Archive for the Música Category

The Swingle Singers

Posted in Música with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 27/04/2014 by Joe

The Swingle Singers

O grupo Swingle Singers foi formado, originalmente, em 1962, em Paris. Possui, como identidade, o fato de se apresentar à capela, isto é, sem o uso de instrumentos musicais!

Seu fundador, Ward Swingle, chamou Anne Germain, Jeanette Baucomont e Jean Cussac, além de Christiane Legrand, irmã do compositor Michel Legrand, como soprano líder no grupo original francês. No grupo, havia dois sopranos, dois contraltos, dois tenores e dois baixos.

Em 1973, o grupo original francês se dissolveu e Ward Swingle se mudou para Londres. Lá, ele formou um outro grupo com novos membros ao qual deu o nome de Swingle II. Mais tarde, se apresentaram e gravaram com os nomes de The Swingles, New Swingles até voltarem ao nome original: The Swingle Singers. Desta vez, o grupo nunca se desfez, embora o tempo obrigasse que membros entrassem e saíssem.

Nesta temporada 2013-2014, estão comemorando seu 50º aniversário, com um extenso repertório que abrange pop, rock, jazz, clássicos, todos tendo apenas suas vozes como instrumentos! Durante cinco décadas, o grupo demonstra agilidade vocal e inova em suas apresentações, mesmo com seus membros atuais, mais jovens e tão talentosos quanto o grupo original da década de 1960.

As performances do Swingle Singers levou-os aos mais tradicionais teatros ao redor do mundo, e também à participarem das trilhas sonoras de “Sex and the City” e “Glee”. Os Swingle Singers já ganharam cinco prêmios Grammy e já lançaram mais de 50 trabalhos, dos quais “Ferris Wheels”, um dos mais recentes, inclui arranjos originais de canções de Björk, Joni Mitchell, Annie Lennox , Sting, e os Beach Boys.

No video abaixo, uma linda e talentosa apresentação à capela do não menos maravilhoso “Bolero”, de Ravel!

By Joemir Rosa.

Johann Pachelbel – Canon em Ré Maior

Posted in Música with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 16/03/2014 by Joe

Johann Pachelbel

Johann Pachelbel foi um compositor alemão, nascido em Nuremberg em 1653. Desde cedo mostrou talento e, incentivado pelo seu pai, foi estudar música com dois grandes músicos da época. Aos 15 anos foi para a Universidade de Altdorf, onde se tornou um dos principais organistas, porém por pouco tempo, por falta de dinheiro para continuar seus estudos.

Em 1670, matriculou-se no Gymnasium Poeticum, em Ratzbonn, para prosseguir seus estudos com Kaspar Prentz, mestre que o apresentou à música italiana.

No decorrer de sua vida, alcançou um sucesso extraordinário como organista, compositor e professor. Casou-se duas vezes, sendo que a primeira esposa e o filho morreram contaminados pela grande peste.

Sua peça mais famosa é “Canon em Ré Maior”, peça barroca de música que tem sido interpretada por diversos músicos e orquestras, tornando-se até música-tema para filmes. Esta obra, mais do que seu compositor, alcançou fama mundial até os dias de hoje e atualmente é muito executada em casamentos por sua doçura e suavidade.

O que significa a palavra “Canon”, então? Bem, certamente não é um “canhão” (a grande arma), como é muitas vezes sugerido. Uma canon (ou kanon, em alemão ) é uma peça de música que caracteriza-se por imitação e repetição. Primeiro um instrumento ou vocal apresenta uma parte da melodia. Então, depois de uma série de tons, um segundo instrumento começa vocais para repetir, ou imitar, a primeira melodia, tocando exatamente o mesmo tom, mas com um atraso de tempo. Pode-se, então, adicionar mais instrumentos ou vozes, dependendo da composição, resultando numa sequência de acordes harmonicamente sobrepostos .

Nos videos abaixo, temos dois exemplos da popularidade dessa obra. No primeiro deles, temos “Canon em Ré” com os instrumentos originais.

Neste segundo vídeo temos um arranjo para guitarra, com backings programados em computador, nas mãos de um garoto muito hábil com o instrumento.

Enjoy!

By Joemir Rosa.

Han-Na Chang

Posted in Música with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 05/01/2014 by Joe

Han-Na Chang

Han-Na Chang está despontando como uma das mais brilhantes maestrinas da sua geração, já tendo estabelecido uma carreira internacional de sucesso também como celista desde que obteve o primeiro lugar e o prêmio de música contemporânea na Quinta Competição Rostropovich Internacional de Cello em Paris em 1994, com apenas 11 anos de idade.

Nascida na Coreia do Sul em 23 de Dezembro de 1982, Han-Na começou a estudar piano aos três anos de idade e celo a partir dos seis anos. Em 1993 sua família mudou-se para os Estados Unidos, onde ela se matriculou na Juilliard School. Logo em seguida, ela começou a ter aulas com o grande professor Mischa Maisky, em Siena, Itália.

Em 1995, ela fez sua estreia tocando Variations on a Rococo Theme de Tchaikovsky e Concerto nº 1 de Camille Saint-Saëns para Celo com o próprio Rostropovich regendo a Orquestra Sinfônica de Londres!

Com sua habilidade e profundo senso de interpretação, Han-Na nos mostra um talento maravilhoso tanto como celista como regente, colocando-a em destaque e uma das mais respeitadas artistas multi-facetadas.

Desde 2007, dedica a maior parte do seu tempo à regência, onde se tornou diretora musical da Orquesta Filarmônica do Catar e principal regente convidada da Orquestra Sinfônica Trondheim, ambas funções logo após o início de suas performances frente as orquestras!

Entre as mais recentes e futuras performances, estão incluídas a Staatskapelle Dresden; Orquestra Sinfônica WDR de Colônia, Alemanha; Orquestra Sinfônica de Bamberger; Sinfônica de Gothenburg; Sinfônica de Seattle, EUA; a Orquestra Real Filarmônica de Liverpool; a Grosses Orchester Graz; a Orquestra do Teatro de San Carlo di Napoli, e as Orquestras Sinfônicas de Singapura, Tokyo e de Tivoli.

Em seu próprio país, a Coreia do Sul, Han-Na ministra música clássica tanto para adultos como para crianças.

O video abaixo nos mostra um pouco do seu talento ímpar!

By Joemir Rosa.

Carmen Monarcha

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Carmen Monarcha

Ela é simples no dia a dia, mas, ao mesmo tempo, é sofisticada com a máxima suavidade. Afinal, ela tem o DNA de diva e, porque não assumir, ela é uma delas. Também pudera: filha de Marina Monarcha, uma lenda viva do canto lírico brasileiro e uma das vozes mais respeitadas de sua época. Carmen Monarcha não poderia ser diferente e – obrigado Deus! – ela resolveu ser cantora.

Se você não a conhece pessoalmente, saiba que é ela doce como açúcar, firme como uma rocha e determinada como uma heroína de Puccini. Paraense, cresceu acompanhando a mãe nos teatros mais importantes do Brasil, até se dar conta que era apaixonada por tudo aquilo. Ainda criança quis entender a ciência dos instrumentos e estudou violino, piano, cello e até flertou com o ballet clássico. Mas foi nas aulas de canto com Marina Monarcha que enxergou o motivo pelo qual está nesse mundo e entendeu, com todas as linhas melódicas, o que realmente queria fazer.

Cresceu, teve uma passagem meteórica por São Paulo ao cursar canto na Faculdade de Artes Alcântara Machado, mas logo foi descoberta pela Profa. Mya Besselink e alçou voo para a Holanda, onde está radicada há doze anos. Em terra estrangeira, formou-se em 2002 em “Solo Singing Performance”, no Conservatorium van Hogeschool Maastricht, por meio de bolsa concedida pela Fundação Vitae. Aperfeiçoou sua voz de puro lírico soprano e tem uma carreira consolidada internacionalmente (e você vai saber por quê ao ouví-la), além de ganhar cada vez mais espaço no cenário nacional. Como já estava naquele “miolo cultural europeu”, fez master-classes com Barbara Schlik, Elly Emmeling e com o maestro Ludo Clasen, com quem se apresentou em concerto transmitido pela Radio Nederland.

Na Alemanha, estudou com a Profa. Monika Hausvater. Ganhou prêmios importantes como o “Concurso Nacional de Canto Irmãos Nobre” (1999), “Concurso Jovens Solistas da Orquestra da Petrobras” (2000) e “Concurso Internacional de Canto Bidu Sayão” (2001). Em 1999, ganhou o papel de “Contessa di Boissy”, na produção da ópera “Lo Schiavo”, de Carlos Gomes. A partir daí, virou habituée das temporadas líricas e dos festivais de ópera brasileiros. Teatro Municipal de São Paulo; Theatro da Paz (Belém do Pará); Belas Artes (Belo Horizonte), Amazonas (Manaus) e Sala São Paulo foram alguns dos palcos nos quais interpretou personagens marcantes.

Para ficar nas mais famosas, fez “Nanetta”, em Falstaff, de Verdi, sob direção de José Possi Neto; “Melisande”, em Pelleas et Melisande de Debussy; “Juliette”, em Romeo et Juliette de Gounod, no Teatro Bellas Artes de Bogotá/Colômbia e no Festival Amazonas de Ópera em Manaus, assim como “L’iberdade”, em Ça Ira, de Roger Waters e “Rosalinde”, em O Morcego, de Johann Strauss.

Há 10 anos, paralelamente à carreira de concertista, é solista convidada de “André Rieu & Johann Strauss Orchestra”, fazendo turnês por toda a Europa, América do Norte e América Latina, México, Japão, Coréia, Austrália, Nova Zelândia e África do Sul. Em 2013 foi “Adina”, em O Elixir do Amor de Donizetti, no Festival de Ópera do Theatro da Paz e fez parte das homenagens ao centenário de Vinicius de Moraes, apresentando-se na Sala São Paulo, em um concerto com cinco canções inéditas com textos do poeta, compostas especialmente para sua interpretação, pelo renomado compositor João Guilherme Ripper.

Acha que acaba por aí? Atualmente, está à frente de sua empresa, a Monarcha Produções, produzindo o show Essas Mulheres, com direção musical de Miguel Briamonte. No repertório, torna mais acessível ao público seu repertório lírico, assim como visita e homenageia grandes clássicos da cultura nacional e internacional exaltando referências como Judy Garland, Chaplin, Barbra Streisand, Elis Regina, Elizete Cardoso, Villa-Lobos, Puccini e Gershwin. Seguindo os passos de sua mãe, começa a viajar o Brasil com Workshops, onde pode dividir com outros cantores a experiência adquirida em anos de palco.

Assista aos videos abaixo e veja tudo isso traduzido numa das mais lindas vozes deste planeta!

By Simões Neto, jornalista.

Música

Posted in Música with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 01/12/2013 by Joe

Musica

Nesta vida existem muitas coisas especiais. Uma delas é a música. A música deveria fazer parte de todos os momentos do nosso dia-a-dia. Ela tem o dom de encantar nossos sonhos, de abrir portas para a imaginação e de fazer com que a nossa vida fique bem mais doce e harmoniosa.

Tudo isto ocorre pois a música é uma obra celestial, porém interpretada pelos seres humanos. O Universo envia e nós aqui na Terra interpretamos.

Se todos nós compreendêssemos a grande virtude que a música opera em nossas mentes, daríamos mais espaço para a compreensão entre os povos e, com isto, teríamos um mundo bem melhor.

Assim, enriqueça o mundo com muitas músicas ao vento, falando da vida, da felicidade, do amor e da paixão de viver. Lembre-se que a vida é uma grande festa. E uma grande festa só começa com uma boa música.

Desconheço a autoria.

Mischa Maisky em “Bach Cello Suite No.1 in G”

Posted in Música with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 16/06/2013 by Joe

Mischa Maisky

É provável que Bach escreveu suas “Cello Suites” entre 1717-1723, quando ele estava servindo como mestre de capela em Köthen, junto com seus outros triunfos seculares famosos, incluindo os “Concertos de Brandemburgo” e “O Cravo Bem Temperado”. Eles são, sem dúvida, algumas das peças mais emocionalmente intensas no repertório barroco, aproveitando ao máximo a profundidade emocional de um violoncelo solo e utilizando uma ampla gama de técnicas de jogo complexas.

Há seis suites no total, cada um com seis movimentos, cada qual agindo como uma conversa musical – passagens elevadas encontram eco reflexivo em baixo playing, e os acordes densos acompanham delicados floreios ornamentais. O movimento mais famoso, o “Prelude” da Suite No. 1 em G, é um ótimo exemplo da genialidade de Bach, onde não há nenhum acompanhamento, mas a harmonia se desenrola nota por nota como uma viagem musical, com os acordes implícitos sobre o decurso do tempo, em vez de visitados.

Não existem manuscritos sobreviventes de própria mão de Bach, e para os músicos só restou uma cópia escrita por sua segunda esposa, Anna Magdalena. Seu papel como uma escriba levou inclusive alguns historiadores musicais para pintá-la como uma espécie de Bacon de “Shakespeare de Bach”, com a sugestão de que ela mesma escreveu muitas das suites. É, talvez, o mais surpreendente que estas incríveis obras não foram amplamente conhecidas antes de 1900, e foram simplesmente descartados como estudos.

O video de hoje nos traz a apresentação das seis suites, com seus seis movimentos, na interpretação de Mischa Maisky, violoncelista clássico, nascido na Letônia onde estudou no Conservatório de Riga, seguindo depois seus estudos em Leningrado. Aos 17 anos venceu o concurso nacional de violoncelo, e um ano mais tarde foi premiado no Concurso Internacional Tchaikovsky, e começou então a estudar com Rostropovich no Conservatório de Moscou, e a dar uma série de concertos por toda a União Soviética.

Depois de ter estado preso num campo de trabalhos forçados por 18 meses, parte para Israel, onde residiu durante algum tempo, e adquiriu uma nova nacionalidade. Na sua carreira contam-se inúmeros espectáculos nas melhores salas do Mundo como Londres, Paris, Viena, Berlim, Nova Iorque e Tóquio, entre outros.

Em 1985 Mischa tornou-se artista exclusivo da Deutsche Grammophon, e recebeu três prêmios da Academia de Tóquio pelas suas muitas gravações, que incluem por exemplo: as duas Suites para Violoncelo Solo de J.S.Bach, sonatas de Bach e Beethoven, entre outras. Do seu repertório contam-se ainda obras de Schubert, Tchaikovsky e Dmitri Shostakovitch, Brahms, entre outros. Mischa vive agora na Bélgica.

By Joemir Rosa.

O Lago dos Cisnes

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Lago dos Cisnes, Ballet Kirov

O Lago dos Cisnes é um balé dramático em quatro atos do compositor russo Tchaikovsky cuja estreia ocorreu no Teatro Bolshoi em Moscou, no dia 20 de fevereiro de 1877.

Essa primeira apresentação acabou sendo um tremendo fracasso, não por causa da música, mas sim pela má interpretação da orquestra e dos bailarinos, assim como a coreografia e a cenografia.

A peça é composta de quatro atos, como segue:

Ato I

No castelo o aniversário do príncipe Siegfried é comemorado com toda a pompa A rainha oferece ao filho como presente uma balestra e pede-lhe que, no dia seguinte, escolha uma esposa entre as convidadas da festa. Quando os convidados saem do castelo, um grupo de cisnes brancos passa perto do local. Enfeitiçado pela beleza das aves, o príncipe decide caçá-las.

Ato II

O lago do bosque e as suas margens pertencem ao reino do mago Rothbart, que domina a princesa Odette e todo o seu séquito sob a forma de uma ave de rapina. Rothbart transformou Odette e as suas donzelas em cisnes, e só à noite lhes permite recuperarem a aparência humana. A princesa só poderá ser libertada por um homem que ame apenas a ela. Siegfried, louco de paixão pela princesa das cisnes, jura que será ele a quebrar o feitiço do mago.

Ato III

Na corte da Rainha aparece um nobre cavalheiro e sua filha. O príncipe julga reconhecer que a filha do nobre cavalheiro é a sua amada Odette, mas na realidade, por baixo das figuras do nobre cavalheiro e a sua filha escondem-se o mago Rothbart e a feiticeira Odile. A dança com o cisne negro decide a sorte do príncipe e da sua amada Odette: enfeitiçado por Odile, Siegfried proclama que escolheu Odile como sua bela futura esposa, quebrando assim o juramento feito a Odette.

Ato IV

Os cisnes brancos tentam em vão consolar a sua princesa. Mas Odette, destroçada pela decisão do príncipe, aceita a sua má sorte. Nesse momento, surge o príncipe Siegfried que explica à donzela como o mago Rothbart e a feiticeira Odile o enganaram. Odette perdoa o príncipe e os dois renovam os votos de amor um pelo outro. O mago Rothbart, impotente contra esse amor, decide se vingar dos dois e então inunda as margens do lago. Odette e as suas donzelas logo se transformam em cisnes novamente e o príncipe Siegfried, tomado pelo desespero, se afoga nas profundas e turbulentas águas do lago dos cisnes. O príncipe não sobrevive, e Odette com a dor que sente em perder o amado, morre. Uma trágica morte de amor.

Com o Lago dos Cisnes, Tchaikovsky, através de Odette e Siegfried, nos induz a repensar:

Como é o momento em que vivemos?

Quais as nossas prisões?

A solidão de Odette pode representar a solidão da alma humana?

Quais são as Odettes nos dias de hoje? E quais são os Siegfrieds?

Em “O Lago dos Cisnes” temos dois seres “aprisionados” – Siegfried e Odette. Um, pela mesmice da realeza aristocrática que forjou um príncipe de personalidade fraca e insegura. O outro, a total submissão muito bem camuflada na “capa” de um cisne, escondendo a real capacidade de um ser pensante, com as ideias próprias e os sentimentos nobres de um ser humano. No mundo atual, a identificação maior é com Odette ou com Siegfried?

A que se está aprisionado? Aos contra-valores? Aos direitos da pessoa humana?

Tchaikovsky em “O Lago dos Cisnes” como grande romântico, cria uma expressão musical que introduz o espectador na temática principal deste drama, na imagem do cisne. A dualidade de Odette – Odille (aprisionada submissa – humana sedutora), contrapondo-se à irreverência maligna de Rothbart. Um duelo entre o bem e o mal.

E vem-nos a sensação de tédio como Siegfried e de solidão como Odette. Sem esquecer a figura do feiticeiro Rothbart, o todo poderoso manipulador que deseja “deter” o destino de ambos.

Posteriormente, amor e sedução se completam na contribuição dada pela orquestra em que a essência de Odette, representada pelo solo do violino caracteriza a imagem do cisne, e a essência do príncipe Siegfried, representado pelo solo do cello, incorporam a tristeza de Odette, envolvendo a fragilidade humana de Siegfried.

O universo metafórico, proposto por Tchaikovsky, pode ser um grande auxílio para refletirmos na capacidade individual de transformar “aprisionamento” em sentido de vida.

Não será verdade que voamos como pássaros, mas não decolamos das insatisfações pessoais?

Mergulhar no Lago de Tchaikovsky é mergulhar no nosso lago pessoal.

O video a seguir é de uma produção realizada pelo Ballet Kirov, do Lago dos Cisnes, onde a dançarina Yulia Makhalina nos traz as belíssimas e desafiadoras performances de Odette/Odile, enquanto o papel do Príncipe Siegfried fica a cargo de Igor Zelensky.

Esta produção do Ballet Kirov inclui o final feliz familiar no ato final onde Siegfried luta e vence o mago do mal Von Rothbart e, ao amanhecer, está junto de Odette.

Referências na Internet e by Wellen de Barros.

By Joemir Rosa

Elina Garancӑ

Posted in Música with tags , , , , , , , , , , , , , , , , on 23/12/2012 by Joe

Elina Garanca

Elina Garancӑ nasceu em Riga, capital da Letônia, no ano de 1976. De uma família de músicos, logo mostrou suas aptidões musicais e entrou para a Latvian Academy of  Music, em Riga mesmo.

Em 1998, ainda estudante recém iniciada, Elina interpretou Giovanna Seymour em Ana Bolena (rainha da Inglaterra de 1533 a 1536, e segunda esposa de Henrique VIII) e descobriu sua grande afinidade com o canto lírico.

Depois de formada, ela foi para a Alemanha, onde destacou-se em papéis importantes, inlcuindo o de Madalena, em Rigoletto, de Verdi, o que lhe valeu os primeiros prêmios. Daí em diante, ela esteve sempre presente nas maiores casas de ópera do mundo todo, consagrando-a de vez como uma das mais novas estrelas do mundo musical graças à profundidade de sua belíssima voz, musicalidade, confiança e presença de palco!

Daí para frente, Elina ganhou vários prêmios e protagonizou papéis importantes em várias peças pelos palcos europeus. Em 2006, ganhou o Prêmio de Cultura Europeia, durante apresentação de gala no Semper Opera, em Dresden, Alemanha.

No YouTube e outros servidores de videos, podemos encontrar vários clipes de Elina Garancӑ, todos espetaculares. Destaco dois que me chamaram a atenção: o primeiro deles, por razões óbvias, é apenas a voz de Elina interpretando Villa-Lobos em Bachianas Brasileiras nº 5; a segunda é uma maravilhosa interpretação de Habanera, de Carmen!

Para ver e ouvir … e pesquisar mais na Internet!

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By Joemir Rosa.

Bond

Posted in Música with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 11/11/2012 by Joe

Bond é um quarteto australiano/inglês formado por quatro garotas que tocam “classical crossover music” (mistura de gêneros).

Elas têm sido consideradas como o melhor quarteto de cordas de todos os tempos, com vendas recordes de álbuns por todo o mundo.

O quarteto é composto por Haylie Ecker (primeiro violino, nascida em Perth, Austrália), Eos Chater (segundo violino, nascida em Cardiff, no País de Gales), Tania Davis (Viola, de Sydney) e Gay-Yee Westerhoff (violoncelo, de Hull, Inglaterra).

O seu álbum de estréia, “Born”, foi considerado no Reino Unido um clássico gráfico, aparentemente devido à sua “música pop”. Em pouco tempo passou para a 1ª posição em 21 diferentes países de todo o mundo.

“Shine”, o seu segundo álbum, ganhou Disco de Ouro em seis países.

“Remixed”, que veio em seguida, é caracterizado por remixes de seus dois primeiros trabalhos, trazendo três novas músicas.

Seu terceiro álbum-estúdio, “Classified” foi um lançamento bem popular e bem sucedido. Ganhou o disco duplo de platina na Austrália.

“Explosive: The Best Of Bond”, o seu mais recente lançamento, é um “The Best of” da coleção que inclui, ainda, três canções inéditas.

Em tempos de “classical crossover” (mistura de gêneros de música clássica), Bond causou muita controvérsia no mundo da música quando, seu primeiro trabalho, as meninas trouxeram uma nova roupagem aos clássicos. Sexies, glamurosas, provocativas, elas quebraram todos os paradigmas daquela visão tradicional que a música clássica envolvia.

Em uma semana de lançamento do seu primeiro trabalho, elas foram classificadas como “não clássicas o suficiente”! Os críticos mais contumazes chegaram a dizer que elas não tocam quase nada em suas apresentações e que a maioria dos arranjos são pré-gravados. As meninas admitiram que alguns arranjos são, sim, pré-gravados para que o clima de espetáculo seja possível em apresentações ao vivo!

Melhor que tentar descrevê-las é assistir aos videos desse quarteto fantástico! Hoje eu trago apenas dois de seus mais bem produzidos videos, a peça “Inverno”, de Vivaldi e “Victory” com Andre Rieu. No YouTube vocês poderão encontrar muitos outros!

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By Joemir Rosa.

David Garrett

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David Garrett, nascido com o nome de David Bongartz em 4 de Setembro de 1980, é filho de mãe americana e pai alemão. Já aos 4 anos de idade, se interessou pelo violino ao ver que o pai havia presenteado seu irmão com um instrumento. Logo começou a aprender e, um ano depois, já participava de uma competição, ganhando o primeiro lugar. E, aos sete anos, já se apresentava publicamente!

Aos doze anos, Garrett começou a trabalhar com a violonista polaco-britânica Ida Haendel, viajando frequentemente a Londres e outras cidades européias para acompanhá-la.

Aos treze, firmou seu primeiro contrato com a gravadora Grammophon Gesellschaft, com quem tem exclusividade. Foi nesse período, também, que mudou seu nome artístico e começou a usar o sobrenome da mãe.

Em 1999, entrou para a Juilliard School, de Nova York (uma escola de música e artes cênicas, reconhecida como um dos mais conceituados conservatórios e escolas de dramaturgia do mundo), onde aprofundou seus conhecimentos do violino.

A título de curiosidade, Garrett trabalhou como modelo para aumentar sua renda durante seus estudos na Juilliard School. Alguns críticos de moda o descrevem como o David Beckham da cena clássica!

Formou-se em 2004 para ganhar o mundo como um dos mais aclamados artistas. Garrett toca, alternativamente, um violino Stradivari de 1718 e um Giovanni Battista Guadagnini de 1772, ambos avaliados em milhões de dólares!

Os vídeos abaixo são apenas uma mostra das qualidades musicais desse fabuloso artista, onde ele navega do clássico ao pop, sempre com grande maestria! Basta uma pesquisa na Internet para assistir mais apresentações!

David Garrett – das Quatro Estações, de Vivaldi

David Garrett – November Rain, de Kurt Cobain

By Joemir Rosa.

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