Arquivo para Salvação

Solte a panela

Posted in Reflexão with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 24/04/2014 by Joe

Solte a panela

Certa vez, um urso faminto perambulava pela floresta em busca de alimento. A época era de escassez, porém, seu faro aguçado sentiu o cheiro de comida e o conduziu a um acampamento de caçadores.

Ao chegar lá, o urso, percebendo que o acampamento estava vazio, foi até a fogueira ardendo em brasas e dela tirou um panelão de comida. Quando a panela já estava fora da fogueira, o urso a abraçou com toda sua força e enfiou a cabeça dentro dela, devorando tudo.

Enquanto abraçava a panela, começou a perceber algo lhe atingindo. Na verdade, era o calor que emanava dela. Ele estava sendo queimado nas patas, no peito e onde mais a panela encostava. O urso nunca havia experimentado aquela sensação e, então, interpretou as queimaduras pelo seu corpo como uma coisa que queria lhe tirar a comida.

Começou a urrar muito alto. E quanto mais alto rugia, mais apertava a panela quente contra seu imenso corpo. Quanto mais a panela quente lhe queimava, mais ele a apertava contra o seu corpo e mais alto ainda rugia.

Quando os caçadores chegaram ao acampamento, encontraram o urso recostado a uma árvore próxima à fogueira, segurando a panela de comida. O urso tinha tantas queimaduras que o fizeram grudar na panela e seu imenso corpo, mesmo morto, ainda mantinha a expressão de estar rugindo.

Quando terminei de ouvir esta história de um mestre, percebi que, em nossas vidas, por muitas vezes abraçamos certas coisas que julgamos ser importantes. Algumas delas nos fazem gemer de dor, nos queimam por fora e por dentro e, mesmo assim, ainda as julgamos importantes. Temos medo de abandoná-las e esse medo nos coloca numa situação de sofrimento, de desespero. Apertamos essas coisas contra nossos corações e terminamos derrotados por algo que tanto protegemos, acreditamos e defendemos.

Para que tudo dê certo em sua vida, é necessário reconhecer, em certos momentos, que nem sempre o que parece salvação vai lhe dar condições de prosseguir. Tenha a coragem e a visão que o urso não teve!

Tire de seu caminho tudo aquilo que faz seu coração arder.

Solte a panela!!

A sua vida só vai pra frente depois que você se desapega das coisas e pessoas que te levam para trás.

Pensem nisso!!!

Desconheço a autoria.

Erotizando a vida conjugal

Posted in Relacionamentos, Sexualidade with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 02/04/2014 by Joe

Erotizando a vida conjugal

Quando se casam, as pessoas mudam sua relação com o mundo. Antes, interagiam com várias pessoas – pais, familiares e amigos; depois, passam a “viver um para o outro”. A dependência cresce e aumentam as cobranças e as expectativas. Com elas, multiplicam-se as decepções, porque ninguém é capaz de resolver todos os nossos sonhos. Muitas das brigas e tensões conjugais surgem do desapontamento. O erro está na crença de que a salvação deverá vir do outro (e ele é apenas mais um mortal tentando sobreviver).

Pessoas com maior consciência de sua individualidade tendem a construir elos afetivos de melhor qualidade. Por serem mais independentes, esperam menos dos demais. E, em geral, conseguem manter a vida sexual no mesmo nível de frequência e de satisfação que experimentaram no namoro.

O fato do cônjuge ser outra pessoa – e não uma parte de nós – faz com que o desejemos mais. Platão já disse, há 25 séculos, que não se pode desejar o que se possui. Talvez por isso o ciúme funcione como estimulante sexual: a ameaça da perda fortalece a ideia de que o parceiro nos pertence.

O erotismo resulta de uma atmosfera impregnada de sensualidade. Devemos deixar claro que o clima erótico não é o romântico. Amor e sexo são coisas diferentes e merecem ser estimuladas separadamente se quisermos obter uma intensidade maior das duas. Para criar a atmosfera romântica, os casais deveriam passear de mãos dadas em belos bosques, andar por ruelas antigas e singelas, jantar à luz de velas e ouvir música clássica. Nesse tipo de programa, surgem a ternura e a vontade de dormir abraçadinhos. Já um ambiente praiano, onde as pessoas se exercitam, tomam sol, banham seus corpos suados no mar e ouvem canções que sugerem danças ritmadas é altamente estimulante para a nossa sexualidade.

O cotidiano da maioria dos casais não é nem romântico nem erótico. Por isso, as pessoas tendem a buscar atividades mais prazerosas fora do casamento. Acredito que nada disso é necessário. A mulher casada não precisa se descuidar, nem o homem tem de engordar. Ele pode, sem prejuízo das finanças, lembrar que a mulher gosta muito de um determinado cantor e chegar em casa com o novo CD dele. Ou preparar o prato predileto dela. Ela pode levar o café na cama para os dois no domingo e por lá ficar!

As situações eróticas devem se alternar com as românticas e, assim, ocupar um espaço respeitável no cotidiano dos casais, roubando tempo das cobranças e brigas. Mas, para isso, é essencial entender que a ternura e o erotismo não se estabelecem apenas porque duas pessoas se amam. O parceiro fixo precisa buscar uma renovação constante, tanto nos detalhes de sua postura e de sua aparência quanto na invenção de cenários e de figurinos interessantes. Podemos construir a vida cotidiana sobre dependências e decepções ou sobre o desejo de agradar e surpreender o ser amado.

Do ponto de vista sexual, tudo o que é novo provoca impacto imenso. Tudo o que for feito para enriquecer a vida romântica e erótica será sempre bem-vindo. Não creio que seja necessário detalhar mais. Seria subestimar a intuição e o poder criativo dos leitores.

By Flávio Gikovate, médico psicoterapeuta, escritor e conferencista.

O fim da ilusão do tempo

Posted in Reflexão with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 01/08/2012 by Joe

A chave do segredo está em acabar com a ilusão do tempo. O tempo e a mente são inseparáveis. Tire o tempo da mente e ele para, a menos que você escolha utilizá-lo.

Estar identificado com a mente é estar preso ao tempo. É a compulsão para vivermos quase exclusivamente através da memória ou antecipação. Isso cria uma preocupação infinita com o passado e o futuro, e uma relutância em respeitar o momento presente e permitir que ele aconteça. Temos essa compulsão porque o passado nos dá uma identidade e o futuro contém uma promessa de salvação e de realização. Ambos são ilusões. Quanto mais nos concentramos no tempo, no passado e no futuro, mais perdemos o agora, a coisa mais importante que existe.

Por que o agora é a coisa mais importante que existe?

Primeiro porque é a única coisa que existe. É tudo o que existe. O eterno presente é o espaço pelo qual se desenvolve toda a nossa vida, o único fator que permanece constante. A vida é agora. Nunca houve uma época que a vida não fosse agora e nem haverá.

Em segundo lugar, o agora é o único ponto que pode nos conduzir para além das fronteiras limitadas da mente. É o nosso único ponto de acesso para a área atemporal e amorfa do Ser.

Você alguma vez vivenciou, realizou, pensou ou sentiu alguma coisa fora do agora? Acha que conseguirá algum dia? É possível alguma coisa acontecer ou ser fora deste instante? A resposta é óbvia, não é mesmo?

Na vida diária é possível pôr isso em prática dando total atenção a qualquer atividade rotineira, normalmente considerada com um meio para atingir um objetivo, de modo a transformá-la em um fim em si mesma. Por exemplo, toda vez que você subir ou descer escadas em casa ou no trabalho, preste muita atenção a cada passo, a cada movimento, até a sua respiração. Esteja totalmente presente. Ou quando for lavar as mãos, preste muita atenção em todas as sensações provocadas por essa atividade, como o som e o contato com a água, o movimento das suas mãos, o cheiro do sabonete, e assim por diante.

Para medir, sem errar, o seu sucesso nessa prática, verifique o grau de paz dentro de você!

By Eckarth Tolle, trechos do livro “O Poder do Agora”.

Você não pode se libertar no futuro

Posted in Reflexão with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 25/07/2012 by Joe

O futuro, geralmente, acaba sendo uma réplica do passado. É possível haver mudanças superficiais, mas as transformações reais são raras e dependem da possibilidade de estarmos presentes para dissolver o passado.

O que percebemos como futuro é uma parte intrínseca do nosso estado de consciência do momento. Se a nossa mente carrega um grande fardo do passado, vamos sentir isso.

O passado se perpetua pela falta de presença. O que dá forma ao futuro é a qualidade da nossa percepção do momento presente, e o futuro, é claro, só pode ser vivenciado como presente.

Podemos ganhar muito dinheiro, mas esse tipo de mudança é apenas superficial. Vamos simplesmente continuar a representar os mesmos padrões condicionados, em ambientes mais luxuosos. Os seres humanos aprenderam a dividir o átomo. Em vez de matar dez ou vinte pessoas com um porrete de madeira, uma pessoa agora pode matar um milhão delas com um simples apertar de um botão. Será que isso é uma mudança real?

Se é a qualidade da nossa percepção neste momento que determina o futuro, então o que é que determina a qualidade da nossa consciência? O nosso grau de presença.

Portanto, o único lugar onde pode ocorrer uma mudança verdadeira e onde o passado pode se dissolver é neste momento, aqui e agora.

Toda a negatividade é causada pelo acúmulo de tempo psicológico e pela negação do presente. O desconforto, a ansiedade, a tensão, o estresse, a preocupação, todas essas formas de medo são causadas por excesso de futuro e pouca presença. A culpa, o arrependimento, o ressentimento, a injustiça, a tristeza, a amargura, todas as formas de incapacidade de perdão são causadas por excesso do passado e pouca presença.

Muitos acham difícil acreditar na possibilidade de existir um estado de consciência absolutamente livre de toda a negatividade. E até o momento, esse é o estado de liberdade para o qual apontam todos os ensinamentos espirituais. É a promessa da salvação, não em um futuro ilusório, mas bem aqui e agora.

Talvez seja difícil reconhecer que o tempo é a causa do nosso sofrimento ou de nossos problemas. Acreditamos que eles são causados por situações específicas em nossas vidas e, de um ponto de vista convencional, isso é uma verdade. Mas enquanto não lidarmos com a disfunção básica da mente – o apego ao passado e ao futuro e a negação do presente – os problemas apenas mudam de figura.

Se todos os nossos problemas, ou causas identificadas de sofrimento ou infelicidade, fossem milagrosamente solucionados no dia de hoje, sem que nos tornássemos mais presentes e mais conscientes, logo nos veríamos com um outro conjunto de problemas ou causas de sofrimento semelhantes, como uma sombra que nos seguisse aonde quer que fôssemos. Em última análise, o único problema é a própria mente limitada pelo tempo.

Não há salvação dentro do tempo. Você não pode se libertar no futuro. A presença é a chave para a liberdade. Portanto, você só pode ser livre agora.

By Eckhart Tolle.

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