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A Teoria do Merthiolate

Posted in Humor with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 23/03/2014 by Joe

A teoria do Merthiolate

As crianças hoje em dia são muito hiperativas. Na minha infância, as crianças eram mais calmas. Sabe porque? Porque o Merthiolate ardia muito!

As crianças, de vez em quando, deixavam de fazer merda pensando no Merthiolate. O Merthiolate tinha uma função pedagógica.

O Merthiolate também tinha uma função psicológica. Porque aquele ardor dava a impressão de que os micróbios estavam sendo mortos. Você acreditava que, de fato, estava curando.

Mércurio Cromo não ardia, então dava a sensação que curava menos. Quando o Merthiolate encostava na ferida, você sentia que ali tinha virado um grande campo de batalha. Você sentia o ardor da guerra. E quando o ardor passava é porque a gente tinha conseguido vencer o mal.

Além do fator pedagógico e psicológico, o Merthiolate também tinha um apelo maternal. Porque a única coisa capaz de amenizar o sofrimento do Merthiolate eram as micropartículas de saliva materna. Quando a mãe soprava na ferida, o sofrimento magicamente reduzia.

Além do fator pedagógico, psicológico e maternal, o Merthiolate também tinha uma função de geolocalização. Porque o ardor servia como sinalização se o Merhtiolate tinha sido de fato colocado no local correto. Se não ardesse, é porque não colocou direito. O Merthiolate era o GPS da ferida!

Além do fator pedagógico, psicológico, maternal e de geolocalização, o Merthiolate também tinha um impacto na personalidade das pessoas. O ardor incrível do Merthiolate moldou a personalidade da geração de crianças dos anos 80. As crianças desde cedo se acostumaram a ser homens, engolir choro, aguentar dor…

Hoje em dia… o Merthiolate não arde mais! Por isso essa geração emo, tudo cheio de frescura, chora por qualquer coisa…

By Murilo Gun, stand-up comedy.

George Carlin

Posted in Arte with tags , , , , , , , , , , on 29/01/2012 by Joe

George Denis Patrick Carlin, nascido em Nova Iorque, em 12 de maio de 1937, foi um comediante, ator e autor norte-americano, pioneiro, no humor de crítica social.

A sua mais polêmica apresentação chamava-se “Sete Palavras que não se pode dizer em televisão”, o que lhe causou, durante os anos setenta, vários dissabores, acabando preso em inúmeras vezes que levou o texto ao palco.

Até meados da década de 1960, Carlin manteve uma imagem tradicional. Depois, decidiu deixar crescer o cabelo e a barba e tornou-se um ícone da contracultura. Crítico contumaz das religiões e ateu convicto, principalmente do sentido da culpa e do controle social, defendia valores seculares.

Aplaudido por milhões de telespectadores, George Carlin participou de vários filmes e séries de TV. Dublou ainda filmes de animação, como “Carros” e outros.

Um dos precursores do stand-up comedy, Carlin nos presenteia com seu humor sarcástico, cáustico e verdadeiro.

Morreu em 22 de junho de 2008 em um hospital de Los Angeles de parada cardíaca, depois de, nos últimos 20 anos, ter passado por um enfarte e duas cirurgias no coração.

Vejam, abaixo, um de seus melhores momentos, em um video engraçado e sério ao mesmo tempo.

Deixo uma interrogação para cada um de nós: humorista ou filósofo?

By Joemir Rosa.

Eleições sem senso de humor (a volta da censura)

Posted in Atualidade with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 12/08/2010 by Joe

O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) está preocupado, pois entendeu que satirizar um candidato na TV gera desigualdade no processo eleitoral. Ufa! Agora os indefesos candidatos já podem respirar aliviados e se concentrarem na campanha em que, na mesma TV, durante a propaganda eleitoral gratuita, um terá 10 minutos a mais que o outro para expor suas ideias. Isso sim é democrático, igualitário e … droga! … aqui caberia uma piada, mas não posso fazê-la.

Agora é contra a lei ridicularizar o candidato. Então, lembre-se: por mais ridículo que ele seja, guarde segredo.

Exemplo: Ainda que Collor ridiculamente ligue pra casa de um jornalista o ameaçando de agressão, por mais tentador que seja não mire sua lupa cômica nisso. Ele é candidato, e candidato aqui não fica exposto, fica blindado. O TSE nao é o feirante japonês que deixa a mercadoria exposta para que possamos apalpar e cheirar antes de levar. Ele é o coreano do Paraguai que a deixa na vitrine. Você não toca, não cheira. Apenas paga. Quando chegar em casa, reze antes de abrir a caixa.

E a discussão se essa censura é ou não constitucional? Tenho fé que em breve teremos uma resposta sensata. Logo após eles chegarem à conclusão de outra discussão que há anos os perturbam: afinal, o fogo é ou não quente?

O humorista pega a verdade e a exagera. Ao contrário do político, a verdade é imprescindível para o sucesso de seu trabalho. E esse é o problema. Num país onde culturalmente é bonito lucrar com a mentira, a verdade não diverte. Assusta. Indigna.

Onde já se viu um coronel permitir que manguem de sua cara em sua província? Então censuremos! Por isso, recentemente, tivemos imprensa brasileira censurada, jornalista estrangeiro expulso, repórter agredida e agora, humorista amordaçado. É melhor que o Estado defina o que pode ou não ser passado para o público, assim o público continua passando o que interessa para o Estado.

Aristófanes, pai da comédia antiga, exercia abertamente sua função de fazer o público rir, criticando instituições políticas e seus representantes. Se fosse brasileiro, hoje, Aristófanes não poderia realizar seu ofício. A visão democrática do TSE está mais atrasada que a da Grécia de 400 a.C.

Henri Bergson, filósofo francês, afirmou que “não há comicidade fora daquilo que é propriamente humano. Comicidade dirige-se à inteligência pura”. Filosoficamente, o pessoal do TSE não é humano, nem inteligente o bastante para compreender o que foi escrito há quase um século atrás.

Freud, pai da psicanálise, entendeu que “rir estrondosamente, satirizar personagens e acontecimentos fazem parte da nossa experiência cotidiana e é crucial pra nossa condição humana”. Um século depois, temos uma lei que impede a manifestação do cômico num evento tão importante pra sociedade como a eleição. Psicossocialmente falando, a democracia brasileira encontra-se retardada.

Estudos observam que primatas riem de boca aberta para manifestar raiva e hostilidade. A evolução preservou o instinto do riso no ser humano para que fosse a válvula de escape substituta à agressão física. A lei eleitoral quer abafar o instinto compulsivo da piada e do riso (e sabe lá Deus aonde isso vai poder explodir). Biologicamente, eles estão forçando um passo atrás na escala evolutiva.

Enquanto o Brasil se orgulha de dialogar com países desenvolvidos o suficiente para que nenhuma forma de comunicação seja restrita, a gente fica aqui rindo das imitações de Silvio Santos, porque é o que se pode fazer no momento. Claro, enquanto o Silvio Santos não for candidato.

Muito político faz chorar. Com a mesma matéria-prima o humorista faz rir. Para o TSE a segunda opção é uma ameaça e precisa ser contida.

A liberdade de expressão aqui tem o mesmo conceito de liberdade do zoológico. Faça e fale o que quiser. Você é livre! Desde que não passe os limites da sua jaula.

Não me multem, por favor. Isso não foi uma piada!

By Danilo Gentili, comediante stand-up e repórter do CQC da Band.

Fabio Rabin

Posted in Humor with tags , , on 16/05/2010 by Joe

Já escrevi anteriormente sobre “stand up comedy“, onde os comediantes se apresentam sem nenhum cenário, sem figurinos e sem tecnologia alguma, a não ser um microfone e muito senso de humor.

Novos nomes estão aparecendo no cenário nacional, a exemplo do que acontece nos EUA há décadas. Rafinha Bastos, Marco Luque, Oscar Filho, Danilo Gentili e muitos outros, já consagrados em programas de televisão como “CQC” e “É Tudo Improviso”.

Hoje deixo um video de um rapaz que tem um estilo muito marcante, simples e, ao mesmo tempo, de um humor saudável e muito engraçado. Fábio Rabin.

Desde pequeno Fábio Rabin tinha sua veia cômica ressaltada; não de propósito, como na maioria dos casos, mas sim, por ser uma criança estranha. Tinha preferência por brincadeiras muito pessoais, como mentir para os seus amigos, dizendo que sua mãe usava peruca, ou fingir para os pais que havia quebrado o braço para faltar na escola, fazendo inclusive o médico acreditar nele, apesar da radiografia mostrar o inverso.

O ápice disso aconteceu quando o mandaram para uma terapia, por ter fingido durante um mês ser retardado mental, depois de sofrer um tombo de bicicleta, no qual desmaiou, isso um dia antes de uma prova de física. Mas a melhora teria que ser gradual, então durante um mês ele babava e falava torto para seus pais, amigos e professores que, inocentes da verdadeira situação, sofriam com o estado de saúde fictício que o garoto inventou.

Mas, melhor do que falar muito é ver e dar boas risadas!

By Joe.

George Carlin

Posted in Arte with tags , , , , , , on 02/05/2010 by Joe

George Denis Patrick Carlin, nascido em Nova Iorque, em 12 de maio de 1937, foi um comediante, ator e autor norte-americano, pioneiro, no humor de crítica social.

A sua mais polêmica apresentação chamava-se “Sete Palavras que não se pode dizer em televisão”, o que lhe causou, durante os anos setenta, vários dissabores, acabando preso em inúmeras vezes que levou o texto ao palco.

Até meados da década de 1960, Carlin manteve uma imagem tradicional. Depois, decidiu deixar crescer o cabelo e a barba e tornou-se um ícone da contracultura. Crítico contumaz das religiões e ateu convicto, principalmente do sentido da culpa e do controle social, defendia valores seculares.

Aplaudido por milhões de telespectadores, George Carlin participou de vários filmes e séries de TV. Dublou ainda filmes de animação, como Carros e outros.

Um dos precursores do stand-up comedy, Carlin nos presenteia com seu humor sarcástico, cáustico e verdadeiro.

Morreu em 22 de junho de 2008 em um hospital de Los Angeles de parada cardíaca, depois de, nos últimos 20 anos, ter passado já por um enfarte e duas cirurgias no coração.

Vejam, abaixo, um de seus melhores momentos em video.

Deixo uma interrogação para cada um de nós: humorista ou filósofo?

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