Arquivo para Liderança

Expectativas de soluções mágicas

Posted in Inspiração with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 16/08/2013 by Joe

Soluções mágicas

Esperar que uma grande jogada do destino salve a empresa é a mesma coisa que acreditar em Papai Noel. A ilusão é o pior alimento que uma empresa pode ter! Quando nos deparamos com uma competição como as Olimpíadas, por exemplo, percebemos que os resultados são fruto de sangue, suor e sacrifícios.

Todo campeão, ao receber a medalha, geralmente diz que valeu a pena o sacrifício, que a sensação de vencer apagou tudo o que ele deixou de fazer para se preparar. O campeão reconhece que, sem dedicação, o sonho se transforma em frustração. Ele sabe que o sucesso da empresa depende do crescimento e da motivação de sua equipe.

Aqueles que aguardam soluções mágicas são os mesmos que se desesperam quando as dificuldades começam a aparecer. Não estão preparados para entender que as dificuldades fazem parte das grandes conquistas.

Os campeões são diferentes. Eles têm uma enorme capacidade para enfrentar os problemas e sentem prazer em resolvê-los. Eles sabem que um problema é um problema e deve ser enfrentado sempre, e com força total.

O campeão resolve! Sonha alto e trabalha duro. Envolve-se com os todos os projetos. Sabe que para obter tudo o que deseja deve fazer a sua parte. Lógico, todos sabem que milagres existem! Mas eles não acontecem… são realizados. Milagres são realizações de pessoas, de equipes motivadas e conscientes dos seus desafios.

By Roberto Shinyashiki, no livro “Liderança em tempo de tempestade”.

Palavras movem, exemplos arrastam

Posted in Reflexão with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , on 17/12/2012 by Joe

Líder 4

Numa tarde de domingo, um pai e seus dois filhos chegam ao parque de diversões e dirigem-se à bilheteria, onde o pai pergunta:

– “Olá, boa tarde. Quanto custa a entrada?”

– “São R$20,00 para o senhor e para qualquer criança maior de seis anos. A entrada é grátis se eles tiverem seis anos ou menos. Quantos anos eles têm?”

– “O menor tem três anos e o maior sete anos” – respondeu o pai.

O rapaz da bilheteria, então, comentou:

– “Poxa, se tivesse me dito que o mais velho tinha seis anos, eu não notaria a diferença e você poderia ter economizado R$ 20,00”.

O pai então respondeu:

– “É verdade, talvez você não notasse a diferença, mas meus filhos saberiam que eu menti”.

Em liderança, atitudes e exemplos não são apenas a melhor, senão a única maneira de influenciar positivamente as pessoas. Os exemplos caem no coração das pessoas como se fossem sementes, que germinarão, crescerão e frutificarão, gerando os melhores frutos.

É por isso que as atitudes de um líder precisam “falar” mais alto que suas palavras, porque suas palavras movem, mas seus exemplos arrastam.

By Farias Souza.

Poder e autoridade

Posted in Reflexão with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 31/08/2012 by Joe

Na dinâmica da vida social o poder exerce forte fascínio sobre as criaturas. Muitas pessoas desejam ocupar cargos que lhes conceda poder sobre outros indivíduos, mas poucas sabem exercer esse encargo com autoridade.

Ter poder não é o mesmo que ter autoridade!

O poder “é a faculdade de forçar ou coagir alguém a fazer a sua vontade, por causa de sua posição ou força, mesmo que a pessoa preferisse não fazê-lo.”

A autoridade é “a habilidade de levar as pessoas a fazerem de boa vontade o que você quer, por causa de sua influência pessoal.”

Para exercer o poder não é necessário ter coragem, nem inteligência avantajada. Crianças menores de dois anos são mestras em dar ordens a seus pais. A história da humanidade registrou os feitos de muitos governantes déspotas e insensatos.

Mas, para ter autoridade sobre pessoas é preciso um conjunto de habilidades especiais. Uma pessoa pode exercer autoridade mesmo não estando num cargo de poder, enquanto outra pode estar no poder e não ter autoridade alguma sobre seus subordinados.

Em uma sociedade injusta, o poder pode ser vendido e comprado, dado e tomado. As pessoas podem ser colocadas no poder porque são parentes ou amigas de alguém, porque têm dinheiro, uma posição social de destaque ou outra conveniência qualquer.

Mas com a autoridade isso não ocorre…

A autoridade não pode ser comprada nem vendida, nem dada ou tomada. Diz respeito a quem você é como pessoa, ao seu caráter e à influência que exerce sobre terceiros.

Para estabelecer autoridade, o líder precisa ser honesto, confiável, responsável, respeitoso, entusiasta, afável, justo, dar bom exemplo, ser bom ouvinte.

Quem não tem autoridade pensa só nas tarefas e exige que suas ordens sejam cumpridas. Quem tem autoridade pensa nas tarefas, mas cuida também dos relacionamentos. No processo administrativo há sempre essas duas dinâmicas em jogo: a tarefa e o relacionamento.

Atender uma, em detrimento da outra, é caminho curto para o fracasso! E conseguir o equilíbrio entre ambas é uma característica de quem exerce liderança com autoridade.

Assim sendo, se você é um líder e precisa lembrar isto às pessoas, é porque você não é.

Mas se você não está no poder e, mesmo assim, as pessoas buscam suas orientações, é porque você tem autoridade.

Pense nisso, e lembre-se: liderar é executar as tarefas que estão sob sua responsabilidade ao tempo em que constrói bons e duradouros relacionamentos.

O líder ideal é aquele que, pela sua autoridade intelecto-moral, inspira os seus colaboradores e os eleva à condição de amigos.

Quem tem autoridade efetiva não teme perdê-la ao se aproximar dos outros e tratá-los exatamente como gostaria que os outros o tratassem.

Assim, se você é responsável pela condução de outros seres, medite quanto à responsabilidade que lhe cabe sobre os destinos dessas pessoas e procure ser alguém com autoridade, e jamais apenas alguém que detém o poder. Procure ouvir mais de perto os que convivem com você!

Texto com base no cap. 1, do livro O Monge e o Executivo, de James C. Hanter, Ed. Sextante.

A Educação não pode ser delegada à Escola.

Posted in Relacionamentos with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 21/04/2011 by Joe

Palestra do Dr. Içami Tiba, em Curitiba:

1. A educação não pode ser delegada à escola. Aluno é transitório. Filho é para sempre.

2. O quarto não é lugar para fazer criança cumprir castigo. Não se pode castigar alguém com internet, som, tv, etc.

3. Educar significa punir as condutas derivadas de um comportamento errôneo. Queimou índio pataxó, a pena (condenação judicial) deve ser passar o dia todo em um hospital de queimados.

4. Confrontar o que  o filho conta com a verdade real. Se falar que professor o xingou, tem que ir até a escola e ouvir o outro lado, além das testemunhas.

5. Informação é diferente de conhecimento. O ato de conhecer vem após o ato de ser informado de alguma coisa. Não são todos que conhecem. Conhecer camisinha e não usar significa que não se tem o conhecimento da prevenção que a camisinha proporciona.

6. A autoridade deve ser compartilhada entre os pais. Ambos devem mandar. Não podem sucumbir aos desejos da criança. Criança não quer comer? A mãe não pode alimentá-la. A criança deve aguardar até a próxima refeição que a família fará. A criança não pode alterar as regras da casa. A mãe não pode interferir nas regras ditadas pelo pai (e nas punições também) e vice-versa. Se o pai disse que não ganhará doce, a mãe não pode interferir. Tem que respeitar sob pena de criar um delinquente. Em casa que tem comida, criança não morre de fome. Se ela quiser comer, saberá a hora. E é o adulto quem tem que dizer qual é a hora de se comer e o que comer.

7. A criança deve ser capaz de explicar aos pais  a matéria que estudou e na qual será testada. Não pode simplesmente repetir, decorado. Tem que entender.

8. Temos que produzir o máximo que podemos, pois na vida não podemos aceitar a média exigida pelo colégio. Não podemos dar apenas 70% de nós, ou seja, não podemos tirar apenas 7,0.

9. As drogas e a gravidez indesejada estão em alta porque os adolescentes estão em busca de prazer. E o prazer é inconsequente, pois aquela informação, de que droga faz mal, não está gerando conhecimento.

10. A gravidez é um sucesso biológico, e um fracasso sob o ponto de vista sexual.

11. Maconha não produz efeito só quando é utilizada. Quem está são, mas é dependente, agride a mãe para poder sair de casa, para fazer uso da droga. A mãe deve, então, virar as costas e não aceitar as agressões. Não pode ficar discutindo e tentando dissuadi-lo da idéia. Tem que dizer que não conversará com ele e pronto. Deve “abandoná-lo”.

12. A mãe é incompetente para “abandonar” o filho. Se soubesse fazê-lo,  o filho a respeitaria. Como sabe que a mãe está sempre ali, não a respeita.

13. Homem não gosta quando a mulher vem perguntar: “E aí, como foi o seu dia?”. O dia, para o homem, já foi, e ele só falará se tiver alguma coisa relevante. Não quer relembrar todos os fatos do dia.

14. Se o pai ficar nervoso porque o filho aprontou alguma coisa, não deve alterar a voz. Deve dizer que está nervoso e, por isso, não quer discussão até ficar calmo. A calmaria, deve o pai dizer, virá em 2, 3, 4 dias. Enquanto isso, o videogame, as saídas, a balada, ficarão suspensas, até ele se acalmar e aplicar o devido castigo.

15. Se  o filho não aprendeu ganhando, tem que aprender perdendo.

16. Não pode prometer presente pelo sucesso que é sua obrigação. Tirar nota boa é obrigação. Não xingar avós é obrigação. Ser polido é obrigação. Passar no vestibular é obrigação. Se ganhou o carro após o vestibular, ele o perderá se desistir ou for mal na faculdade.

17. Quem educa filho é pai e mãe. Avós não podem interferir na educação do neto, de maneira alguma. Jamais. Não é cabível palpite. Nunca.

18. Mães, muitas são loucas. Devem ser tratadas.

19. Se a mãe engolir sapos do filho, a sociedade terá que engolir os dele.

20. Videogames são um perigo. Os pais têm que explicar como é a realidade. Na vida real, não existem “vidas”, mas sim uma única vida. Não dá para morrer e reencarnar. Não dá para apostar tudo, apertar o botão e zerar a dívida.

21. Professor tem que ser líder. Inspirar liderança. Não pode apenas bater cartão.

22. Pai não pode explorar o filho por uma inabilidade que o próprio pai tenha. “Filho, digite tudo isso aqui pra mim porque não sei ligar o computador”. O filho tem que ensiná-lo para aprender a ser líder. Se o filho ensina o líder (pai), então ele também será um líder. Pai tem que saber usar o Skype, pois no mundo em que a ligação é gratuita pelo Skype, é inconcebível o pai pagar para falar com o filho que mora longe.

23. O erro mais frequente na educação do filho é colocá-lo no topo da casa. Não há hierarquia. O filho não pode ser a razão de viver de um casal. O filho é um dos elementos. O casal tem que deixá-lo, no máximo, no mesmo nível que eles. A sociedade pagará o preço quando alguém é educado achando-se o centro do universo.

24. Filhos drogados são aqueles que sempre estiveram no topo da família.

25. Cair na conversa do filho é criar um marginal. Filho não pode dar palpite em coisa de adulto. Se ele quiser opinar sobre qual deve ser a geladeira, terá que saber qual é o consumo (KWh) da que ele indicar. Se quiser dizer como deve ser a nova casa, tem que dizer quanto que isso (seus supostos luxos) incrementará o gasto final.

26. Dinheiro a rodo para o filho é prejudicial. Tem que controlar e ensinar a gastar.

By Dr. Içami Tiba, psiquiatra.

Em pesquisa realizada em março de 2004, pelo IBOPE, entre os psicólogos do Conselho Federal de Psicologia, os entrevistados colocaram o Dr. Içami Tiba como terceiro autor de referência e admiração – o primeiro nacional:

1º- lugar: Sigmund Freud;
2º- lugar: Gustav Jung;
3º- Lugar: Içami Tiba

Dunga X Maradona

Posted in Relacionamentos with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 08/07/2010 by Joe

Para todos os que estavam torcendo pelo hexa, a frustração não vem apenas pelo fato da seleção ter perdido para a Holanda, mas principalmente porque tínhamos plenas condições de vencer.

O desequilíbrio emocional do time do Brasil ficou evidente na reação individual de alguns jogadores, e na incapacidade de reação de toda a equipe.

Uma das perguntas que não quer calar é:

“Por que a seleção brasileira demonstrou tamanho desequilíbrio emocional?”.

Bem, existem várias respostas para esta pergunta, e algumas delas nunca iremos descobrir. Por isso permita-me ater àquela que ficou evidente para todos nós: a grande diferença entre poder e autoridade. De um lado o poder, representado pelo zangado Dunga, e de outro a autoridade, exemplificada por nosso “hermanito” Diego Maradona, um dos grandes personagens desta copa.

Imagine dois meninos participando de um campeonato de futebol na escola. Do lado de fora o pai de um deles dá bronca, xinga, grita, briga e não aceita qualquer erro do filho. No intervalo, descontrolado, aponta tudo o que o filho fez de errado e exige que ele melhore o seu desempenho, porque se não o fizer, a bronca vai ser ainda maior. Já o pai do outro menino, apesar de alguns erros do filho, o incentiva o tempo todo, sinaliza que acredita nele, grita palavras de apoio e, no intervalo, enfatiza o que ele está fazendo bem, ajuda-o a enxergar o que pode melhorar, reitera o quanto acredita em seu potencial e que, independente do resultado, ele sempre terá o seu apoio.

O primeiro pai adota a postura “Dunga” de liderança, onde manda quem pode e obedece quem tem juízo, enquanto o segundo pai prefere o estilo “Maradona”, permitindo que as pessoas façam o que precisa ser feito por que assim o desejam. Esta é a diferença entre poder e autoridade.

Segundo Max Weber, autoridade é a habilidade de levar as pessoas a fazerem sua vontade de bom grado por causa de sua influência pessoal; e poder é a capacidade de obrigar ou coagir as pessoas a fazerem sua vontade, por causa de sua posição ou força, mesmo que elas preferissem não fazê-lo.

O poder pode ser comprado, vendido, negociado, subornado, dado e retirado. Preferências pessoais, amizades, laços familiares e interesses escusos podem colocar uma pessoa em posição de poder, mas não podem dar-lhe autoridade. Poder é o que você faz, autoridade é o que você é. Voltando ao exemplo dos meninos, qual dos dois meninos você preferiria ser? Qual dos pais você preferiria ter ao seu lado num jogo de futebol? Certamente, o segundo.

Não importa o tipo de sua organização: indústria, comércio, serviços, família, igreja, clube, ONG, condomínio ou esportes, ela opera no ramo dos relacionamentos; elas só existem e acontecem por causa das pessoas, e aí é que mora o perigo do abuso de poder; com o tempo, ele compromete o principal negócio das organizações: os relacionamentos.

É por isso que modelos “Henry Ford” de liderança não têm mais espaço nos dias de hoje. Pensamentos como: “Pode ser de qualquer cor, desde que seja preto” ou “Por que ouvir as pessoas e suas ideias se eu apenas preciso delas do pescoço para baixo?” já não fazem tanto sucesso em nossos dias. Esta cultura teve sua aplicação ao longo da História, mas o seu tempo já passou. É por isso que o modelo “Dunga” de liderança não funciona, e não funcionou.

Você pode estar pensando: “Mas a Argentina também perdeu, portanto, o modelo de Maradona tampouco funciona”. A verdade é que as derrotas também fazem parte do caminho do aprendizado. A derrota não invalida uma boa liderança. Se você notou, quando terminou o jogo do Brasil com a Holanda, Dunga abaixou a cabeça e foi direto para o vestiário sem conversar com seus jogadores, enquanto Maradona, após ser atropelado pela Alemanha, ao final da partida caminhou em direção a cada jogador, agradecendo, beijando e consolando um a um.

A autoridade é legitimada pela equipe, estabelecendo a conexão entre líder e liderados, já o poder distancia o líder de sua equipe. A autoridade reforça a confiança, enquanto o poder aumenta o controle. A autoridade permite que as pessoas arrisquem mais porque sabem que um possível erro será usado como aprendizado; já o poder inibe a criatividade porque as pessoas sabem que serão punidas por seus erros. A autoridade traz maior  confiança, controle e estabilidade emocional à equipe, enquanto o poder desestabiliza e fragiliza as pessoas, e foi justamente isso que aconteceu com nossa seleção.

O verdadeiro líder conhece a si mesmo e está tão seguro de sua identidade que nada, nem ninguém, podem impedí-lo de identificar e atender as legítimas necessidades de seus liderados, conquistando, assim, a autoridade necessária para aumentar a confiança e diminuir o controle sobre as pessoas. Portanto, como líder, priorize a autoridade.

By Marco Fabossi, conferencista, escritor, consultor, coach executivo e coach de equipe, com foco em liderança.
Site: www.marcofabossi.com.br.

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