, mas pela ausência de idiotice. Trate seu amor como seu melhor amigo, e pronto. Quem disse que é bom dividirmos a vida com alguém que tem conselho pra tudo, soluções sensatas, mas não consegue rir quando tropeça. Alguém que sabe resolver uma crise familiar, mas não tem a menor ideia de como preencher as horas livres de um fim de semana?

Quanto tempo faz que você não vai ao cinema? É bem comum gente que fica perdida quando se acabam os problemas. E daí, o que elas farão se já não têm por que se desesperar? Desaprenderam a brincar. Eu não quero alguém assim comigo. Você quer? Espero que não.

Tudo que é mais difícil é mais gostoso, mas… a realidade já é dura; piora se for densa. Dura, densa, e bem ruim. Brincar é legal. Entendeu?

Esqueça o que te falaram sobre ser adulto, tudo aquilo de não brincar com comida, não falar besteira, não ser imaturo, não chorar, não andar descalço, não tomar chuva. Pule corda!

Adultos podem (e devem) contar piadas, passear no parque, rir alto e lamber a tampa do iogurte. Ser adulto não é perder os prazeres da vida – e esse é o único “não” realmente aceitável. Teste a teoria. Uma semaninha, para começar.

Veja e sinta as coisas como se elas fossem o que realmente são: passageiras. Acorde de manhã e decida entre duas coisas: ficar de mau humor e transmitir isso adiante… ou sorrir!

Bom mesmo é ter problema na cabeça, sorriso na boca e paz no coração! Aliás, entregue os problemas nas mãos de Deus… e que tal um cafezinho gostoso agora?

“A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios. Por isso cante, chore, dance e viva intensamente antes que a cortina se feche”.

Seja um idiota!

Desconheço a autoria, apesar de ser amplamente atribuído a Arnaldo Jabor.

Não precisa ser para sempre, mas precisa ser até o fim!

Posted in Relacionamentos with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 05/12/2014 by Joe

Não precisa ser para sempre

“Para sempre”, em minha opinião, é nada mais, nada menos que um dia depois do outro. Ou seja, é construção. Em princípio, não existe. Mas basta que façamos a mesma escolha sucessivamente e teremos construído o “para sempre”.

O que quero dizer é que o “sempre” não é magia, nem tampouco um tempo que pré-exista. Ele é consequência. Nada mais que consequência de uma sucessão de dias, vividos minuto por minuto.

Quanto ao amor, tem gente que acredita que só é de verdade se durar “até que a morte os separe”. Outras, como o grande Vinícius de Moraes poetizou, apostam no “que seja eterno enquanto dure”.

Eu, neste caso, admiro a coragem de quem vai até o fim, de quem se entrega inteiramente ao que sente, de quem se permite viver aquilo que seu coração pede até que todas as chamas se apaguem. Mais do que isso: até que as brasas esfriem e – depois de todas as tentativas – nada mais possa ser resgatado do fogo que um dia ardeu.

Claro que não estou defendendo a constância indefinida de atitudes desequilibradas, exageros desnecessários ou situações destrutivas. Mas concordo plenamente com o que está escrito no comovente “Quase”, de Sarah Westphal (muitas vezes atribuído a Luiz Fernando Veríssimo):

… “Pros erros há perdão; pros fracassos, chance; pros amores impossíveis, tempo. De nada adianta cercar um coração vazio ou economizar alma. Um romance, cujo fim é instantâneo ou indolor, não é romance. Não deixe que a saudade sufoque, que a rotina acomode, que o medo impeça de tentar” …

Porque de corações partidos por causa de um amor vivido pela metade, as ruas estão cheias. Assim como de almas que perambulam feito pontos-de-interrogação, a se questionar o que mais poderiam ter feito para que o outro também estivesse presente, para que não fugisse tão furtivamente, tão covardemente, tão sordidamente.

É por isso que insisto: muito mais do que nos preocuparmos com o ‘para sempre’, precisamos começar a investir no “até o fim”, para que o “agora” tenha mais significado, para que as intenções, as palavras, as atitudes e todos os recomeços façam parte de uma história mais sólida, menos prostituída, que realmente valha a pena.

Então, questione-se: o coração ainda acelera quando o outro se aproxima? O peito ainda dói de saudade? O desejo ainda grita, perturbando o silêncio da noite? Não chegou ao fim! Não acabou.

Sei que, em alguns casos, motivos de força maior impedem um amor de ser vivido (e daí a separação pode ser sinal de maturidade), mas na maioria das vezes o que afasta dois corações é muito mais intolerância, ilusões ou autodefesas tolas do que algo que realmente justifique o lamentável desfecho.

O outro não quer? Desistiu? Acovardou-se? Ok! Por mais incoerente que pareça, é um direito dele. Esteja certo de que você fez o que estava ao seu alcance e depois… bem, depois recolha-se e pondere: “pros amores impossíveis, tempo”.

Tempo em que você terminará descobrindo que a vida tem seu jeito misterioso de fazer o amor acontecer, mas que – no final das contas – feliz mesmo é quem, apesar de tudo, tem coragem de ir até o fim!

By Rosana Braga.

Comida no prato

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Comida no prato

Daniel Filho é um diretor incansável, sempre disposto a novos desafios, mesmo já tendo conquistado seu lugar de honra entre os maiores nomes do cinema e da tevê brasileira. Quando ele tinha 72 anos e filmava o longa-metragem sobre Chico Xavier, alguém perguntou por que ele não parava de trabalhar. Ele respondeu: Minha mãe me ensinou a nunca deixar comida no prato. E tem comida no prato.

Filosofia do dia a dia. Está explicada a dificuldade que muitos sentem ao se aposentar. Ainda tem comida no prato. É uma sensação comum também a todos os que são sutilmente convidados a saírem de cena, tendo suas solicitações de emprego negadas ou deixando de serem chamados para participar de reuniões familiares e sociais. Como assim, se ainda tem comida no prato?

Mais do que comida no prato, ainda existe fome.

O ser humano aceita a ideia da morte (real ou figurada) apenas quando não se reconhece mais como um faminto, quando o corpo cansa, a mente falha e a alma pede pra sair. Quando não há mais vontades, desejos, planos. Quando não vê mais necessidade de alimentar-se do que a vida oferece – música, cinema, amigos, natureza, sexo. Quando não há mais um sonho para renovar a energia, um projeto passível de realização, nenhuma esperança de que amanhã tudo possa mudar. Quando a sensação for de completo enfado. Quando não houver mais comida no prato.

Será que esse dia chega, mesmo?

Às vezes me consola pensar que sim, que chegará o dia em que estarei esgotada de tantas emoções vividas, de tanta agitação em volta, e a ideia de descansar em paz não será tão aterrorizante. Trabalho feito, missão cumprida, uma vida aproveitada até a rapa – o que mais se pode querer? A comida some do prato e levantamos da mesa sem a sensação de estarmos nos antecipando. É um plano de retirada maduro e consciente.

Porém, converso com pessoas que estão na chamada terceira idade e elas me dizem: não mesmo! Não é assim. “Quero mais”, dizem todas elas, mesmo com artrite, catarata, andando de bengala. “Quero mais.” Alcançam o seu prato para o chefe da cozinha e exigem uma porção adicional, e mais uma, e outra, e de novo. Quem ousará acusá-las de fominhas?

Para quem encara o fato de ter nascido como um privilégio, para quem não permite que suas potencialidades, mesmo reduzidas, sejam vencidas pelo desânimo, para quem domina a arte de temperar o convívio com as pessoas que ama nunca chegará o dia de declarar-se satisfeito. Aos 79, aos 84, aos 91, aos 98: enquanto a vida parecer suculenta, ninguém há de cruzar os talheres.

By Martha Medeiros.

Dancem, macacos, dancem!

Posted in Comportamento with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 16/09/2014 by Joe

Dancem macacaos dancem

Existem bilhões de galáxias no Universo observável. Em cada uma delas existem centenas de bilhões de estrelas. Em uma dessas galáxias, orbitando em uma dessas estrelas se encontra um pequeno planeta azul. E este planeta é governado por um bando de macacos.

Mas esse macacos não pensam em si mesmos como macacos. Sequer pensam em si mesmos como animais. De fato eles adoram listar todas coisas que eles pensam separá-los dos animais: polegares opostos, autoconsciência, e usam palavras como Homo-erectus e Australopitecos.

Eles são animais, certo? São macacos! Macacos com tecnologia de fibra ótica digital de alta velocidade. Mas, ainda sim, macacos…

Quero dizer, eles são espertos, você tem que admitir isso. As Pirâmides, os arranha-céus, os jatos, a Grande Muralha da China, tudo isso é muito impressionante para um bando de macacos. Macacos cujo cérebro evoluiu a um tamanho tão ingovernável que agora é bastante impossível para eles ficarem felizes por muito tempo. Na verdade, eles são os únicos animais que pensam que deveriam ser felizes. Todos os outros animais podem simplesmente ser.

Mas não é tão simples assim para os macacos. Pois esses macacos são amaldiçoados com a consciência. E, assim, os macacos têm medo, os macacos se preocupam… Os macacos se preocupam com tudo, mas acima de tudo, com o que todos os outros macacos pensam, porque os macacos querem desesperadamente se encaixar com os outros macacos. O que é bem difícil porque a maioria dos macacos se odeia. Isto é o que realmente os separa dos outros animais: esses macacos odeiam! Odeiam macacos que são diferentes, odeiam macacos de lugares diferentes, macacos de cores diferentes…

Sabe, os macacos se sentem sozinhos, todos os 7 bilhões deles!

Alguns dos macacos pagam outros macacos para ouvir seus problemas. Afinal, os macacos querem respostas…

Os macacos sabem que vão morrer; então, fazem deuses e os adoram. Então, os macacos começam a discutir quem fez o melhor deus. E os macacos ficam irritados! E, então, é quando eles geralmente decidem que é uma boa hora de começar a matar uns aos outros. Então, os macacos fazem guerras, fazem bombas de hidrogênio. Os macacos têm o planeta inteiro preparado para explodir. Os macacos não sabem o que fazer…

Alguns macacos tocam pra uma multidão vendida de outros macacos. Eles fazem troféus e, então, os dão para si mesmos, como se isto significasse alguma coisa!

Alguns dos macacos acham que sabem tudo. Alguns dos macacos lêm Nietzsche. Os macacos discutem Nietzsche… Sem dar qualquer consideração ao fato de que Nietzsche… era apenas outro macaco!

Os macacos fazem planos, os macacos se apaixonam, os macacos fazem sexo. E, então, fazem mais macacos!

Os macacos fazem música. E, então, eles dançam…

– “Dancem, macacos, dancem!”

Os macacos fazem muito barulho. Os macacos têm tanto potencial… se eles pelo menos se dedicassem…

Os macacos raspam o pelo de seus corpos numa ostensiva negação de sua natureza de macaco. Eles constroem gigantes colmeias de macacos que eles chamam de “cidades”. Os macacos desenham um monte de linhas imaginárias sobre a Terra.

Os macacos estão ficando sem petróleo, o combustível da sua precária civilização. Os macacos estão poluindo e saqueando seu planeta como se não houvesse amanhã…

Os macacos gostam de fingir que está tudo bem. Alguns dos macacos realmente acreditam que o Universo inteiro foi feito para o seu próprio benefício…

Como você pode ver, eles são uns macacos atrapalhados. Eles são, ao mesmo tempo, as criaturas mais belas e mais feias da natureza!

Mas os macacos não querem ser macacos. Eles querem ser outra coisa… mas são!

By Ernest Cline, apenas outro macaco.

Hormônio da felicidade

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Hormônio da felicidade

Sabe quando o dia não poderia estar mais estressante e tudo que você espera é chegar logo em casa e comer uma barra inteira de chocolate enquanto assiste à novela? Você não é a única. O chocolate é um dos alimentos que ajuda a liberar endorfina, neuro-hormônio associado à sensação de prazer e bem-estar. O problema é que chocolate engorda e não podemos recorrer a ele sempre que precisarmos de uma dose extra de bom humor.

Quando estamos bem, e relaxados, com mais disposição e menos ansiosos, pode colocar toda a culpa na endorfina. Ela é produzida pela hipófise, assim como a adrenalina e o cortisol, e tem como principais funções dar a sensação de prazer, de euforia e de analgesia. A grande vantagem é que nós mesmos podemos produzir essas sensações boas com atividades bastante simples.

Agora a má notícia para os preguiçosos de plantão: a produção de endorfina está diretamente ligada à prática de atividades físicas. Basicamente, esse hormônio é produzido com atividade aeróbica, caminhada rápida ou corrida de 30 minutos. Se a pessoa faz meia hora de exercícios diários, a endorfina se mantém circulando por cerca de duas horas. Se participa de uma maratona, a endorfina se mantém elevada por 72 horas, o que são três dias de bem-estar.

Estudos mostram que esse hormônio melhora a memória e o sistema imunológico (você fica mais resistente à doenças e infecções), remove os radicais livres (tem efeito antienvelhecimento), melhora a concentração, o humor, a resistência, a disposição física e mental, além de ter efeito analgésico e aliviar dores.

Por garantir todas as sensações ligadas ao prazer e ao bem-estar, a endorfina ainda é utilizada por médicos para tratar doenças, como a depressão. Esse hormônio auxilia muito, não só contra a depressão, mas para tratar a ansiedade também. Além da medicação, é fortemente recomendável a prática de atividades aeróbicas. Como a pessoa que sofre de depressão não tem o ânimo para sair de casa, é preciso insistir para que comece uma atividade. Vai com preguiça, vai com raiva, mas tem que ir. Assim que a endorfina começa a ser liberada, com apenas meia hora de exercícios, ela sente os efeitos e já relaxa.

Além da prática de atividades físicas, existem algumas outras maneiras de estimular a hipófise a trabalhar na liberação da endorfina. Veja abaixo uma lista com sete outras maneiras de estimular seu próprio corpo a produzir alegria e felicidade:

1. Deliciar-se com chocolate
Muitas pessoas, especialmente as mulheres, associam muito o chocolate à sensação de bem-estar. Isso acontece porque ele estimula a liberação de endorfina pela hipófise. No entanto, não é tão eficiente quanto a atividade física, além de engordar.

2. Apimentar
A pimenta tem um componente chamado capsaicina, que é utilizado até em pomadas, e que tem o poder de aliviar a dor. Isso acontece porque ele estimula a liberação da endorfina. Usar pimenta na alimentação melhora o humor, a imunidade e acelera o metabolismo. É um alimento muito bom.

3. Abusar das agulhas
A acupuntura ajuda a aumentar a produção de endorfina. As agulhas são colocadas nos terminais nervosos, gerando um impulso que faz com que a hipófise libere endorfina. Depois da prática de atividades aeróbicas, diria que a acupuntura vem em segundo lugar na eficiência.

4. Sexo
O orgasmo é maravilhoso! Além de estar associado à prática de alguma atividade aeróbica, o excitamento que o precede também estimula a liberação do hormônio. Aliás, esse excitamento é o mesmo de quando se está torcendo em um jogo de futebol e seu time faz um gol.

5. Ouvir música
Se for uma música que você goste, ela também ajuda na liberação da endorfina. Mas só se for uma canção que se goste muito ou que relembre momentos agradáveis.

6. Rir é sempre o melhor remédio.
Não é dar uma risadinha, é rir com gosto, gargalhar mesmo. Mas as pessoas parecem envergonhadas de dar uma boa gargalhada. Disfarçam, colocam a mão na boca, ficam vermelhas, eu não entendo isso. Uma vez ouvi alguém dizer: “ria muito, mas gargalhe sem vergonha”. É exatamente isso que precisamos. Uma boa comédia no teatro ajuda as pessoas gargalhar junto com todos!

7. Ver um filme de terror
É estranho, mas eu só consigo explicar isso da seguinte maneira: a hipófise, glândula que produz a endorfina, também produz a adrenalina, hormônio que geralmente é liberado quando nos preparamos para fazer um grande esforço físico ou estamos com medo. Provavelmente, quando liberamos adrenalina, liberamos um pouco de endorfina também.

By Joemir Rosa com base em textos científicos.

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