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A razão de viver

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Razão de viver

– “O que estamos fazendo nesta Terra, Mestre?”

– “Sinceramente? Não sei. Já procurei em muitos cantos, em lugares iluminados e escuros; hoje estou convencido que ninguém sabe – apenas Deus.”

– “Não é uma boa resposta para um mestre.”

– “É uma resposta honesta. Conheço muita gente que irá explicar-lhe em detalhes a razão da existência. Não acredite, são pessoas ainda presas à antiga linguagem, e só acreditam nas coisas que tem explicação.”

– “Quer dizer que não há uma razão para viver?”

– “Você não entendeu o que estou dizendo. Eu disse que não sei a razão. Mas claro que existe um motivo para estar aqui, e Deus o conhece.”

– “Por que não nos revela?”

– “Revela a cada um de nós, mas numa linguagem que às vezes não aceitamos, porque ela não é lógica – e estamos por demais acostumados a receitas e fórmulas. O nosso coração sabe por que estamos aqui. Quem escutar o coração, seguir os sinais, e viver sua Lenda Pessoal, vai entender que está participando de algo, mesmo que não compreenda racionalmente. Diz a tradição que, no segundo antes da nossa morte, a gente se dá conta da verdadeira razão da existência. E, neste momento, nasce o Inferno e o Paraíso.”

– “Não entendi…”

– “O Inferno é, nesta fração de segundo, olhar para trás e saber que desperdiçamos uma oportunidade de honrar a Deus e dignificar o milagre da vida. O Paraíso é poder dizer, neste momento, “Cometi alguns erros, mas não fui covarde: vivi minha vida, e fiz o que devia fazer”. Tanto o Inferno como o Paraíso irão nos acompanhar por muito tempo, mas não para sempre.”

– “Como posso saber se estou vivendo minha vida?”

– “É quando, ao invés de amargura, você sente entusiasmo. Essa é a única diferença. De resto, há que respeitar o Mistério, e aceitar – com humildade – que Deus tem um plano para nós. Um plano generoso, que nos conduz em direção à Sua presença, e que justifica estes milhões de estrelas, planetas, buracos negros, etc., que estamos vendo nesta noite, no céu.”

– “É muito difícil viver sem uma explicação.”

– “Você pode explicar porque o homem necessita de dar e receber amor? Não. E você vive com isso, não vive? Não apenas você vive com isso, como é a coisa mais importante da vida: o amor. E não existe explicação nenhuma. Da mesma forma, tampouco há explicação para a vida. Mas existe uma razão para estarmos aqui, e você precisa ser humilde o suficiente para aceitar isso. Confie em minhas palavras: a vida de cada um dos seres humanos tem um sentido, embora ele cometa o erro de passar grande parte do seu tempo na terra buscando uma resposta, enquanto se esquece de viver.”

“Posso lhe dar um exemplo de uma época em que cheguei perto de entender tudo isso. Eu tinha comparecido à festa de comemoração dos 50 anos da minha formatura do ginásio. Ali, na escola onde estudei enquanto adolescente, encontrei muitos amigos. Bebemos, fizemos as mesmas piadas de meio século atrás.

“Em um dado momento, olhei para o pátio da escola. Então, me vi criança, brincando com eles, olhando a vida com surpresa e intensidade. De repente, aquela criança que eu fui pareceu ganhar forma e se aproximou se mim.

“Me olhou nos olhos e sorriu. Então, eu entendi que não havia traído os meus sonhos de infância. Que a criança que eu tinha sido um dia, ainda estava orgulhosa de mim. Que a mesma razão que eu tinha para viver quando criança, continuava viva em meu coração.

“Procure viver com a mesma intensidade de uma criança. Ela não pede explicações; mergulha em cada dia como se fosse uma aventura diferente e, de noite, dorme cansada e feliz.”

By Paulo Coelho, da série “Diálogos com o Mestre”.

Creme Prestígio

Posted in Receitas with tags , , , , , , , , , , , , , , , on 06/12/2014 by Joe

Creme Prestígio

O dicionário da língua portuguesa ensina:

Prestígio – s.m. Valor sócio-cultural positivo atribuído a um indivíduo ou a um grupo.
Grande influência exercida por pessoa ou coisa sobre outra ou outras pessoas.
Fig. Sedução, fascinação; poder de atração.

A receita de hoje não tem história, mas tem tradição pela combinação de sabores: chocolate com coco! A essa combinação foi dado o nome de Prestígio por um grande fabricante de chocolates. E não é pra menos, pois o chocolate que leva esse nome tem grande poder de atração, de sedução, de fascinação!

Poucas pessoas se dão ao luxo de desprezarem tal alquimia. Prestígio é sinônimo de coisa gostosa, de sobremesa que enche a boca de água.

Inúmeras são as receitas que levam esse nome. Basta uma rápida pesquisa nos sites de gastronomia, ou nos velhos cadernos receitas de nossas avós e tias, para encontrarmos uma grande variedade de sobremesas que carregam esse nome!

No post de hoje trago uma dessas receitas, que tem sabor muito próximo ao do chocolate produzido em barrinhas. Basta checar, no próprio site do fabricante, os ingredientes utilizados na elaboração desse produto. Aqui, claro, sem aqueles aditivos químicos para mantê-lo conservado por longos meses. Além dos toques de sofisticação na apresentação da sobremesa!

Neste caso, é fazer e comer!

Creme Prestígio

Ingredientes

Creme

1 lata de leite condensado
200 g de coco ralado
1/2 xícara (chá) de glucose de milho (Karo)
5 colheres (sopa) de leite em pó
1/2 lata de creme de leite.

Cobertura

300 g de chocolate meio amargo picado
1/2 lata de creme de leite
lascas de coco para decorar

Modo de preparo

Prepara o creme, misturando, em uma tigela, o leite condensado, o coco ralado, a glucose de milho, o leite em pó e o creme de leite, até formar um creme bem homogêneo. Coloque em taças individuais e leve à geladeira.

Para a cobertura basta derreter o chocolate em banho-maria e misturar o creme de leite. Despeje sobre o creme gelado e leve novamente à geladeira por, no mínimo, duas horas.

Na hora de servir, decore com lascas de coco (ou ralado).

By Joemir Rosa.

Respeito ao mais experiente

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Respeito ao mais experiente

A expectativa de vida dos japoneses é uma das mais altas do mundo: 85 anos de idade para mulheres e 78 para homens. Além disto, o Japão é o país onde se concentra o maior número de centenários. São mais de 30 mil pessoas com idade igual ou superior a 100 anos e este número vem crescendo consideravelmente. Em 2003, estimava-se apenas 20 mil deles.

O segredo desta longevidade toda é a alimentação saudável, menos industrializada que a dos países ocidentais. Mas outro fator coopera e muito: a qualidade de vida que o Japão oferece aos seus cidadãos, incluindo respeito e tratamento diferenciado que os idosos recebem dos mais jovens.

O respeito aos mais velhos é parte da tradição milenar japonesa, vem de berço – as crianças aprendem com os pais a reverenciar e respeitar a opinião dos avós. E esta cultura segue para todos os segmentos da sociedade. Nas escolas, o respeito aos mestres é sagrado. Os professores são muito valorizados, tendo sua importância reconhecida como fundamental na formação da criança.

Nas indústrias, a hierarquia é soberana, seguindo a escala superior, o respeito ao líder mais experiente é uma norma rígida nas empresas, que todos seguem ao pé da letra. Alguns ocidentais consideram tais atitudes, submissas, porém elas fazem parte da cultura japonesa de ouvir o mais velho, a voz da experiência.

Após ver o país destruído pela guerra, o povo permaneceu firme, sem desespero, esperando a decisão do seu líder maior, o Imperador, que pediu calma e esforço para reconstruir o país, salientando que, a partir daquele momento, tomando as lições que a guerra trouxe, o Japão tornar-se-ia uma nação pacífica e prosperaria com o esforço de cada cidadão.

A população confiou no seu líder e suas palavras se concretizaram. Hoje, o país é uma grande potência econômica e, acima de tudo, pacífica. Aliás, o respeito e a veneração pela família imperial, são unânimes, desde a criança até o mais velho, do mais humilde cidadão até o Primeiro Ministro. Todos, sem distinção, reverenciam seu líder maior.

A cultura do respeito aos idosos é tão enraizada na sociedade japonesa que foi instituído uma data comemorativa. Na terceira segunda-feira do mês de setembro, é comemorado o Dia de Respeito ao Idoso.

A ideia surgiu em 1947, quando uma pequena aldeia, na província de Hyogo, resolveu oficializar a data como forma de respeito e valorização aos anciãos japoneses, que sempre contribuíram para o país com sua sabedoria e seu trabalho.

O Dia de Respeito ao Idoso é uma data criada exclusivamente no Japão, ao contrário do Dia das Mães, por exemplo, que foi “importada” dos países ocidentais. Neste dia, as famílias se reúnem e celebram junto aos seus entes mais velhos.

Desconheço a autoria.

Camarões ao Catupiry®

Posted in Receitas with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 28/06/2014 by Joe

Camarões ao Catupiry

Catupiry®, esse requeijão delicioso, tem sabor de infância!

Para quem é de fora e não conhece a história da empresa e do Requeijão Catupiry®, ela começou nas mãos do imigrante italiano Mário Silvestrini, em 1911, no estado de Minas Gerais, onde também começou o processo industrial do produto. Em 1949, ele passou a ser produzido em São Paulo, onde está atualmente a sua matriz.

No início, era consumido puro, com pães, torradas e com sobremesas. Por ser um produto versátil, logo despertou a criatividade das donas de casa e chefs brasileiros, gerando uma infinidade de receitas culinárias. Invadiu a tradição italiana no Brasil e deu origem à famosa pizza de Catupiry®.

Por ter baixo teor de acidez, o requeijão Catupiry® se tornou um ingrediente indispensável para inúmeros pratos como: massas, peixes, aves e carnes. Dessa maneira, surgiu a expressão “ao Catupiry®” nos grandes restaurantes. Da cozinha doméstica à cozinha profissional e industrial foi um pulo. A empresa concedeu, para alguns fabricantes de congelados e pizzas o direito de imprimir a logomarca da Catupiry® nos rótulos das embalagens, como garantia de qualidade.

E essa história está longe do seu fim. O requeijão Catupiry®, sempre pioneiro no seu segmento, atravessou fronteiras e chegou a outros países com a sua tradição de qualidade e excelência. Afinal, o nome Catupiry® tem sua origem na língua Tupi, significando “excelente”!

A receita deste sábado é deliciosa e tem como ingredientes, duas delícias da gastronomia: o próprio requeijão Catupiry® e camarões!

Camarões ao Catupiry®

Ingredientes

Requeijão Cremoso Catupiry®1 kg de camarões médios descascados
1 cebola grande picadinha
1 pimentão vermelho picadinho
1 pimentão verde picadinho
2 dentes de alho amassados
1/2 lata de tomates pelados triturados
manjericão, alecrim e salsa a gosto
azeite a gosto
cachaça para flambar
sal a gosto
pimenta do reino branca a gosto
400 g de requeijão cremoso Catupiry®
batata-palha a gosto
queijo parmesão ralado

Modo de preparo

Em uma frigideira bem quente, regue um pouco de azeite e sele os camarões, sem adicionar temperos, dos dois lados, até ficarem um pouco vermelhos. Reserve.

Em uma outra frigideira grande, refogue a cebola picada, depois os pimentões e acrescente os dois dentes de alho amassados. Acrescente os camarões reservados na frigideira. Agora é o momento de flambá-los. Use um pouco de cachaça amarela para isso.

Uma vez flambados, acrescente o tomate pelado triturado, já quase no ponto de molho. Não use tomate normal picado pois o camarão pode passar do ponto; use o pelado. Cozinhe por, no máximo três minutos, e acerte no sal, tempere com pimenta e coloque as ervas aromáticas.

Caso o molho fique um pouco ralo, você pode engrossar usando a velha tática do amido de milho diluído num copo d’água morna (pra não empelotar) para dar uma engrossada no molho.

Em um refratário, forre o fundo com metade do Catupiry®. Por cima desta base, espalhe os camarões com o molho que acabou de preparar e cubra com a outra metade do Catupiry®. Espalhe batata-palha e queijo parmesão ralado por cima para dar crocância ao prato.

Leve ao forno para gratinar e pronto! Sirva com arroz branco e salada verde.

By Joemir Rosa

O verdadeiro Eu

Posted in Reflexão with tags , , , , , , , , , , , , , , , on 01/06/2014 by Joe

Verdadeiro Eu

Osho, mestre da meditação, disse-nos que é através dela que nos tornamos conscientes do nosso verdadeiro Eu.

Disse ele:

“O verdadeiro Eu é perigoso: perigoso para a Igreja estabelecida, perigoso para o Estado, perigoso para as massas, perigoso para a tradição, porque, uma vez que um Homem conheça o seu verdadeiro Eu, torna-se num indivíduo.”

“Deixa de pertencer à psicologia das massas; não será supersticioso e não será explorado, e não poderá ser conduzido como o gado, não poderá ser dirigido e nem comandado. Viverá de acordo com a sua luz; viverá a partir da sua interioridade.”

By Osho.

O professor

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Professores 2

A tabuada não basta. Como não bastam funções hiperbólicas, variáveis complexas, orações subordinadas. Não bastam Euclides e sua geometria, não bastam as teorias. O professor deve ensinar ao aluno a arte de viver com dignidade, com amor, com liberdade.

Não basta falar das guerras, das batalhas, das conquistas – tem que ensinar o aluno a conquistar primeiro a si próprio. Ensinar-lhe medir distâncias é pouco – é necessário vencê-las. Não basta saber o nome dos rios, temos que fluir. Equações algébricas não resolvem tudo, antes é preciso resolver-se. Em vez das mentiras históricas, o professor deve ensinar as verdades, e o melhor modo de encontrá-las.

Não basta falar de política, o professor tem que ser democrata. Deve olhar nos olhos do aluno e dizer-lhe como a vida é. Aumentar-lhe a coragem de crescer. Ensinar-lhe a lógica das emoções e o amor pelo raciocínio.

O professor transmite sabedoria, incentiva o bom senso e o bom gosto. Mergulha fundo no oceano de dúvidas que o aluno tem no coração, e traz o tesouro pulsante lá submerso. Educa, orienta, aviva a chama na consciência de cada. Ao polir a pedra bruta, consegue intenso brilhante.

Bom professor é aquele que não exige, não cobra – obtém. Não corrige – mostra o porquê. Não hesita quando avalia, não constrange quando examina. E nunca faz da nota uma espada.

O bom professor não só ensina, compreende. Não levanta a voz, amplifica o verbo, convence. É sério – mas ri da própria seriedade. Fala do êxtase, da alegria e da profunda emoção que explode no seu peito quando ensina, como pétalas no riso de quem ama.

O professor mostra ao aluno a diferença entre o silogismo e a serpente. Ensina-o a extrair raiz quadrada com poesia. Demonstra como ser ousado sem ser burro. Jamais abusa da confiança do aluno, não lhe invade o espaço, não procura condicioná-lo. Não cria relações de dependência, nem exerce dominação sádica sobre ele. Infunde-lhe o respeito absoluto pela vida. Prefere o aluno criativo ao bem-comportado. Nunca o explora, é só o conquistador de um novo mundo, que leva o aluno a ver mais – mais alto e mais longe.

Não levanta paredes em torno do aluno, e sim, derruba aquelas que houver. Abre-lhe as portas da vida, com veemência. Não o repreende, não o censura, não o recrimina. Mostra ao aluno a importância da inteligência na determinação do seu futuro. O velho dilema entre a caneta e a vassoura…

Como Sócrates, o bom professor não vê glórias no que sabe, não esconde o que conhece, nem oculta o que possa não saber. Brinca, tem confiança em si, e não faz da escola uma cela.

Moderno, convence o aluno a saltar os muros da tradição, porque a aventura está sempre do outro lado. Lógico, respeita aquele que aprendeu a questionar. Não o sufoca com preconceitos nem com juízos de valor. Nem lhe causa medo algum. Transmite confiança, pega na mão, aplaude, incentiva, suporta, conduz, ampara na travessia.

Não é hipócrita, faz o que diz e diz o que pensa. É um farol que não vela o que descobre. Mostra um caminho. E não apenas mostra – demonstra, comprova, define.

Aranha em teia de luz, o professor não prende – liberta. Carrega o giz como fosse uma flor, com amor. E quando faz a linha tem firmeza, mas não separa. Ora Dali, ora Picasso, vai colocando a tinta, pondo seu traço, amando seu gesto, compondo a canção. Enaltece o risco do sonho, o círculo do fogo, a pureza da alma, o princípio da vida, o anel da esperança.

Considera o aluno obra de arte quase inacabada. Ama-o como se fosse um anjo. E nunca vai matar-lhe no peito a vontade de ser livre.

O professor é o amigo sincero que ajuda o aluno a superar os limites da vida, desbravando com determinação e ousadia essa fantástica região chamada Experiência.

Enfim – o professor é o Mestre.

By Edson Marques, no livro “Solidão a mil”.

Credibilidade

Posted in Reflexão with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 08/08/2013 by Joe

Credibilidade

O que é credibilidade? É quando se diz e faz; prometeu, cumpriu. Palavra é compromisso: jamais, em tempo algum, prometa algo que você já tenha certeza que não vai cumprir!

Quando você promete sabendo que não vai cumprir, sua força interna recebe os reflexos da dúvida, da incerteza, da insegurança. Esse movimento interno de não cumprir o que prometeu exerce uma pressão desnecessária dentro de você, no seu ponto de equilíbrio.

Ponto de equilíbrio é resultado dos padrões aprendidos, culturalmente. Depende dos costumes, dos hábitos, das religiões e das artes que, mantidos pela tradição, estabelecem o que é verdade e o que é mentira; o que é certo e o que é errado. Se você prometeu, já sabendo que não irá cumprir, esse gesto forma um clima que vai trabalhar contrário à sua força interna. Muito mais grave ainda, prometeu-se para enganar, ou levar vantagens pessoais; enfim, por má-fé.

Credibilidade é você dizer modestamente o pouco que você pode fazer em qualquer circunstância e esse pouco cumprir. Se você não sabe se vai cumprir, não prometa, não garanta o compromisso. Tenha coragem de dizer: “Preciso de tempo para refletir, resolver pendências” ou “Ainda não posso fazer”. Se você não vai cumprir dentro do prazo combinado, avise antes e rápido. Não tenha vergonha de admitir: “Não dá, não posso, não vou conseguir”.

É engano imaginar que a nossa credibilidade cai quando se fala, antes do prazo combinado, que não vai dar. Afinal, imprevistos são imprevistos. O que não pode acontecer é você dizer: “Fulano, me desculpe por não ter cumprido nosso compromisso de ontem, você me perdoa?”

Agindo assim, é que sua credibilidade vai para o espaço.

By Paulo Zabeu, no livro “Cinco regras para vencer seus limites”.

Tarte Tatin

Posted in Receitas with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 13/04/2013 by Joe

Tarte Tatin

A Tarte Tatin é uma torta de frutas típica francesa, que nasceu de um tremendo erro culinário cometido por duas irmãs, Stephanie e Caroline Tatin. Contam que, após da morte de seu pai, elas assumiram o negócio da família, o Hotel Tatin, na cidade de Lamotte-Beuvron a 173 km de Paris, no Vale do Loire.

O local já era famoso na região devido à sua perfeita torta de maçãs que se caracterizava por uma cobertura crocante, composta por maçãs macias e caramelizadas.

Um belo dia – lá pelos idos de 1889 – em que havia muito movimento, Stephanie, uma das irmãs, colocou as maçãs no forno, esquecendo-se de colocar a massa sobre elas. Quando percebeu o seu erro, tentou recuperar o prato cobrindo as maçãs com a massa. Quando tirou a torta do forno e viu o resultado … ficou satisfeita e serviu a torta ainda quente. Foi um sucesso imediato!

E foi assim que nasceu uma das mais importantes relíquias gastronômicas da França no que diz respeita à doceria.

A cidade de Lamotte-Beuvron leva tão a sério este legado gastronômico que tornou a torta famosa, que tornou-se a sede de uma confraria que defende a tradição, divulgando a receita e promovendo o consumo entre os amantes desta iguaria: La Confrerie des Lichonneux de Tarte Tatin.

O recheio original desta torta é composto por três ingredientes: maçã, manteiga e açúcar. Hoje em dia existem algumas variações da receita original, mas são todas igualmente deliciosas!

Atualmente a famosa torta é, normalmente, acompanhada por uma generosa bola de sorvete que ressalta ainda mais a sua deliciosa textura.

Tarte Tatin

Ingredientes

Massa

200 g de farinha de trigo
100 g de manteiga gelada
2 colheres (sopa) de açúcar
1 pitada de sal
1 a 3 colheres (sopa) de água gelada

Recheio

6 maçãs-verdes
½ limão
120 g de manteiga
32 g (chá) de açúcar
40 ml de licor Cointreau

Modo de preparo da massa

Corte a manteiga em cubinhos de cerca de 1 cm. Caso não for usar imediantamente, volte à geladeira. É importante que ela esteja gelada para que o resultado seja uma massa crocante.

Em uma tigela, coloque a farinha, o açúcar, o sal e misture bem com as mãos até obter uma farofa. Em seguida, junte os cubos de manteiga e misture rapidamente, sem desmanchar completamente a manteiga.

Vá adicionando uma colherada de água gelada por vez, conforme a necessidade, e misturando apenas até a massa ficar lisa e homogênea, porém, sem ficar grudenta. Evite trabalhar demais a massa, pois ela acaba ficando menos crocante. O segredo é deixar pontinhos de manteiga aparentes, sem serem incorporados à farinha. Faça uma bola, embrulhe em papel-filme e leve à geladeira por umas 2 horas. Caso prefira, prepare esta massa com um dia de antecedência, deixando que fique na geladeira por umas 24 horas.

Modo de preparo do recheio

Descasque as maçãs com uma faquinha bem afiada e retire as sementes. Corte as maçãs na vertical em 4 partes e regue com o suco de ½ limão. Em uma panela, coloque o açúcar e a manteiga e leve ao fogo médio até que a mistura escureça um pouco. Em seguida, baixe o fogo e coloque as maçãs. Adicione o licor e deixe cozinhar por uns 10 minutos ou até que as maçãs estejam macias. Desligue o fogo.

Preaqueça o forno a 180 ºC.

Montagem

Em uma forma redonda, coloque um pouco da calda formada na panela no fundo da forma e, em seguida, distribua as maçãs por toda a forma. Depois, coloque o restante da calda que ficou na panela por cima das maçãs.

Retire a massa da geladeira. Com o auxílio de um rolo abra a massa com uma espessura fina (cerca de 3 mm). Com cuidado, coloque a massa sobre as maçãs e corte os excessos com uma faquinha.

Com a ajuda de um garfo, force as bordas da massa para baixo, lembrando-se que a torta será virada depois de assada. Leve a torta ao forno preaquecido e deixe assar por 25 minutos, ou até que a massa fique dourada. Retire a torta do forno e deixe esfriar um pouco (não deixe esfriar muito, pois corre o risco dela grudar na forma)

Para desenformar a torta coloque um prato sobre a forma, segure bem e vire de uma vez. Sirva a seguir com sorvete de baunilha ou creme.

By Joemir Rosa.

Pudim prestígio

Posted in Receitas with tags , , , , , , , , on 03/03/2012 by Joe

Segundo o dicionário:

Prestígio – s.m. Valor sócio-cultural positivo atribuído a um indivíduo ou a um grupo. Grande influência exercida por pessoa ou coisa sobre outra ou outras pessoas. Fig. Sedução, fascinação; poder de atração.

A receita de hoje não tem história, mas tem tradição pela combinação de sabores: chocolate com coco! A essa combinação foi dado o nome de “Prestígio” por um grande fabricante de chocolates. E não é pra menos, pois o chocolate que leva esse nome tem grande poder de atração, de sedução, de fascinação …

Poucas pessoas se dão ao luxo de desprezarem tal alquimia. Prestígio é sinônimo de coisa gostosa, de sobremesa que enche a boca de água.

Inúmeras são as receitas que levam esse nome. Basta uma rápida pesquisa nos sites de gastronomia, ou nos velhos cadernos receitas de nossas avós e tias, para encontrarmos uma grande variedade de sobremesas que carregam esse prestígio!

No post de hoje deixo uma dessas receitas, muito fácil de preparar e melhor ainda de saborear!!!

Pudim prestígio

Ingredientes

Creme branco

1 lata de leite condensado
1 lata de creme de leite
1 xícara (chá) de leite
2 colheres (sopa) de amido de milho
100 gramas de coco ralado.

Creme de chocolate

1 lata de leite condensado
1 lata de creme de leite
1 xícara (chá) de leite
2 colheres (sopa) de amido de milho
1 colher (sopa) de chocolate em pó
150 g de chocolate ao leite picado

Modo de preparo

Creme branco: no liquidificador, bata o leite condensado, o creme de leite, o leite, o amido de milho e depois misture o coco ralado. Coloque em uma panela, leve ao fogo brando, mexendo sempre até engrossar. Reserve.

Creme de chocolate: no liquidificador, bata o leite condensado, o creme de leite, o amido de milho e o chocolate em pó. Coloque em uma panela, leve ao fogo brando mexendo sempre até engrossar. Desligue o fogo, misture bem o chocolate picado até derreter totalmente.

Montagem: em uma forma grande para pudim, untada com margarina, coloque o creme branco, leve à geladeira por uma hora e depois coloque o creme de chocolate por cima. Leve a geladeira até firmar. Desenforme e sirva decorado com coco ralado, chocolate granulado ou até mesmo calda de chocolate.

By Joemir Rosa.

Nhoque de espinafre ao molho de ricota

Posted in Receitas with tags , , , , , , , , , on 29/10/2011 by Joe

Não sei se por superstição ou tradição, os paulistanos costumam procurar restaurantes italianos todo dia 29 para saborear um bom prato de nhoque! Diz a superstição que ao saborear esse prato terá sorte pelos próximos 30 dias!

Esse costume já está se espalhando por outros estados e cidades brasileiras. Alguns restaurantes ainda reforçam a sorte dos clientes, colocando uma nota de um real sob o prato na hora de serví-lo!

A origem dessa tradição (com inúmeras variações) parece ter sido que um frade andarilho chegou a uma pequena vila italiana, bateu à porta de uma casa e foi atendido por um casal de velhinhos. Pediu um prato de comida e foi-lhe servido nhoque, único alimento que havia. Algum tempo depois, ele retornou à vila, procurou a mesma casa e contou aos velhinhos que, após aquele dia, sua vida tinha mudado pra muito melhor!

Tradições e supertições à parte, a história do nhoque (gnocchi, em italiano) se perde no tempo. Alguns dizem que foi o primeiro tipo de massa caseira surgida; já outros contam que o nhoque já existia desde os tempos de gregos e romanos.

A verdade é que o nhoque é um prato saborosíssimo e conta com inúmeras variações em seu preparo, bem como na composição de seus ingredientes! A preparação mais tradicional é aquela feita com batatas cozidas, farinha de trigo, ovos e servido com molho de tomates. Mas existem outras receitas onde o prato é preparado com mandioca, mandioquinha, milho verde e até batata-doce!

Como é costume aqui no Demodelando (e até para manter a proposta de quebrar moldes, demodelar), vou apresentar uma receita um pouco diferente, entre as inúmeras que conhecemos, mas não menos saborosa! Espero que curtam e deixem seus comentários!!

Nhoque de espinafre ao molho de ricota

Ingredientes

Para o nhoque

1,5 kg de batatas
2 maços de espinafre
3 ovos
200 g de queijo parmesão ralado
50 g de semolina
30 g de amido de milho
300 g de farinha de trigo
30 g de manteiga
sal e pimenta a gosto

Para o molho

400 g de ricota fresca
1 cebola
3 dentes de alho
100 g de queijo parmesão ralado
salsa picada a gosto
1 litro de creme de leite fresco
1 pitada de noz-moscada
sal e pimenta a gosto

Modo de preparo

Cozinhe as batatas em água e sal. Esprema-as e adicione a manteiga, misturando muito bem. Reserve. Cozinhe o espinafre, escorra bem a água e bata rapidamente com os ovos no liquidificador. Adicione na batata e junte os ingredientes secos, incluindo o sal e a pimenta. Misture tudo muito bem e depois faça bolas de, mais ou menos, 2 cm e cozinhe em água salgada. Quando boiarem, retire e sirva com o molho.

Para o molho, comece passando a ricota na peneira. Depois refogue o alho e a cebola, e adicione metade do creme de leite fresco. Bata a ricota com a outra metade do creme de leite fresco no liquidificador. Adicione à panela com a 1ª metade do creme de leite. Tempere com sal, pimenta, noz-moscada, salsinha e parmesão. Sirva em seguida sobre o nhoque.

By Joemir Rosa.

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