Arquivo para Milho

Treinamento do guerreiro

Posted in Inspiração with tags , , , , , , , , , , , , , , , on 07/08/2014 by Joe

Treinamento guerreiro

Os guerreiros ninjas vão para o campo; o milho acabou de ser plantado. Obedecendo ao comando do treinador, pulam por cima dos locais onde as sementes foram colocadas.

Todos os dias os guerreiros ninjas voltam para o campo. As sementes se transformam em brotos, e eles saltam por cima. Os brotos se transformam em pequenas plantas, e eles saltam por cima.

Não se aborrecem. Não acham que é perda de tempo.

O milho cresce, e os saltos se tornam cada vez mais altos. Assim, quando as plantas estão maduras, os guerreiros ninjas ainda conseguem saltar sobre elas. Por quê? Porque conhecem bem seu obstáculo.

Mas existe gente que não age assim: quando o problema é pequeno, não dão importância; e quando o problema cresce, sentem-se incapazes de superá-lo.

By Paulo Coelho.

Curau de milho verde

Posted in Receitas with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 29/03/2014 by Joe

Curau

O milho é um dos ingredientes mais usado no Brasil, principalmente nos pratos típicos das festas juninas. Servido como curau, pamonha ou apenas cozido, o grão agrada ao público de todo o país. Mas de onde ele veio e como chegou ao nosso país?

Descoberta em ilhas próximas ao litoral mexicano, há mais de 7 mil anos, a planta silvestre recebeu o nome de “milho”, de origem indígena caribenha, com o significado de “sustento da vida”. Muito usado pelos incas, maias e astecas, o grão foi a base da alimentação das sociedades antigas e todas as atividades em grupo eram feitas em função de seu plantio. Com o período de colonização do continente americano e as grandes navegações, o alimento ganhou o mundo e se tornou um dos primeiros itens de cultura mundial, perdendo apenas para o trigo e o arroz.

A facilidade de cultivo e a variedade de formas de consumo do produto – que pode ser ingerido cru, cozido, seco ou transformado em farinha – garantiram seu sucesso em diferentes regiões do planeta, entre elas o México, que utilizava o farelo para preparar pequenos bolos, chamados de tortillas, e parte do cardápio tradicional nativo até os dias de hoje.

No Brasil, o milho já fazia parte do dia-a-dia dos índios antes mesmo da chegada dos colonizadores, que aproveitavam todas as partes do vegetal. Com a chegada dos portugueses, surgiram novos pratos à base de milho e seu consumo aumentou significativamente.

O milho é uma planta presente em diversos lugares do mundo e usado tanto para a alimentação humana como para a produção de ração animal. Apesar de bastante conhecido na mesa brasileira, o cereal tem apenas 5% de sua produção direcionada para o consumo humano; a maior parte vai para a alimentação de animais criados em grande escala.

Espigas de milhoA cultura do milho – um dos primeiros alimentos domesticados pelo homem – tinha como objetivo aproveitar os grãos e o suco proveniente de seu talo. Alguns povos produziam açúcar e mel a partir do líquido extraído.

Atualmente, existem diversos tipos de milho: o milho verde, o doce, o farinhoso, o pipoca, o duro, o macio e o dentado. Além de servir de base para diversos pratos da culinária, o vegetal também está na raiz da produção de amido, azeite, bebidas alcoólicas, combustíveis e corantes alimentícios.

Não é apenas pelo prazer do paladar que o milho deve aparecer com mais frequência na dieta alimentar. O grão tem fibras e nutrientes que auxiliam no bom funcionamento do organismo. Porém, para um consumo saudável do milho, é recomendado não adicionar muita gordura ou açúcar durante o preparo dos alimentos.

A receita deste sábado tem o milho como ingrediente principal e é bem simples e rápido de se preparar: o curau.

Curau de milho verde

Ingredientes

8 espigas de milho verde
2 xícaras (chá) de leite
1 vidro de leite de coco
1 colher (sopa) de manteiga
1 lata de leite condensado
Canela em pó a gosto para polvilhar

Modo de preparo

Passe o milho em um ralo grosso ou retire os grãos com uma faca. Em seguida, bata os grãos no liquidificador, depois passe em uma peneira para obter somente a polpa, descartando o bagaço.

Coloque a polpa, já peneirada, em uma panela e junte o leite, o leite condensado e a manteiga. Leve ao fogo por cerca de 10 minutos e mexa sem parar até formar um creme grosso.

Coloque em uma tigela e, por cima, polvilhe a canela em pó. Leve à geladeira até que adquira a consistência de um pudim.

By Joemir Rosa.

Chipas

Posted in Receitas with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 08/02/2014 by Joe

Chipas

Chipas são um tipo de biscoito tradicional de origem paraguaio, fazendo parte de sua rica culinária, onde são consumidas a qualquer hora do dia ou refeição. Elas são semelhantes ao nosso pão de queijo mineiro, porém com consistência e sabor próprios: são crocantes por fora e macias por dentro. No Paraguai, normalmente são assadas num forno à lenha chamada Tatakuá.

Contam que sua origem vem da região de Chipá, que era, inicialmente, domínio dos índios Guaranis antes da chegada de colonizadores e que acabaram influenciando a cultura e gastronomia local. Os índios preparavam alguns tipos de pães e tortas utilizando mandioca e milho, base de sua culinária. Posteriormente, por influência das missões jesuítas, novos ingredientes foram incorporados à culinária: ovos, queijos, carnes.

Depois da Guerra do Paraguai, onde o país foi derrotado pela Tríplice Aliança (Argentina, Brasil e Uruguai), houve uma grande escassez de alimentos entre a população. E foi exatamente nesse contexto que se originou a receita base do chipa (ou chipá) e, a partir dela, suas distintas variantes. Pelo seu alto teor calórico, a chipa garantia maior saciedade com menos alimentos.

Atualmente, ele está presente não só no Paraguai – onde é preparado com queijo Paraguai – como também na Argentina e no Brasil. Aqui, conhecido como pão de queijo!

É um produto paraguaio tradicional, passado de uma geração à outra. Mas as chipas não são apenas vendidas nas ruas: transformou-se em uma indústria no país de 7 milhões de habitantes. É um alimento artesanal, exportado para Espanha e Estados Unidos.

A receita de hoje é exatamente a desse pão paraguaio, que pode ser preparado com queijos misturados, calabresa moída ou outros recheios ao gosto de cada um.

Chipas

Ingredientes

400 g de polvilho doce
100 g de margarina
15 g de fermento em pó
500 g de queijo parmesão ralado
3 ovos
Leite
200 g de queijo meia-cura ralado

Modo de preparo

Em uma vasilha, coloque os ovos, a margarina, o fermento em pó, o queijo ralado, o polvilho doce e o queijo ralado. Misture bem. Vá acrescentando o leite em pequenas quantidades e misturando até não grudar mais nas mãos.

Faça pequenas porções em forma de ferradura (pode ser também em forma de S ou bolinhas), e coloque em uma forma untada com manteiga. Leve ao forno pré-aquecido a 180 graus por 15 a 20 minutos, até que fiquem douradas.

Sugestão: substitua o queijo ralado por linguiça calabresa moída, por exemplo.

By Joemir Rosa.

Tamale

Posted in Receitas with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 23/11/2013 by Joe

Tamale

Muito parecido com a nossa pamonha, tamale é talvez uma das refeições mais fascinantes e antigas dos livros tradicionais de receita mexicana.

O que é um tamale? Pode-se dizer que é uma espécie de sanduíche asteca. É uma refeição fascinante por ser fácil de preparar e deliciosa ao mesmo tempo, como tem sido há séculos. A palavra tamale vem da língua asteca “tamalli“, que significa “pão embrulhado”, ou simplesmente “embrulhado”.

Se você comprar o tamale em diferentes regiões do México, vai perceber como esta receita mexicana é versátil. No centro do país, encontramos o mais tradicional; nos estados do Norte encontram-se os uchepos também embrulhado em palha de milho, utilizando, no entanto, o milho doce; os tamales feitos em Oaxaca, utilizam folhas de bananeira.

As variações desta receita básica podem ser intermináveis, visto que cada civilização pré-colombiana deu o seu próprio toque nesta receita; vindo de diferentes civilizações pré-colombianas de diferentes línguas, o tamal pode ser chamado de diferentes nomes, como zacahuil no estado de Veracruz.

O Tamal é um prato mexicano que evoluiu muitas receitas regionais em diferentes países das Américas (México, América Central, Bolívia, Peru, Argentina), embora a sua origem nos leva, inevitavelmente, de volta para as antigas civilizações do México. Ela consiste, basicamente, de massa de milho (o masa), feita de farinha de milho cozida e enrolada em uma palha de milho (tradicionalmente no México), e cozido a vapor.

Também conhecido pelos nomes de humita, hallaca, corundas ou pastel de choclo, os tamales têm um sabor próprio que vai fazer você pensar no caloroso México! A preparação dos tamales tem evoluído muito desde o início e, hoje a massa pode ser preparada com uma grande variedade de combinações de ingredientes que dão a esta refeição sabores variados.

A receita de hoje é uma dessas variações, apresentada no prato como uma torta, sem a palha de milho ou de bananeira.

Tamale

Ingredientes

1/2 xícara (chá) de óleo
500 g de carne moída
1 cebola grande picada
2 pimentões verdes picados
500 g de tomates sem pele e sem sementes picados
200 g de azeitonas pretas picadas
2 latas de milho verde escorrido
Sal e pimenta dedo de moça picada a gosto
2 xícaras (chá) de farinha de milho
1 xícara (chá) de leite
2 ovos
1 xícara (chá) de cheiro verde picado
200 g de queijo mussarela ralado
margarina para untar

Modo de preparo

Em uma panela, aqueça o óleo e frite a carne por 10 minutos. Adicione a cebola, o pimentão, o tomate, as azeitonas, o milho, sal, pimenta e cozinhe por 15 minutos.

Retire do fogo, acrescente a farinha de milho dissolvida no leite, os ovos batidos, o cheiro verde e misture. Coloque em um refratário untado com manteiga e cubra com a mussarela ralada.

Leve ao forno médio, pré-aquecido, por 15 minutos. Sirva com salada verde.

By Joemir Rosa.

Chilli

Posted in Receitas with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 06/04/2013 by Joe

Chilli 3

A culinária mexicana, em termos de variedade de sabores e texturas, é uma das mais ricas do mundo, embora seja por vezes caracterizada por algumas pessoas como gordurosa e condimentada. É uma culinária rica em proteínas, vitaminas e minerais.

Quando os conquistadores espanhóis chegaram à antiga Cidade do México (Tenochtitlán), descobriram que o povo azteca tinha uma dieta específica: comia pratos baseados em milho (como a tortilla mexicana) com algumas ervas e, geralmente, com feijão. De acordo com algumas pesquisas, a mistura de feijões com milho origina um composto de aminoácidos que é muito bom para a dieta.

Mais tarde, os conquistadores adicionaram arroz, carne de vaca e vinho, entre outros ingredientes. Muitas outros produtos foram levadas para o México pelos conquistadores espanhóis: cavalos, porcos, gado bovino, galinhas, cabras e outros animais, além de especiarias como orégano, salsa, canela, pimenta e ainda vários vegetais e frutos.

Muita da culinária mexicana atual tem origem em várias misturas de tradições, ingredientes e criatividade. A maior parte tem base nativa americana, com misturas indígenas e um toque espanhol. Por exemplo, a famosa quesadilla é uma tortilla com base em milho e queijo e com carne de vaca, galinha e/ou porco.

A parte indígena disto – e de muitas outros pratos tradicionais – fica por conta do chilli, ou seja as pimentas e pimentões. A disposição deste tipo de pratos é muito decorativa e colorida. Isto acontece porque a culinária mexicana é rica em vegetais verdes, tais como brócolis, couve-flor e rabanete e em carnes variadas. Os alimentos indígenas do México pré-colombiano incluem chocolate, milho, tomate e baunilha.

A alimentação varia de acordo com a região, dependendo da população indígena original e das influências dos espanhóis e de outros povos a que essas regiões foram expostas. Por exemplo, o norte do México é conhecido pela sua produção de carne de vaca e pratos de carne, enquanto que o sudeste do México é conhecido pelos seus pratos condimentados baseados em vegetais e carne de galinha.

Posteriormente, a culinária mexicana combinou-se com a culinária do sudoeste dos Estados Unidos, formando a culinária tex-mex.

Além de ser carregada de sabores muito marcantes e de aromas que fazem com que você sinta seus alimentos sendo preparados à distância, a culinária mexicana tem sua identidade bem demarcada, o que acabou, mesmo com o passar dos anos, se popularizando em diversos locais do mundo. Hoje em dia é possível encontrar restaurantes mexicanos, tradicionais ou não, em diversas localidades de todo o planeta.

Se você quer conhecer os verdadeiros sabores do México fique atento a esta receita original de chilli. Tenho certeza que todos vão gostar muito!

Chilli

Ingredientes

350 g de bacon em cubinhos
1 colher (sopa) de óleo de soja
1 cebola cortada em cubinhos
4 dentes de alho picados
2 pimentas dedo-de-moça sem sementes picadas
coentro a gosto
300 g de carne moída
100 g de linguiça calabresa cortada em pequenos cubos e sem pele
500 g de feijão carioquinha ou rosinha cozido e escorrido
2 xícaras de molho de tomate
1 tomate maduro em cubos sem pele e sem sementes
sal a gosto
cominho a gosto
4 pedaços de queijo do tipo cheddar ou queijo parmesão ralado grosso
salsa e cebolinha picadas

Modo de preparo

Em uma panela com um pouco de óleo, corte o bacon em cubinhos e frite-os até que fiquem dourados. Cuidado para não fritar demais. Quando estiver no ponto, retire o bacon com ajuda de uma escumadeira, escorra bem e coloque em um prato sobre papel toalha. Reserve.

Na mesma panela, refogue o alho, a cebola e o coentro até que eles fiquem bem dourados. Em seguida, acrescente a carne moída e a linguiça. Vá misturando bem os ingredientes e deixe cozinhar até que fiquem bem cozidos.

Em seguida, adicione o feijão escorrido, o molho de tomate e o tomate cortado em cubinhos. Acerte o sal e coloque a pimenta dedo-de-moça. Misture bem e deixe cozinhar por mais 5 a 10 minutos, mexendo de vez em quando. Por fim, adicione cominho a gosto e misture bem.

A culinária mexicana é alegre e colorida. Então, sirva o chilli em uma travessa bonita, colorida e decore a mesa da mesma forma. Na hora de servir, adicione o queijo cheddar, que deve estar cortado em 4 pedaços (se preferir, use parmesão ralado grosso). Depois é só acrescentar o bacon aquecido, a salsa e a cebolinha. O chilli está pronto para ser servido e saboreado!

Outro detalhe que não pode faltar: você deve servir este prato acompanhado de nachos de milho e um bom vinho tinto!

By Joemir Rosa.

Cuscuz paulista

Posted in Receitas with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 15/09/2012 by Joe

O kuz-kuz ou alcuzcuz nasceu na África Setentrional. Inicialmente feito pelos mouros com arroz ou sorgo, o prato se espalhou pelo mundo no século XVI, quando passou a ser preparado com milho americano.

No Brasil a iguaria foi trazida pelos portugueses e acabou se popularizando durante a fase colonial. Nessa época estava presente apenas nas mesas das famílias mais pobres e era a base da alimentação dos negros. Preparado pelos escravos, o cuscuz era vendido em tabuleiros pelos mestiços, filhos e netos de cuscuzeiras anônimas.

Aos poucos o prato foi sendo incorporado à cultura brasileira e ganhou versões regionais e mais sofisticadas. Hoje há basicamente dois tipos de cuscuz: do Nordeste e do Centro-Sul, ambos preparados com massa de milho.

Em São Paulo e Minas Gerais o prato se transformou em uma refeição mais substancial. Preparado com farinha de milho e recheado com camarão, peixe ou frango e molho de tomate, nesses Estados o cuscuz é servido como entrada, acompanhamento e até como prato principal.

No Nordeste a massa de milho feita com fubá é temperada com sal, cozida no vapor e umedecida com leite de coco, com ou sem açúcar. Nessa região o prato é servido de manhã, acompanhado com manteiga, ou na ceia da noite, dissolvido em leite, quando se transforma em uma saborosa sopinha.

A receita que escolhi é a versão mais comum aqui em São Paulo, o que lhe confere até o nome de Cuscuz Paulista. Bairrismo à parte, é um prato muito saboroso e nutritivo.

Cuscuz paulista

Ingredientes

6 latas de sardinha em óleo
2 cebolas médias raladas
3 dentes de alho picados
500 ml de purê de tomates
1 vidro de palmito escorridos, fervidos e picados
4 ovos cozidos picados
1 lata de ervilhas
1 lata de milho verde
1 xícara de azeitonas verdes picadas
2½ xícaras (chá) de farinha de milho em flocos
1 xícara (chá) de salsinha picadinha
1 xícara (café) de óleo de milho
250 ml de água
1 tomate cortado em fatias para decorar
2 ovos cozidos cortados em fatias para decorar
1 pitada de açúcar
sal (se necessário)

Modo de preparo

Refogue o alho e a cebola com o óleo de milho (para quem gosta de um sabor um pouco mais forte, pode utilizar também o óleo das latas de sardinha). Acrescente o purê de tomate, a água e uma pitada de açúcar. Deixe apurar um pouco, em fogo baixo.

Enquanto isso, com o auxílio de um garfo, amasse as sardinhas de 5 das 6 latas, reservando o conteúdo de uma lata para decoração. Acrescente ao molho, então, o molho, a sardinha, a azeitona, o milho, a ervilha, a salsinha picada, os ovos e o palmito.

Misture bem e acrescente a farinha de milho lentamente, até obter uma massa não muito dura. Deixe cozinhar um pouco até despregar da panela e, em seguida, passe para uma forma redonda com buraco no meio, já decorada com as sardinhas, os tomates e ovos cozidos em fatias ao redor. Dica: umedeça um pouco a forma para que os ovos, tomates e sardinhas  possam aderir à forma antes da massa ser colocada.

Despeje e pressione a massa contra a forma para ficar bem firme. Espere esfriar e desenforme.

By Joemir Rosa.

Milho de pipoca

Posted in Inspiração with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 25/06/2012 by Joe

Milho de pipoca que não passa pelo fogo continua a ser milho para sempre.

Assim acontece com a gente. As grandes transformações acontecem quando passamos pelo fogo.

Quem não passa pelo fogo fica do mesmo jeito a vida inteira. São pessoas de uma mesmice e uma dureza assombrosas. Só que elas não percebem e acham que seu jeito de ser é o melhor jeito de ser. Mas, de repente, vem o fogo.

O fogo é quando a vida nos lança numa situação que nunca imaginamos: a dor.

Pode ser fogo de fora: perder um amor, perder um filho, o pai, a mãe, perder o emprego ou ficar pobre.

Pode ser fogo de dentro: pânico, medo, ansiedade, depressão ou sofrimento, cujas causas ignoramos.

Há sempre o recurso do remédio: apagar o fogo! Sem fogo o sofrimento diminui. Com isso, a possibilidade da grande transformação também.

Imagino que a pobre pipoca, fechada dentro da panela, lá dentro cada vez mais quente, pensa que sua hora chegou: vai morrer. Dentro de sua casca dura, fechada em si mesma, ela não pode imaginar um destino diferente para si.

Não pode imaginar a transformação que está sendo preparada para ela. A pipoca não imagina aquilo de que ela é capaz. Aí, sem aviso prévio, pelo poder do fogo a grande transformação acontece: BUM!

E ela aparece como uma outra coisa completamente diferente, algo que ela mesma nunca havia sonhado.

Bom, mas ainda temos o piruá, que é o milho de pipoca que se recusa a estourar. São como aquelas pessoas que, por mais que o fogo esquente, se recusam a mudar. Elas acham que não pode existir coisa mais maravilhosa do que o jeito delas serem.

A presunção e o medo são a dura casca do milho que não estoura. No entanto, o destino delas é triste, já que ficarão duras a vida inteira. Não vão se transformar na flor branca, macia e nutritiva. Não vão dar alegria para ninguém.

By Rubem Alves, do livro: “O Amor que Acende a Lua”.

Capturando porcos selvagens

Posted in Atualidade with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 12/07/2011 by Joe

As histórias sobre o comunismo, socialismo e totalitarismo estão repletas de exemplos que comprovam a sua inutilidade. A mais recente comprovação foi de Nicolas Sarkozy, Presidente eleito da França: “Não se pode criar impostos para estimular aquele que cobra do Estado sem trabalhar. Querer viver sem obrigações e gozar sem trabalhar é impossível”.

E o que estão fazendo certos presidentes na América do Sul?

Uma história comprova a voracidade do poder sobre a população embriagada pelas promessas de viver sem obrigações e gozar sem trabalhar.

“Um dia, o professor de química de um grande colégio, enquanto a turma estava no laboratório, percebeu um jovem que coçava continuamente as costas e se esticava como se elas doessem.

Ao ser questionado, o aluno respondeu que tinha uma bala alojada nas costas, pois tinha sido alvejado quando lutava contra os comunistas de seu país que estavam tentando derrubar o governo e instalar um novo regime, um “outro mundo possível”.

No meio do relato ele olhou para o professor e perguntou:

– “O senhor sabe como se capturam porcos selvagens?”

– “Não”, respondeu o professor.

– “Você captura porcos selvagens encontrando um lugar adequado na floresta e colocando algum milho no chão. Os porcos vem todos os dias comer o milho gratuito. Quando eles se acostumam a vir todos os dias, você coloca uma cerca. Mas só de um lado do lugar onde eles se acostumaram a vir. Quando eles se acostumam com a cerca, eles voltam para comer o milho e você coloca o outro lado da cerca. Mais uma vez eles se acostumam e voltam para comer.

Você continua assim até colocar os quatro lados da cerca em volta deles, com uma porta no último lado. O porcos, que já se acostumaram ao milho fácil e às cercas, continuam a vir. Você, então, fecha a porteira e captura o grupo todo. Assim, em um segundo, os porcos perdem a liberdade, ficam dando voltas dentro da cerca, porém logo voltam a comer o milho fácil e gratuito e esquecem de como teriam que caçar na floresta e aceitam a servidão”.

O jovem, então, disse ao professor que era isso o que ele via acontecer em seu país. O governo ficava empurrando o povo para o comunismo e o socialismo, espalhando o milho gratuito, na forma de propagandas de auxílio de renda, bolsas isso e aquilo, impostos variados, estatutos de proteção, cotas para estes e aqueles, subsídio para todo tipo de coisa, programas de bem-estar social, medicina e medicamentos gratuitos, novas leis, novos impostos e assim por diante até a perda contínua da liberdade. Migalha a migalha …

Quando será que vamos acordar e perceber que toda essa maravilhosa “ajuda” governamental se opõe ao futuro da democracia em nosso país?

O milho já está sendo colocado faz tempo; as cercas estão sendo colocadas aos poucos; imperceptivelmente …

E quando menos se espera … pronto!! Trancam a porteira!!!”

Até quando aceitaremos o milho e a cerca?

Desconheço a autoria do texto, mas sabemos bem quem está colocando a cerca e espalhando o milho!

Para sempre …

Posted in Inspiração with tags , , , , , , , , , , , , , , , , on 08/05/2011 by Joe

Por que Deus permite que as mães vão-se embora?

Mãe não tem limite, é tempo sem hora, luz que não apaga quando sopra o vento e a chuva desaba;

Veludo escondido na pele enrugada,
água pura, ar puro, puro pensamento.

Morrer acontece com o que é breve, e passa sem deixar vestígio.

Mãe, na sua graça, é eternidade.

Por que Deus se lembra – mistério profundo – de tirá-la um dia?
Fosse eu Rei do Mundo, baixava uma lei:

Mãe não morre nunca, mãe ficará sempre junto de seu filho
e ele, velho embora, será pequenino feito grão de milho.

By Carlos Drummond de Andrade.

Saudades ….

By Joe!

Polenta recheada

Posted in Receitas with tags , , , , , , , , on 15/01/2011 by Joe

Polenta é um alimento típico da culinária italiana, com grande aceitação em diversos países, como Argentina e Brasil. Sua base é a farinha de milho.

Antes da chegada de imigrantes italianos, já se consumia no Brasil uma forma de polenta de milho denominada angu que pode ter a consistência de uma polenta firme ou cremosa.

A polenta tem origem na região norte da Itália. Constituía a base alimentar da população e dos legionários romanos. Era feita de principalmente de aveia, mas podiam ser utilizados outros cereais como a farinha de trigo.

Pouco depois da chegada dos espanhois ao Caribe, em 1492, o milho foi introduzido na Europa. Na Itália, o milho passou a ser cultivado, onde as chuvas são abundantes. A partir de então é que a polenta passou a ser feita de milho.

A polenta de milho tornou-se o principal prato nas regiões de Veneza e Friuli, onde passou a substituir o pão (feito com trigo) e o macarrão. Inicialmente restrita a essas regiões, em pouco tempo a polenta passou a dominar todos os aspectos da culinária italiana. A polenta sempre foi feita da mesma forma: com bastante esforço e paciência, misturando a pasta de milho com água em caldeirões de cobre, aquecidas sobre o fogo.

Pode ser servida mole, dura, grelhada ou frita. Pode ser recheada com uma imensa quantidade de molhos ou outros ingredientes, acrescentados enquanto ela ainda está quente e mole.

Antigamente considerada “comida de pobres”, a polenta hoje é usada em diversas casas e restaurantes, sem essa conotação.

Recentemente, a indústria alimentícia lançou polentas pré-preparadas, para serem feitas em refeições instantâneas.

A receita do post de hoje é uma das diversas formas de se preparar esse delicioso prato, associando-se a famosa dupla frango com polenta!

Polenta recheada com frango

Ingredientes

Para a polenta

1 colher (sopa) de manteiga
4 tabletes de caldo de galinha
2 xícaras (chá) de fubá
azeite ou margarina para untar a forma

Para o molho

1 peito de frango (± 500 g)
1 xícara (chá) de vinagre
2 tabletes de caldo de galinha
1 folha de louro
2 colheres (sopa) de óleo
2 cebolas picadas
meia xícara (chá) de azeitonas verdes picadas
1 xícara (chá) de polpa de tomate
1 colher (chá) de açúcar
1 colher (sopa) de salsa picada

Modo de preparo

Polenta

Coloque para ferver dois litros de água com a manteiga. Dissolva os tabletes de caldo de galinha e adicione à água. Em seguida adicione também o fubá (polvilhando) e misturando bem com uma colher de pau. Cozinhe em fogo baixo, mexendo sempre, até aparecer o fundo da panela (cerca de 25 minutos).

Molho

Cozinhe o frango com duas xícaras (chá) de água, o vinagre, o caldo de galinha e o louro em uma panela de pressão, por cerca de 30 minutos. Espere sair a pressão, destampe a panela, retire e desfie o frango. Reserve.

Em uma panela, aqueça o óleo, refogue a cebola e as azeitonas. Junte a polpa de tomate, o açúcar e meia xícara (chá) de água. Junte o frango desfiado e deixe cozinhar por cerca de 10 minutos ou até apurar o molho.

Montagem

Espalhe metade da polenta em um refratário médio (20 x 30 cm) untado com azeite ou margarina. Espalhe metade do molho e polvilhe a mussarela ralada. Espalhe a outra metade da polenta por cima, a outra parte do molho, o queijo parmesão e leve ao forno por alguns minutos para derreter bem a mussarela.

Um bom vinho Chianti vai bem como acompanhamento.

By Joe.

%d blogueiros gostam disto: