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Todo relacionamento é uma viagem

Posted in Relacionamentos with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 02/03/2015 by Joe

Todo relacionamento é uma viagem

Porque todo relacionamento é uma viagem, nós planejamos, curtimos, e um dia – como outra terça-feira qualquer – a viagem acaba e temos que desfazer as malas quando chegamos, finalmente, em casa.

O “eu te amo”, se torna o “eu também”. Aos poucos você sente que o relacionamento começa a se metamorfosear numa vela de duas pontas, bonito para quem vê, inútil e fadado ao término inexorável. Você se sente horrível, como se a culpa disso tudo fosse sua, ou pior, da outra pessoa. Só que essa via-crúcis não cabe a você, ou a ninguém, percorrer.

O que aconteceu? Foi algo que eu fiz? Foi algo que ela fez? Será mesmo que existe uma validade para o amor? Eu amei? Ela amou? Será que fomos aquela pessoa para outra que não lembraremos no futuro? Sabe aquela pessoa que um dia veremos com filhos passeando no shopping? Procurando o caderno perfeito para a filha… ou no salão, levando o garoto para o primeiro corte de cabelo? Será que ela vai lembrar de mim sem a barba? Será que meu queixo ainda encaixa na saboneteira dela? Será que ela agora é feliz, como era no inicio de tudo? Ou se tornou aquela pessoa que não mais sorri com minha imitação do De Niro em Taxi Driver?

Eu vou lembrar, assim como lembro das minhas viagens. As boas e as ruins. Por mais que apaguemos as fotos, por mais que o voo de volta tenha sido turbulento, por mais que tenha sido sem graça o modo como me despedi, ou por mais que tenha sentido saudade quando voltei, eu lembrarei. Porque é disso que somos feitos. As experiências, os momentos, aquele primeiro passo ao encontro do desconhecido, e o último cansado, do habitual ao receio.

Enquanto escrevo isto, me ocorre que a peculiaridade da maioria das coisas que consideramos efêmeras é o modo como elas são, na verdade, inesquecíveis. Não importa a turbulência no fim da viagem, o trem de pouso funcionou, você sobreviveu a mais uma, e sempre sobreviverá.

Corações podem ser partidos, mas o coração é o mais forte dos músculos, capaz de pulsar durante toda a vida, setenta vezes por minuto, e não falhar quase nunca. Lembre-se disso na próxima vez que planejar uma viagem, independente do final – se houver – saiba que você chegará em casa cansado, assim como todas as outras vezes, que será difícil desfazer as malas e bem provavelmente você vai aprender a dar valor somente quando aquela camisa, temática, comprada desbotar… Mas valerá.

Afinal, Fernando Pessoa já disse: “Para viajar basta existir”.

By Gui Mendes.

Eu te compreendo

Posted in Reflexão with tags , , , , , , , , , , , , , , , , on 24/02/2013 by Joe

Eu te compreendo

Há momentos em nossas vidas que tudo parece dar errado, que o mundo parece desabar sobre nossas cabeças e que a luz no fim do túnel mais parece um trem em sentido contrário do que uma esperança!

Nesses momentos, o que mais precisamos é de um ombro amigo, alguém que nos ouça e nos compreenda e que possa nos dar uma luz …

A mensagem abaixo poderia ser descrita como sendo esse ombro … porém, com um final de luz e esperança!

“Eu te compreendo” é belo texto cuja origem é uma mensagem espiritual para reflexão, divulgado pela Antiga e Mística Ordem Rosa Cruz, uma escola iniciática filosófica e fraternal.

Vale a pena escutar até o fim e meditar sobre ela. Recomendo fazê-lo em hora e local que possam estar tranquilos e a sós!

Não julguemos

Posted in Reflexão with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 12/02/2013 by Joe

O mundo pela janela do trem

Um jovem de 24 anos, olhando pela janela de um trem, gritou:

– “Pai, olhe as arvores andando para trás!”

O pai sorriu e um casal que estava sentado próximo a eles olhou para o comportamento infantil do rapaz de 24 anos com piedade.

De repente, o rapaz novamente exclamou empolgadíssimo:

– “Pai, veja as nuvens correndo com a gente!”

O casal não resistiu e, pensando que o rapaz era mentalmente deficiente, viraram para o velho homem, pai do rapaz, e disseram:

– “Por que você não o leva a um bom médico?”

O velho sorriu, olhou para o filho que estava olhando pela janela do trem e, ao voltar o olhar para o casal, respondeu:

– “Eu fiz isso… e acabamos de sair do hospital! Meu filho era cego de nascença e acabou de ganhar estes olhos hoje!”

Moral da história:

Cada pessoa no planeta tem uma história, a sua verdade. Não julguemos as pessoas antes de realmente conhece-las. A verdade pode nos surpreender!!!

Desconheço a autoria.

Em todo beco sem saída existe uma passagem secreta

Posted in Inspiração with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 24/10/2012 by Joe

Você sabe reconhecer a diferença entre “ouvir um canto de sereia para abandonar um sonho” e “fazer um desvio para ganhar fôlego”? Como saber quando ser flexível para reconhecer oportunidades e quando manter o foco em um só objetivo e lutar até o fim?

Tudo começa quando você se questiona sobre as escolhas que tem feito na vida e inicia uma exploração para descobrir “o que você realmente quer”. Neste processo, naturalmente, você para de seguir os sonhos de outras pessoas e começa a explorar sua própria consciência em busca das suas respostas.

O próximo passo é explorar e descobrir que valores estão embasando esta nova meta (por exemplo, felicidade, prosperidade, segurança, liberdade, reconhecimento, paz, serviço ao outro, etc.) para começar a sua maravilhosa jornada. Não basta só atingir a meta: além de curtir a jornada, você tem que ser feliz quando chegar lá!

Em seguida, você precisa aprender a montar um planejamento para alinhar sua vida pessoal e profissional com este novo objetivo e começar a agir em direção a ele. Pequenas ações todos os dias fazem o trem da sua vida começar uma curva suave em direção da meta que você quer atingir. É um trajeto gostoso, com muitos sonhos e desafios e uma emoção permanente a cada escolha.

Apenas tome cuidado com escolhas que façam curvas acentuadas! Investigue, aprofunde, perceba o impacto nas várias áreas da sua vida, nos seus valores. Uma curva de 90 graus pode descarrilar o seu trem!

Ao longo da jornada você poderá fazer escolhas que o levem, aparentemente, a becos sem saída. Estas são oportunidades que podem ser interpretadas, basicamente, com dois pontos de vista: o da vítima ou do protagonista.

O ponto de vista da vítima é o caminho das justificativas: você provavelmente vai sentir uma sensação de fracasso, vai tentar culpar alguém e sentir raiva por estar nesta situação. A raiva cria uma falsa sensação de alívio, mas com o passar do tempo, só resulta em mágoas e ressentimentos. Você se sente impotente para fazer as mudanças que precisa para colocar sua vida de volta nos trilhos.

O ponto de vista do protagonista é onde você aprende e supera o desafio. É o momento de se fazer a seguintes perguntas:

– O que eu posso aprender com isso? Esta exploração vai ajudá-lo a reduzir as chances de que esta situação se repita.

– Que recursos eu deixei de utilizar? É hora de ser honesto consigo mesmo e saber quanto da sua capacidade de trabalho, relacionamentos, aprendizagem, tempo, etc. você realmente investiu. No que você pode melhorar?

– Que pistas eu ignorei? Aqui você pode descobrir sensações, crenças, padrões, hábitos e atitudes que podem estar sabotando seu comprometimento pessoal. Estar alerta é fundamental!

Se você optar por explorar estas situações em busca de aprendizado, responsabilidade pessoal e flexibilidade, além de reduzir as chances que elas se repitam, você certamente encontrará uma saída.

Acredite: quando você assume responsabilidade por suas escolhas, em todo beco sem saída existe uma passagem secreta!

By Caio Cesar Santos.

Entendeu o espírito da “coisa”?

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A palavra “coisa” é um bom-bril do idioma. Tem mil e uma utilidades. É aquele tipo de termo-muleta ao qual a gente recorre sempre que nos faltam palavras para exprimir uma idéia. Coisas da língua portuguesa.

A natureza das coisas: gramaticalmente, “coisa” pode ser substantivo, adjetivo, advérbio. Também pode ser verbo: o Houaiss registra a forma “coisificar”. E no Nordeste há “coisar”: “Ô, seu coisinha, você já coisou aquela coisa que eu mandei você coisar?”.

Coisar, em Portugal, equivale ao ato sexual, lembra Josué Machado. Já as “coisas” nordestinas são sinônimas dos órgãos genitais, registra o Aurélio. “E deixava-se possuir pelo amante, que lhe beijava os pés, as coisas, os seios” (Riacho Doce, José Lins do Rego). Na Paraíba e em Pernambuco, “coisa” também é cigarro de maconha.

Em Olinda, o bloco carnavalesco “Segura a Coisa” tem um baseado como símbolo em seu estandarte. Alceu Valença canta: “Segura a coisa com muito cuidado / Que eu chego já.” E, como em Olinda sempre há bloco-mirim equivalente ao de gente grande, há também o “Segura a Coisinha”.

Na literatura, a “coisa” é coisa antiga. Antiga, mas modernista: Oswald de Andrade escreveu a crônica “O Coisa” em 1943. “A Coisa” é título de romance de Stephen King. Simone de Beauvoir escreveu “A Força das Coisas”, e Michel Foucault, “As Palavras e as Coisas”.

Em Minas Gerais, todas as coisas são chamadas de trem. Menos o trem, que lá é chamado de “a coisa”. A mãe está com a filha na estação, o trem se aproxima e ela diz: “Minha filha, pega os trem que lá vem a coisa!”.

Devido lugar: “Olha que coisa mais linda, mais cheia de graça (…)”. A garota de Ipanema era coisa de fechar o Rio de Janeiro. “Mas se ela voltar, se ela voltar / Que coisa linda / Que coisa louca.” Coisas de Jobim e de Vinicius, que sabiam das coisas..

Sampa também tem dessas coisas (coisa de louco!), seja quando canta “Alguma coisa acontece no meu coração”, de Caetano Veloso, ou quando vê o Show de Calouros, do Silvio Santos (que é coisa nossa!).

Coisa não tem sexo: pode ser masculino ou feminino. Coisa-ruim é o capeta. Coisa boa é a Juliana Paes. Nunca vi coisa assim!

Coisa de cinema! “A Coisa” virou nome de filme de Hollywood, que tinha o seu “Coisa” no recente “Quarteto Fantástico”. Extraído dos quadrinhos, na TV o personagem ganhou também desenho animado, nos anos 70. E no programa “Casseta e Planeta, Urgente!”, Marcelo Madureira faz o personagem “Coisinha de Jesus”.

Coisa também não tem tamanho. Na boca dos exagerados, “coisa nenhuma” vira “coisíssima”. Mas a “coisa” tem história na MPB. No II Festival da Música Popular Brasileira, em 1966, estava na letra das duas vencedoras: “Disparada”, de Geraldo Vandré (“Prepare seu coração / Pras coisas que eu vou contar”), e “A Banda”, de Chico Buarque (“Pra  ver a banda passar / Cantando coisas de amor”), que acabou de ser relançada num dos CDs triplos do compositor, que a Som Livre remasterizou. Naquele ano do festival, no entanto, a coisa tava preta (ou melhor, verde-oliva). E a turma da Jovem Guarda não tava nem aí com as coisas: “Coisa linda / Coisa que eu adoro”.

Cheio das coisas. As mesmas coisas, Coisa bonita, Coisas do coração, Coisas que não se esquece, Diga-me coisas bonitas, Tem coisas que a gente não tira do coração. Todas essas coisas são títulos de canções interpretadas por Roberto Carlos, o “rei” das coisas. Como ele, uma geração da MPB era preocupada com as coisas.

Para Maria Bethânia, o diminutivo de coisa é uma questão de quantidade (afinal, “são tantas coisinhas miúdas”). Já para Beth Carvalho, é de carinho e intensidade (“ô, coisinha tão bonitinha do pai”). “Todas as Coisas e Eu” é título de CD de Gal. “Esse papo já tá qualquer coisa … já qualquer coisa doida dentro mexe.” Essa coisa doida é uma citação da música “Qualquer Coisa”, de Caetano, que canta também: “Alguma coisa está fora da ordem.”

Por essas e por outras, é preciso colocar cada coisa no devido lugar. Uma coisa de cada vez, é claro, pois uma coisa é uma coisa; outra coisa é outra coisa. E tal coisa, e coisa e tal. O cheio de coisas é o indivíduo chato, pleno de não-me-toques. O cheio das coisas, por sua vez, é o sujeito estribado. Gente fina é outra coisa… Para o pobre, a coisa está sempre feia: o salário-mínimo não dá pra coisa nenhuma.

A coisa pública não funciona no Brasil. Desde os tempos de Cabral. Político quando está na oposição é uma coisa, mas quando assume o poder, a coisa muda de figura. Quando se elege, o eleitor pensa: “Agora a coisa vai.” Coisa nenhuma! A coisa fica na mesma. Uma coisa é falar; outra é fazer. Coisa feia! O eleitor já está cheio dessas coisas!

Coisa à  toa. Se você aceita qualquer coisa, logo se torna um coisa qualquer, um coisa-à-toa. Numa crítica feroz a esse estado de coisas, no poema “Eu, Etiqueta”, Drummond radicaliza: “Meu nome novo é coisa. Eu sou a coisa, coisamente.” E, no verso do poeta, “coisa” vira “cousa”.

Se as pessoas foram feitas para ser amadas e as coisas, para ser usadas, por que então nós amamos tanto as coisas e usamos tanto as pessoas? Bote uma coisa na cabeça: as melhores coisas da vida não são coisas. Há coisas que o dinheiro não compra: paz, saúde, alegria e outras “cositas” más.

Mas, “deixemos de coisa, cuidemos da vida, senão chega a morte ou coisa parecida”, cantarola Fagner em Canteiros, baseado no poema Marcha, de Cecília Meireles, uma coisa linda. Por isso, faça a coisa certa e não esqueça o grande mandamento: “amarás a Deus sobre todas as coisas”.

Entendeu o espírito da “coisa”?

Desconheço o verdadeiro autor.

A viagem

Posted in Inspiração with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 10/04/2012 by Joe

Um dia destes eu li um livro que comparava a vida a uma viagem de trem. Uma comparação extremamente interessante, quando bem interpretada.

Interessante, porque nossa vida é como uma viagem de trem, cheia de embarques e desembarques, de pequenos acidentes pelo caminho, de surpresas agradáveis com alguns embarques e de tristezas com os desembarques…

Quando nascemos, ao embarcarmos nesse trem, encontramos duas pessoas que,  acreditamos, farão conosco a viagem até o fim: nossos pais! Não é verdade. Infelizmente, em alguma estação eles desembarcam, deixando-nos órfãos de seus carinho, proteção, amor e afeto…

Mas isso não impede que, durante a viagem, embarquem pessoas interessantes que virão a ser especiais para nós: são os nossos irmãos, amigos e amores!

Muitas pessoas tomam esse trem a passeio. Outras fazem a viagem experimentando somente tristezas. E no trem há, também, outras que passam de vagão em vagão, prontas para ajudar quem precisa.

Muitos descem e deixam saudades eternas. Outros tantos viajam no trem de tal forma que, quando desocupam seus assentos, ninguém sequer percebe…

Curioso é considerar que alguns passageiros que nos são tão caros acomodam-se em vagões diferentes do nosso, o que nos obriga a fazer essa viagem separados deles. Mas isso não nos impede de, com grande dificuldade, atravessarmos nosso vagão e chegarmos até eles. O difícil é aceitarmos que não podemos sentar ao seu lado, pois outra pessoa estará ocupando esse lugar…

Essa viagem é assim: cheia de atropelos, sonhos, fantasias, esperas, embarques e desembarques. Só sabemos que esse trem jamais volta…

Façamos essa viagem da melhor maneira possível, tentando manter um bom relacionamento com todos, procurando em cada um o que tem de melhor, lembrando sempre que, em algum momento do trajeto, poderão fraquejar e, provavelmente, precisaremos entender isso. Nós mesmos fraquejamos algumas vezes. E, certamente, alguém nos entenderá…

O grande mistério é que não sabemos em qual estação desceremos. E aí fico pensando: quando eu descer desse trem sentirei saudades? Sim…

Deixar meus filhos viajando sozinhos será muito triste. Separar-me dos amigos que fiz, do amor da minha vida, será para mim muito dolorido. Mas me agarro na esperança de que, em algum momento, estarei na estação principal e terei a emoção de vê-los chegar com sua bagagem, que não tinham quando embarcaram.

E o que me deixará feliz é saber que, de alguma forma, eu colaborei para que essa bagagem tenha crescido e se tornado valiosa.

Agora, neste momento, o trem diminui sua velocidade para que  pessoas embarquem e desembarquem. Minha expectativa aumenta, à medida que o trem vai diminuindo sua velocidade…

Quem entrará? Quem sairá?

Eu gostaria que você pensasse no desembarque do trem não só como a representação da morte, mas, também, como o término de uma história, de algo que duas ou mais pessoas construíram e que, por um motivo ínfimo, deixaram desmoronar.

Fico feliz em perceber que certas pessoas como nós têm a capacidade de reconstruir para recomeçar. Isso é sinal de garra e de luta, é saber viver, é tirar o melhor de “todos os passageiros”.

Agradeço muito por você fazer parte da minha viagem e, por mais que nossos assentos não estejam lado a lado, com certeza, o vagão é o mesmo!

Desconheço o autor desse texto, mas com certeza foi alguém que captou o real sentido do que é viver e não, simplesmente, um turista passivo que ficou olhando a vida passar pela janela…

A viagem

Posted in Inspiração with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 14/07/2010 by Joe

Um dia destes, eu li um livro que comparava a vida a uma viagem de trem. Uma comparação extremamente interessante, quando bem interpretada.

Interessante, porque nossa vida é como uma viagem de trem, cheia de embarques e desembarques, de pequenos acidentes pelo caminho, de surpresas agradáveis com alguns embarques e de tristezas com os desembarques…

Quando nascemos, ao embarcarmos nesse trem, encontramos duas pessoas que,  acreditamos, farão conosco a viagem até o fim: nossos pais!

Não é verdade. Infelizmente, em alguma estação, eles desembarcam, deixando-nos órfãos de seus carinho, proteção, amor e afeto.

Mas isso não impede que, durante a viagem, embarquem pessoas interessantes que virão a ser especiais para nós: são os nossos irmãos, amigos e amores!

Muitas pessoas tomam esse trem a passeio. Outras fazem a viagem experimentando somente tristezas. E no trem há, também, outras que passam de vagão em vagão, prontas para ajudar quem precisa.

Muitos descem e deixam saudades eternas. Outros tantos viajam no trem de tal forma que, quando desocupam seus assentos, ninguém sequer percebe…

Curioso é considerar que alguns passageiros que nos são tão caros acomodam-se em vagões diferentes do nosso, o que nos obriga a fazer essa viagem separados deles. Mas isso não nos impede de, com grande dificuldade, atravessarmos nosso vagão e chegarmos até eles. O difícil é aceitarmos que não podemos sentar ao seu lado, pois outra pessoa estará ocupando esse lugar…

Essa viagem é assim: cheia de atropelos, sonhos, fantasias, esperas, embarques e desembarques. Só sabemos que esse trem jamais volta…

Façamos essa viagem da melhor maneira possível, tentando manter um bom relacionamento com todos, procurando em cada um o que tem de melhor, lembrando sempre que, em algum momento do trajeto, poderão fraquejar e, provavelmente, precisaremos entender isso.

Nós mesmos fraquejamos algumas vezes. E, certamente, alguém nos entenderá.

O grande mistério é que não sabemos em qual estação desceremos.

E fico pensando: quando eu descer desse trem sentirei saudades? Sim…

Deixar meus filhos viajando sozinhos será muito triste. Separar-me dos amigos que fiz, do amor da minha vida, será para mim dolorido. Mas me agarro na esperança de que, em algum momento, estarei na estação principal e terei a emoção de vê-los chegar com sua bagagem, que não tinham quando embarcaram.

E o que me deixará feliz é saber que, de alguma forma, eu colaborei para que essa bagagem tenha crescido e se tornado valiosa.

Agora, neste momento, o trem diminui sua velocidade para que embarquem e desembarquem pessoas. Minha expectativa aumenta, à medida que o trem vai diminuindo sua velocidade…

Quem entrará? Quem sairá?

Eu gostaria que você pensasse no desembarque do trem não só como a representação da morte, mas, também, como o término de uma história, de algo que duas ou mais pessoas construíram e que, por um motivo ínfimo, deixaram desmoronar.

Fico feliz em perceber que certas pessoas como nós, têm a capacidade de reconstruir para recomeçar. Isso é sinal de garra e de luta, é saber viver, é tirar o melhor de “todos os passageiros”.

Agradeço muito por você fazer parte da minha viagem, e por mais que nossos assentos não estejam lado a lado, com certeza, o vagão é o mesmo!

Autoria desconhecida, mas, com certeza foi alguém que captou o real sentido do que é viver e não, simplesmente, um turista passivo que ficou olhando a vida passar pela janela …

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