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A idiotice é vital para a felicidade

Posted in Comportamento with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 17/12/2014 by Joe

A idiotice é vital para a felicidade

A idiotice é vital para a felicidade! Gente chata essa que quer ser séria, profunda e visceral sempre. Putz!

A vida já é um caos, então, por que fazermos dela, ainda por cima, um tratado? Deixe a seriedade para as horas em que ela é inevitável: mortes, separações, dores e afins.

No dia-a-dia, pelo amor de Deus, seja idiota! Ria dos próprios defeitos. E de quem acha defeitos em você. Ignore o que o boçal do seu chefe disse. Pense assim: quem tem que carregar aquela cara feia, todos os dias, inseparavelmente, é ele. Pobre dele.

Milhares de casamentos acabaram-se não pela falta de amor, dinheiro, sexo, sincronia, mas pela ausência de idiotice. Trate seu amor como seu melhor amigo, e pronto. Quem disse que é bom dividirmos a vida com alguém que tem conselho pra tudo, soluções sensatas, mas não consegue rir quando tropeça. Alguém que sabe resolver uma crise familiar, mas não tem a menor ideia de como preencher as horas livres de um fim de semana?

Quanto tempo faz que você não vai ao cinema? É bem comum gente que fica perdida quando se acabam os problemas. E daí, o que elas farão se já não têm por que se desesperar? Desaprenderam a brincar. Eu não quero alguém assim comigo. Você quer? Espero que não.

Tudo que é mais difícil é mais gostoso, mas… a realidade já é dura; piora se for densa. Dura, densa, e bem ruim. Brincar é legal. Entendeu?

Esqueça o que te falaram sobre ser adulto, tudo aquilo de não brincar com comida, não falar besteira, não ser imaturo, não chorar, não andar descalço, não tomar chuva. Pule corda!

Adultos podem (e devem) contar piadas, passear no parque, rir alto e lamber a tampa do iogurte. Ser adulto não é perder os prazeres da vida – e esse é o único “não” realmente aceitável. Teste a teoria. Uma semaninha, para começar.

Veja e sinta as coisas como se elas fossem o que realmente são: passageiras. Acorde de manhã e decida entre duas coisas: ficar de mau humor e transmitir isso adiante… ou sorrir!

Bom mesmo é ter problema na cabeça, sorriso na boca e paz no coração! Aliás, entregue os problemas nas mãos de Deus… e que tal um cafezinho gostoso agora?

“A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios. Por isso cante, chore, dance e viva intensamente antes que a cortina se feche”.

Seja um idiota!

Desconheço a autoria, apesar de ser amplamente atribuído a Arnaldo Jabor.

Perdas necessárias

Posted in Reflexão with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 16/12/2013 by Joe

Perdas necessárias

As perdas são partes da vida. E elas são necessárias porque, para crescer temos de perder, não só pela morte, mas também por abandono ou pela desistência. Em qualquer idade, perder é difícil e doloroso, mas só através de nossas perdas nos tornamos seres humanos plenamente desenvolvidos.

As pessoas que somos e a vida que vivemos são determinadas, de uma forma ou de outra, pelas nossas experiências de perda. Esta compreensão ajuda a ampliar o campo de nossas escolhas e possibilidades.

Todos nós, em princípio, lutamos contra as perdas, mas as perdas são universais, inexoráveis e muito abrangentes em nossas vidas. E nossas perdas incluem não apenas separações e abandonos, mas também a perda consciente ou inconsciente, de sonhos românticos, ilusões de segurança, expectativas irreais e outras.

As perdas que enfrentamos ao longo da vida, e das quais não podemos fugir são:

– que o amor de nossos pais não é só nosso.

– que nossos pais vão nos deixar, e que nós vamos deixá-los.

– que por mais sábio, belo e encantador que alguém seja, ninguém tem assegurado casar e ” ser feliz para sempre”.

– que temos de aceitar – em nós mesmos e nos outros – um misto de amor e ódio, de bem e de mal.

– que tudo nesta vida é implacavelmente efêmero.

– que estamos neste mundo essencialmente por nossa conta.

– que somos completamente incapazes de oferecer a nós mesmos ou aos que amamos, qualquer forma de proteção contra a dor e contra as perdas necessárias.

– que nossas opções são limitadas pela nossa anatomia e pelo nosso potencial.

– que nossas ações são influenciadas pelo sentimento de culpa incutido em nós pela educação que recebemos.

Examinar estas perdas permitem aceitar e modelar melhor os fatos da nossa vida. Começar a perceber como nossas perdas moldaram e moldam nossas vidas pode ser o começo de uma vida mais promissora e feliz!

Desconheço a autoria.

Sobre o amor e os relacionamentos

Posted in Relacionamentos with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 04/03/2013 by Joe

Amor e relacionamentos

É sempre difícil e bastante complicado falar de amor e de relacionamentos, pois os temas envolvem sempre duas e, em algumas situações, mais de duas pessoas.

Aprendemos muitas coisas sobre o amor, a maioria delas distantes do verdadeiro amor. Muitas pessoas, ainda em seu narcisismo, buscam desesperadamente sua alma gêmea, pois não suportam as diferenças indiscutíveis e, a meu ver, maravilhosas que existem entre todos nós.

Com todas essas regrinhas que inventaram sobre o verdadeiro amor e a melhor forma de se relacionar, conseguimos apenas frieza e separações. O amor se torna impossível com tantas regras para cumprir, sem falar no narcisismo que impera em nossa civilização. Todo amor começa a partir da atração sensual. Às vezes, inventamos algumas coisas para negar essa afirmação, para disfarçar esse fato, mas indiscutivelmente esse é o fato.

No início há romance, troca de promessas (normalmente impossíveis de serem cumpridas), sedução e, como toda paixão, é carregada de irrealidade. Nessa etapa você vê apenas uma parte da pessoa, não vê sua totalidade e isso faz com que você não viva a realidade. Com o passar do tempo, as duas realidades começam a se manifestar e é aí que se inicia uma outra etapa do relacionamento, quanto mais você conhece o ser amado, mais você entra em contato com a loucura – a sua e a do outro.

Nesse momento, a raiva e todos os sentimentos negativos que você abriga dentro de seu coração começam a aflorar. Pronto, a neurose está instalada. O tempo vai passando em meio a decepções e abraços, até que cada um se torna um hábito para o outro – o romance foi embora. O que fazer agora? O que era para me fazer mais feliz começa a me fazer infeliz. É nesse momento que o amor passa pelo maior dos testes: se é de fato amor ele sobrevive… se não for, ele passará.

Se o amor existir, você começa uma outra etapa e poderá amar ainda mais a pessoa que está ao seu lado. Nesse momento é preciso aceitação. O amor é, na verdade, a união do seu mais profundo ser com o que há de mais profundo no outro. Há uma união no plano da alma que está além da paixão e da personalidade.

Kahlil Gibran tem um poema que diz: “Deixem que haja espaços na união de vocês. E deixem que os ventos dos céus dancem entre vocês. Amem um ao outro, mas não tornem o amor uma obrigação. Ao contrário, deixem que ele seja um mar em movimento entre as praias de suas almas.”

A partir de então, o amor tende somente a se aprofundar. Mas estou falando de amor, por favor, não de tempo juntos, não de aceitação de violência, invasão e desrespeito. Falo do amor que respeita os limites do outro, onde cada um tem seu próprio espaço, seu próprio gosto, sua própria vida e muitas vezes sua própria casa. Quando a invasão começa a instalar-se em um relacionamento, o amor está fadado ao fim.

As pessoas que desejam verdadeiramente a felicidade devem traçar claramente seus limites e o outro deve aceitar ou não. É isso que chamo de aceitação. Não a submissão ou obediência – isso é oposto ao amor. Somente entre duas liberdades é possível ver o amor crescer. E se ambos – amor e liberdade – puderem lhe pertencer, você conseguiu conquistar o melhor que a vida pode oferecer.

By Eunice Ferrari.

Soltando as amarras

Posted in Reflexão with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 16/09/2011 by Joe

Acordo. Queria dormir mais. Se seis horas não foram suficientes, porque acredito que 15 minutos vão resolver o  meu problema? É puro apego à cama quentinha, à escuridão do quarto, ao aconchego do marido e da filha, que se enfiou debaixo das cobertas pouco antes do despertador tocar… Não quero abrir mão de nada disso. Mesmo sabendo que é inevitável, mesmo lembrando que hoje mesmo eu vou estar de volta à minha cama quentinha,  sofro para dizer “adeus”.

Este é só o primeiro apego do dia. Tenho dificuldade para tirar a roupa no banheiro gelado. Depois, preciso de coragem para sair do chuveiro, que estava tão gostoso. Levantar da mesa do café é outro esforço: um pedaço mais de pão com manteiga, outra lasquinha de bolo de cenoura. O jornal do dia tem artigos, fotos, notícias e quadrinhos que eu vou querer guardar – reservo para recortar mais tarde.
Finalmente, com certa preguiça, me despeço da família (seria tão bom ficar mais um pouquinho em casa) e vou trabalhar.

Nas horas seguintes, resistirei a várias outras separações, grandes e pequenas: é uma pena desligar o rádio do carro bem na hora em que está tocando uma música legal; colegas se despedem e deixam saudades; as flores que eram tão bonitas não têm mais viço e precisam ir para o lixo. São muitas as amarras que me prendem às coisas. E o que é pior: nem tudo a que me agarro é agradável … Pensamentos, por exemplo: não consigo deixar de me torturar com um erro cometido, de repetir pra mim mesma uma crítica injusta, de remoer uma mágoa qualquer.

Apego é um dos maiores motivos de sofrimento, mas só agora percebo isso. Eu achava que não. Curtia meu apego e até me orgulhava dele. Fazia questão de cultivar a dor das separações; voltava de férias e passava dias perdida, com a cabeça longe, ficava revendo os momentos mágicos e morrendo de saudades. Toda música, toda cena, toda frase me lembrava os dias vividos. O presente era uma tortura a evocar o passado. E eu pensava que era assim que tinha que ser.

É muito fácil perceber que o apego é inútil. Nada, nada mesmo, é nosso para sempre. Tudo nos escorre pelos dedos. A infância, as férias, os brinquedos favoritos, livros novos, amigos, namorados, pais, filhos, animais de estimação… E todas as sensações e pensamentos – o calor aconchegante, o friozinho revigorante, o sabor de uma sobremesa, a paixão pelo novo namorado – todos mudarão, passarão…

Melhorei em relação ao meu apego. Já não fico desesperada no último dia de férias – ao contrário: ele é tão feliz quanto o primeiro. Não me incomodo tanto quando algum objeto de estimação se quebra: não era eterno mesmo. Não sinto um aperto no peito quando penso nas filhas crescendo, quando me despeço de um amigo ou quando saio de um lugar sabendo que posso nunca mais voltar.

É bom, muito bom ser feliz no momento; é um alívio deixar que tudo siga seu rumo. Eu ainda tenho algumas dificuldades com a cama quentinha, o chuveiro gostoso e os recortes de jornal, mas, apesar desses barbantinhos, já experimentei a deliciosa liberdade de outras amarras partidas. E recomendo.

By Soninha Francine, artigo publicado na revista “Vida Simples”.

Soltando as amarras

Posted in Reflexão with tags , , , , , , , on 18/11/2009 by Joe

Acordo. Queria dormir mais. Se seis horas não foram suficientes, porque acredito que 15 minutos vão resolver o  meu problema? É puro apego à cama quentinha, à escuridão do quarto, ao aconchego do marido e da filha, que se enfiou debaixo das cobertas pouco antes do despertador tocar… Não quero abrir mão de nada disso. Mesmo sabendo que é inevitável, mesmo lembrando que hoje mesmo eu vou estar de volta à minha cama quentinha,  sofro para dizer “adeus”.

Este é só o primeiro apego do dia. Tenho dificuldade para tirar a roupa no banheiro gelado. Depois, preciso de coragem para sair do chuveiro, que estava tão gostoso. Levantar da mesa do café é outro esforço: um pedaço mais de pão com manteiga, outra lasquinha de bolo de cenoura. O jornal do dia tem artigos, fotos, notícias e quadrinhos que eu vou querer guardar – reservo para recortar mais tarde. Finalmente, com certa preguiça, me despeço da família (seria tão bom ficar mais um pouquinho em casa) e vou trabalhar.

Nas horas seguintes, resistirei a várias outras separações, grandes e pequenas: é uma pena desligar o radio do carro bem na hora em que está tocando uma música legal; colegas se despedem e deixam saudades; as flores que eram tão bonitas, não tem mais viço e precisam ir para o lixo. São muitas as amarras que me prendem às coisas. E o que é pior: nem tudo a que me agarro é agradável … Pensamentos, por exemplo: não consigo deixar de me torturar com um erro cometido, de repetir pra mim mesma uma crítica injusta, de remoer uma mágoa qualquer.

Apego é um dos maiores motivos de sofrimento, mas só agora percebo isso. Eu achava que não. Curtia meu apego e até me orgulhava dele. Fazia questão de cultivar a dor das separações: voltava de férias e passava dias perdida, com a cabeça longe. Ficava revendo os momentos mágicos e morrendo de saudades. Toda música, toda cena, toda frase me lembrava os dias vividos. O presente era uma tortura a evocar o passado. E eu pensava que era assim que tinha que ser.

É muito fácil perceber que o apego é inútil. Nada, nada mesmo, é nosso para sempre. Tudo nos escorre pelos dedos. A infância, as férias, os brinquedos favoritos, livros novos, amigos, namorados, pais, filhos, animais de estimação. E todas as sensações e pensamentos – o calor aconchegante, o friozinho revigorante, o sabor de uma sobremesa, a paixão pelo novo namorado – todos mudarão, passarão.

Melhorei em relação ao meu apego. Já não fico desesperada no ultimo dia de férias – ao contrário: ele é tão feliz quanto o primeiro. Não me incomodo tanto quando algum objeto de estimação se quebra: não era eterno mesmo. Não sinto um aperto no peito quando penso nas filhas crescendo, quando me despeço de um amigo ou quando saio de um lugar sabendo que posso nunca mais voltar.

É bom, muito bom ser feliz no momento; é um alívio deixar que tudo siga seu rumo. Eu ainda tenho algumas dificuldades com a cama quentinha, o chuveiro gostoso e os recortes de jornal, mas, apesar desses barbantinhos, já experimentei a deliciosa liberdade de outras amarras partidas. E recomendo.

By Soninha Francine, artigo publicado na revista “Vida Simples”.

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