Crise

Um homem vivia à beira de uma estrada e vendia cachorro quente. Ele não tinha rádio, não tinha televisão e nem lia jornais, mas produzia e vendia o melhor cachorro quente da região.

Ele se preocupava com a divulgação do seu negócio e colocava cartazes pela estrada, oferecia o seu produto em voz alta e o povo comprava e gostava.

As vendas foram aumentando e, cada vez mais ele comprava o melhor pão e a melhor salsicha. Foi necessário também adquirir um fogão maior para atender a grande quantidade de fregueses.

E o negócio prosperava e prosperava . . . Seu cachorro quente era o melhor!

Vencedor, ele conseguiu pagar uma boa escola ao filho. O menino cresceu e foi estudar Economia numa das melhores Faculdades do país.

Finalmente, o filho já formado, voltou para casa, notou que o pai continuava com a vida de sempre, vendendo, agradando e prosperando e decidiu ter uma séria conversa com o pai:

– “Pai, então você não ouve rádio? Você não vê televisão? Não acessa a Internet e não lê os jornais? Há uma grande crise no mundo. A situação do nosso país é crítica. Está tudo ruim. O Brasil vai quebrar”.

Depois de ouvir as considerações do filho doutor, o pai pensou:

– “Bem, se meu filho, que estudou Economia na melhor faculdade, lê jornais, vê televisão e internet, e acha isso, então só pode estar com a razão!”

Com medo da crise, o pai procurou um fornecedor de pão mais barato (e, óbvio, de pior qualidade). Começou a comprar salsichas mais baratas (que eram, também, piores). Para economizar, parou de fazer cartazes de propaganda na estrada. Abatido pela notícia da crise, já não oferecia o seu produto em voz alta.

Tomadas essas ‘providências’, as vendas começaram a cair e foram caindo, caindo e chegaram a níveis insuportáveis e o negócio de cachorro quente do velho, que antes gerava recursos até para fazer o filho estudar economia na melhor faculdade … quebrou!

O pai, triste, então falou para o filho:

– ‘Você estava certo, meu filho, nós estamos no meio de uma grande crise!”

E comentou com os amigos, orgulhoso:

– “Bendita a hora em que eu fiz meu filho estudar economia, ele me avisou da crise …”

Tiramos uma grande lição dessa história:

Vivemos em um mundo contaminado de más notícias e, se não tomarmos o devido cuidado, essas más noticias nos influenciarão a ponto de roubar a prosperidade de nossas vidas!

Este texto, originalmente, foi publicado em 24 de fevereiro de 1958 em um anúncio da Quaker State Metais Co. Em novembro de 1990 foi divulgado pela agência ELLCE, de São Paulo.

E hoje, em pleno 2012, continua atualíssimo! Cuidado com essa contaminação que anda perambulando pelo mundo, não só no que diz respeito à Economia, mas também em outras áreas. Fique atento, principalmente, com o envenenamento mental interior.

By Joemir Rosa.

2 Respostas to “Crise”

  1. Abel Graça Says:

    isto dá que pensar. Não podemos ser todos Dr.

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  2. Ana Maria Mantzos Says:

    O cara tinha a a vitória nas mãos e deixou-a escapar por causa de uma simples sugestão alheia!

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