A convivência e o amor são mais importantes que qualquer coisa e superam todos os tabus!
Às vezes, é preferível amar-se como animal do que ser racional…
É demais viver com angústias e desejos!
By Martha Medeiros.
No mundo moderno as comunicações operam-se com grande rapidez e eficiência.
Internet, televisão e cinema constituem instrumentos de difusão de informações e modos de vida. Graças a eles se tem notícia do quão liberais estão os costumes.
Valores tradicionais são colocados em xeque.
A educação baseada na proibição dá mostras de periclitar.
Os jovens exercitam a sexualidade cada vez mais cedo.
Tabus caem e nada mais parece errado.
Segundo uma concepção que se generaliza, o importante é ser feliz. Essa felicidade é identificada com a realização de sonhos e a obtenção de prazeres.
Entretanto, a vivência dessa nova cultura não parece proporcionar paz e plenitude. Problemas psicológicos, como depressão e ansiedade, se alastram.
A troca constante de parceiros traz vazio e insatisfação. Uma série de relações sem profundidade em nada contribui para o amadurecimento afetivo. A ausência de compromisso sério tornam banais os relacionamentos.
Em clima de banalidade é impossível surgir uma afeição genuína e profunda. A qualquer sinal de dificuldade, o rompimento surge como uma opção simples e fácil. Pessoas tornam-se descartáveis nas vidas umas das outras.
A procura da felicidade torna-se um processo de infantilização. Ao invés de serem identificados e resolvidos os problemas de uma relação, foge-se deles. É como se os seres humanos se assemelhassem a eletrodomésticos. Quando surgem problemas, um é facilmente substituído por outro. Trata-se de uma triste característica que se incorpora na personalidade. Gradualmente, optar pela solução mais fácil torna-se uma segunda natureza.
Ocorre que a solução mais fácil nem sempre é a mais honrosa. Em questões morais, raramente agir com correção é fácil. Caso se opte sempre pela facilidade, corre-se o risco de perder completamente as referências éticas. De leviandade em leviandade, o homem se converte em um monstro egoísta e imoral. As dores e os problemas dos outros deixam de ter qualquer importância. O relevante é não se incomodar e seguir despreocupado.
Entretanto, ação gera reação. Quem se permite desprezar, ferir e seguir adiante, gradualmente se vê isolado. Contudo, a dor destina-se a desenvolver a sensibilidade e não poupa ninguém. Todo mundo, mais cedo ou mais tarde, experimenta dificuldades e necessita de apoio. Em épocas difíceis, de dor e desolação, um ombro amigo é um tesouro de inestimável valor.
Ciente disso, não se negue a apoiar quem precisa de você. Não banalize suas relações e nem imagine que as pessoas são descartáveis. Não tenha como meta de vida a despreocupação. Descubra a ventura de estabelecer vínculos afetivos sólidos e profundos. Permita-se partilhar os problemas dos outros. Converta-se em alguém solidário e disposto a colaborar.
Quando surgirem problemas em uma relação, resolva-os, como adulto que é. Talvez sua vida se torne um pouco menos despreocupada. Mas ela ganhará em plenitude e maturidade.
O exercício da solidariedade e da compaixão o fará um ser humano melhor. E, com certeza, ser digno e bom lhe proporcionará paz e alegria.
Pense nisso.
Desconheço a autoria.