Arquivo para Residência

Árvores

Posted in Reflexão with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 14/06/2012 by Joe

Tempos atrás eu era vizinho de um médico cujo “hobby” era plantar árvores no enorme quintal de sua casa. Às vezes, observava da minha janela o seu esforço para plantar árvores e mais árvores, todos os dias.

O que mais chamava a atenção, entretanto, era o fato de que ele jamais regava as mudas que plantava. Passei a notar, depois de algum tempo, que suas árvores estavam demorando muito para crescer.

Certo dia resolvi, então, aproximar-me do médico e perguntei se ele não tinha receio de que as árvores não crescessem, pois percebia que ele nunca as regava. Foi quando, com um ar orgulhoso, ele me descreveu sua fantástica teoria.

Disse-me que, se regasse suas plantas, as raízes se acomodariam na superfície e ficariam sempre esperando pela água mais fácil, vinda de cima. Como ele não as regava, as árvores demorariam mais para crescer, mas suas raízes tenderiam a migrar para o fundo, em busca da água e das várias fontes nutrientes encontradas nas camadas mais inferiores do solo. Assim, segundo ele, as árvores teriam raízes profundas e seriam mais resistentes às intempéries.

Disse-me, ainda, que frequentemente dava uma palmadinha nas suas árvores, com um jornal enrolado, e que fazia isso para que se mantivessem sempre acordadas e atentas.

Essa foi a única conversa que tive com aquele meu vizinho. Logo depois, fui morar em outro país, e nunca mais o encontrei.

Vários anos depois, ao retornar do exterior, fui dar uma olhada na minha antiga residência. Ao aproximar-me, notei um bosque que não havia antes. Meu antigo vizinho havia realizado seu sonho!

O curioso é que aquele era um dia de um vento muito forte e gelado, em que as árvores da rua estavam arqueadas, como se não estivessem resistindo ao rigor do inverno.

Entretanto, ao aproximar-me do quintal do médico, notei como estavam sólidas as suas árvores: praticamente não se moviam, resistindo implacavelmente àquela ventania toda.

– “Que efeito curioso…”, pensei eu! As adversidades pela qual aquelas árvores tinham passado, levando palmadelas e tendo sido privadas de água, pareciam tê-las beneficiado de um modo que o conforto e o tratamento mais fácil jamais conseguiriam.

Todas as noites, antes de me deitar, dou sempre uma olhada em meus filhos. Debruço-me sobre suas camas e observo como têm crescido. Frequentemente oro por eles. Na maioria das vezes peço para que suas vidas sejam fáceis:

– “Meu Deus, livre meus filhos de todas as dificuldades e agressões deste mundo…”

Tenho pensado, entretanto, que é hora de alterar minhas orações. Essa mudança tem a ver com o fato de que é inevitável que os vento gelados e fortes nos atinjam e aos nossos filhos. Sei que eles encontrarão inúmeros problemas e que, portanto, minhas orações para que as dificuldades não ocorram têm sido ingênuas demais.

Sempre haverá uma tempestade, ocorrendo em algum lugar. Portanto, pretendo mudar minhas orações. Farei isso porque, quer nós queiramos ou não, a vida não é muito fácil.

Ao contrário do que tenho feito, passarei a orar para que meus filhos cresçam com raízes profundas, de tal forma que possam retirar energia das melhores fontes, das mais divinas, que se encontram nos locais mais remotos.

Oramos demais para termos facilidades, mas na verdade o que precisamos fazer é pedir para desenvolvermos raízes fortes e profundas, de tal modo que, quando as tempestades chegarem e os ventos gelados soprarem, resistiremos bravamente, ao invésde sermos subjugados e varridos para longe.

Autoria atribuída à Blandinne.

O poder das palavras

Posted in Inspiração with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 28/06/2011 by Joe

Em um lugar por onde passavam muitas pessoas, um mendigo costumava sentar-se na calçada e, ao lado, colocava uma placa com os dizeres:

“Vejam como sou feliz! Sou um homem próspero, sei que sou bonito, sou muito importante, sou um sucesso, tenho uma bela residência, vivo confortavelmente, sou saudável e bem humorado”.

As pessoas que passavam o olhavam, intrigadas; outras o achavam doido e outras até davam-lhe dinheiro. Todos os dias, antes de dormir, ele contava o dinheiro e notava que a cada dia a quantia era maior.

Numa bela manhã, um importante e arrojado executivo, que já o observava há algum tempo, aproximou-se e lhe disse:

“Você é muito criativo! Não gostaria de colaborar numa campanha da minha empresa?”

“Vamos lá. Só tenho a ganhar!”, respondeu o mendigo.

Após um caprichado banho e com roupas novas, foi levado para a empresa. Daí para frente, sua vida foi uma sequência de sucessos e, depois de um certo tempo, ele tornou-se um dos sócios majoritários.

Numa entrevista coletiva à imprensa, ele esclareceu como conseguira sair da mendicância para tão alta posição. Contou ele:

– “Bem … houve época em que eu costumava me sentar nas calçadas com uma placa ao lado, que dizia: ‘Sou um nada neste mundo! Ninguém me ajuda! Não tenho onde morar! Sou um homem fracassado e maltratado pela vida! Não consigo um mísero emprego que me renda alguns trocados ! Mal consigo sobreviver’. As coisas iam de mal a pior quando, certa noite, achei um livro e nele atentei para um trecho que dizia:

‘Tudo que você fala a seu respeito vai se reforçando. Por pior que esteja a sua vida, diga que tudo vai bem. Por mais que você não goste de sua aparência, afirme-se bonito. Por mais pobre que você seja, diga a si mesmo, e aos outros, que você é próspero’.

Aquilo me tocou profundamente e, como nada tinha a perder, decidi trocar os dizeres da placa para:

‘Vejam como sou feliz! Sou um homem próspero, sei que sou bonito, sou muito importante, sou um sucesso, tenho uma bela residência, vivo confortavelmente, sou saudável e bem humorado’.

A partir desse dia, tudo começou a mudar; a vida me trouxe a pessoa certa para tudo que eu precisava, até que cheguei onde estou hoje. Tive apenas que entender o Poder das Palavras.

O Universo sempre apoiará tudo o que dissermos, escrevermos ou pensarmos a nosso respeito e isso acabará se manifestando em nossa vida como realidade. Enquanto afirmarmos que tudo vai mal, que nossa aparência é horrível, que nossos bens materiais são ínfimos, a tendência é que as coisas fiquem piores ainda, pois o Universo as reforçará. Ele materializa em nossa vida todas as nossas crenças”.

Naquele momento, uma repórter, ironicamente, questionou:

“O senhor está querendo dizer que algumas palavras escritas numa simples placa modificaram a sua vida?”

Respondeu o homem, cheio de bom humor:

“Claro que não, minha ingênua amiga! Primeiro eu tive que acreditar nelas!”

Desconheço a autoria.

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