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Verdades…

Posted in Reflexão with tags , , , on 24/04/2015 by Joe

Guernica

Se apenas houvesse uma única verdade, não se poderiam pintar cem telas sobre o mesmo tema.

By Pablo Picasso.

Procura-se um amante!

Posted in Reflexão, Saúde with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 23/09/2014 by Joe

Procura-se um amante

Muitas pessoas têm um amante e outras gostariam de ter um. Há também as que não têm, e as que tinham e perderam.

Geralmente são estas últimas as que vêm ao meu consultório para me contar que estão tristes ou que apresentam sintomas típicos de insônia, apatia, pessimismo, crises de choro ou as mais diversas dores.

Elas me contam que suas vidas transcorrem monotonamente e sem perspectivas, que trabalham apenas para sobreviver e que não sabem como ocupar seu tempo livre. Enfim, são várias as maneiras que elas encontram de dizer que estão simplesmente perdendo a esperança.

Antes de me contarem tudo isto, elas já haviam visitado outros consultórios, onde receberam as condolências de um diagnóstico firme: “Depressão”, além da inevitável receita do antidepressivo do momento. Assim, após escutá-las atentamente, eu lhes digo que elas não precisam de nenhum antidepressivo; digo-lhes que elas precisam de um AMANTE!

É impressionante ver a expressão dos olhos delas ao receberem meu veredito! Há as que pensam: “Como é possível que um profissional se atreva a sugerir uma coisa dessas?” E há também as que, chocadas e escandalizadas, se despedem e não voltam nunca mais.

Àquelas, porém, que decidem ficar e não fogem horrorizadas com o meu conselho, eu explico o seguinte: amante é “aquilo que nos apaixona”. É o que toma conta do nosso pensamento antes de pegarmos no sono e é também aquilo que, às vezes, nos impede de dormir.

O nosso amante é aquilo que nos mantém distraídos em relação ao que acontece à nossa volta. É o que nos mostra o sentido e a motivação da vida. Às vezes, encontramos o nosso amante em nosso parceiro, outras, em alguém que não é nosso parceiro, mas que nos desperta as maiores paixões e sensações indescritíveis.

Também podemos encontrá-lo na pesquisa científica ou na literatura, na música, na política, no esporte, no trabalho, quando é vocacional, na necessidade de transcender espiritualmente, na boa mesa, no estudo ou no prazer obsessivo do passatempo predileto. Enfim, é “alguém” ou “algo” que nos faz “namorar” a vida e nos afasta do triste destino de “durar”.

Mas, afinal, o que é “durar”?

Durar é ter medo de viver. É o vigiar a forma como os outros vivem; é o se deixar dominar pela pressão; perambular por consultórios médicos; tomar remédios multicoloridos; afastar-se do que é gratificante; observar, decepcionado, cada ruga nova que o espelho mostra; é a preocupação com o calor ou com o frio, com a umidade, com o sol ou com a chuva. Durar é adiar a possibilidade de desfrutar o hoje, fingindo contentar-se com a incerta e frágil sugestão de que talvez possamos fazer amanhã.

Por favor, não se empenhe em “durar”. Procure um amante, seja também um amante e um protagonista… da vida! Pense que o trágico não é morrer; afinal, a morte tem boa memória e nunca se esqueceu de ninguém. O trágico é não se animar a viver; enquanto isso, e sem mais delongas, procure um amante…

A psicologia, após estudar muito sobre o tema, descobriu algo transcendental:

“Para estar satisfeito, ativo e sentir-se feliz, é preciso namorar a vida.”

By Dr. Jorge Bucay, psicólogo, psiquiatra e psicoterapeuta argentino.

A questão do ciúme

Posted in Relacionamentos with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 11/09/2014 by Joe

Ciúmes

Um tema muito polêmico e que está presente hoje na sociedade como um todo. Ninguém sabe como começa ou onde surge, mas o ciúme acontece e isso prejudica as pessoas em suas relações.

Para alguns, parece até ser um bom sinal, o parceiro está se importando com o que está acontecendo de alguma maneira, mas com o tempo esse bom sinal se transforma em uma doença que dificilmente terá algum remédio. É a partir desse momento que as relações entre o casal começa a se desgastar.

Você já parou para pensar ou refletir realmente o que é o ciúme? O dicionário diz que é o medo de perder o objeto amado, mas será somente isso? Para alguns, pode ser a falta de confiança no parceiro o que faz com que essa doença comece a nascer e estrague uma relação.

Mas, na verdade, não é bem assim, pois o ciúme é a falta de confiança, sim, mas não no parceiro e sim em si próprio. Pensando não ser capaz de atingir ou realizar algo, você acaba pensando que a pessoa que está com você a trocará por outra e esse medo faz com que você tenha as reações denominadas de “ciúme”.

Se essa doença tem cura? Como qualquer doença ela tem uma solução sim, mas para você se curar dela, só há um antídoto: você querer mudar e tomar a iniciativa para isso. Pensando que você é capaz, acreditando e agindo com essa ideia, o ciúme não virá a aparecer e, assim, não irá estragar a relação que você tem com o seu companheiro.

Evite também falar de assuntos que tragam lembranças ruins, de momentos em que essa epidemia esteve presente; afinal, para que ficar relembrando um passado amargo?

Se for necessário para você, procure algum tipo de auxílio, onde você poderá tratar de problemas como a autoestima e a autoconfiança. Após tudo isso, você mesmo se sentirá muito melhor e o seu romance estará cada vez mais forte com o seu verdadeiro amor.

O ciúme não constrói nada de positivo, muito pelo contrário, destrói aquilo que há de mais bonito, como duas pessoas que se amam e que estão juntas.

Pense nisso. A solução está apenas em suas mãos.

Desconheço a autoria.

Desconecte-se!

Posted in Comportamento, Videos with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 25/05/2014 by Joe

Desconecte-se

O que buscamos na vida virtual que já não temos na vida real?

Por que tanta gente gasta horas de cabeça baixa, procurando numa telinha, dedos ágeis e coração vazio, por amizades, amores, carinhos que podem estar bem ao seu lado? Ou na frente de um computador, olhos atentos na tela, coração cheio de esperanças…

Vivemos uma época em que o mundo ficou muito pequeno, onde podemos nos conectar a qualquer parte do mundo, com qualquer pessoa, sem praticamente custo algum. Por outro lado, nos fechamos dentro de nossas casas, na solidão dos nossos quartos, sem contato real algum com as pessoas…

Passamos horas e horas em redes sociais, conversamos com dezenas de “amigos”, trocamos ideias, colocamos para fora o que pensamos, batemos papo em chats sem nos identificarmos, fazemos sexo virtual sem muita emoção, num mundo repleto de informações e ilusões, utilizando a mais moderna tecnologia – tecnologia esta que dura apenas alguns poucos meses e logo vem outra!

Todos buscam o mais moderno smartphone e outros gadgets que nos iluminarão os olhos e a mente, mas nos colocarão ainda mais distantes do mundo real… e das pessoas!

Smart (inteligente) deveria ser o ser humano, muito mais que a tecnologia! Deveríamos ter mais contatos reais com outras pessoas, ler mais, sair mais, dançar mais, enfim, sociabilizarmo-nos um pouco mais e usar a tecnologia apenas para os contatos realmente imprescindíveis…

No vídeo abaixo, uma importante reflexão sobre o tema ora apresentado. Sei que ele é polêmico e muita gente vai discordar, pois é a única forma que sabe se comunicar com o mundo. Mas que fique a reflexão e a proposta de pensarem um pouco mais se isso é satisfatório para suas vidas!

Reflita e responda: onde estão suas emoções de verdade?

Look up (levante os olhos, olhe para cima)!

 By Joemir Rosa.

O amor como meio, não como fim

Posted in Relacionamentos with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 05/04/2013 by Joe

O amor como meio

Há algo de errado na forma como temos vivido nossas relações amorosas. Isso é fácil de ser constatado, pois temos sofrido muito por amor.

Se o que anda bem tem que nos fazer felizes, o sofrimento só pode significar que estamos numa rota equivocada.

Desde crianças, aprendemos que o amor não deve ser objeto de reflexão e de entendimento racional; que deve ser apenas vivenciado, como uma mágica fascinante que nos faz sentir completos e aconchegados quando estamos ao lado daquela pessoa que se tornou única e especial.

Aprendemos que a mágica do amor não pode ser perturbada pela razão, que devemos evitar esse tipo de “contaminação” para podermos usufruir integralmente as delícias dessa emoção – só que não tem dado certo.

Vamos tentar, então, o caminho inverso: vamos pensar sobre o tema com sinceridade e coragem. Conclusões novas, quem sabe, nos tragam melhores resultados. Vamos nos deter em apenas uma das ideias que governam nossa visão do amor.

Imaginamos sempre que um bom vínculo afetivo significa o fim de todos os nossos problemas. Nosso ideal romântico é assim: duas pessoas se encontram, se encantam uma com a outra, compõem um forte elo, de grande dependência, sentem-se preenchidas e completas e sonham em largar tudo o que fazem para se refugiar em algum oásis e viver inteiramente uma para a outra usufruindo o aconchego de ter achado sua “metade da laranja”.

Nada parece lhes faltar. Tudo o que antes valorizavam – dinheiro, aparência física, trabalho, posição social etc. – parece não ter mais a menor importância. Tudo o que não diz respeito ao amor se transforma em banalidade, algo supérfluo que agora pode ser descartado sem o menor problema.

Sabemos que quem quis levar essas fantasias para a vida prática se deu mal. Com o passar do tempo, percebe-se que uma vida reclusa, sem novos estímulos, somente voltada para a relação amorosa, muito depressa se torna tediosa e desinteressante.

Podemos sonhar com o paraíso perdido ou com a volta ao útero, mas não podemos fugir ao fato de que estamos habituados a viver com certos riscos, certos desafios. Sabemos que eles nos deixam em alerta e intrigados, que nos fazem muito bem.

De certa forma, a realização do ideal romântico corresponde à negação da vida. Visto por esse ângulo, o amor é a antivida, pois em nome dele abandonamos tudo aquilo que até então era a nossa vida. No primeiro momento até podemos achar que estamos fazendo uma boa troca, mas rapidamente nos aborrecemos com o vazio deixado por essa renúncia à vida.

A partir daí, começa a irritação com o ser amado, agora entendido como o causador do tédio, como uma pessoa pouco criativa e desinteressante. O resultado todos conhecemos: o casal rompe e cada um volta à sua vida anterior, levando consigo a impressão de ter fracassado em seus ideais de vida.

Os doentes acham que a saúde é tudo. Os pobres imaginam que o dinheiro lhes traria toda a felicidade sonhada. Os carentes – isto é, todos nós – acham que o amor é a mágica que dá significado à vida. O que nos falta aparece sempre idealizado, como o elixir da longa vida e da eterna felicidade.

Diariamente, porém, a realidade nos mostra que as coisas não são assim, e acho importante aprendermos com ela.

Nossas concepções têm de se basear em fatos, nossos projetos têm que estar de acordo com aquilo que costuma dar certo no mundo real. Fantasias e sonhos, ao contrário, têm origem em processos psíquicos ligados à lembranças e frustrações do passado.

É importante percebermos que o que poderia ser uma ótima solução aos seis meses de idade, como voltar ao útero materno, será ineficaz e intolerável aos 30 anos. A bicicleta que eu não tive aos 7 anos, por exemplo, não irá resolver nenhum dos meus problemas atuais. É preciso parar de sonhar com soluções que já não nos satisfazem a adaptar nossos sonhos à realidade da condição de vida adulta.

Se é verdade, então, que o amor nos enche de alegria, vitalidade e coragem – e isso ninguém contesta -, por que não direcionar essa nova energia para ativar ainda mais os projetos nos quais estamos empenhados? Quando amamos e nos sentimos amados por alguém que admiramos e valorizamos, nossa autoestima cresce, nos sentimos dignos e fortes.

Tornamo-nos ousados e capazes de tentar coisas novas, tanto em relação ao mundo exterior como na compreensão da nossa subjetividade. Em vez de ser um fim em si mesmo, o amor deveria funcionar como um meio para o aprimoramento individual, nos curando das frustrações do passado e nos impulsionando para o futuro. Casais que conseguem vivê-lo dessa maneira crescem e evoluem, e sob essa condição seu amor se renova e se revitaliza.

By Flávio Gikovate.

A vida não é uma corrida

Posted in Reflexão with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 20/12/2012 by Joe

A vida não é uma corrida

Está chegando o fim do ano e é momento de reflexão de como foi este e como será o que ano que chega. É tempo de estratégia pessoal. O que quero para mim e para minha família? Qual são meus sonhos? Estou realizando-os ou postergando-os? Ou nem tive tempo para pensar sobre eles?

A tecnologia trouxe facilidades técnicas, mas trouxe também dificuldades de lidar com o tempo. Tudo é muito rápido, tudo é para ontem, e assim o ano passa veloz e nem “sentimos”.

Para aprofundar um pouco o tema, trago uma carta de uma menina com uma doença terminal, internada em um hospital em Nova York. Não tenho notícias atuais dela. Mas o que ela diz é profundo e cada frase merece uma parada para meditação.

“Alguma vez você já viu crianças brincando de roda? Ou ouviu o som da chuva batendo no chão? Já seguiu o voo errático de uma borboleta? Ou olhou para o sol dando lugar à noite?

É melhor desacelerar… não dance tão rápido. O tempo é curto e a música acaba…

Você passa batido por cada dia? Quando você pergunta “como vai você?” ouve a resposta? Quando acaba o dia, você se deita em sua cama com a próxima centena de tarefas percorrendo sua cabeça?

É melhor desacelerar… não dance tão rápido. O tempo é curto e a música acaba…

Alguma vez disse a seu filho “pode ser amanhã?” e, na sua pressa, percebeu a tristeza em seu rosto? Já perdeu contato e deixou morrer um amigo porque nunca teve tempo de ligar e dizer “oi”?

É melhor desacelerar… não dance tão rápido. O tempo é curto e a música acaba…

Quando você corre para chegar a algum lugar, perde metade da graça em chegar lá. Quando se preocupa e atropela seu dia é como um presente que vai para o lixo sem ser aberto.

A vida não é uma corrida, vá devagar. Ouça a música antes que ela acabe.”

Desconheço a autoria.

Procura-se um amante

Posted in Reflexão, Saúde with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 14/09/2012 by Joe

Muitas pessoas têm um amante e outras gostariam de ter um. Há também as que não têm, e as que tinham e perderam.

Geralmente são estas últimas as que vêm ao meu consultório para me contar que estão tristes ou que apresentam sintomas típicos de insônia, apatia, pessimismo, crises de choro ou as mais diversas dores.

Elas me contam que suas vidas transcorrem monotonamente e sem perspectivas, que trabalham apenas para sobreviver e que não sabem como ocupar seu tempo livre. Enfim, são várias as maneiras que elas encontram de dizer que estão simplesmente perdendo a esperança.

Antes de me contarem tudo isto, elas já haviam visitado outros consultórios, onde receberam as condolências de um diagnóstico firme: “Depressão”, além da inevitável receita do anti-depressivo do momento. Assim, após escutá-las atentamente, eu lhes digo que elas não precisam de nenhum anti-depressivo; digo-lhes que elas precisam de um AMANTE!

É impressionante ver a expressão dos olhos delas ao receberem meu veredito! Há as que pensam: “Como é possível que um profissional se atreva a sugerir uma coisa dessas?” E há também as que, chocadas e escandalizadas, se despedem e não voltam nunca mais.

Àquelas, porém, que decidem ficar e não fogem horrorizadas com o meu conselho, eu explico o seguinte: amante é “aquilo que nos apaixona”. É o que toma conta do nosso pensamento antes de pegarmos no sono e é também aquilo que, às vezes, nos impede de dormir.

O nosso amante é aquilo que nos mantém distraídos em relação ao que acontece à nossa volta. É o que nos mostra o sentido e a motivação da vida. Às vezes, encontramos o nosso amante em nosso parceiro, outras, em alguém que não é nosso parceiro, mas que nos desperta as maiores paixões e sensações indescritíveis.

Também podemos encontrá-lo na pesquisa científica ou na literatura, na música, na política, no esporte, no trabalho, quando é vocacional, na necessidade de transcender espiritualmente, na boa mesa, no estudo ou no prazer obsessivo do passatempo predileto. Enfim, é “alguém” ou “algo” que nos faz “namorar” a vida e nos afasta do triste destino de “durar”.

Mas, afinal, o que é “durar”?

Durar é ter medo de viver. É o vigiar a forma como os outros vivem; é o se deixar dominar pela pressão; perambular por consultórios médicos; tomar remédios multicoloridos; afastar-se do que é gratificante; observar, decepcionado, cada ruga nova que o espelho mostra; é a preocupação com o calor ou com o frio, com a umidade, com o sol ou com a chuva. Durar é adiar a possibilidade de desfrutar o hoje, fingindo contentar-se com a incerta e frágil sugestão de que talvez possamos fazer amanhã.

Por favor, não se empenhe em “durar”. Procure um amante, seja também um amante e um protagonista… da vida! Pense que o trágico não é morrer; afinal a morte tem boa memória e nunca se esqueceu de ninguém. O trágico é não se animar a viver; enquanto isso, e sem mais delongas, procure um amante…

A psicologia, após estudar muito sobre o tema, descobriu algo transcendental:

“Para estar satisfeito, ativo e sentir-se feliz, é preciso namorar a vida.”

By Dr. Jorge Bucay, psicólogo, psiquiatra e psicoterapeuta argentino.

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