Arquivo para Sombra

Confie na sua intuição

Posted in Inspiração with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 24/09/2014 by Joe

Confie na sua intuição

Era uma vez um homem perdido no deserto, prestes a morrer de sede. De repente, ele encontrou uma velha cabana abandonada e, com dificuldade, se acomodou numa pequena sombra dela.

Passados alguns minutos viu uma velha bomba d’água, bem enferrujada, a poucos metros de distância.

Ele se arrastou até lá, começou a bombear, mas nada aconteceu. Então, o homem notou, ao lado da bomba, uma velha garrafa cheia d’água, com uma mensagem que dizia:

“Você primeiro precisa preparar a bomba colocando nela toda a água desta garrafa. Por favor, encha novamente a garrafa antes de partir”.

Ele se viu num dilema. Despejar a água na velha bomba ou beber a água e desprezar a mensagem? Com relutância, ele despejou toda a água da garrafa na bomba. Começou a bombear e, de repente, um fio de água apareceu, depois um pequeno fluxo e finalmente água fresca e cristalina jorrou com abundância. Ele bebeu da água ansiosamente. Em seguida, voltou a encher a garrafa para o próximo viajante e escreveu uma pequena nota na mensagem original:

“Creia-me, funciona! Você precisa dar toda a água, antes de poder obtê-la de volta em abundância”.

Para alcançarmos o sucesso temos que assumir riscos e também confiar em nossa intuição.

Pense nisso!

By Alexandre Rangel, autor de “O que podemos aprender com os gansos”.

As quatro ignorâncias de um amante

Posted in Reflexão with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 11/06/2014 by Joe

As quatro ignorâncias de um amante

Uma das maiores figuras das letras luso-brasileiras, o Padre Antonio Vieira redigiu um texto em seus “Sermões”, por volta de 1630, que se traduz numa verdadeira aula sobre o amor. A redação a seguir foi feita com base no texto original.

E nada se mantém mais atual do que esta reflexão!

A primeira ignorância de um amante:

Não conhecer a si mesmo.

Quando não conhecemos a nós mesmos entramos no estado de identificação e projeção com a outra pessoa. Projetamos no outro aspectos nossos. Não sabemos olhar para dentro e reconhecer os próprios erros, as próprias dificuldades, e então dizemos que o outro é terrível. Criamos uma lista de culpados pela nossa própria insatisfação.

Conhecer a si mesmo também é estar em contato com nosso Eu Superior, a parte Divina em nós, que sabe dar limites, que sabe perdoar, que não aceita o que é inaceitável. E que ama profundamente, a si mesmo e ao outro.

A segunda ignorância de um amante:

Não conhecer a quem se ama.

Quando não conhecemos a essência da outra pessoa criamos expectativas, destruímos a comunicação saudável, acusamos erroneamente o outro, enfim, criamos confusão, ilusão e mal-entendidos. Queremos que ela nos dê o que ela não pode nos dar, queremos que ela seja perfeita, imaculada, iluminada.

Mas todos temos lados positivos e negativos, não?

A terceira ignorância de um amante:

Não conhecer o amor.

O Amor é um sentimento que une, que engloba, que junta. E ele começa trazendo as nossas partes obscuras à consciência. Integrar nossa sombra e transformá-la em Luz é uma obra do Amor. Somente este sentimento tem a capacidade de fazer isto. O Amor coloca a mão na lama porque sabe que quando erguemos as mãos para o céu a lama é transmutada. Sendo assim, é possível curar feridas, amenizar o cansaço existencial, suavizar emoções pesadas.

Estar em estado de amor significa também aceitar e curar nossos lados sombrios e os lados sombrios da outra pessoa. Porque todos temos um inconsciente repleto de medos, de traumas… E o Amor sabe disso.

Quando duas pessoas inteiras estão harmonizadas, no caminho, se trabalhando e essas pessoas se relacionam, se amam, com certeza elas estarão gerando muita Luz para o mundo.

A quarta ignorância de um amante:

Não saber a hora de parar, mesmo amando.

Quem ama sabe que as coisas mudam e que há momentos em que é melhor jogar tudo para o vento. O desapego é necessário. Afinal, o que realmente levamos conosco quando morremos? O Amor.

O desapego é uma grande lição. Ele nos mostra o caminho da aceitação do que É. Ele diminui a nossa necessidade de estarmos sempre certos. Ele nos mostra que a vida nem sempre é do jeito que a gente gostaria que ela fosse e, ao aceitarmos este fato, crescemos espiritualmente.

By Padre Antônio Vieira, em “Sermões”.

Assumir riscos e confiar

Posted in Reflexão with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 05/03/2014 by Joe

Assumir riscos

Era uma vez um homem perdido no deserto, prestes a morrer de sede. De repente, ele encontrou uma velha cabana abandonada e, com dificuldade, se acomodou numa pequena sombra dela.

Passados alguns minutos, viu uma velha bomba d’água, bem enferrujada, a poucos metros de distância.

Ele se arrastou até lá, começou a bombear, mas nada aconteceu. Então, o homem notou, ao lado da bomba, uma velha garrafa cheia d’água, com uma mensagem que dizia:

“Você primeiro precisa preparar a bomba, colocando nela toda a água desta garrafa. Por favor, encha novamente a garrafa antes de partir”.

Ele se viu num dilema. Despejar a água na velha bomba ou beber a água e desprezar a mensagem? Com relutância, ele despejou toda a água da garrafa na bomba. Começou a bombear e, de repente, um fio de água apareceu, depois um pequeno fluxo e finalmente água fresca e cristalina jorrou em abundância.

Ele bebeu da água ansiosamente. Em seguida, voltou a encher a garrafa para o próximo viajante e escreveu uma pequena nota na mensagem original:

“Creia-me, funciona! Você precisa dar toda a água, antes de poder obtê-la de volta em abundância”.

Para alcançarmos o sucesso temos que assumir riscos e também confiar em nossa intuição.

Pense nisso!

By Alexandre Rangel, autor de “O que podemos aprender com os gansos”.

Sucesso

Posted in Inspiração with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 30/10/2013 by Joe

Sucesso

Às vezes o nosso brilho de sucesso deixa algumas pessoas nervosas, mas mesmo assim o nosso brilho tende a ser um guia para outras pessoas. Graças ao talento e brilho de Emerson Fittipaldi, hoje existem vários pilotos brasileiros na Fórmula 1. Graças ao brilho de Guga, atualmente existem muitas pessoas praticando o tênis.

Por isso não tenha medo de brilhar. Nosso maior medo não é sermos inadequados. Nosso maior medo é sermos poderosos além da medida. É nossa luz, e não nossa sombra, que nos amedronta.

Perguntamos a nós mesmos: quem sou eu para ser brilhante, magnífico, talentoso e fabuloso? Na verdade, quem é você para não o ser? Se nos anularmos, isso não vai adiantar nada para o mundo. Não é nada bom “encolher-se” para que as pessoas ao seu redor se sintam seguras.

Nascemos para manifestar a glória que está dentro de nós. Ela não está apenas em alguns de nós, está em todos, e, quando deixamos nossa própria luz brilhar, conscientemente damos permissão às outras pessoas para fazerem o mesmo.

Quando nos libertamos de nossos temores, nossa presença automaticamente liberta os outros.

Rejeite convicções limitadoras!

E brilhe!!

Desconheço a autoria.

A Maior Flor do Mundo

Posted in Livros, Videos with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 01/09/2013 by Joe

A Maior Flor do Mundo

Livro: A Maior Flor do Mundo
By José Saramago
Editora Companhia das Letras

“A Maior Flor do Mundo” é uma magnífica história para crianças, mas, antes de tudo, é um legítimo Saramago. Transformando-se em personagem, o autor nos conta que uma vez teve uma ideia para um livro infantil, inventou uma história sobre um menino que faz nascer a maior flor do mundo. Não se julgava capaz de escrever para crianças, mas chegou a imaginar que, se tivesse as qualidades necessárias para colocar a ideia no papel, ela resultaria verdadeiramente extraordinária: “seria a mais linda de todas as que se escreveram desde o tempo dos contos de fadas e princesas encantadas…”

É dessa fantasia de grandiosidade que nasceu o livro. Os leitores são chamados para uma divertida brincadeira, pois Saramago narra-lhes a história do menino e da flor não como se ela fosse a história de verdade, mas como se fosse apenas o esboço do que ele teria contado se tivesse o poder de fazer o impossível: escrever a melhor história de todos os tempos.

Entrando no jogo com o autor, os pequenos leitores vão saber que ninguém nunca teve nem terá esse poder. Vão saber também que a literatura é o lugar do impossível: o menino desta história faz uma simples flor dar sombra como se fosse um carvalho. Depois, quando ele “passava pelas ruas, as pessoas diziam que ele saíra da aldeia para ir fazer uma coisa que era muito maior do que o seu tamanho e do que todos os tamanhos”.

Como nos velhos livros de literatura infantil, Saramago conclui:

– “E é essa a moral da história”.

O curta-metragem abaixo é uma animação baseada no livro “A Maior Flor do Mundo”, de José Saramago.
De Juan Pablo Etcheverry, com música de Emilio Aragón.
Produção da Continental Animación.

By Joemir Rosa.

Esse veneno chamado ciúmes

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Ciúmes

Algumas vezes, sem que possamos perceber, cresce no nosso interior, a partir de um ressentimento ou de uma suposta rivalidade, o sentimento de ciúme. Isto oprime a harmonia e a saúde de nossos relacionamentos.

O ciúme é um sentimento que nos faz sentir incomodados com certas situações que anteriormente eram insignificantes como, por exemplo, a atenção de um namorado para com a namorada, a beleza de uma amizade, o cuidado de um pai para com um filho, o sucesso profissional de um colega ou o reconhecimento de suas habilidades em determinada função, etc.

Uma insatisfação, aparentemente sem motivos, toma conta da pessoa que acredita, ainda que não seja verdade, estar perdendo a atenção e o carinho. Supõe não ter as mesmas chances que seu irmão, parente ou colega.

Quando o ciúme toca os relacionamentos, qualquer coisa poderá ser motivo para alimentar um espírito de competição e de disputa. Com isso, a pessoa que era dócil, compreensiva e companheira, torna-se áspera, agressiva nas respostas e pouco solícita. Isto, certamente, poderá destruir uma convivência que anteriormente era saudável. Entretanto, se questionada, essa pessoa prontamente justificará seu comportamento com outras respostas. Dificilmente admitirá sentimento de ciúme.

Ao alcance dos tentáculos do sentimento de ciúme poderá estar nossas famílias. Este “micróbio” tentará se instalar, contaminar e matar a amizade que deveria ser eterna entre os parentes. Não é difícil se notar a disputa discreta ou as provocações sem sentido entre os irmãos por coisas sem importância.

Penso que tal sentimento poderá surgir quando a pessoa, envolvida por um medo equivocado, acredita ser menos amada, não ter a mesma preferência de antes ou suspeita da possibilidade de ser privada daquilo que valoriza profundamente.

Algumas situações poderão se tornar mais crônicas quando, em meio a todas as supostas verdades, se encontra a desconfiança da honestidade de quem amamos. Trabalhando em nossa imaginação, o ciúme nos faz criar situações que não existem; deduzimos coisas que vemos apenas nos filmes da nossa mente.

Infelizmente, por essas atitudes, estará instalada em nossos relacionamentos a grande sombra da inquietação, potencializada pela insegurança que insistirá em assombrar a nossa paz de espírito. Outras pessoas, mergulhadas em suas equivocadas convicções ou tomadas pelo pavor de experimentar o suposto abandono, chegam ao limite de privar a quem se ama do direito da vida.

O amor verdadeiro traz a cumplicidade e o compromisso pela felicidade mútua. Ainda que possamos sentir, em alguns momentos, uma pequena dose de ciúmes, é necessário aprender a lidar com as nossas inseguranças. À medida que vamos conquistando a autoconfiança, o respeito pelo espaço do outro, estaremos também cultivando a saúde dos nossos relacionamentos.

Todo aquele que se dispõe a amar e a viver um bom relacionamento, zela pelos cuidados necessários para a sadia convivência com a pessoa amada. E isso não faz do outro objeto de sua pertença. Por mais que amemos a pessoa ao nosso lado, não temos o direito de posse da sua liberdade.

By Dado Moura.

Crise existencial

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Depressão

Existem momentos na vida em que você tem vontade de… nada!

A vida está lá fora acontecendo, você no meio da bagunça do seu refúgio e o pensamento longe… Reflexão. O seu interior tumultuado e você naquela inércia, esperando sabe-se lá o que…

O coração apertado, a alma confusa e vem aquela vontade de viver; não aquela rotina do dia-a-dia, mas emoções intensas, fazer a diferença, respirar a plenitude. Conflitos, caminhos que tomamos ao longo do tempo, escolhas. Decisões. Alguns arrependimentos. Lembranças de instantes felizes…

Recordações de insights, uma lágrima cai e o silêncio… tão cheio de significados! O brilho de um olhar, palavras eternas e a saudade preciosa. O tempo para e a música tão envolvente faz sonhar estrelas… Pequenos diamantes no céu iluminando o amor que mora no coração dos homens.

Despertar a fé. Sempre é tempo de atravessar a fronteira do lugar comum e se permitir a transparência. Deixar aflorar o talento natural e buscar a raiz do autoconhecimento. A imaginação corre leve como a brisa da primavera e a doçura invade o ar.

Acreditar em você mesmo. Buscar soluções no bom senso. Que o sucesso é uma consequência natural somente se temos a intenção de realizar mudanças positivas. Entender que nós somos cem por cento responsáveis pela nossa vida. Transformações de 180º.

Todas as experiências são válidas, o aprendizado é infinito e a força interior desperta a sensibilidade do ser humano. Visões que dias melhores virão. Criatividade em ação. Sintonia de pensamentos e as maravilhosas sincronicidades da vida.

Para que as sensações de felicidade, paz e equilíbrio sejam uma constante em todos os momentos. A mágica acontece, basta você desejar e dar o primeiro passo. Abra as janelas da alma para o amor! Siga a sua intuição…

Bons momentos: ar puro, integração homem-natureza, contraste luz e sombra, simplicidade, harmonia. A paisagem com performance de quadro. Tons terrosos, texturas mil. Minimalismo. Tons de verde e o colorido das flores trazendo equilíbrio à nossa mente. Imagem que remete ao inconsciente. O infinito à nossa espera. Energia fluindo… Essência da Vida!

By Mon Liu.

A sombra

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Nosso lado negativo

Todos nós carregamos um lado negativo, também chamado de “sombra” por alguns autores. Mas o que seria mais precisamente essa negatividade? São sentimentos que acumulamos desde que somos concebidos no útero materno até os dias atuais: medo, culpa, raiva, frustração, mágoa, rejeição, abandono, tristeza, etc.

Cada experiência negativa que vivemos pode nos deixar uma marca emocional gravada. Essas marcas vão se acumulando e aumentando a nossa sombra. E quando a sombra não é curada, influencia nossos pensamentos, ações e escolhas de uma maneira muito sutil, difícil de perceber, gerando diversos tipos de problemas e sofrimento.

Vou dar um exemplo baseado em um caso de uma cliente que atendi.

Essa cliente é uma pessoa bem sucedida profissionalmente, mas tem dificuldades em ter relacionamentos amorosos mais profundos e duradouros. Normalmente acontecia de ser deixada pelos namorados, gerando sentimentos de abandono e rejeição. Estava se relacionando com um homem que lhe transmitia muita segurança, mas no fundo ficava sempre com uma sensação de que ele poderia acabar a qualquer momento.

Ao aprofundarmos um pouco mais o trabalho, descobrimos que as causa mais fundamentais dessa insegurança tiveram origem na infância. Quando era criança, sentia que sua mãe nunca ficava satisfeita. Dizia sempre que ela não sabia arrumar nada, que não fazia nada direito. Por mais que se esforçasse, nunca era reconhecida e se sentia rejeitada.

A mãe tinha um comportamento instável e, a qualquer momento, poderia brigar com ela por um motivo banal. Essas experiências geraram vários tipos de crenças e pensamentos do tipo: “não posso confiar em ninguém”; “a qualquer momento as pessoas podem me rejeitar”; “por mais que eu faça, ninguém vai me aceitar e me amar”; “deve ter algo de errado comigo, pois por mais que eu tente, nunca consigo agradar”; “eu não sou boa o suficiente”; “ninguém vai querer ficar comigo”; etc…

Toda essa negatividade acumulada virou uma grande sombra. Essas emoções da infância geraram problemas de autoestima que a levaram, inconscientemente, a criar relacionamentos onde ela era rejeitada. Os sentimentos que surgiam durante os relacionamentos, e ao término dos mesmos, eram muito parecidos com o que ela sentia na infância: abandono, rejeição, desconfiança…

Essa repetição de sentimentos da infância não era algo claro para a minha cliente, ela só percebeu isso com nitidez durante o trabalho terapêutico, causando-lhe muitas vezes surpresa ao detectar essas conexões.

Ela tinha ainda outras questões que estavam sendo causadas pela sua sombra. Não conseguia arrumar uma bagunça em um determinado quarto em casa onde acumulava muitas coisas, e também não conseguia estudar para fazer um concurso melhor. Na verdade, esses foram os temas que a levaram a buscar o trabalho terapêutico, as outras questões foram surgindo depois. E por trás dessas dificuldades estavam os problemas de autoestima e as crenças já relatadas de não ser boa o suficiente.

A sombra é como um fantasma que habita dentro de nós e que comanda, de uma forma sutil, a nossa vida. Nos faz agir de uma forma sabotadora, sem que a gente perceba, nos levando a entrar em situações de sofrimento. A maioria das pessoas não percebe a ação sorrateira da sombra. Elas pensam que estão comandando livremente suas vidas, e não fazem idéia do quanto essas forças inconscientes estão gerando problemas em todas as áreas.

A nossa tendência é não olhar para a sombra. Muitos ignoram completamente a sua existência. Outros sabem que ela existe, mas a subestimam, por não terem uma real noção do quanto a sombra está presente em nossos pensamentos e ações, como um pano de fundo que influencia tudo.

Outra vezes não queremos olhar para a sombra para não entrarmos em contato com sentimentos dolorosos e outros que não gostamos de admitir que temos (medo, inveja, raiva, etc.). Essas emoções são, então, reprimidas, gerando mais sombra. O fato de não olhar para elas de nada resolve. Pelo contrário, quanto mais empurramos essas emoções para o inconsciente, piores os estragos na nossa vida. A sombra prospera e cresce pela falta de “luz”. Essa luz seria a nossa observação e percepção consciente dessas emoções. Assim, elas podem vir à tona para serem curadas.

A sombra gera um desconforto interior também chamado de ansiedade; nos leva para os vícios e compulsões, nos faz comer mais do que deveríamos. Os mais diversos tipos de comportamentos negativos surgem. A maioria das pessoas não tem a menor noção de que existem forças inconscientes que as levam a agir dessa forma. Pensam que suas atitudes negativas se devem à preguiça, à burrice, ou à falta de força de vontade.

Porém, enquanto não enxergam a verdade, a sombra prospera.

By André Lima.

Dignidade

Posted in Inspiração with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 03/08/2012 by Joe

Certa vez houve uma inundação numa imensa floresta. O choro das nuvens que deveriam promover a vida, dessa vez anunciou morte.

Os grandes animais bateram em retirada fugindo do afogamento, deixando até seus filhos para trás. Devastavam tudo o que estava à frente. Os animais menores seguiam seus rastros.

De repente, uma pequena andorinha, toda ensopada, apareceu na contramão, procurando a quem salvar.

As hienas viram a atitude da andorinha e ficaram admiradíssimas. Disseram:

– “Você é louca! O que poderá fazer com um corpo tão frágil?”

Os abutres bradaram:

– “Utópica! Veja se enxerga a sua pequenez!”

Por onde a frágil andorinha passava, era ridicularizada. Mas, atenta, procurava alguém que pudesse resgatar…

Suas asas batiam fatigadas, quando viu um filhote de beija-flor debatendo-se na água, quase se entregando. Apesar de nunca ter aprendido mergulhar, ela se atirou na água e, com muito esforço, pegou o diminuto pássaro pela asa esquerda. E bateu em retirada, carregando o filhote no bico.

Ao retornar, encontrou outras hienas, que não tardaram muito a declarar:

– “Maluca! Está querendo se heroína!”

Mas não parou; muito fatigada, só descansou após deixar o pequeno beija-flor em local seguro.

Horas depois encontrou as hienas embaixo de uma sombra. Fitando-as nos olhos, deu a sua resposta:

– “Só me sinto digna das minhas asas se eu as utilizar para fazer os outros voarem!”

By Augusto Cury, do livro “O Vendedor de Sonhos”.

Solidão

Posted in Reflexão with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 17/05/2012 by Joe

Que me desculpem os desesperados, mas solidão é fundamental para viver. Sem ela não me ouço, não ouso, não me fortaleço.

Sem ela me diluo, me disperso, me espelho nos outros, me esqueço. Não penso solto, não mato dragões, não acalanto a criança apavorada em mim, não aquieto meus pavores, meu medo de ser só.

Sem ela sairei por aí, com olhos inquietos, caçando afeto, aceitando migalhas, confundindo estar cercada por pessoas com ter amigos.

Sem ela me manterei aturdida, ocupada, agendada só para driblar o tempo e não ter que me fazer companhia.

Sem ela trairei meus desejos, rirei sem achar graça, endossarei ideias tolas só para não ter que me recolher e ouvir meus lamentos, meus sonhos adiados, meus dentes rangendo.

Sem ela, e não por causa dela, trocarei beijos tristes e acordarei vazia em leitos áridos.

Sem ela sairei de casa todos os dias e me afastarei de mim, me desconhecerei, me perderei.

Solidão é o lugar onde encontro a mim mesma, de onde observo um jardim secreto e por onde acesso o templo em mim.

Medo? Sim. Até entender que o monstro mora lá fora e o herói mora aqui dentro…

Encarar a solidão é coisa do herói em nós, transformá-la em quietude é coisa do sábio que podemos ser.

Num mundo superlotado, onde tudo é efêmero, voraz e veloz, a solidão pode ser oásis e não deserto.

Num mundo tão estressado, imediatista, insatisfeito, a solidão pode ser resgate e não desacerto.

Num mundo tão leviano, vulgar, que julga pelas aparências e endeusa espertalhões, turbinados, bossais, a solidão pode ser proteção e não contágio.

Num mundo obcecado por juventude, sucesso, consumo, a solidão pode ser liberdade e não fracasso.

Solidão é exercício, visitação. É pausa, contemplação, observação. É inspiração, conhecimento. É pouso e também voo.

É quando a gente inventa um tempo e um lugar para cuidar da alma, da memória, dos sonhos; quando a gente se retira da multidão e se faz companhia.

Preciso estar em mim para estar com outros. Ninguém quer ser solitário, solto, desgarrado.

Desde que o homem é homem, ou ainda macaco, buscamos não ficar sozinhos. Agrupamo-nos, protegemo-nos, evoluímos porque éramos um bando, uma comunidade. Somos sociáveis, gregários.

Queremos amigos, amores. Queremos laços, trocas, contato. Queremos encontros, comunhão, companhia. Queremos abraços, toques, afeto.

Mas, ainda assim, ouso dizer: é preciso aprender a estar só para se gostar e ser feliz.
O desafio é poder recolher-se para sair expandido. É fazer luz na alma para conhecer os seus contornos, clarear o caminho e esquecer o medo da própria sombra.

Existem pensamentos, orações, sorrisos, encontros e realizações que só acontecem quando estamos a sós. Existem curas, revelações, ideias, lembranças que só podem vir à tona quando estamos sós. Mesmo os momentos compartilhados só serão inesquecíveis se uma parte nossa estiver inteiramente só para apreender tudo que apenas a nós se revelará e tocará.

Existe uma pessoa que só conhecemos se conseguirmos ficar sós: nós mesmos!

Seja amigo da solidão. Aceite seus convites, passeie com ela, desmistifique-a. Não corra dela, não tenha medo. Desassombre-se.

Ouse a solidão e fique em ótima companhia. Assim estará pronto para desfrutar de todas as outras boas companhias da vida ….

By Hilda Lucas.

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