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Picanha parrilla

Posted in Receitas with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 13/12/2014 by Joe

Picanha parrilla

Em primeiro lugar, um aviso: se você é vegetariano clique aqui!

Agora, sim, vamos falar de churrasco!

Não se sabe exatamente a origem do churrasco, mas presume-se que a partir do domínio do fogo na pré-história, o homem passou a assar a carne de caça quando percebeu que o processo a deixava mais macia. Com o tempo, as técnicas foram aperfeiçoadas, principalmente entre os caçadores e criadores de gado, dependendo sempre do tipo de carne e lenha disponíveis.

Na América do Sul, a primeira grande área de criação de gado foi o pampa, extensa região de pastagem natural que compreende parte do território do estado do Rio Grande do Sul, no Brasil, além da Argentina e Uruguai. Foi ali que os vaqueiros, conhecidos como gaúchos, tornaram o prato famoso e típico.

A carne assada era a refeição mais fácil de se preparar quando se passava dias fora de casa, bastando uma estaca de madeira, uma faca afiada, um bom fogo e sal grosso, ingrediente abundante que é utilizado como complemento alimentar do gado.

A partir dali o costume cruzou as regiões e se tornou um prato nacional, multiplicando-se as formas de preparo, o que gera entre os adeptos muita discussão sobre o verdadeiro churrasco, como por exemplo, a utilização de lenha ou carvão, de espeto ou grelha, temperado ou não, com sal grosso ou refinado, de gado, suíno, aves ou frutos do mar.

O correto é afirmar que não existe fórmula exata, uma vez que cada região desenvolveu um tipo diferente de carne assada, mas, sem dúvida alguma, a imagem mais famosa no Brasil é o churrasco preparado pelos gaúchos, expressão que virou nome do cidadão nascido no estado do Rio Grande do Sul.

Dizem que a palavra churrasco não nasceu nessas paragens, sendo muito mais antiga, anterior à presença dos romanos na Península Ibérica, e que nos chegou vinda de “sukarra” (chamas de fogo, incêndio), formada por “su” (fogo) e “karra” (chama).

Este vocábulo apareceu primeiramente em castelhano sob a forma “socarrar” e ao longo dos séculos derivaram-se diversas variantes dialetais na Espanha. Na Argentina e no Uruguai o churrasco típico é chamado “asado“, e é o prato nacional de ambos os países. Tradicionalmente é feito na grelha com uso de lenha, mas também se usa carvão pela praticidade.

Os gaúchos alimentavam-se sobretudo de churrasco no pão, que está na origem do asado rio-platense. Na Argentina, o asado tradicional dos Pampas estendeu-se a toda a população, e hoje, devido à qualidade e ao preço baixo, é consumido por todas as classes sociais. É até comum ver operários preparando o prato na rua na hora do almoço.

No Brasil, churrasco se refere a toda carne assada na churrasqueira ou no estilo fogo de chão, quase sempre em grandes espetos na região sul, e grelha nas outras regiões. O tempero varia conforme o gosto e o costume local, podendo ser simplesmente sal grosso ou refinado, até as mais elaboradas fórmulas. De longe, a carne preferida é a bovina, mas também são muito apreciadas as carnes de origem suína, ovina, de aves, além de embutidos, como a linguiça.

Não vou dar aqui nenhuma fórmula para um churrasco perfeito, pois sei que todo mundo tem a sua. Por outro lado, vou sugerir um prato delicioso e muito fácil de preparar no fogão mesmo, de forma muito rápida. A picanha parrilla é um prato cuja origem pode ser atribuída aos uruguaios. Deve ser preparada com a carne cortada em pedaços altos e preparada com muito carinho!

Antes de começar, porém, algumas dicas importantes:

Picanha1. Uma boa peça de picanha deve ter em torno de 1,2 kg até 1,5 kg, no máximo.

2. Ao preparar a carne, jamais esprema com o garfo.

3. Também não fure a carne achando que, com isso, o tempero vai entrar na carne.

Isso posto, vamos à receita!!

Picanha parrilla

Ingredientes

1 peça de 1,2 kg de picanha
300 ml de vinho tinto de mesa
1 colher sopa de cominho
1 maço de tomilho fresco
3 dentes de alho
1/2 colher sopa de pimenta do reino em grãos
2 colheres sopa de sal grosso
3 colheres sopa de azeite extra-virgem

Modo de preparo

Soque o alho, as folhinhas de tomilho, o cominho e o sal em um socador até obter uma pasta. Corte a picanha em bifes de, mais ou menos, dois dedos de altura e esfregue o tempero em pasta nos dois lados da carne. Coloque-os dentro de um saco plástico limpo. Adicione a pimenta em grãos e o vinho, retire todo o ar do saco plástico, dando um nó, e deixe marinar por, pelo menos, de 4 a 6 horas.

Aqueça o azeite numa frigideira grossa e larga até ficar bem quente. Disponha os bifes nela, com alguma folga entre eles. Assim que fritarem por fora (deixe “selar” a carne), vire-os, doure mais um pouco e abaixe o fogo. Isso deve conservar a carne macia e suculenta por dentro.

Mais alguns minutos até a carne chegar ao ponto que você gosta e pronto. Retire da frigideira, deixe os bifes descansarem no prato por alguns poucos minutinhos e sirva com salada verde e batatas assadas com ervas. E depois não esqueçam de comentar o que acharam da receita, ok?

Bom apetite!

By Joemir Rosa.

Chipas

Posted in Receitas with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 08/02/2014 by Joe

Chipas

Chipas são um tipo de biscoito tradicional de origem paraguaio, fazendo parte de sua rica culinária, onde são consumidas a qualquer hora do dia ou refeição. Elas são semelhantes ao nosso pão de queijo mineiro, porém com consistência e sabor próprios: são crocantes por fora e macias por dentro. No Paraguai, normalmente são assadas num forno à lenha chamada Tatakuá.

Contam que sua origem vem da região de Chipá, que era, inicialmente, domínio dos índios Guaranis antes da chegada de colonizadores e que acabaram influenciando a cultura e gastronomia local. Os índios preparavam alguns tipos de pães e tortas utilizando mandioca e milho, base de sua culinária. Posteriormente, por influência das missões jesuítas, novos ingredientes foram incorporados à culinária: ovos, queijos, carnes.

Depois da Guerra do Paraguai, onde o país foi derrotado pela Tríplice Aliança (Argentina, Brasil e Uruguai), houve uma grande escassez de alimentos entre a população. E foi exatamente nesse contexto que se originou a receita base do chipa (ou chipá) e, a partir dela, suas distintas variantes. Pelo seu alto teor calórico, a chipa garantia maior saciedade com menos alimentos.

Atualmente, ele está presente não só no Paraguai – onde é preparado com queijo Paraguai – como também na Argentina e no Brasil. Aqui, conhecido como pão de queijo!

É um produto paraguaio tradicional, passado de uma geração à outra. Mas as chipas não são apenas vendidas nas ruas: transformou-se em uma indústria no país de 7 milhões de habitantes. É um alimento artesanal, exportado para Espanha e Estados Unidos.

A receita de hoje é exatamente a desse pão paraguaio, que pode ser preparado com queijos misturados, calabresa moída ou outros recheios ao gosto de cada um.

Chipas

Ingredientes

400 g de polvilho doce
100 g de margarina
15 g de fermento em pó
500 g de queijo parmesão ralado
3 ovos
Leite
200 g de queijo meia-cura ralado

Modo de preparo

Em uma vasilha, coloque os ovos, a margarina, o fermento em pó, o queijo ralado, o polvilho doce e o queijo ralado. Misture bem. Vá acrescentando o leite em pequenas quantidades e misturando até não grudar mais nas mãos.

Faça pequenas porções em forma de ferradura (pode ser também em forma de S ou bolinhas), e coloque em uma forma untada com manteiga. Leve ao forno pré-aquecido a 180 graus por 15 a 20 minutos, até que fiquem douradas.

Sugestão: substitua o queijo ralado por linguiça calabresa moída, por exemplo.

By Joemir Rosa.

Maminha assada com creme de cebola

Posted in Receitas with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 27/04/2013 by Joe

Maminha assada com creme de cebola

Já contamos aqui, em posts passados, que a origem do churrasco ocorreu a partir do domínio do fogo pelo homem, na pré-história, quando percebeu que a carne da caça ficava mais macia e mais saborosa a partir do seu cozimento.

O tempo foi passando e as técnicas foram sendo apuradas, o homem começou a criar seu próprio gado para consumo e troca por outros produtos e bens de consumo.

Foi nos pampas gaúchos que surgiram as primeiras grandes criações de gado, pela extensa pastagem natural que compreende parte do estado do Rio Grande do Sul, Argentina e Uruguai.

E, com isso, o churrasco foi se consolidando como uma forma de alimentação prática, saborosa e muito rápida de preparar: bastava uma estaca de madeira, uma boa faca bem afiada, sal grosso (ingrediente abundante por se tratar de complemento alimentar do gado) e fogo!

A partir dali o costume se espalhou por todas as regiões e se tornou um prato nacional, variando as formas de preparo, os temperos, os acompanhamentos e muita discussão sobre a utilização de lenha ou carvão, sal grosso ou refinado, espeto ou grelha, carne de gado, suino ou aves, etc.

Como não existe fórmula certa, o correto é afirmar que cada um deve preparar segundo seu gosto, as tradições de sua região!

O prato que trago hoje é uma variação na forma de preparo da carne, desta vez não diretamente no fogo, mas assada no forno e regada com um delicioso creme de cebolas! Para variar, muito fácil de preparar e saborosíssima!!!

Maminha assada com creme de cebola

Ingredientes

1,5 kg de maminha em um pedaço
6 dentes de alho picados
sal e pimenta do reino a gosto
1 xícara (chá) de caldo de carne

Molho

2 cebolas grandes picadas
2 colheres (sopa) de manteiga
1 colher (sobremesa) de farinha de trigo
1 colher (café) de sal
1 colher (café) de pimenta-do-reino moída na hora
lata de creme de leite

Modo de preparo

Tempere a carne com o alho, o sal, a pimenta e o caldo de carne. Cubra com papel-alumínio e deixe na geladeira por 1 hora.

Depois desse tempo, retire da geladeira e, ainda coberta, asse no forno pré-aquecido a 200 °C durante 1 hora e 30 minutos, regando de vez em quando com a marinada. Retire o papel-alumínio e deixe dourar.

Prepare o molho, passando a cebola no processador ou, se preferir, no liquidificador. Em uma panela, derreta a manteiga, junte a cebola e polvilhe a farinha de trigo. Refogue até dourar. Tempere com o sal e a pimenta, misture bem e adicione o creme de leite, cozinhando em fogo brando até engrossar.

Na hora de servir, fatie a carne e sirva com o molho por cima.

By Joemir Rosa.

Picanha parrilla

Posted in Receitas with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 11/09/2010 by Joe

Em primeiro lugar, um aviso: se você é vegetariano clique aqui!

Agora, sim! Vamos falar de churrasco!

Não se sabe exatamente a origem do churrasco, mas presume-se que a partir do domínio do fogo na pré-história, o homem passou a assar a carne de caça quando percebeu que o processo a deixava mais macia. Com o tempo as técnicas foram aperfeiçoadas, principalmente entre os caçadores e criadores de gado, dependendo sempre do tipo de carne e lenha disponíveis.

Na América do Sul a primeira grande área de criação de gado foi o pampa, extensa região de pastagem natural que compreende parte do território do estado do Rio Grande do Sul, no Brasil, além da Argentina e Uruguai. Foi ali que os vaqueiros, conhecidos como gaúchos, tornaram o prato famoso e típico.

A carne assada era a refeição mais fácil de se preparar quando se passava dias fora de casa, bastando uma estaca de madeira, uma faca afiada, um bom fogo e sal grosso, ingrediente abundante que é utilizado como complemento alimentar do gado.

A partir dali o costume cruzou as regiões e se tornou um prato nacional, multiplicando-se as formas de preparo, o que gera entre os adeptos muita discussão sobre o verdadeiro churrasco, como por exemplo, a utilização de lenha ou carvão, de espeto ou grelha, temperado ou não, com sal grosso ou refinado, de gado, suíno, aves ou frutos do mar.

O correto é afirmar que não existe fórmula exata, uma vez que cada região desenvolveu um tipo diferente de carne assada, mas, sem dúvida alguma, a imagem mais famosa no Brasil é o churrasco preparado pelos gaúchos, expressão que virou nome do cidadão nascido no estado do Rio Grande do Sul.

Dizem que a palavra churrasco não nasceu nessas paragens, sendo muito mais antiga, anterior à presença dos romanos na Península Ibérica, e que nos chegou vinda de “sukarra” (chamas de fogo, incêndio), formada por “su” (fogo) e “karra” (chama).

Este vocábulo apareceu primeiramente em castelhano sob a forma “socarrar” e ao longo dos séculos derivaram-se diversas variantes dialetais na Espanha. Na Argentina e no Uruguai o churrasco típico é chamado “asado“, e é o prato nacional de ambos os países. Tradicionalmente é feito na grelha com uso de lenha, mas também se usa carvão pela praticidade.

Os gauchos alimentavam-se sobretudo de churrasco no pão, que está na origem do asado rioplatense. Na Argentina o asado tradicional dos Pampas estendeu-se a toda a população, e hoje, devido à qualidade e ao preço baixo, é consumido por todas as classes sociais. É até comum ver operários prepararando o prato na rua na hora do almoço.

No Brasil, churrasco se refere a toda carne assada na churrasqueira ou no estilo fogo de chão, quase sempre em grandes espetos, na região sul, e grelha nas outras regiões. O tempero varia conforme o gosto e o costume local, podendo ser simplesmente sal grosso ou refinado, até as mais elaboradas fórmulas. De longe, a carne preferida é a bovina, mas também são muito apreciadas as carnes de origem suína, ovina, de aves, além de embutidos, como a linguiça.

Não vou dar aqui nenhuma fórmula para um churrasco perfeito, pois sei que todo mundo tem a sua. Por outro lado, vou sugerir um prato delicioso e muito fácil de preparar no fogão mesmo, de forma muito rápida. A picanha parrilla é um prato cuja origem pode ser atribuída aos uruguaios. Deve ser preparada com a carne cortada em pedaços altos e preparada com muito carinho!

Antes de começar, algumas dicas importantes:

1. Uma boa peça de picanha deve ter em torno de 1,2 kg, até 1,5 kg.

2. Ao preparar a carne, jamais esprema com o garfo.

3. Também não fure a carne achando que, com isso, o tempero vai entrar na carne.

Isso posto, vamos à receita!!

Picanha parrilla

Ingredientes

1 peça de 1,2 kg de picanha
300 ml de vinho tinto de mesa
1 colher sopa de cominho
1 maço de tomilho fresco
3 dentes de alho
1/2 colher sopa de pimenta do reino em grãos
2 colheres sopa de sal grosso
3 colheres sopa de azeite extra-virgem

Modo de preparo

Soque o alho, as folhinhas de tomilho, o cominho e o sal em um socador até obter uma pasta. Corte a picanha em bifes de, mais ou menos, 2 dedos de altura e esfregue o tempero em pasta nos 2 lados da carne. Coloque-os dentro de um saco plástico limpo. Adicione a pimenta em grãos e o vinho, retire todo o ar do saco plástico, dando um nó, e deixe marinar por, pelo menos, de 4 a 6 horas.

Aqueça o azeite numa frigideira grossa e larga, até ficar bem quente. Disponha os bifes nela, com alguma folga entre eles. Assim que fritarem por fora (deixe “selar” a carne), vire-os, doure mais um pouco e abaixe o fogo. Isso deve conservar a carne macia e suculenta por dentro.

Mais alguns minutos até a carne chegar ao ponto que você gosta e pronto. Retire da frigideira, deixe os bifes descansarem no prato por alguns poucos minutinhos, e sirva com salada verde e batatas assadas com ervas. E depois não esqueçam de comentar o que acharam da receita, ok?

Bom apetite!

By Joe.

Waka Waka

Posted in Música with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 04/07/2010 by Joe

A Copa do Mundo terminou para nós, brasileiros! Infelizmente, e mais uma vez, vamos ouvir aquela velha frase: “O Brasil vai ser hexa em … (agora é 2014)”! Então, só nos resta assistir às semi-finais e torcer para que alguma seleção sul-americana faça um papel mais bonito do que a nossa.

O video que estou postando hoje é a canção oficial da FIFA para a Copa do Mundo da África do Sul, 2010. Tem a performance muito linda da Shakira e do grupo Freshlyground, cantando e dançando o grande hit do momento, “Waka Waka”, uma canção inspirada na música “Zamina mina (Zangalewa)”, criada em 1986, por uma banda de Camarões chamada Golden Sounds. O interessante é o fato da música original ser uma homenagem aos Tiralleurs – soldados africanos que tombaram na Segunda Guerra Mundial.

Na versão atual, a música compara o futebol a um campo de batalha. Mas o sentido não passa de metáfora. A letra transformou um fato triste e trágico – a morte dos soldados africanos – em um significado alegre, no caso, a África sediando a Copa do Mundo. A ironia é que as seleções africanas, em especial a de Camarões (de onde foi inspirada a letra), foram sendo eliminadas nas duas primeiras fases. E a seleção de Gana, tendo vencido os Estados Unidos nas Oitavas de Final, também foi eliminada pelo Uruguai nas quartas de final.

O vídeo-clipe é lindo, trazendo imagens de atletas de todos os tempos, além da participação especial de Messi, Rafa Mendez, Dani Alves e outros. O rítmo é contagiante e a música muito alegre.

E, para finalizar, um pouquinho de Teoria da Conspiração: na língua Fang, “Waka” significa “faça isto/obedeça”, algo equivalente ao velho lema “Just Do It”, da Nike, patrocinadora da Copa.

Curtam música, dança e imagens de grandes atletas de todos os tempos, em jogos memoráveis!

By Joe.

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