
O assunto a seguir é de suma importância e deve ser divulgado a todos os familiares, amigos e vizinhos. Lembrando que, no Japão, cada vez que uma lâmpada fluorescente é quebrada, o ambiente é evacuado por até 8 horas, dado o índice de contaminação por mercúrio!
Aqui no Brasil é frequente encontrarmos lâmpadas tubulares jogadas no lixo comum, nas ruas e até crianças brincando com elas!
By Joemir Rosa.
Desde o apagão de 2001, quando as chamadas lâmpadas econômicas se incorporaram à vida brasileira, o consumo desse tipo de produto manteve-se em escala ascendente. Só nos últimos quatro anos, a média de crescimento foi da ordem de 20% ao ano.
O volume de importações em 2007 ficou em aproximadamente 80 milhões de unidades, vindas quase todas da China, país que lidera a fabricação no continente asiático, onde esse processo está concentrado.
A mais recente Pesquisa de Posse e Hábitos de Consumo de Energia, realizada de 2004 a 2006 sob coordenação da Eletrobrás, por meio do Procel (Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica), revelou que 96% dos entrevistados conhecem as lâmpadas fluorescentes. No entanto, apenas 14% desse universo as utiliza em sua forma compacta, percentual que sobe para 30%, se contabilizadas as lâmpadas tubulares.
O resultado, longe de desanimar o mercado, o estimula. “Já temos meio caminho andado”, disse à Ambiente Brasil Alexandre Cricci, presidente da Associação Brasileira de Importadores de Produtos de Iluminação (ABilumi).
Para ganhar o espaço existente em novos adeptos, ele conta com duas frentes em potencial. Primeiro, a maior qualidade das lâmpadas fluorescentes que, há uma década, decepcionaram significativa parte dos consumidores, em função de importações que não observaram mínimos critérios técnicos.
Agora, essa decepção é bem menos provável. Em dezembro passado, entrou em vigor legislação do Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial) obrigando todos os produtos do gênero a exibirem um selo que ateste o cumprimento das exigências do órgão quanto a seu desempenho. É a Etiqueta Nacional de Conservação de Energia (Ence).
A fabricação se aprimorou de tal modo que não tem havido dificuldade em cumprir outra exigência do Inmetro: garantia mínima de um ano. Alguns fabricantes chegam a dobrar esse período.
Vitoriosa na trincheira da qualidade, a ABilumi enfrenta outra batalha: o desconhecimento do grande público quanto à economia proporcionada pelas lâmpadas fluorescentes compactas ou tubulares. “É difícil para as pessoas perceberem isso porque só cerca de 20% do consumo de energia de uma residência vai para a iluminação”, diz Cricci, lembrando o peso na conta proporcionado pelo chuveiro elétrico e pelo ferro de passar roupa, por exemplo.
“O produto é bom e economiza, mas ninguém sabe dizer exatamente quanto isso representa no bolso”, resume.
A ABilumi conseguiu comprovar que cada lâmpada fluorescente compacta de 15W – equivalente a uma incandescente de 60W – resulta em uma economia de 2 reais por mês na conta de luz. Quem tem dez lâmpadas – algo razoável em residências de classe média – já aufere R$ 20 em economia. A entidade quer propagar essa informação de forma maciça. No entanto, pela abrangência e pelo tamanho do investimento necessário, inclusive com anúncios em rádio e televisão, está no momento buscando apoio governamental para a implementação da proposta.
Cuidados
O consumidor precisa ter cuidados no manuseio e uso das lâmpadas fluorescentes. Elas são conhecidas pelo baixo consumo e são indicadas por serem mais econômicas energeticamente. Porém, quando quebradas, tornam-se perigosas devido aos vapores tóxicos de um metal existente na composição destas lâmpadas: o mercúrio, com piores efeitos tóxicos que o chumbo.
Este metal pode causar muitos danos à saúde e ao meio ambiente, tais como: enxaqueca, desorientação, problemas de pele, desequilíbrios, alergias, e outras doenças graves se for tocado e/ou inalado (dados do Ministério Britânico de Saúde).
No caso de acontecer a quebra de uma lâmpada fluorescente, são necessários os seguintes cuidados:
– Logo após o acidente, abrir todas as portas e janelas do ambiente, aumentando a ventilação.
– Ausentar-se do local por, no mínimo, 30 minutos.
– Não usar equipamento de aspiração para a limpeza.
– Após 30 minutos, colete os cacos de vidro e coloque-os em saco plástico. Procure utilizar luvas de borracha e, se possível, máscara descartável e avental para evitar contato do material recolhido com a pele.
– Com a ajuda de um papel umedecido, colete os pequenos resíduos que ainda restarem.
– Coloque o papel dentro de um saco plástico e feche-o. Nunca use jornal.
– Coloque todo o material dentro de um segundo saco plástico. Assim que possível, lacre o saco plástico evitando a contínua evaporação do mercúrio liberado;
– Logo após o procedimento, lave as mãos com água corrente e sabão.
– Descartar o saco plástico em local adequado para recolhimento de baterias de celular e pilhas comuns (jamais jogue no lixo!).
Para descarte de grandes quantidades de lâmpadas fluorescentes, entre em contato com empresas que fazem esse tipo de coleta. Veja relação no site governamental da Coleta Solidária, abaixo.
Fontes: Mônica Pinto / AmbienteBrasil
www.coletasolidaria.gov.br/menu/material-de-apoio/reciclagem-de-lampadas-fluorescentes-no-brasil
-23.548943
-46.638818
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