Arquivo para Traição

Relacionamentos são contratos

Posted in Reflexão with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 14/09/2015 by Joe

Relacionamentos são contratos 2

Não existe uma forma certa de se relacionar. Não existe um único jeito de ser feliz acompanhada. Cada pessoa é diferente. Cada casal é diferente. E, exatamente por isso, o que é bom para um pode ser horrível para o outro. Você está em um relacionamento, mas sabe bem o que foi que assinou?

Cada pessoa é moldada por diversas experiências. Da infância aos dias de hoje. São várias coisas que se acumulam, certezas que se engessam e dores que são jogadas para baixo do tapete. E a gente acha que todo mundo sabe quais são essas coisas que marcaram e o que é importante para a gente. Mas ninguém está dentro da nossa cabeça.

Quando você entra em um relacionamento está assinando o contrato que outra pessoa te ofereceu. Você sabe o que essa pessoa pensa sobre coisas importantes para você como liberdade, sexo, fidelidade, grana, família, futuro? Será que antes de “fechar negócio” não é melhor conversar e alinhar as expectativas?

Quando eu fico frustrada espero que meu companheiro me dê carinho. Quero abraços, que ele passe a mão no meu rosto, fique de mão dada e faça carinho com o dedo enquanto as mão estão juntas. Quero que ele me diga que está tudo bem, que eu sou incrível e que merda acontece com todo mundo. Mas como ele vai saber de tudo isso se eu não contar com todas as palavras e detalhes?

Nós sabemos o que esperamos das pessoas. Nós temos uma lista imensa de coisas que queremos que façam e outra daquilo que desejamos com toda a força que nunca aconteçam. E todas essas coisas mudam de pessoa para pessoa.

Tem gente que acha relacionamentos abertos um absurdo. Outras que gostam de sinceridade. E tem aquelas que acham que trair não é tão ruim assim. Há os inseguros, os ciumentos, os controladores. Há quem goste de carinho e quem não suporte o toque. Há quem queira ficar grudado e quem precise de espaço para respirar. Há todo tipo de gente no mundo.

Não vivemos em uma comédia romântica em que uma pessoa sabe direitinho o que a outra precisa – mesmo antes dela saber que precisa daquilo. Vivemos no mundo real, lugar em que todas as pessoas são cheias de traumas, medos e histórias. Por aqui a gente precisa conversar, trocar, deixar claro e não esperar que leiam nossas mentes. Não vivemos em um conto de fadas – ele, na verdade, não existe.

Assinar um contrato requer atenção, cuidado e entendimento de todas as cláusulas. Um relacionamento nada mais é do que um contrato entre duas pessoas que resolveram ficar juntas. É bom ler as letras miúdas no final da página.

By Carol Patrocínio para o Yahoo.

Eu quero saber…

Posted in Reflexão with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 26/03/2015 by Joe

Eu quero saber...

Não me interessa o que você faz para ganhar a vida. Quero saber o que você deseja ardentemente, se ousa sonhar em atender aquilo pelo qual seu coração anseia…

Não me interessa saber a sua idade. Quero saber se você se arriscará a parecer um tolo por amor, por sonhos, pela aventura de estar vivo…

Não me interessa saber que planetas estão em quadratura com a sua lua. Quero saber se tocou o âmago de sua dor, se as traições da vida o abriram ou se você se tornou murcho e fechado por medo de mais dor…

Quero saber se pode suportar a dor, minha ou sua, sem procurar escondê-la, reprimí-la ou narcotizá-la. Quero saber se você pode aceitar alegria, minha ou sua; se pode dançar com abandono e deixar que o êxtase o domine até a ponta dos dedos das mãos ou dos pés, sem nos dizer para termos cautela, sermos realistas, ou nos lembrarmos das limitações de sermos humanos…

Não me interessa se a história que me conta é a verdade. Quero saber se consegue desapontar outra pessoa para ser autêntico consigo mesmo, se pode suportar a acusação de traição e não trair a sua alma…

Quero saber se você pode ver beleza, mesmo que ela não seja tão bonita todos os dias, e se pode buscar a origem de sua vida na presença de Deus…

Quero saber se você pode viver com o fracasso, seu e meu, e ainda, à margem de um lago, gritar para a lua prateada: “Posso!”

Não me interessa onde você mora ou quanto dinheiro tem. Quero saber se pode levantar-se após uma noite de sofrimento e desespero, cansado, ferido até os ossos, e fazer o que tem de ser feito pelos seus filhos…

Não me interessa saber quem você é e como veio parar até aqui. Quero saber se você ficará comigo no centro do incêndio e não se acovardará…

Não me interessa saber onde, o quê, ou com quem você estudou. Quero saber o que o sustenta a partir de dentro, quando tudo o mais desmorona…

Quero saber se consegue ficar sozinho consigo mesmo e se realmente gosta da companhia que tem nos momentos vazios.

By Oriah Sonhador da Montanha, Índio Americano.

Coisas da nossa língua – 2

Posted in Nossa língua with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 26/10/2014 by Joe

Coisas da nossa língua 2

Dando continuidade à expressões que utilizamos em nosso dia-a-dia (veja aqui a primeira parte desta matéria), trazemos mais algumas explicações quanto à origem das mesmas.

1. Jurar de pés juntos:

“Mãe, eu juro de pés juntos que não fui eu”! A expressão surgiu através das torturas executadas pela Santa Inquisição, nas quais o acusado de heresia tinha as mãos e os pés amarrados (juntos) e era torturado para dizer nada além da verdade. Até hoje o termo é usado pra expressar a veracidade de algo que uma pessoa diz.

2. Motorista barbeiro:

“Nossa, que cara mais barbeiro”! No século XIX, os barbeiros faziam não somente os serviços de corte de cabelo e barba, mas também, tiravam dentes, cortavam calos etc., e por não serem profissionais, seus serviços mal feitos geravam marcas. A partir daí, todo serviço mal feito era atribuído ao barbeiro, pela expressão “coisa de barbeiro”. Esse termo veio de Portugal, contudo a associação de “motorista barbeiro”, ou seja, um mau motorista, é tipicamente brasileira.

3. Tirar o cavalo da chuva:

“Pode ir tirando seu cavalinho da chuva porque não vou deixar você sair hoje”! No século XIX, quando uma visita iria ser breve, ela deixava o cavalo ao relento em frente à casa do anfitrião e se fosse demorar, colocava o cavalo nos fundos da casa, em um lugar protegido da chuva e do sol. Contudo, o convidado só poderia pôr o animal protegido da chuva se o anfitrião percebesse que a visita estava boa e dissesse: “pode tirar o cavalo da chuva”. Depois disso, a expressão passou a significar a desistência de alguma coisa.

4. Dar com os burros n’água:

A expressão surgiu no período do Brasil colonial, onde tropeiros que escoavam a produção de ouro, cacau e café, precisavam ir da região Sul à Sudeste sobre burros e mulas. O fato era que muitas vezes esses burros, devido à falta de estradas adequadas, passavam por caminhos muito difíceis e regiões alagadas, onde os burros morriam afogados. Daí em diante o termo passou a ser usado pra se referir a alguém que faz um grande esforço para conseguir algum feito e não consegue ter sucesso naquilo.

5. Guardar a sete chaves:

No século XIII, os reis de Portugal adotavam um sistema de arquivamento de jóias e documentos importantes da corte através de um baú que possuía quatro fechaduras, sendo que cada chave era distribuída a um alto funcionário do reino. Portanto eram apenas quatro chaves. O número sete passou a ser utilizado devido ao valor místico atribuído a ele, desde a época das religiões primitivas. A partir daí começou-se a utilizar o termo “guardar a sete chaves” para designar algo muito bem guardado.

6. OK:

A expressão inglesa “OK” (okay), que é mundialmente conhecida para significar algo que está tudo bem, teve sua origem na Guerra da Secessão, no EUA. Durante a guerra, quando os soldados voltavam para as bases sem nenhuma morte entre a tropa, escreviam numa placa “0 killed” (nenhum morto), expressando sua grande satisfação, daí surgiu o termo “OK”.

7. Onde Judas perdeu as botas:

Existe uma história não comprovada, de que após trair Jesus, Judas enforcou-se em uma árvore sem nada nos pés, já que havia posto o dinheiro que ganhou por entregar Jesus dentro de suas botas. Quando os soldados viram que Judas estava sem as botas, saíram em busca delas e do dinheiro da traição. Nunca ninguém ficou sabendo se acharam as botas de Judas. A partir daí surgiu à expressão, usada para designar um lugar distante, desconhecido e inacessível.

8. Pensando na morte da bezerra:

A história mais aceitável para explicar a origem do termo é proveniente das tradições hebraicas, onde os bezerros eram sacrificados para Deus como forma de redenção de pecados. Um filho do rei Absalão tinha grande apego a uma bezerra que foi sacrificada. Assim, após o animal morrer, ele ficou se lamentando e pensando na morte da bezerra. Após alguns meses o garoto morreu.

9. O pior cego é o que não quer ver:

Em 1647, em Nimes, na França, na universidade local, o doutor Vicent de Paul D`Argent fez o primeiro transplante de córnea em um aldeão de nome Angel. Foi um sucesso da medicina da época, menos pra Angel, que assim que passou a enxergar ficou horrorizado com o mundo que via. Disse que o mundo que ele imaginava era muito melhor. Pediu ao cirurgião que arrancasse seus olhos. O caso foi acabar no tribunal de Paris e no Vaticano. Angel ganhou a causa e entrou para a história como o cego que não quis ver.

10. Andando à toa:

Toa é a corda com que uma embarcação reboca a outra. Um navio que está à toa é o que não tem leme nem rumo, indo pra onde o navio que o reboca determinar.

11. Nhen-nhen-nhem:

Nheë, em tupi, quer dizer falar. Quando os portugueses chegaram ao Brasil, os indígenas não entendiam aquela falação estranha e diziam que os portugueses ficavam a dizer “nhen-nhen-nhen”.

12. Vai tomar banho:

Em “Casa Grande & Senzala”, Gilberto Freyre analisa os hábitos de higiene dos índios versus os do colonizador português. Depois das Cruzadas, como corolário dos contatos comerciais, o europeu se contagiou de sífilis e de outras doenças transmissíveis e desenvolveu medo ao banho e horror à nudez, o que muito agradou à Igreja. Ora, o índio não conhecia a sífilis e se lavava da cabeça aos pés nos banhos de rio , além de usar folhas de árvore pra limpar os bebês e lavar no rio as redes nas quais dormiam. Ora, o cheiro exalado pelo corpo dos portugueses, abafado em roupas que não eram trocadas com frequência e raramente lavadas, aliado à falta de banho, causava repugnância aos índios. Então os índios, quando estavam fartos de receber ordens dos portugueses, mandavam que fossem “tomar banho”.

13. Eles que são brancos que se entendam:

Esta foi das primeiras punições impostas aos racistas, ainda no século XVIII. Um mulato, capitão de regimento, teve uma discussão com um de seus comandados e queixou-se a seu superior, um oficial português… O capitão reivindicava a punição do soldado que o desrespeitara. Como resposta, ouviu do português a seguinte frase: “Vocês que são pardos que se entendam “. O oficial ficou indignado e recorreu à instância superior, na pessoa de D. Luís de Vasconcelos (1742-1807), 12° vice-rei do Brasil. Ao tomar conhecimento dos fatos, D. Luís mandou prender o oficial português que estranhou a atitude do vice-rei. Mas, D. Luís se explicou: “Nós somos brancos, cá nos entendemos”.

14. Água mole em pedra dura, tanto bate até que fura:

Um de seus primeiros registros literário foi feito pelo escritor latino Ovídio (43 a.C. – 18 d.C), autor de célebres livros como “A arte de amar” e “Metamorfoses”, que foi exilado sem que soubesse o motivo. Escreveu o poeta: “A água mole cava a pedra dura”. É tradição das culturas dos países em que a escrita não é muito difundida formar rimas nesse tipo de frase para que sua memorização seja facilitada. Foi o que fizeram com o provérbio, portugueses e brasileiros.

By Joemir Rosa.

Verdadeiro aprendizado

Posted in Reflexão with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 14/08/2014 by Joe

Verdadeiro aprendizado

É hipocrisia dizer que aniversário significa maturidade; que o aprendizado é ligado somente aos erros cometidos; que errar é crescer.

Se todos crescêssemos e aprendêssemos com o que fizemos de errado haveria muitos sábios por aí.

O verdadeiro aprendizado é ligado à reflexão daquilo que foi ou não vivido. Aprendi que quem tem amor tem tudo; seja familiar, namorado, amigos. O amor é o que move a vida e nos faz querer sermos melhor.

Aprendi que ser tachado de bonzinho nem sempre é ruim.

Aprendi que ser CDF é ótimo. Eles são os que se dão melhor na vida.

Aprendi que ler é enriquecimento à nossa vida, de tal maneira que ninguém consegue tirar. E que receber dinheiro por ser inteligente é a forma mais admirável de ficar rico.

Aprendi que traição e falta de lealdade são uma das maiores crueldades que se podem cometer ao coração de alguém.

Aprendi que a gente se sente muito mal quando nos julgam por certas atitudes; e quem dirá quando o fizermos a alguém…

E que olhar torto para alguém não nos faz melhor.

Aprendi que existem algumas coisas que não deveriam se guardar no coração, mas são grandes responsáveis pela nossa mutante ideologia.

Aprendi que correr atrás do que se quer é preciso sempre; ninguém o faz se não nós mesmos.

Aprendi que quem desrespeita idosos são pessoas frias. E que os nossos pais são as pessoas com as quais a gente sonha ser igual.

Aprendi que sorrir e ser educado são a alegria do dia de alguém, sobretudo da própria realização pessoal.

Aprendi que somos eternos errantes. Estamos em incessante crescimento; e só não cresce quem tem a cabeça tão pequena a ponto de achar que o amadurecimento vem junto com os anos.

By Ana Paula Zandoná.

Aceitação

Posted in Inspiração with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 09/06/2014 by Joe

Aceitação

A primeira impressão que temos quando ouvimos ou pensamos em aceitar, seja uma pessoa, um fato ou uma circunstância, é de que estaremos nos submetendo ou nos subjugando, desistindo de lutar, sendo fracos.

De verdade, se quisermos modificar qualquer aspecto da nossa vida e de nós mesmos, devemos começar aceitando. A aceitação é detentora de um poder transformador que só quem já experimentou pode avaliar.

É difícil aceitar uma perda material ou afetiva, uma dificuldade financeira, uma doença, uma humilhação, uma traição. As pessoas são como são, dificilmente mudam. Não podemos contar com isso. A única pessoa que podemos mudar somos nós mesmos; portanto, se não houver aceitação, o que estaremos fazendo é insensato, é insano.

A aceitação é uma força que desconhecemos porque somos condicionados a lutar, a esbravejar, a brigar. Aceitar não é desistir, nem tão pouco resignar-se. Aceitar é estarmos lúcidos, conscientes do momento presente e, se assim a vida se apresenta, assim deve ser.

Tudo está coordenado pela Lei da Ação e Reação. No instante em que aceitamos, desmaterializamos situações que foram criadas por nós, soluções surgem naturalmente através da intuição ou fatos trazem as respostas e as saídas para o problema.

Tudo é movimento. Nada é permanente. A nossa tendência “natural” é resistir, não aceitar, combater tudo o que nos contraria e o que nos gera sofrimento. Dessa forma prolongamos a situação.

Resistir só nos mantém presos dentro da situação desconfortável, muitas vezes perpetuando e tornando tudo mais complicado e pesado.

Quando não aceitamos, nos tornamos amargos, revoltados, frustrados, insatisfeitos, cheios de rancor e tristeza, e esses padrões mentais e emocionais criam mais dificuldades, nunca trazem solução.

Aceitar é expandir a consciência e encontrar respostas, soluções, alívio. Aceitar é o que nos leva à fé. É fundamental entender que aceitar não significa desistir, mas sim, seguir adiante com otimismo.

Ter muitos propósitos a serem atingidos é nossa atitude saudável diante da vida. Aceitar se refere ao momento presente, ao agora. No instante que você aceita, você se entrega ao que a vida quer lhe oferecer. Novas ideias surgem para prosseguir na direção desejada, saindo do sofrimento.

By Ana Cristina Pereira, terapeuta transpessoal.

Os níveis do ser humano

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Evolução do ser humano

Há alguns anos, um aprendiz aproximou-se de um Mestre e perguntou-lhe:

– “Mestre, gostaria muito de saber por que razão os seres humanos guerreiam-se tanto e por que não conseguem entender-se, por mais que apregoem estar buscando a paz e o entendimento, por mais que apregoem o amor e por mais que afirmem abominar o ódio”.

– “Essa é uma pergunta muito séria. Gerações e gerações a têm feito e não conseguiram uma resposta satisfatória, por não se darem conta de que tudo é uma questão de nível evolutivo. A grande maioria da humanidade do planeta Terra está vivendo atualmente no nível 1. Muitos outros, no nível 2 e alguns outros no nível 3. Essa é a grande maioria. Alguns poucos já conseguiram atingir o nível 4, pouquíssimos o nível 5, raríssimos o nível 6 e somente de mil em mil anos aparece algum que atingiu o nível 7”.

– “Mas, Mestre, que níveis são esses?”

– “Não adiantaria nada explicá-los pois, além de não entender, logo em seguida você os esqueceria e esqueceria também a explicação. Assim, prefiro levá-lo numa viagem mental para realizar uma série de experimentos e aí, então, tenho certeza, você vivenciará e saberá exatamente quais são esses níveis, cada um deles nos seus mínimos detalhes”.

Colocou, então, as pontas de dois dedos na testa do aprendiz e, imediatamente, ambos estavam em um outro local, em outra dimensão do espaço e do tempo. O local era uma espécie de bosque, e um homem se aproximava deles. Ao chegar mais perto, o Mestre disse ao aprendiz:

– “Dê-lhe um tapa no rosto”.

– “Mas por quê? Ele não me fez nada…”

– “Faz parte do experimento. Dê-lhe um tapa, não muito forte, mas dê-lhe um tapa!”

Quando o homem chegou perto do aprendiz, este pediu-lhe que parasse e, sem nenhum aviso, deu-lhe um tapa no rosto, que estalou. Imediatamente, como se fosse feito de mola, o desconhecido revidou com uma saraivada de socos e o aprendiz foi ao chão, por causa do inesperado do ataque.

Instantaneamente, como num passe de mágica, o Mestre e o aprenzi já estavam em outro lugar, muito semelhante ao primeiro e outro homem se aproximava. O Mestre, então comentou:

– “Agora, você já sabe como reage um homem do nível 1. Não pensa. Age mecanicamente. Revida sem pensar. Aprendeu a agir dessa maneira e esse aprendizado é tudo para ele, é o que norteia sua vida, é sua “muleta”. Agora, você testará da mesma maneira, o nosso companheiro que vem aí, do nível 2.

Quando o homem se aproximou, o aprendiz pediu que parasse e lhe deu um tapa. O homem ficou assustado, olhou para o aprendiz, mediu-o de cima a baixo e, sem dizer nada, revidou com outro tapa, um pouco mais forte. Instantaneamente, já estavam em outro lugar muito semelhante ao primeiro.

– “Agora, você já sabe como reage um homem do nível 2. Pensa um pouco, analisa superficialmente a situação, verifica se está à altura do adversário e aí, então, revida. Se se julgar mais fraco, não revidará imediatamente, pois irá revidar à traição. Ainda é carregado pelo mesmo tipo de “muleta” usada pelo homem do nível 1. Só que analisa um pouco mais as coisas e fatos da vida. Entendeu? Agora, repita o mesmo com esse aí que vem chegando”.

A cena repetiu-se. Ao receber o tapa, o homem parou, olhou para o aprendiz e assim falou:

– “O que é isso, moço? Não acha que eu mereço uma explicação? Se não me explicar direitinho por que razão me bateu, vai levar uma surra! Estou falando sério!”

– “Eu e o Mestre estamos realizando uma série de experimentos e este experimento consta exatamente em fazer o que fiz, ou seja, bater nas pessoas para ver como reagem”.

– “E querem ver como eu reajo?”

– “Sim. Exatamente isso…”

– “Já reparou que não tem sentido isso?”

– “Como não? Já aprendemos ótimas lições com as reações das outras pessoas. Queremos saber qual a lição que você irá nos ensinar…”

– “Ainda não perceberam que isso não faz sentido? Por que agredir as pessoas assim, gratuitamente?”

– “Queremos verificar” – interferiu o Mestre – “as reações mais imediatas e primitivas das pessoas. Você tem alguma sugestão ou consegue atinar com alguma alternativa?”

– “De momento, não me ocorre nenhuma. De uma coisa, porém, estou certo: esse teste é muito bárbaro, pois agride os outros. Estou, realmente, muito assustado e chocado com essa ação de vocês, que parecem pessoas inteligentes e sensatas. Certamente, deverá haver algo menos agressivo e mais inteligente, não acham?”

– “Mas, afinal, como você vai reagir? Vai revidar?” – perguntou o aprendiz. “Ou vai nos mostrar uma outra maneira de aprendermos o que desejamos?”

– “Já nem sei se continuo discutindo com vocês, pois acho que estou perdendo meu tempo. São dois malucos e tenho coisas mais importantes para fazer do que ficar conversando com vocês. Afinal, meu tempo é precioso demais e não vou desperdiçá-lo com vocês. Quando encontrarem alguém que não seja tão sensato e paciente como eu, vão aprender o que é agredir gratuitamente as pessoas. Que outro, em algum outro lugar, revide por mim. Não vou nem perder meu tempo com vocês, pois não merecem meu esforço, são uns perfeitos idiotas… Imagine só, dar tapas nos outros… Besteira… Idiotice… Falta do que fazer… E ainda querem me convencer de que estão buscando conhecimento… Picaretas! Isso é o que vocês são! Uns picaretas! Uns charlatões!”

Imediatamente, aquela cena apagou-se e já se encontravam em outro lugar, muito semelhante a todos os outros. Então, o Mestre comentou:

– “Agora, você já sabe como age o homem do nível 3. Gosta de analisar a situação, discutir os pormenores, criticar tudo, mas não apresenta nenhuma solução ou alternativa, pois ainda usa as mesmas “muletas” que os outros dois anteriores também usavam. Prefere deixar tudo “pra lá”, pois “não tem tempo” para se aborrecer com a ação, que prefere deixar para os “outros”. É um erudito e teórico que fala muito, mas que age muito pouco e não apresenta nenhuma solução para nenhum problema, a não ser a mais óbvia e assim mesmo, olhe lá… É um medíocre enfatuado, cheio de erudição, que se julga o “dono da verdade”, que se acha muito “entendido” e que reclama de tudo e só sabe criticar. É o mais perigoso de todos, pois costuma deter cargos de comando, por ser, geralmente, portador de algum diploma universitário em nível de bacharel (mais uma outra “muleta”) e se pavoneia por isso. Possui instrução e muita erudição. Já consegue ter um pouquinho mais de percepção das coisas, mas é somente isso. Ainda precisa das “muletas” para continuar vivendo, mas começa a perceber que talvez seja melhor andar sem elas. No entanto, por “preguiça vital” e simples falta de força de vontade, prefere continuar a utilizá-las. De resto, não passa de um medíocre enfatuado que sabe apenas argumentar e criticar tudo. Vamos, agora, saber como reage um homem do nível 4. Faça o mesmo com esse que aí vem”.

E a cena repetiu-se. O caminhante olhou para o aprendiz e perguntou:

– “Por que você fez isso? Eu fiz alguma coisa errada? Ofendi você de alguma maneira? Enfim, gostaria de saber por que motivo você me bateu. Posso saber?”

– “Não é nada pessoal. Eu e o Mestre estamos realizando um experimento para aprender qual será a reação das pessoas diante de uma agressão imotivada”.

– “Pelo visto, já realizaram este experimento com outras pessoas, né. Já devem ter aprendido muito a respeito de como reagem os seres humanos, não é mesmo?”

– “É… Estamos aprendendo um bocado. Qual será sua reação? O que pensa de nosso experimento? Tem alguma sugestão melhor?”

– “Hoje vocês me ensinaram uma nova lição e estou muito satisfeito com isso e só tenho a agradecer por me haverem escolhido para participar deste seu experimento. Apenas acho que vocês estão correndo o risco de encontrar alguém que não consiga entender o que estão fazendo e revidar à agressão. Até chego a arriscar-me a afirmar que vocês já encontraram esse tipo de pessoa, não é mesmo? Mas, por outro lado, se não corrermos algum risco na vida, nada, jamais, poderá ser conseguido, em termos de evolução. Sob esse ponto de vista, a metodologia experimental que vocês imaginaram é tão boa como outra qualquer. Já encontraram alguém que não entendesse o que estão fazendo e igualmente reações hostis, não é mesmo? Por outro lado, como se trata de um aprendizado, gostaria muito de acompanhá-los para partilhar desse aprendizado. Vocês me aceitariam como companheiro de jornada? Gostaria muito de adquirir novos conhecimentos. Posso ir com vocês?”

– “E se tudo o que dissemos for mentira? E se estivermos mal intencionados?”, perguntou o Mestre – “Como reagiria a isso?”

– “Somente os loucos fazem coisas sem uma razão plausível. Sei, muito bem, distinguir um louco de um são e, definitivamente, tenho a mais cristalina das certezas de que vocês não são loucos. Logo, alguma razão vocês devem ter para estarem agredindo gratuitamente as pessoas. Essa razão que me deram é tão boa e plausível como qualquer outra. Seja ela qual for, gostaria de seguir com vocês para ver se minhas conjecturas estão certas, ou seja, de que falaram a verdade e, se assim for, compartilhar da experiência de vocês. Enfim, desejo aprender cada vez mais e esta é uma boa ocasião para isso. Não acham?”

Instantaneamente, tudo se desfez e logo estavam em outro ambiente, muito semelhante aos anteriores. O Mestre, então, comentou:

– “O homem do nível 4 já está bem distanciado e se desligando gradativamente dos afazeres mundanos. Já sabe que existem outros níveis mais baixos e outros mais elevados e está buscando apenas aprender mais e mais para evoluir, para tornar-se um sábio. Não é, em absoluto, um erudito (embora até mesmo possa possuir algum diploma universitário) e já compreende bem a natureza humana para fazer julgamentos sensatos e lógicos. Por outro lado, possui uma curiosidade muito grande e uma insaciável sede de conhecimentos. E isso acontece porque abandonou suas “muletas” há muito pouco tempo. Ainda sente falta delas, mas já compreendeu que o melhor mesmo é viver sem elas. Dentro de muito pouco tempo, só mais um pouco de tempo, assim que se acostumar, de fato, a sequer pensar nas muletas, estará realmente começando a trilhar o caminho certo para os próximos níveis. Mas vamos continuar com o nosso aprendizado. Repita o mesmo com este homem que aí vem e vamos ver como reage um homem do nível 5.

O tapa estalou.

– “Filho meu… Eu bem o mereci por não haver logo percebido que estava precisando de ajuda. Em que te posso ser útil?”

– “Não entendi… Afinal, dei-lhe um tapa. Não vai reagir?”

– “Na verdade, cada agressão é um pedido de ajuda. Em que te posso ajudar, filho meu?”

– “Estamos dando tapas nas pessoas que passam para conhecermos suas reações. Não é nada pessoal!”

– “É nisso que eu posso ajudar? Então, vou te ajudar com muita satisfação, te pedindo perdão por não haver logo percebido que deseja aprender. É meritória tua ação, pois o saber é a coisa mais importante que um ser humano pode adquirir. Somente por meio do saber é que o homem se eleva. E se está querendo aprender, só tenho elogios a te oferecer. Logo aprenderá a lição mais importante que é a de ajudar desinteressadamente as pessoas, assim como estou fazendo com vocês, neste momento. Ainda terá um longo caminho pela frente, mas, se desejar, posso ser o teu guia nos passos iniciais e te poupar de muitos transtornos e dissabores. Sinto-me perfeitamente capaz de te guiar nos primeiros passos e te fazer chegar até onde me encontro. Daí para diante, faremos o restante do aprendizado juntos. O que acha da proposta? Aceita-me como teu guia?”

Instantaneamente, a cena se desfez e logo se viram em outro caminho, um pouco mais agradável do que os demais, e o Mestre explicou:

– “Quando um homem atinge o nível 5, começa a entender que a humanidade, em geral, digamos, o homem comum, é como uma espécie de adolescente que ainda não conseguiu sequer se encontrar e, por esse motivo, como todo e qualquer bom adolescente, é muito inseguro e, devido a essa insegurança, não sabe como pedir ajuda e agride a todos para chamar atenção sobre si mesmo e pedir, então, de maneira velada e indireta, a ajuda de que necessita. O homem do nível 5 possui a sincera vontade de ajudar e de auxiliar a todos desinteressadamente, sem visar vantagens pessoais. É como se fosse uma Irmã Dulce, um Chico Xavier ou uma Madre Teresa de Calcutá. Sabe ser humilde e reconhece que ainda tem muito a aprender para atingir níveis evolutivos mais elevados. E deseja partilhar gratuitamente seus conhecimentos com todos os seres humanos. Compreende que a imensa maioria dos seres humanos usa “muletas” diversas e procura ajudá-los, dando-lhes exatamente aquilo que lhe é pedido, de acordo com a “muleta” que estão usando ou com o que lhes é mais acessível no nível em que se encontram. A partir do nível 5, o ser humano adquire a faculdade de perceber em qual nível o seu interlocutor se encontra. Agora, dê um tapa nesse homem que aí vem. Vamos ver como reage o homem do nível 6”.

E o aprendiz iniciou o ritual. Pediu ao homem que parasse e lançou a mão ao seu rosto. Jamais entenderá como o outro, com um movimento quase instantâneo, desviou-se e a sua mão atingiu apenas o vazio.

– “Meu filho querido! Por que você queria ferir-se? Ainda não aprendeu que agredindo os outros você estará agredindo a si mesmo? Você ainda não conseguiu entender que a humanidade é um organismo único e que cada um de nós é apenas uma pequena célula desse imenso organismo? Seria você capaz de provocar, deliberadamente, em seu corpo, um ferimento que vai doer muito e cuja cicatrização orgânica e psíquica vai demorar e causará muito sofrimento inútil?”

– “Mas é estamos realizando um experimento para descobrir qual será a reação das pessoas a uma agressão gratuita”.

– “Por que você não aprende primeiro a amar? Por que, em vez de dar um tapa, não dá um beijo nas pessoas? Assim, em lugar de causar-lhes sofrimento, estará demonstrando amor. E o amor é a energia mais poderosa e sublime do Universo. Se você aprender a lição do amor, logo poderá ensinar amor para todas as outras células da humanidade e, tenho a mais concreta certeza de que, em muito pouco tempo, toda a Humanidade será um imenso organismo amoroso que distribuirá amor por todo o planeta e daí, por extensão, emitirá vibrações de amor para todo o Universo. Eu amo a todos como amo a mim mesmo. No instante em que você compreender isso, passará a amar a si mesmo e a todos os demais seres humanos da mesma maneira e terá aprendido a Regra de Ouro do Universo: tudo é amor! A vida é amor! Nós somos centelhas de amor! E, por tanto amar você, jamais poderia permitir que você se ferisse, agredindo a mim. Se você ama uma criança, jamais permitirá que ela se machuque ou se fira, porque ela ainda não entende que, se agir de determinada maneira perigosa, irá ferir-se e irá sofrer. Você a amparará, não é mesmo? Você deverá aprender, em primeiro lugar, a Lição do Amor, a viver o amor em toda sua plenitude, pois o amor é tudo e, se você está vivo, deve sua vida a um ato de amor. Pense nisso, medite muito sobre isso. Dê amor gratuitamente. Ensine amor com muito amor e logo verá como tudo a seu redor vai ficar mais sublime, mais diáfano, pois você estará flutuando sob os influxos da energia mais poderosa do Universo, que é o amor. E sua vida será sublime…”

Instantaneamente, tudo se desfez e se viram em outro ambiente, ainda mais lindo e repousante do que este último em que estiveram. Então, o Mestre falou:

– “Este é um dos níveis mais elevados a que pode chegar o ser humano em sua senda evolutiva, ainda na matéria, no Planeta Terra. Um homem que conseguiu entender o que é o Amor, já é um homem sublime, inefável e quase inatingível pelas infelicidades humanas, pois já descobriu o ‘começo da verdade’, mas ainda não a conhece em toda sua plenitude, o que só acontecerá quando atingir o nível 7. Logo você descobrirá isso. Dê um tapa nesse homem que aí vem chegando…

E o aprendiz pediu ao homem que parasse. Quando seus olhares se cruzaram, uma espécie de choque elétrico percorreu-lhe todo o corpo e uma sensação mesclada de amor, compaixão, amizade desinteressada, compreensão, de profundo conhecimento de tudo que se relaciona à vida e um enorme sentimento de extrema segurança, encheram-lhe todo o seu ser.

– “Bata nele!” – ordenou o Mestre.

– “Não posso, Mestre, não posso…”

– “Bata nele! Faça um grande esforço, mas terá que bater nele! Nosso aprendizado só estará completo se você bater nele! Faça um grande esforço e bata! Vamos! Agora!”

– “Não, Mestre. Sua simples presença já é suficiente para que eu consiga compreender a futilidade de lhe dar um tapa. Prefiro dar um tapa em mim mesmo. Nele, porém, jamais!”

– “Bata-me”, disse o homem com muita firmeza e suavidade, “pois só assim aprenderá a tua lição e saberá, finalmente, porque ainda existem guerras na humanidade…”

– “Não posso… Não posso… Não tem o menor sentido fazer isso…”

– “Então”, tornou o homem, “já aprendeu a tua lição. Quem, dentre todos em quem você bateu, a ensinou para ti? Reflita um pouco e me responda”.

– “Acho que foram os três primeiros, do nível 1 ao nível 3. Os outros apenas a ilustraram e a complementaram. Agora compreendo o quão atrasados eles estão e o quanto ainda terão que caminhar na senda evolutiva para entender esse fato. Sinto por eles uma compaixão muito profunda. Estão de “muletas” e não sabem disso. E o pior de tudo é que não conseguem perceber que é até muito simples e muito fácil abandoná-las e que, no preciso instante em que as abandonarem, começarão a progredir. Era essa a lição que eu deveria aprender?”

– “Sim, filho meu. Essa é apenas uma das muitas facetas do Verdadeiro Aprendizado. Ainda terá muito que aprender, mas já aprendeu a primeira e a maior de todas as lições: existe a ignorância!”, complementou o homem, com suavidade e convicção, “mas ainda existem outras coisas mais que deve ter aprendido. O que foi?”

– “Aprendi, também, que é meu dever ensiná-los para que entendam que a vida está muito além daquilo que eles julgam ser muito importante – as suas “muletas” – e também sua busca inútil e desenfreada por sexo, status social, riquezas e poder. Nos outros níveis, comecei a entender que para se ensinar alguma coisa para alguém é preciso que tenhamos aprendido aquilo que vamos ensinar. Mas isso é um processo demorado demais, pois todo mundo quer tudo às pressas, imediatamente…”

– “A humanidade ainda é uma criança, mal acabou de nascer, mal acabou de aprender que pode caminhar por conta própria, sem engatinhar, sem precisar usar “muletas”. O grande erro é que nós queremos fazer tudo às pressas e medir tudo pela duração de nossas vidas individuais. O importante é que compreendamos que o tempo deve ser contado em termos cósmicos, universais. Se assim o fizermos, começaremos, então, a entender que o Universo é um organismo imenso, ainda relativamente novo e que também está fazendo seu aprendizado por intermédio de nós – seres vivos conscientes e inteligentes que habitamos planetas disseminados por todo o espaço cósmico. Nossa vida individual só terá importância mesmo se conseguirmos entender e vivenciar este conhecimento, esta grande verdade: somos todos uma imensa equipe energética atuando nos mais diversos níveis energéticos daquilo que é conhecido como Vida e Universo, que, no final das contas, é tudo a mesma coisa”.

– “Mas sendo assim, para eu aprender tudo que necessito para poder ensinar aos meus irmãos, precisarei de muito mais que uma vida. Ser-me-ão concedidas mais outras vidas, além desta que agora estou vivendo?”

– “Mas ainda não conseguiste vislumbrar que só existe uma única vida e que já a está vivendo há milhões e milhões de anos e ainda a viverá por mais outros tantos milhões, nos mais diversos níveis? Você já foi energia pura, átomo, molécula, vírus, bactéria, enfim, todos os seres que já apareceram na escala biológica. E ainda é tudo isso. Compreenda, filho meu, nada se cria, nada se perde, tudo se transforma”.

– “Mas, mesmo assim, então, não terei tempo, neste momento atual de minha manifestação no Universo, de aprender tudo o que é necessário ensinar aos meus irmãos que ainda se encontram nos níveis 1, 2 e 3”.

– “E quem o terá jamais, algum dia? Mas isso não tem a menor importância, pois já está ensinando o que aprendeu, nesta breve jornada mental. Já aprendeu que existem 7 níveis evolutivos possíveis aos seres humanos, aqui, agora, neste planeta Terra!”

O autor deste conto conseguiu transmití-lo, há alguns milênios, através da tradição oral, durante muitas e muitas gerações. Agora, ao ler esse conto, também aprendi a mesma lição e agora a estou transmitindo para todos aqueles que vierem a lê-lo e, no final, alguns desses leitores, um dia, ensinarão essa mesma lição a outros irmãos humanos.

Compreende, agora, que não será necessário mais do que uma única vida como um ser humano, neste planeta Terra, para que aprenda tudo e que possa transmitir esse conhecimento a todos os seres humanos, nos próximos milênios vindouros? É só uma questão de tempo, não concorda?

Agora, se quem deste aprendizado tomar conhecimento e, assim mesmo, não desejar progredir, não quiser deixar de lado as “muletas” que está usando, ou não quiser aceitar essa verdade tão cristalina, o problema e a responsabilidade já não serão mais teus. Você e todos os demais que estão transmitindo esse conhecimento já cumpriram as suas partes. Que os outros, os que dele estão tomando conhecimento, cumpram as suas. Para isso são livres e possuem o discernimento e o livre-arbítrio suficientes para fazer suas escolhas e nada tem com isso.

Entendeu?

Desconheço a autoria.

O Ladrão do Tempo

Posted in Livros with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 09/03/2014 by Joe

O Ladrão do TempoLivro: O Ladrão do Tempo
By John Boyne
Editora Companhia das Letras

John Boyne tornou-se um escritor célebre no mundo inteiro depois do estrondoso sucesso de seu romance “O Menino do Pijama Listrado“. Agora o leitor brasileiro tem o privilégio de conhecer “O Ladrão do Tempo”, livro que deu início à brilhante carreira do autor irlandês.

O ano é 1758 e Matthieu Zela resolve abandonar Paris e fugir de barco para a Inglaterra, depois de ter testemunhado o assassinato brutal da mãe pelo padrasto. Apenas um garoto de quinze anos na época, ele foge levando consigo o meio-irmão caçula, Tomas, criança que se vê impelido a proteger.

Começando com uma morte e sempre em busca de redenção, a vida de Zela é marcada por uma característica incomum: antes que o século XVIII acabe, ele irá descobrir que seu corpo parou de envelhecer. Sua aparência é de um homem de cinquenta anos, mas o tempo passa e seu físico continua imutável. Ele simplesmente não morre e não faz ideia de qual seja a razão para que isso ocorra.

Ao final do século XX, ele resolve olhar para o passado e rememorar sua experiência de vida, incomparável à de qualquer outro ser humano. Da Revolução Francesa à Hollywood nos anos 1920, da época das Grandes Exposições à quebra da Bolsa de Valores de Nova York, Zela transitou por inúmeros lugares, exerceu diversas profissões e conheceu pessoas notáveis, além de ter se apaixonado por muitas mulheres.

Mas, mesmo séculos depois, ele continua certo de que seu verdadeiro amor foi Dominique Sauvet, uma jovem que conheceu no barco que tomou com o irmão para escapar da França. O trio se uniu para começar a nova vida na Inglaterra e Matthieu se viu totalmente encantado por Dominique.

Com uma trama absolutamente instigante de amor, morte, traição, oportunidades perdidas e esperança, John Boyne já anunciava neste primeiro romance o seu talento inconfundível de exímio contador de histórias.

Para quem não leu ainda, recomendo também “O Menino do Pijama Listrado“, do mesmo autor!

By Joemir Rosa.

Uma doença chamada ciúme

Posted in Relacionamentos with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 30/04/2013 by Joe

Ciumes

Reconhecer os próprios defeitos (insegurança, possessividade e ciúmes descontrolados) e perceber que a solução está em amar e ser amado é um bom caminho para a felicidade a dois.

Questionar-se a respeito da razão do medo de perder o outro, e lembrar-se de que ele estar conosco é uma escolha dele, também ajuda. Observar que as manifestações do próprio ciúme em nada ajudam a melhorar a situação, e que pegar no pé dele só pode ajudar a afastá-lo, pode ser útil para lidar com o ciúme. Por que não procurar confiar no amor do parceiro e tentar amá-lo de forma relaxada, descontraída?

A melhor maneira de superar o ciúme é não dar importância a ele. Sempre que as pessoas se relacionam amorosamente, estão se sujeitando à possibilidade do parceiro ter um envolvimento com outra pessoa. Se isto incomodar demais, fica difícil casar, a não ser que o ciumento se iluda acreditando na certeza da fidelidade do outro. A única solução é confiar na própria capacidade de superar eventuais infidelidades.

Os ciumentos costumam ter a ilusão de que se controlarem o parceiro poderão ficar protegidos contra a traição e, por isto, dispendem tempo e energia nessa tarefa inútil e ridícula.

O ciúme é um sentimento natural e inevitável. Mas devemos combatê-lo por ser irracional e prejudicial às relações amorosas. O ciúme precisa estar sempre sob nosso controle. Não devemos nunca nos deixar controlar por ele. Quando a pessoa perde o controle sobre seu ciúme se torna um ciumento e age de forma doentia com o seu companheiro. Ciúme descontrolado é uma doença, e difícil de ser tratada.

Além de perigoso!

By Luiz Alberto Py.

Colocando-se no lugar do outro

Posted in Relacionamentos with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 17/09/2012 by Joe

Uma das operações psíquicas mais sofisticadas que aprendemos, lá pelos 7 anos, é esta, de tentarmos sair de nós mesmos para imaginar como se sentem as outras pessoas.

De repente podemos olhar para a rua num dia de chuva e imaginar – o que, de certa forma, significa sentir – o frio que um outro menino pode passar por estar mal agasalhado.

Nossa capacidade de imaginar o que se passa é como uma faca de dois gumes. O engano mais comum – e de graves consequências para as relações interpessoais – não é imaginarmos as sensações de uma outra pessoa, e sim tentarmos prever que tipo de reação ela terá diante de uma certa situação.

Costumamos pensar assim:

– “Eu, no lugar dela, faria desta maneira.”

Julgamos correta a atitude da pessoa quando ela age da forma que agiríamos. Achamos inadequada sua conduta sempre que ela for diversa daquela que teríamos. Ou melhor, daquela que pensamos que teríamos, uma vez que muitas vezes fazemos juízos a respeito de situações que jamais vivemos.

Quando nos colocamos no lugar de alguém, levamos conosco nosso código de valores. Entramos no corpo do outro com nossa alma. Partimos do princípio de que essa operação é possível, uma vez que acreditamos piamente que as almas são idênticas; ou, pelo menos, bastante parecidas.

Cada vez que o outro não age de acordo com aquilo que pensávamos fazer no lugar dele, experimentamos uma enorme decepção.

Entristecemo-nos mesmo quando tal atitude não tem nada a ver conosco. Vivenciamos exatamente a dor que tentamos a todo o custo evitar, que é a de nos sentirmos solitários neste mundo.

Sem nos darmos conta, tendemos a nos tornar autoritários, desejando sempre que o outro se comporte de acordo com nossas convicções. E assim procedemos sempre com o mesmo argumento: “Eu, no lugar dele, agiria assim.”

A decepção será maior ainda se o outro agiu de modo inesperado em relação à nossa pessoa. Se nos tratou de uma forma rude, que não seria a nossa reação diante daquela situação, nos sentimos duplamente traídos: pela agressão recebida e pela reação diferente daquela que esperávamos.

É sempre o eterno problema de não sabermos conviver com a verdade de que somos diferentes uns dos outros; e, por isso mesmo, solitários.

Aqueles que entendem que as diferenças entre as pessoas são maiores do que as que nos ensinaram a ver, desenvolvem uma atitude de real tolerância diante de pontos de vista variados a respeito de quase tudo.

Deixam de se sentir pessoalmente ofendidos pelas diferenças de opinião. Podem, finalmente, enxergar o outro com objetividade, como um ser à parte, independente de nós.

Ao se colocar no lugar do outro, tentarão penetrar na alma do outro, e não apenas transferir sua alma para o corpo do outro. É o início da verdadeira comunicação entre as pessoas.

By Flávio Gikovate.

Quero saber…

Posted in Reflexão with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 16/08/2012 by Joe

Não me interessa o que você faz para ganhar a vida. Quero saber o que você deseja ardentemente, se ousa sonhar em atender aquilo pelo qual seu coração anseia…

Não me interessa saber a sua idade. Quero saber se você se arriscará a parecer um tolo por amor, por sonhos, pela aventura de estar vivo…

Não me interessa saber que planetas estão em quadratura com a sua lua. Quero saber se tocou o âmago de sua dor, se as traições da vida o abriram ou se você se tornou murcho e fechado por medo de mais dor…

Quero saber se pode suportar a dor, minha ou sua, sem procurar escondê-la, reprimí-la ou narcotizá-la. Quero saber se você pode aceitar alegria, minha ou sua; se pode dançar com abandono e deixar que o êxtase o domine até a ponta dos dedos das mãos ou dos pés, sem nos dizer para termos cautela, sermos realistas, ou nos lembrarmos das limitações de sermos humanos…

Não me interessa se a história que me conta é a verdade. Quero saber se consegue desapontar outra pessoa para ser autêntico consigo mesmo, se pode suportar a acusação de traição e não trair a sua alma…

Quero saber se você pode ver beleza, mesmo que ela não seja tão bonita todos os dias, e se pode buscar a origem de sua vida na presença de Deus…

Quero saber se você pode viver com o fracasso, seu e meu, e ainda, à margem de um lago, gritar para a lua prateada: “Posso!”

Não me interessa onde você mora ou quanto dinheiro tem. Quero saber se pode levantar-se após uma noite de sofrimento e desespero, cansado, ferido até os ossos, e fazer o que tem de ser feito pelos filhos…

Não me interessa saber quem você é e como veio parar até aqui. Quero saber se você ficará comigo no centro do incêndio e não se acovardará…

Não me interessa saber onde, o quê, ou com quem você estudou. Quero saber o que o sustenta a partir de dentro, quando tudo o mais desmorona…

Quero saber se consegue ficar sozinho consigo mesmo e se realmente gosta da companhia que tem nos momentos vazios.

By Oriah Sonhador da Montanha, Índio Americano.

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