Arquivo para Culinária

Torta Ratatouille

Posted in Receitas with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 20/12/2014 by Joe

Torta Ratatouille

Para quem nunca tinha ouvido falar em Ratatouille e pensava que o desenho levava esse nome porque se tratava de uma história de ratos, aqui vai uma breve história do prato.

O Ratatouille é uma receita típica da culinária francesa, da região da Provença, de meados do século XVII e que pode ser servida tanto quente quanto fria, sozinha ou como acompanhamento.

O nome significa “picar” ou “triturar”, mas também podemos entender como sendo um “ragout” de legumes ou berinjela. Num Ratatouille não podem faltar berinjelas nem tomates, mas os demais ingredientes ficam mais ao gosto de cada um, podendo ser utilizados pimentões, abobrinhas, cenouras, etc.

A receita de hoje mistura esse clássico francês com a leveza das tortas primaveris, resultando num prato bem saboroso que pode ser servido na ceia de Natal.

Espero que curtam a receita e aproveito para desejar a todos um Feliz Natal junto a seus familiares e amigos, sempre com muita luz, paz, harmonia e saúde!

Torta de Ratatouille

Ingredientes

Massa

1 ovo
100g de manteiga gelada
1 colher (chá) de sal
1¼ de xícara (chá) de farinha de trigo

Modo de preparo

Em uma tigela grande, junte a farinha e o sal e misture. Corte a manteiga em cubos e transfira para a tigela. Usando as pontas dos dedos, misture até formar uma farofa, sem deixar a manteiga dissolver completamente. Dessa forma, a massa ficará crocante.

Acrescente o ovo e trabalhe a massa apenas até formar uma bola. Envolva com papel filme e leve à geladeira por, no mínimo, uma hora. Se preferir, prepare a massa no dia anterior.

Recheio

Ingredientes

1 berinjela pequena
1 abobrinha média
3/4 de xicara (chá) de tomate-cereja ou sweet-grape
1 talho de alho-poró sem as folhas verdes
1 pimentão amarelo
1 cebola média
4 dentes de alho
sal e pimenta-do-reino moída na hora (a gosto)
8 colheres (sopa) de azeite

Modo de preparo

Pré-aqueça o forno a 220ºC. Em uma tábua, corte a berinjela em rodelas de 1 cm e descarte as pontas. Se a berinjela for grande, corte as fatias ao meio. Transfira para uma tigela, cubra com água e misture com uma colher de chá de sal. Esse truque serve para amenizar o gosto amargo do legume. Reserve.

Enquanto isso, prepare os outros legumes. Lave, seque e fatie as abobrinhas em rodelas de 1 cm também, descartando as pontas. Corte os tomates-cereja ao meio e fatie o alho-poró finamente. Além disso, corte o pimentão ao meio, descartando as sementes, corte as metades em tiras e as tiras em cubos. Descasque a cebola e corte em quatro partes e descasque os dentes de alho.

Retire a berinjela da água, deixe escorrer bem e distribua em uma assadeira retangular grande. Regue com três colheres de sopa de azeite e leve ao forno pré-aquecido para assar por 15 minutos. Retire a assadeira do forno e junte os outros legumes. Tempere com sal e pimenta-do-reino, regue com bastante azeite e misture delicadamente.

Coloque a assadeira novamente no forno por 30 minutos. Retire e baixe a temperatura do forno para 180ºC.

Montagem

Ingredientes

2 ramos de tomilho fresco
2 ramos de alecrim fresco
1 gema (para pincelar)
1 colher (chá) de água

Modo de preparo

Cerca de 15 minutos antes de terminar o tempo para pré-assar os legumes, retire a massa da geladeira. Separe uma forma redonda, de fundo removível, com cerca de 24 cm de diâmetro.

Em uma bancada, polvilhe um pouco de farinha e, com um rolo de macarrão, abra a massa em formato arredondado até ficar com cerca de 0,5 cm de espessura. Separe o fundo da forma. Para transferir a massa, enrole-a no rolo de macarrão e desenrole sobre o fundo da forma, deixando as bordas para fora.

Retire a assadeira do forno. Debulhe os ramos de tomilho e alecrim e junte aos legumes, misturando delicadamente. Em seguida, coloque os legumes sobre a massa e dobre as bordas por cima.

Em uma tigelinha, misture bem a gema com água. Pincele a massa e leve ao forno por 45 minutos ou até dourar. Sirva quente ou em temperatura ambiente.

By Joemir Rosa.

Frango com iogurte e bacon

Posted in Receitas with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 27/09/2014 by Joe

Frango com iogurte

O frango é a ave mais comum utilizada na culinária e atualmente seu consumo está emparelhado ao de carne bovina. A carne de frango é considerada uma carne branca, assim como a dos peixes; possui menor teor de gordura que a carne vermelha e é mais macia.

Entretanto, o que genericamente se chama de frango pode ter quatro classificações, como: galeto, frango, frango caipira e frango capão. É muito importante saber qual o tipo de frango utilizado, uma vez que cada um possui um modo de preparo característico, influenciando no sabor da carne.

O Brasil é um dos países que mais consome carne no mundo, e os números não param de crescer. Em 2011, o brasileiro consumiu em média 47 kg de carne de frango, 15 kg de carne de porco e 35 kg de carne de boi, um aumento de 7,5%, 7% e 9%, respectivamente, comparado a 2010.

Tanto a carne branca quanto a vermelha têm excelente valor nutritivo. As carnes são ricas em proteínas, fornecem minerais como zinco, ferro, potássio, cobre e fósforo, além de boas doses de vitamina B12, exclusiva em alimentos de origem animal, e de outras vitaminas do complexo B, como B3, B5 e B6.

Porém, não podemos exagerar. Os alimentos de origem animal são ricos em gorduras saturadas, que aumentam os níveis de LDL (o colesterol ruim) no organismo, podendo aumentar também os riscos de problemas no coração. A indicação de consumo dessa gordura – encontrada principalmente na pele do frango e na gordura aparente das carnes vermelhas – é de, no máximo, 2 g por dia.

Portanto, nada de exageros no consumo de carnes gordas.

Hoje trazemos uma receita bem simples e fácil de preparar, que fica bem crocante e saborosa!

Frango com iogurte e bacon

Ingredientes

3 peitos de frango desossados
sal a gosto
2 colheres (sopa) de páprica doce
3 dentes de alho amassados
1/2 colher (chá) de canela
1 cebola ralada
1 colher (chá) de casca ralada de limão
6 fatias de bacon
1/4 de xícara de azeite
1 xícara de iogurte natural
1 pimenta-malagueta amassada

Modo de preparo

Aqueça o forno a 200º C. Divida os peitos de frango em duas partes no sentido vertical.

Misture, numa tigela, o sal, a páprica, o alho, a canela, a cebola, a casca de limão e passe essa mistura sobre as partes de peito de frango. Cubra cada um deles com uma fatia de bacon.

Misture bem o azeite com o iogurte e banhe bem os peitos. Leve ao forno para assar por 30 minutos ou até a carne ficar macia e assada.

By Joemir Rosa.

Beijinho de coco

Posted in Receitas with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 21/06/2014 by Joe

Beijinho de colher

Beijinho ou Branquinho (no Rio Grande do Sul) é um doce tipicamente brasileiro servido em festas de aniversário. Sua origem provém de alguns experimentos com leite condensado e leite de cabra coalhado, que daria um gosto levemente azedo quebrando o excesso de açúcar no seu sabor.

Seu idealizador foi José Ferreira Mendes, um homem rico que morou na França e estudou culinária na escola Gâteaux et Confiseries de 1940 à 1946 e, com 34 anos (1947), retornou ao Brasil. De 1948 à 1950, seus experimentos na área da confeitaria foram desvalorizados apesar dos seus estudos na Europa. Desiludido, deixou de trabalhar na área, deixando suas anotações para sua filha Isabelle Ferreira Arnaud, que seguiu seus passos na culinária.

Aos 19 anos (1964), intrigada por não encontrar uma forma de tornar o doce de seu pai popular, achou apropriado misturar leite condensado e suco de lichia, para dar uma consistência aquosa, e depois deixou refrigerando. Seu gosto era especialmente saboroso e, para dar um toque final, acrescentou coco ralado como cobertura.

Alguns anos mais tarde o suco de lichia foi descartado, porém sua base de leite condensado e coco se manteve. Tornou-se um doce popular e fora levado por Isabelle à Europa, pois assim ficaria na história européia e brasileira o doce criado por seu pai.

Hoje em dia, muito popularizado, é preparado e servido de forma semelhante ao brigadeiro, mas leva coco ralado ao invés de chocolate em pó. A massa pode levar gemas de ovos ou não, dependendo da região do país em que é feito. Também pode levar suco de laranja e cascas de limão e ser coberto com açúcar cristal ou coco. Tradicionalmente, um único cravo é colocado em cima do doce.

A receita deste sábado é a deste saborosíssimo doce, muito comum em quase todas as festas de aniversário. E nada melhor do que preparar e comer de colher!

Beijinho de coco

Ingredientes

3 latas de leite condensado
100 ml de leite de coco
100 g de coco desidratado ou fresco
100 g de creme de leite
2 cravos

Modo de preparo

Em uma panela, leve ao fogo o leite condensado, o leite de coco, os cravos e o coco. Vá mexendo sempre até que levante fervura, desligue o fogo e mexa até que fique no ponto de brigadeiro. Retire os cravos e deixe esfriar.

Após esse tempo, acrescente o creme de leite e mexa levemente para ajustar a consistência.

Sugestões na hora de servir

Caso deseje, coloque em copinhos e decore com coco ralado fresco, confeitos ou cerejas.

Outra sugestão é utilizar copinhos de chocolate.

Utilize essa receita para rechear ovos de Páscoa (em metades), com coco ralado por cima.

Eu, particularmente, prefiro comer às colheradas!

By Joemir Rosa.

Costela suína ao molho barbecue

Posted in Receitas with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 07/06/2014 by Joe

Costela suína ao molho barbecue

Sabe aquela costela ao molho barbecue, servida naquele famoso restaurante, cujo preço dá para preparar o triplo em casa, sem muito trabalho?

Pois é… a receita deste sábado é justamente esse prato, saborosíssimo e muito fácil de preparar! E, aproveitando que o Dia dos Namorados está próximo, este prato é ideal para um jantar romântico, regado a um bom vinho tinto e à luz de velas!

Que tal você – namorado ou namorada, marido ou esposa, amigo ou amiga – fazer uma surpresa, preparar este prato e mostrar que não é tão difícil assim entrar na cozinha e mostrar todos seus dotes culinários?

Naturalmente – e como eu sempre comento nas receitas – existem diferentes formas de se preparar esta costela e o molho barbecue. Esta receita é uma forma mais simples – sem a necessidade de levar a carne à churrasqueira – mas nem por isso menos saborosa.

O molho barbecue – abreviado para BBC, em inglês – é o nome genérico de uma variedade de molhos de sabor forte, habitualmente empregados em churrascos e outros pratos com base em carne assada. Menos frequentemente, acompanha outros alimentos, como por exemplo, a batata frita e certas pizzas, por vezes substituindo o molho de tomate.

A sua preparação inclui ingredientes doces e ácidos. Via de regra enfatiza-se o sabor defumado típico do churrasco. A receita varia, mas ingredientes típicos incluem o molho de tomate, vinagre, especiarias e adoçantes.

Seu uso como acompanhamento para carne de porco e de frango é particularmente tradicional nos Estados Unidos.

Bom… vamos à receita? É bem simples, basta seguir as etapas abaixo!

Costela suína ao molho barbecue

Ingredientes

1 kg de costela de porco
1 colher (sopa) de óleo
2 dentes de alho triturados
1 cebola pequena picada
4 colheres (sopa) de açúcar mascavo
150 ml de vinagre de vinho tinto
250 g de nolho de tomate pronto
100 ml de refrigerante de Cola
1 tablete de caldo de carne
pimenta do reino a gosto
uma pitada de noz-moscada
1 folha de louro
1/2 colher (sopa) de pó de café

Modo de preparo

Prepare e limpe a costela, tirando o excesso de gordura que recobre a carne. Não precisa salgar a carne pois o molho é bem temperado.

Em uma panela quente, coloque o óleo, deixe esquentar e comece a colocar os ingredientes: primeiro o alho (deixe fritar), a cebola (frite até ela amolecer), adicione o açúcar aos poucos e vá mexendo ate obter um caramelo. Em seguida, adicione lentamente o vinagre, sempre mexendo, e deixe ferver para que todo o álcool evapore.

Adicione o molho de tomate, o refrigerante de Cola, o tablete de caldo de carne, a pimenta do reino, a noz-moscada e a folha de louro. Vá mexendo até ferver. Por último, coloque o pó de café – que dará um sabor defumado ao molho – misture bem e deixe cozinhar até o molho reduzir. Ao final, deverá obter um molho com aspecto e consistência de catchup, pois assim a água se evapora totalmente e o sabor dos temperos fixa mais.

Pegue uma assadeira em que caiba a costela, forre com papel-alumínio de forma que o papel possa ser dobrado de cada lado da costela. Espalhe um pouco do molho sobre o papel, coloque a costela sobre ele e espalhe o restante do molho sobre a carne.

Dobre as beiradas do papel-alumínio, fechando bem e leve ao forno pré-quecido a 180 graus por uma hora (a proporção é, mais ou menos, de uma hora pra cada kilo de costela). Abra o papel alumínio e deixe mais meia hora para dar uma tostada na carne. Caso tenha sobrado molho, espalhe por cima. O ponto certo da carne é quando você puxar um ossinho da costela e ele se desprender sem dificuldade (em hipótese alguma, coma carne de porco mal passada).

Sirva com batatas assadas e legumes cozidos! Complete o clima com um bom vinho tinto!

By Joemir Rosa.

Fricassée de frango com batata palha

Posted in Receitas with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 05/04/2014 by Joe

Fricassée de frango com batatapalha

O mundo está globalizado, com os meios de comunicação (leia-se Internet) cada vez mais unindo os povos dos mais recônditos cantos do planeta.

E, quando isso acontece, todos têm contato com diferentes culturas, costumes, história e … gastronomia! A culinária atual, globalizada, mistura sabores e línguas de todo o mundo!

Um dos meus pratos prediletos tem origem na França, uma receita deliciosa e muito simples de se preparar! Do francês “fricasser”, que significa guisar, formado a partir do verbo “frire” (fritar, mas que também significa comer) mais “casser” (partir, cortar, quebrar), o fricassée é um guisado de vitela ou frango, cortados em pedaços e cozidos em molho bem temperado.

Esta receita é uma verdadeira tentação! Como sempre comento nas receitas que costumo publicar, existem muitas variações de ingredientes e modos de preparo. A receita de hoje é uma dessas variações que adaptei ao meu gosto pessoal, preparada com frango e, em vez do tradicional creme de leite, utilizo requeijão cremoso e finalizo com batata palha.

Outras variações usam o próprio creme de leite em vez do requeijão, e adicionam presunto em cubinhos, ervilhas e noz moscada para dar um toque mais exótico ao sabor final.

Uma coisa é comum a todas elas: qualquer que seja sua preferência, tenho certeza que ficará deliciosa!

Fricassée de frango com batata palha

Ingredientes

1 kg de peito de frango dessossado
1 colher (sopa) de manteiga
2 cebolas raladas
6 dentes de alho moídos
2 cubos de caldo de galinha
quanto baste de água para cozer o frango
2½ xícaras (chá) de leite
1 colher (sopa) de amido de milho
1 copo de requeijão cremoso sabor cheddar
sal
salsa
pimenta-do-reino branca moída
200 gr de mussarela ralada
100 gr de batata palha (de preferência sabor cebola e salsa)

Modo de preparo

Cozinhe, em panela de pressão por uns 25 minutos, o peito de frango em um caldo temperado com metade do alho, os cubos de caldo de galinha, uma cebola ralada e a salsa. Estando cozido, tire do fogo, desfie e reserve. Guarde a água temperada do cozimento para preparar o arroz.

Numa panela, coloque a manteiga, deixe aquecer e refogue a outra cebola e os três dentes de alho até dourarem. Junte o frango desfiado e a pimenta. Refogue bem. Enquanto isso, dissolva o requeijão em duas xícaras de leite e leve ao fogo, numa panelinha pequena, até que fique mais líquido. Junte o amido de milho dissolvido em meia xícara de leite e mexa até quase engrossar. Despeje essa mistura no frango refogado e acerte o sal, corrigindo, se necessário. Misture bem, corrija com mais leite, caso fique muito seco para que fique bem cremoso.

Coloque esta pasta num refratário untado. Cubra com a mussarela ralada, espalhe por cima a batata palha e leve ao forno para gratinar ou até que a mussarela esteja bem derretida.

Pode ser servido com salada completa e arroz preparado com a água utilizada no cozimento do frango, sem necessidade de acrescentar mais temperos.

Um bom vinho branco é o acompanhamento ideal!

Bon appétit!!

By Joemir Rosa.

Curau de milho verde

Posted in Receitas with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 29/03/2014 by Joe

Curau

O milho é um dos ingredientes mais usado no Brasil, principalmente nos pratos típicos das festas juninas. Servido como curau, pamonha ou apenas cozido, o grão agrada ao público de todo o país. Mas de onde ele veio e como chegou ao nosso país?

Descoberta em ilhas próximas ao litoral mexicano, há mais de 7 mil anos, a planta silvestre recebeu o nome de “milho”, de origem indígena caribenha, com o significado de “sustento da vida”. Muito usado pelos incas, maias e astecas, o grão foi a base da alimentação das sociedades antigas e todas as atividades em grupo eram feitas em função de seu plantio. Com o período de colonização do continente americano e as grandes navegações, o alimento ganhou o mundo e se tornou um dos primeiros itens de cultura mundial, perdendo apenas para o trigo e o arroz.

A facilidade de cultivo e a variedade de formas de consumo do produto – que pode ser ingerido cru, cozido, seco ou transformado em farinha – garantiram seu sucesso em diferentes regiões do planeta, entre elas o México, que utilizava o farelo para preparar pequenos bolos, chamados de tortillas, e parte do cardápio tradicional nativo até os dias de hoje.

No Brasil, o milho já fazia parte do dia-a-dia dos índios antes mesmo da chegada dos colonizadores, que aproveitavam todas as partes do vegetal. Com a chegada dos portugueses, surgiram novos pratos à base de milho e seu consumo aumentou significativamente.

O milho é uma planta presente em diversos lugares do mundo e usado tanto para a alimentação humana como para a produção de ração animal. Apesar de bastante conhecido na mesa brasileira, o cereal tem apenas 5% de sua produção direcionada para o consumo humano; a maior parte vai para a alimentação de animais criados em grande escala.

Espigas de milhoA cultura do milho – um dos primeiros alimentos domesticados pelo homem – tinha como objetivo aproveitar os grãos e o suco proveniente de seu talo. Alguns povos produziam açúcar e mel a partir do líquido extraído.

Atualmente, existem diversos tipos de milho: o milho verde, o doce, o farinhoso, o pipoca, o duro, o macio e o dentado. Além de servir de base para diversos pratos da culinária, o vegetal também está na raiz da produção de amido, azeite, bebidas alcoólicas, combustíveis e corantes alimentícios.

Não é apenas pelo prazer do paladar que o milho deve aparecer com mais frequência na dieta alimentar. O grão tem fibras e nutrientes que auxiliam no bom funcionamento do organismo. Porém, para um consumo saudável do milho, é recomendado não adicionar muita gordura ou açúcar durante o preparo dos alimentos.

A receita deste sábado tem o milho como ingrediente principal e é bem simples e rápido de se preparar: o curau.

Curau de milho verde

Ingredientes

8 espigas de milho verde
2 xícaras (chá) de leite
1 vidro de leite de coco
1 colher (sopa) de manteiga
1 lata de leite condensado
Canela em pó a gosto para polvilhar

Modo de preparo

Passe o milho em um ralo grosso ou retire os grãos com uma faca. Em seguida, bata os grãos no liquidificador, depois passe em uma peneira para obter somente a polpa, descartando o bagaço.

Coloque a polpa, já peneirada, em uma panela e junte o leite, o leite condensado e a manteiga. Leve ao fogo por cerca de 10 minutos e mexa sem parar até formar um creme grosso.

Coloque em uma tigela e, por cima, polvilhe a canela em pó. Leve à geladeira até que adquira a consistência de um pudim.

By Joemir Rosa.

Zuccotto

Posted in Reflexão with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 08/03/2014 by Joe

Zuccotto

O zuccotto é uma deliciosa sobremesa de chocolate e nozes, de origem fiorentina, muito comum nas meses italianas, principalmente na época do Natal.

A cozinha Toscana é constituída principalmente por pratos e doces tradicionais que mantém suas receitas inalteradas por muitos anos. Também conhecida como “la cucina povera” (a cozinha pobre), esta definição faz alusão à origem camponesa da maioria dos pratos típicos da Toscana. Há uma máxima que diz que a culinária toscana resume-se à três bases: pão, vinho e azeite.

A Toscana é a terra dos contadini, dos camponeses e agricultores, uma região que já sofreu muito com a escassez de produtos e nem sempre foi uma terra cheia de fartura como vemos hoje. O camponês toscano tinha que se virar com os poucos recursos que tinha, com os produtos da região para fazer o seu alimento.

Como a cozinha Italiana de maneira geral, é uma cozinha simples saudável e saborosa. Entre os doces não faltam surpresas: cantucci, ricciarelli, castagnaccio alla pistoiese e o zuccotto, famoso no mundo como o primeiro semi-frio da história.

Acredita-se que a origem do zuccotto tenha sido inspirada pela cúpula da catedral (Duomo) de Santa Maria Del Fiore, uma igreja cuja obra de arte gótica da primeira renascença italiana levou nada menos que seis séculos para ser construída. A sua cúpula é obra de um dos principais renascentistas, Brunelleschi.

E é justamente esta receita que trazemos hoje: o zuccoto, uma sobremesa deliciosa, para ser servida fria, como se fosse um sorvete!

Zuccotto

Ingredientes

6 ovos
6 colheres (sopa) de açúcar
6 colheres (sopa) de farinha de trigo
1 colher (café) de fermento em pó
1/2 xícara (chá) de morangos picados
1/2 xícara (chá) de uvas-passas
1/2 xícara (chá) de nozes
4 colheres (sopa) de conhaque
300 g de chocolate meio amargo
1 xícara (chá) de cream-cheese
2 latas de creme de leite
200 g de chocolate ao leite
morangos inteiros para decorar

Modo de preparo

Comece preparando o recheio: coloque os morangos, as uvas-passas e as nozes picadas em uma tigela, regue com 3 colheres (sopa) de conhaque. Deixe descansar por 1 hora.

Enquanto isso, prepare o pão-de-ló: comece batendo as claras em neve. Acrescente as gemas, uma a uma, sempre batendo. Junte o açúcar e continue batendo. Retire da batedeira, acrescente a farinha com o fermento e mexa delicadamente. Leve ao forno em uma forma e asse em forno baixo, pré-aquecido.

Derreta o chocolate meio amargo no banho-maria. Junte uma lata de creme de leite, bata bem, adicione as frutas escorridas e metade do bolo picado.

Forre um refratário redondo com papel-alumínio. Corte fatias finas do restante do bolo e disponha-as na tigela de modo a cobrir toda a lateral e o fundo. Borrife com o conhaque restante e acrescente o recheio. Cubra com mais fatias de bolo e leve à geladeira coberto com papel-alumínio até o dia seguinte.

Para a cobertura, aqueça a outra lata de creme de leite. Retire do fogo e junte o chocolate ao leite picado. Mexa bem até dissolver.

Na hora de servir, desenforme o doce e cubra-o com o chocolate ainda quente. Decore com morangos inteiros e leve novamente à geladeira. Sirva gelado.

By Joemir Rosa.

Chipas

Posted in Receitas with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 08/02/2014 by Joe

Chipas

Chipas são um tipo de biscoito tradicional de origem paraguaio, fazendo parte de sua rica culinária, onde são consumidas a qualquer hora do dia ou refeição. Elas são semelhantes ao nosso pão de queijo mineiro, porém com consistência e sabor próprios: são crocantes por fora e macias por dentro. No Paraguai, normalmente são assadas num forno à lenha chamada Tatakuá.

Contam que sua origem vem da região de Chipá, que era, inicialmente, domínio dos índios Guaranis antes da chegada de colonizadores e que acabaram influenciando a cultura e gastronomia local. Os índios preparavam alguns tipos de pães e tortas utilizando mandioca e milho, base de sua culinária. Posteriormente, por influência das missões jesuítas, novos ingredientes foram incorporados à culinária: ovos, queijos, carnes.

Depois da Guerra do Paraguai, onde o país foi derrotado pela Tríplice Aliança (Argentina, Brasil e Uruguai), houve uma grande escassez de alimentos entre a população. E foi exatamente nesse contexto que se originou a receita base do chipa (ou chipá) e, a partir dela, suas distintas variantes. Pelo seu alto teor calórico, a chipa garantia maior saciedade com menos alimentos.

Atualmente, ele está presente não só no Paraguai – onde é preparado com queijo Paraguai – como também na Argentina e no Brasil. Aqui, conhecido como pão de queijo!

É um produto paraguaio tradicional, passado de uma geração à outra. Mas as chipas não são apenas vendidas nas ruas: transformou-se em uma indústria no país de 7 milhões de habitantes. É um alimento artesanal, exportado para Espanha e Estados Unidos.

A receita de hoje é exatamente a desse pão paraguaio, que pode ser preparado com queijos misturados, calabresa moída ou outros recheios ao gosto de cada um.

Chipas

Ingredientes

400 g de polvilho doce
100 g de margarina
15 g de fermento em pó
500 g de queijo parmesão ralado
3 ovos
Leite
200 g de queijo meia-cura ralado

Modo de preparo

Em uma vasilha, coloque os ovos, a margarina, o fermento em pó, o queijo ralado, o polvilho doce e o queijo ralado. Misture bem. Vá acrescentando o leite em pequenas quantidades e misturando até não grudar mais nas mãos.

Faça pequenas porções em forma de ferradura (pode ser também em forma de S ou bolinhas), e coloque em uma forma untada com manteiga. Leve ao forno pré-aquecido a 180 graus por 15 a 20 minutos, até que fiquem douradas.

Sugestão: substitua o queijo ralado por linguiça calabresa moída, por exemplo.

By Joemir Rosa.

Coxinha de frango picante

Posted in Receitas with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 02/11/2013 by Joe

Coxinha de frango picante

Este salgadinho, muito apreciado por todos nas festas de aniversários, casamentos e nos butecos espalhados por todos os recantos do nosso país, tem sua origem perdida no tempo e na memória do povo brasileiro.

A primeira história nos conta que seria uma derivação dos croquetes europeus. O seu recheio de frango ou galinha é muito popular na culinária francesa; porém, a introdução do catupiry é tipicamente brasileira.

A segunda, publicada no livro “Histórias e Receitas”, de Nadir Cavazin, nos conta que o filho da Princesa Isabel e do Conde D’Eu, uma criança que foi afastada da corte por ter supostos problemas mentais, tinha o frango como prato favorito, mas só comia as coxas. E aconteceu que, um dia, por não ter coxas e frangos suficientes, a cozinheira decidiu transformar um frango inteiro em coxas, desfiando-o e preparando-o como recheio de uma massa de farinha de trigo. O menino aprovou o resultado, e a Imperatriz Tereza Cristina, quando foi visitá-lo, não resistiu, saboreou a guloseima, e gostou tanto que solicitou que o mestre da cozinha imperial aprendesse a receita. Assim, a coxinha ganhou a nobreza.

A terceira história conta que a coxinha teria sido criada em 1810 em uma cidade do sul do Amazonas chamada Tefé. Conta que um grupo de seringueiros foi atacado por índios, e que eles teriam fugido e deixado para trás as galinhas que criavam. Os índios, em comemoração pela vitória, resolveram cozinhar as galinhas e envolvê-las em massa à base de farinha de mandioca.

E a última história nos conta que a coxinha teria sido inventada pelos escravos, que, na falta de alimentos, juntavam os restos de comida, retiravam os ossos das galinhas, envolviam em uma massa e fritavam.

Seja qual for a verdadeira origem deste salgadinho, algumas coisas são certas: ele é delicioso, faz parte da gastronomia brasileira e é impossível comer um só!

E, como todos os pratos, existem inúmeras variações no preparo, dos ingredientes e dos acompanhamentos.

A receita de hoje é focada justamente numa dessas variações, preparada com um recheio deliciosamente picante que vai agradar a todos que já apreciam este aperitivo!

Coxinha de frango picante

Ingredientes

Massa

1 kg de mandioca cozida e amassada
1 colher (sopa) de manteiga
2 ovos
1 xícara (chá) de queijo parmesão ralado
farinha de trigo suficiente para dar o ponto

Recheio

1 kg de peito de frango picado na ponta da faca
1 cebola média ralada
1/3 xícara (chá) de óleo de milho
2 colheres (sopa) de óleo de gergelim torrado
1 colher (sopa) de curry em pó
1 colher (sopa) de folhas de manjericão picadas
1 colher (sopa) de gengibre bem picado ou ralado
1 xícara (chá) de caldo de frango
3 colheres (sopa) de açúcar mascavo
sal e pimenta a gosto
farinha de rosca suficiente para empanar

Modo de preparo

Massa

Leve ao fogo uma panela, coloque a manteiga, a mandioca amassada, os ovos, o queijo e vá adicionando a farinha de trigo, mexendo sempre para que fique uma massa homogênea e vá cozinhando até dar o ponto certo. Este ponto é quando ela desgrudar do fundo da panela. Reserve.

Recheio

Tempere o frango picado com sal e pimenta. Reserve.

Em outra panela, refogue a cebola no óleo de milho, adicione o curry e o óleo de gergelim e misture bem. Junte o frango e refogue.

Adicione as folhas de manjericão, o caldo, o gengibre e o açúcar. Cozinhe em fogo médio até secar o excesso de líquido, deixando o recheio apenas úmido. Acerte o sal e a pimenta.

Montagem

Molde as coxinhas com a massa, coloque o recheio e passe na farinha de rosca. Frite por imersão, em óleo bem quente.

Sirva como aperitivo, acompanhado de uma cerveja bem gelada!

By Joemir Rosa.

Polenta aos dois molhos e frango

Posted in Reflexão with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 28/09/2013 by Joe

Polenta aos dois molhos e frango

Polenta é um alimento típico da culinária italiana, com grande aceitação em diversos países, como Argentina e Brasil. Sua base é a farinha de milho.

Antes da chegada de imigrantes italianos, já se consumia no Brasil uma forma de polenta de milho denominada angu, que pode ter a consistência de uma polenta firme ou cremosa.

A polenta tem origem na região norte da Itália. Constituía a base alimentar da população e dos legionários romanos. Era feita de principalmente de aveia, mas podiam ser utilizados outros cereais, como a farinha de trigo.

Pouco depois da chegada dos espanhóis ao Caribe, em 1492, o milho foi introduzido na Europa. Na Itália, o milho passou a ser cultivado, onde as chuvas são abundantes. A partir de então é que a polenta passou a ser feita de milho.

A polenta de milho tornou-se o principal prato nas regiões de Veneza e Friuli, onde passou a ser uma opção ao pão (feito com trigo) e ao macarrão. Inicialmente restrita a essas regiões, em pouco tempo a polenta passou a dominar todos os aspectos da culinária italiana. A polenta sempre foi feita da mesma forma: com bastante esforço e paciência, misturando a pasta de milho com água em caldeirões de cobre, aquecidas sobre o fogo.

Pode ser servida mole, dura, grelhada ou frita. Pode ser recheada com uma imensa quantidade de molhos ou outros ingredientes, acrescentados enquanto ela ainda está quente e mole.

Antigamente considerada “comida de pobres”, a polenta hoje é usada em diversas casas e restaurantes, sem essa conotação.

Recentemente, a indústria alimentícia lançou polentas pré-cozidas, para serem feitas em refeições instantâneas.

A receita de hoje é uma das diversas formas de se preparar esse delicioso prato, desta vez com dois molhos e lascas de frango!

Polenta aos dois molhos e frango

Ingredientes

Polenta

1,5 litros de caldo de legumes
2 dentes de alho amassados
1 cebola pequena picada
2 colheres (sopa) de margarina
2,5 xícaras (chá) de fubá pré-cozido

Molho branco

2 colheres (sopa) de margarina
2 colheres (sopa) de farinha de trigo
500 ml de leite quente
3 colheres (sopa) de queijo parmesão ralado
½ colher (café) de noz moscada ralada

Molho vermelho

500 g de peito de frango temperado, cozido e desfiado
2 colheres (sopa) de óleo
1 cebola pequena picada
2 dentes de alho
2 latas de molho de tomate
½ xícara (chá) de água
½ xícara (chá) de azeitonas verdes picadas
sal e pimenta do reino a gosto
salsa picada a gosto

Modo de preparo

Em uma panela, aqueça o caldo de legumes, junte o alho, a cebola e a margarina. Misture o fubá, dissolvido em um pouco do caldo. Leve ao fogo brando, e vá mexendo até começar a engrossar. Tampe a panela e mexa de vez em quando até a polenta estar cozida. Coloque-a em um refratário. Reserve.

Molho branco

Em uma panela, derreta a margarina, misture a farinha até dissolver totalmente e dourar um pouco. Junte aos poucos, e sem parar de mexer, o leite quente. Junte o sal, o parmesão e a noz-moscada. Mexa até engrossar. Em seguida, espalhe sobre a polenta.

Molho vermelho

Em uma panela, aqueça o óleo, doure a cebola e alho. Junte o molho de tomate, a água, o sal, a pimenta, o frango e deixe apurar por 5 minutos. Desligue o fogo, acrescente as azeitonas e a salsa.

Espalhe sobre o molho branco e sirva em seguida. Se necessário, leve ao forno pré-aquecido a 200°C para dar mais uma aquecida.

Um bom vinho tinto encorpado é um ótimo acompanhamento!

By Joemir Rosa.

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