Arquivo para Religião

Quem faz as suas escolhas?

Posted in Reflexão with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , on 12/08/2015 by Joe

Vc faz suas escolhas

Uma pessoa imatura pensa que todas as suas escolhas geram ganhos. Uma pessoa madura sabe que todas as escolhas implicam em perdas.

E, no final, a nossa vida é a soma das escolhas que fazemos!

Se não começarmos logo cedo a fazer escolhas que nos permitam ser felizes, quando tivermos uma idade em que a maturidade nos mostrar quem realmente somos, vamos perceber que passamos a vida toda fazendo as escolhas dos outros… e nem sempre estes estarão ao nosso lado para nos consolar e chorar juntos a nossa infelicidade.

Incluo entre esses a família, a sociedade, os maridos, as esposas, as escolas, as religiões, a mídia…

Pense nisso!

By Joemir Rosa.

Bem-estar

Posted in Astral with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 06/03/2015 by Joe

Bem-estar

O bem-estar vem de onde?

Óbvio: da convivência com amigos, de relações saudáveis, de não permitir que frustrações e ressentimentos virem a tônica da vida, de não reagir com exagero diante de insignificâncias, da valorização das miudezas grandiosas do cotidiano, de sentir-se disponível para o novo e o diferente a fim de enriquecer a própria existência, mantendo uma espiritualidade básica que envolva a generosidade, a compaixão, a tolerância (não é obrigatório ter religião pra isso).

Mais: de aceitar as mudanças, de trocar de perspectiva quando se estiver obcecado com algo, de buscar a evolução da mente.

By Martha Medeiros.

E se Deus fosse um de nós?

Posted in Reflexão with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 23/02/2015 by Joe

E se Deus fosse um de nós

Quem cresceu nos anos 90 se lembra daquela música da Joan Osborne, “One of Us”, em que ela fica repetidamente cantarolando enquanto questiona:

– “E se Deus fosse um de nós?/ Apenas um desajeitado como nós?/Apenas um desconhecido em um ônibus tentando chegar a casa?

Pois então, observando esta quantidade de duelos cotidianos sobre Deus, tanto nas mesas de bar quanto no Oriente Médio, a respeito do que Ele quer, quem Ele é, o que precisamos fazer para sermos bem aceitos na eternidade, me veio uma reflexão: será que Ele seria tão humano assim? Digo, será que Ele se importaria com as mesmas minúcias e detalhes com os quais nos preocupamos enquanto Ele expande o Universo e continua onipotente e onipresente?

Será que Deus realmente se importa com as piadas que fazem sobre Ele, ou são as pessoas, em seu fanatismo religioso, que se sentem extremamente ofendidas com o senso de humor mais ácido utilizado para destinatários nem sempre religiosos? E para aqueles que são cristãos: será que acreditam mesmo que Cristo era ranzinza e não ria ou fazia piadas em sua humanidade com seus amigos humildes e de simplicidade explícita? É sério mesmo que Ele nos julgará por nossas criações humorísticas enquanto há tanta guerra e miséria no mundo?

Se Deus fosse um de nós, sentado em um banco de praça, será que Ele sentiria repulsa pelos homossexuais manifestando seu afeto, da mesma forma que muitos dos seus seguidores propagam? Juram mesmo que Deus, com toda a sua sabedoria, ficaria mais horrorizado com um beijo do que com um tapa, ou com vários socos e outras formas de violência cujos alvos são aqueles que por atos não-violentos lutam pela igualdade de manifestação de seus sentimentos?

Se Deus fosse um de nós, será mesmo que estaria tão preocupado assim com o julgamento e avaliação dos métodos contraceptivos da mesma forma com que os sacerdotes estão? Que consideraria mais louvável colocar dez vidas no mundo, independentemente das circunstâncias, a planejar com responsabilidade a maneira como os filhos seriam concebidos?

Se Deus fosse um de nós estaria tão vinculado assim à forma de expressarmos a nossa fé? Ele consideraria como única religião passível de comunicação e exercício da espiritualidade aquela que escolhemos, ou teria tolerância para aceitar quaisquer das intenções manifestadas por católicos, protestantes, espíritas, umbandistas e etc.? O que torna o ser humano tão dono de Deus a ponto de determinar qual a religião certa ou errada? Qual a roupa a ser utilizada? O que as mulheres, unicamente por sua condição de mulheres, podem ou não fazer?

– “Ah, mas tudo em que creio está escrito na Bíblia”, – dirão muitos. Ocorre que, a Bíblia e outros livros sagrados a serem seguidos, são, em regra, documentos que tratam de amor e ódio, perdão e vingança, guerra e paz. É possível manipulá-lo para tudo o que quiser, até para estupros, roubos e assassinatos, basta um pouco de reflexão e maturidade daquele que o lê.

Cabe mencionar, ainda, que não observo nenhum religioso tomando remédios ou fazendo uso de quaisquer outros métodos utilizados na época em que a Bíblia foi escrita – sem amparo da ciência e tecnologia-, mas muitos querem embasar, de forma literal, suas filosofias de vida pelos mesmos critérios sociais retrógrados daquele mesmo período histórico, o que é, no mínimo, paradoxal.

A religião acompanha a humanidade desde seu início como busca de respostas, conforto, desabafo e superação de sofrimentos, o que é muito nobre e, por vezes, necessário. A partir do momento em que se utiliza deste instrumento para propagar o preconceito, a segregação, o julgamento, a intolerância, a humilhação, a fraude e o complexo de inferioridade, ocorre o maior dos contrassensos: a transformação de Deus em um de nós. Tão preconceituoso, intolerante e vingativo quanto um de nós. Tão pequeno, perseguidor e calculista quanto um de nós.

E aí, qual tipo de religioso você é? O reflexivo, maduro e libertário, ou o infantil, ignorante e apropriador?

Em qual Deus você acredita? N’Aquele que é superior – Alfa e Ômega – ou n’Aquele que é tão trivial quanto um de nós?

By Lorena Lopes, escritora, pós graduada em Direito Público e Civil.

Nova Era

Posted in Comportamento with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 28/01/2015 by Joe

Nova Era

Qualquer que seja a religião que tenham te ensinado, qualquer que seja o modo como tenham te educado e qualquer que seja a maneira como tenha compreendido teus mestres, nesses níveis compreenderá e assimilará esta mensagem.

Não basta crer nesta mensagem – é preciso vivenciá-la. A essência da religião universal consiste na paz e na verdade, impregnadas do amor e da bondade para com todas as criaturas da Terra. O momento é chegado de manifestar essa essência na vida pessoal. É preciso começar por ti mesmo e tua vida interior. Quer reformar o mundo? Reforma-te primeiro, meu amigo! A mensagem daquele que não se reformou nunca inspira reforma.

O amor está no cerne de toda religião e a virtude, que é o amor em ação, é a realização cabal da religião. Não ame tão somente a família e os amigos, pois limitar o amor é negá-lo. Busca a paz interior e a divina inspiração, persiste nessas coisas, nem um só instante a ela renuncie.

Com tua fé e tuas ações, aperfeiçoa tua vida e ajuda a aperfeiçoar a vida dos outros. Que responsabilidade! Em ti encontra o espírito seu agente parceiro. Conforme esteja consciente disto, nessa medida será enriquecido, terá uma revelação mais profunda do que teus sonhos, os mais sublimes.

Despontará a Nova Era em que nos aperceberemos da unidade de tudo. As diferenças entre as religiões desaparecerão, aquilo que de bom elas encerram será reunido e se tornará o fim comum da humanidade.

Conscientiza-te de que a escolha é tua. Escolhe o amor, de preferência ao ódio; a doçura, de preferência à violência; a santidade, de preferência ao mal. Ousa crer que é chegado o reino do amor e da paz. Esteja preparado, seja virtuoso em toda ação. A virtude abre todas as portas e para além dessas portas encontra-se o amor.

Que a divina inspiração se apodere de toda a tua vida, cumulando-a de recompensas, pelas realizações cotidianas, dos tesouros de uma existência consciente e da Luz Eterna do paraíso alcançado!

Desconheço a autoria.

Despertando para um novo mundo

Posted in Astral, Reflexão with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 26/09/2014 by Joe

Despertando para um novo mundo 2

O planeta está em convulsão. E como o indivíduo e o mundo são a mesma coisa, vivemos essa convulsão junto com o planeta.

Terremotos, erupção de vulcões adormecidos e tsunamis são processos que todos estamos vivendo em nossas vidas pessoais. Este deve ser um momento de profunda reflexão para entendermos que existe algo por trás desses acontecimentos e que deve ser compreendido.

A história do homem passa por vários ciclos que fazem parte de seu processo evolutivo. E hoje vivemos a finalização de um deles. O chamado mostra o caminho que nos leva à espiritualidade, e quando falo em espiritualidade não me refiro a nenhuma espécie de religião ou ritual. O caminho espiritual se dá, antes de tudo, através do primeiro impulso em direção à nossa consciência. Todos devemos reconhecer dentro de nós mesmos, neste momento, essa faísca, esse princípio espiritual.

A humanidade mudou. Todos estamos mudando rapidamente sem estarmos preparados para isso. E com isso, novas doenças sociais e psicológicas são desencadeadas sucessivamente. Crimes hediondos, o surgimento de psicopatas, sociopatas, drogas, excesso de sensualidade, medos, loucura e desespero, tudo isso faz parte desse processo. O mundo não vai acabar. Mas nossos valores mudarão de tal maneira que um novo mundo despontará.

A humanidade está atravessando o limiar entre matéria e espírito, estamos subindo um degrau a mais em nosso processo evolutivo. Esse é o principal motivo do desenrolar de tanta brutalidade e falta de sentido. Vivemos um momento de crise coletiva. O que éramos já não faz mais sentido; crescemos, mudamos, mas ainda não sabemos o que seremos. Estamos no meio, entre o que fomos e o que devemos nos tornar.

Há uma espécie de mecanismo dentro de nós que está parando de funcionar, um padrão de coordenação que está falindo. Nossos pensamentos estão se voltando para o mundo espiritual, assim como nossos sentimentos. A cada dia que passa, conseguiremos entrar em contato mais profundo com nossos sentimentos verdadeiros, os mais autênticos que brotam dentro de nós. Impulsos que vêm de outras vidas, que fazem parte de nosso processo de crescimento. Por isso estamos vivendo situações estranhas, coisas acontecem e não entendemos.

Os conflitos ainda aumentarão, essa é a sensação de “fim do mundo” que todos nós estamos vivendo. Precisamos descobrir o que é isso individualmente pois, a partir de já, nossa missão é descobrir o mundo dentro de nós.

Luz para todos!

By Eunice Ferrari.

O poder da palavra

Posted in Reflexão with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 09/07/2014 by Joe

O poder da palavra

Punhais e armas de fogo deixam vestígios de sangue. Bombas abalam edifícios e ruas. Venenos terminam sendo detectados. Mas a palavra destruidora consegue despertar o mal sem deixar pistas.

Crianças são condicionadas durante anos pelos pais, artistas são impiedosamente criticados, mulheres são sistematicamente massacradas por comentários de seus maridos, fiéis são mantidos longe da religião por aqueles que se julgam capazes de interpretar a voz de Deus…

Procure ver se você está utilizando esta arma. Procure ver se estão utilizando esta arma contra você!

E não permita nenhuma destas duas coisas.

By Paulo Coelho.

Ovo de Páscoa recheado de travessa

Posted in Receitas with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 19/04/2014 by Joe

Ovo de Páscoa de travessa

Muita gente comemora a Páscoa, mas ainda tem os que desconhecem o significado e a história dessa data.

A Páscoa é uma das datas comemorativas mais importantes entre as culturas ocidentais. A origem desta comemoração remonta muitos séculos. O termo “Páscoa” tem uma origem religiosa que vem do latim pascae. Na Grécia Antiga, este termo também é encontrado como paska. Porém, sua origem mais remota é entre os hebreus, onde aparece o termo pessach, cujo significado é passagem.

Entre as civilizações antigas, os historiadores encontraram informações que levam a concluir que uma festa de passagem era comemorada entre povos europeus há milhares de anos. Principalmente na região do Mediterrâneo, algumas sociedades, entre elas a grega, festejavam a passagem do inverno para a primavera, durante o mês de março. Geralmente esta festa era realizada na primeira lua cheia da época das flores.

Entre os povos da antiguidade, o fim do inverno e o começo da primavera eram de extrema importância, pois estavam ligados à maiores chances de sobrevivência em função do rigoroso inverno que castigava a Europa, dificultando a produção de alimentos.

Já entre os judeus, esta data assume um significado muito importante, pois marca o êxodo deste povo do Egito, por volta de 1250 a.C, onde foram aprisionados pelos faraós durantes vários anos. Esta história encontra-se no Velho Testamento da Bíblia, no livro Êxodo. A Páscoa Judaica também está relacionada com a passagem dos hebreus pelo Mar Vermelho, onde, liderados por Moisés, fugiram do Egito.

Nesta data, os judeus preparam e comem o matzá (pão sem fermento) para lembrar a rápida fuga do Egito, quando não havia tempo para fermentar o pão.

Entre os primeiros cristãos, esta data celebrava a ressurreição de Jesus Cristo, quando, após a morte, sua alma voltou a se unir ao seu corpo. O festejo era realizado no domingo seguinte à lua cheia posterior ao equinócio da Primavera (21 de março).

Entre os cristãos, a semana anterior à Páscoa é considerada como Semana Santa. Esta semana tem início no Domingo de Ramos que marca a entrada de Jesus na cidade de Jerusalém.

Já a figura do coelho está simbolicamente relacionada à esta data comemorativa, pois este animal representa a fertilidade. O coelho se reproduz rapidamente e em grandes quantidades. Entre os povos da antiguidade, a fertilidade era sinônimo de preservação da espécie e melhores condições de vida, numa época onde o índice de mortalidade era altíssimo. No Egito Antigo, por exemplo, o coelho representava o nascimento e a esperança de novas vidas.

Mas o que a reprodução tem a ver com os significados religiosos da Páscoa? Tanto no significado judeu quanto no cristão, esta data relaciona-se com a esperança de uma vida nova. Já os ovos de Páscoa (de chocolate, enfeites, jóias), também estão neste contexto da fertilidade e da vida.

A figura do coelho da Páscoa foi trazido para a América pelos imigrantes alemães, entre o final do século XVII e início do XVIII.

Pronto! Entendido o significado da data, vamos à receita de hoje. Nem me atrevi a postar uma receita de ovos de Páscoa, dada a grande variedade de ovos produzidos pelas grandes empresas, com recheios ou sem, com surpresas ou vazios, etc e tal.

Então, optei por uma receita mais fácil de preparar e resolvi experimentar. Gostei do resultado final, cremoso, saboroso…

Bom, anotem, preparem, curtam esta delícia de sobremesa! Afinal, a história não contou, mas… Páscoa é sinônimo de chocolate!!!

Ovo de Páscoa recheado de travessa

Ingredientes

3 latas de leite condensado
2 colheres (sopa) de maizena
2 latas de leite (use a lata de leite condensado vazia para medir)
6 gemas
1/2 colher (sopa) de essência de baunilha
400 g de creme de leite
2 xícaras (chá) de chocolate amargo picado (ou meio amargo, se preferir)
1/2 xícara (chá) de castanha de caju picada
2 xícaras (chá) de chocolate ao leite picado

Modo de preparo

Em uma panela, coloque o leite condensado, a maizena dissolvida no leite, as gemas e leve ao fogo médio, mexendo até engrossar. Desligue e acrescente a essência de baunilha. Misture bem e deixe esfriar. Depois, misture bem o creme de leite. Separe 1/3 da mistura e reserve. No creme restante, misture o chocolate amargo derretido, preparando, assim, um creme de chocolate.

Em um refratário médio (de preferência, oval para dar o formato do ovo), coloque metade do creme de chocolate no fundo. Leve ao congelador por 15 minutos, retire e cubra com o creme branco. Distribua a castanha de caju por cima e volte por mais 15 minutos ao congelador. Depois desse tempo, cubra com o creme de chocolate restante, exatamente como está na foto.

Para finalizar, derreta o chocolate ao leite e espalhe sobre o creme. Leve à geladeira por 2 horas antes de servir.

By Joemir Rosa.

Passeio socrático

Posted in Atualidade, Reflexão with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 08/04/2014 by Joe

Imbecilização

Ao viajar pelo Oriente mantive contatos com monges do Tibete, da Mongólia, do Japão e da China. Eram homens serenos, comedidos, recolhidos em paz em seus mantos cor de açafrão.

Um dia destes, eu observava o movimento no aeroporto: a sala de espera cheia de executivos com telefones celulares, preocupados, ansiosos, geralmente comendo mais do que deviam. Com certeza, já haviam tomado café da manhã em casa, mas como a companhia aérea oferecia um outro café, todos comiam vorazmente. Aquilo me fez refletir:

– “Qual dos dois modelos produz felicidade?”

Num outro dia, encontrei Daniela, 10 anos, no elevador, às nove da manhã, e perguntei:

– “Não foi à aula?”

E ela respondeu:

– “Não… só tenho aulas à tarde”.

Comemorei:

– “Que bom! Então, de manhã você pode brincar ou dormir até mais tarde!”

– “Não”, retrucou ela, “tenho tanta coisa de manhã…”

– “Que tanta coisa?”, perguntei.

– “Aulas de inglês, de balé, de pintura, natação…”, e começou a elencar seu programa de garota robotizada. Fiquei pensando:

– “Que pena… a Daniela não disse ‘tenho aula de meditação’!”

Estamos construindo super-homens e super-mulheres, totalmente equipados, mas emocionalmente infantilizados. Por isso as empresas consideram agora que, mais importante que o QI, é a IE, a Inteligência Emocional. Não adianta ser um super-executivo se não consegue se relacionar com as pessoas. Ora, como seria importante os currículos escolares incluírem aulas de meditação!

Uma progressista cidade do interior de São Paulo tinha, em 1960, seis livrarias e uma academia de ginástica; hoje, tem sessenta academias de ginástica e três livrarias! Não tenho nada contra malhar o corpo, mas me preocupo com a desproporção em relação à malhação do espírito. Acho ótimo, vamos todos morrer esbeltos:

– “Como estava o defunto?”.

– “Olha, uma maravilha, não tinha uma celulite!”

Mas como fica a questão da subjetividade? Da espiritualidade? Da ociosidade amorosa?

Outrora falava-se em realidade: análise da realidade, inserir-se na realidade, conhecer a realidade. Hoje a palavra é virtualidade. Tudo é virtual. Pode-se fazer sexo virtual pela internet: não se pega AIDS , não há envolvimento emocional, controla-se no mouse.

Trancado em seu quarto, em Brasília, um homem pode ter uma amiga íntima em Tóquio, sem nenhuma preocupação de conhecer o seu vizinho de prédio ou de quadra! Tudo é virtual, entramos na virtualidade de todos os valores, não há compromisso com o real! É muito grave esse processo de abstração da linguagem, de sentimentos: somos místicos virtuais, religiosos virtuais, cidadãos virtuais. Enquanto isso, a realidade vai por outro lado, pois somos também eticamente virtuais.

A cultura começa onde a natureza termina. Cultura é o refinamento do espírito. Televisão, no Brasil – com raras e honrosas exceções – é um problema: a cada semana que passa, temos a sensação de que ficamos um pouco menos cultos.

A palavra hoje é ‘entretenimento’! Domingo, então, é o dia nacional da imbecilização coletiva. Imbecil o apresentador, imbecil quem vai lá e se apresenta no palco, imbecil quem perde a tarde diante da tela. Como a publicidade não consegue vender felicidade, passa a ilusão de que felicidade é o resultado da soma de prazeres:

– “Se tomar este refrigerante, vestir este tênis, usar esta camisa, comprar este carro, você chega lá!”

O problema é que, em geral, não se chega! Quem cede, desenvolve de tal maneira o desejo, que acaba precisando de um analista. Ou de remédios. Quem resiste, aumenta a neurose.

Os psicanalistas tentam descobrir o que fazer com o desejo dos seus pacientes. Colocá-los onde? Eu, que não sou da área, posso me dar o direito de apresentar uma sugestão. Acho que só há uma saída: virar o desejo para dentro. Porque para fora ele não tem aonde ir! O grande desafio é virar o desejo para dentro, gostar de si mesmo, começar a ver o quanto é bom ser livre de todo esse condicionamento globalizante, neoliberal, consumista. Assim, pode-se viver melhor. Aliás, para uma boa saúde mental três requisitos são indispensáveis: amizades, autoestima e ausência de estresse.

Há uma lógica religiosa no consumismo pós-moderno. Se alguém vai à Europa e visita uma pequena cidade onde há uma catedral, deve procurar saber a história daquela cidade – a catedral é o sinal de que ela tem história. Na Idade Média, as cidades adquiriam status construindo uma catedral; hoje, no Brasil, constrói-se um shopping center.

É curioso: a maioria dos shopping centers têm linhas arquitetônicas de catedrais estilizadas; neles não se pode ir de qualquer maneira, é preciso vestir roupa de missa de domingos. E ali dentro sente-se uma sensação paradisíaca: não há mendigos, crianças de rua, sujeira pelas calçadas…

Entra-se naqueles claustros ao som do gregoriano pós-moderno, aquela musiquinha de esperar dentista. Observam-se os vários nichos, todas aquelas capelas com os veneráveis objetos de consumo, acolitados por belas sacerdotisas. Quem pode comprar à vista sente-se no reino dos céus. Se deve passar cheque pré-datado, pagar a crédito, entrar no cheque especial, sente-se no purgatório. Mas, se não pode comprar, certamente vai se sentir no inferno!

Felizmente terminam todos na eucaristia pós-moderna, irmanados na mesma mesa, com o mesmo suco e o mesmo hambúrguer do McDonald’s…

Costumo advertir os balconistas que me cercam à porta das lojas:

– “Estou apenas fazendo um passeio socrático.”

Diante de seus olhares espantados, explico:

– “Sócrates, filósofo grego, também gostava de descansar a cabeça percorrendo o centro comercial de Atenas. Quando vendedores como vocês o assediavam, ele respondia:

– “Estou apenas observando quanta coisa existe de que não preciso para ser feliz.”

By Frei Betto.

Exerça seu poder pessoal

Posted in Reflexão with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 27/02/2014 by Joe

Poder pessoal

Para você mudar alguma coisa na sua vida, é necessário primeiro exercitar seu Poder Pessoal. E o que é Poder Pessoal? Antes, porém, é preciso entender o que é Poder.

Poder sempre foi visto como a capacidade de controlar e manipular os outros, isto é, de influenciar a ação do outro. Mas o Poder só se manifesta quando o influenciado aceita a ação do influenciador. Neste sentido, o influenciador só terá o Poder sob o influenciado se este aceitar. Da mesma forma, só haverá explorador se existir um explorado. Então, só existe abuso de Poder quando há cumplicidade entre influenciador x influenciado. Quando alguém diz, se queixando: “você me explora, abusa da minha boa vontade!”, está faltando com a verdade. Na verdade, é ela quem se deixou ser explorada, abusada. Houve um consentimento.

Então, quando se fala de Poder, é preciso diferenciarmos 2 formas de Poder:

a) Poder contextual (externo ao indivíduo):

É o poder delegado, institucional, papéis sociais que o indivíduo ocupa. Ex.: Papel de pai, mãe, professor, chefe, político, juiz, policial, padre, etc. Todos sabemos que as pessoas que exercem esses poderes têm uma influência muito grande na nossa forma de pensar, sentir e agir em relação as nossas vidas.

E quando há abuso desses poderes, gera opressão, sufocamento e castração nos indivíduos. O processo de castração, muitas vezes, começa na família, por parte dos pais controladores e chantagistas em relação às crianças, com todos os tipos de “não”. Desde criança nós recebemos programações sobre sexo, religião, em relação a si, aos outros e à vida. Depois a escola passa a ser palco de controle e domesticação e, mais tarde, na empresa, é reeditada toda a velha estória de abuso de poder.

Observe a relação de poder entre chefia x subordinado, onde muitos chefes têm sede de poder, isto é, de mandar. O prazer está em mandar e não em mostrar resultados. O prazer está, em muitos casos, até mesmo em perseguir seus subordinados, criando um clima de terrorismo no ambiente de trabalho, estabelecendo uma relação de opressor x oprimido. E muitas pessoas buscam exercer essa forma de poder em suas vidas.

No entanto, esse não é o verdadeiro poder, pois é efêmero, não eterno. Como é um poder delegado, a qualquer momento pode ser retirado e transferido para uma outra pessoa. Hoje você ocupa um cargo de prestígio, status, financeiramente bem remunerado; amanhã, podem tirá- lo de você. E essas pessoas que têm sede desse tipo de poder, ao perdê-lo, se sentem perdidas e perdem até a razão de viver.

Por outro lado, existe uma outra forma de Poder, o verdadeiro Poder, que não pode ser delegado, é intransferível, eterno e que ninguém pode tirá-lo e que você vai levá-lo para a eternidade. É o…

b) Poder Pessoal.

Esse poder individual é a sua força interior, seus talentos, seu auto-conhecimento, sua consciência, sabedoria de vida, autoconfiança, sua fé, seu autodomínio, isto é, seu controle emocional e sua capacidade de ser uma pessoa autônoma, capaz de conduzir sua vida.

Buda dizia que o rei mais nobre de todos os reis é aquele que é capaz de se dominar. Há pessoas que são muito frágeis emocionalmente; por qualquer acontecimento se deixam abalar, ficam extremamente aborrecidos e intranquilas. Mahatma Gandhi, Cristo, Buda, Sócrates, todos exerceram plenamente seu Poder Pessoal. A grande magia dos sábios é que eles tinham uma consciência e autoconfiança incomum, tinham o dom de não ver através da ilusão. Por isso foram carismáticos e ficaram na história.

Exercitar o Poder Pessoal, portanto, é vencer suas limitações, seus medos, suas ilusões, é se superar. E para resgatar esse Poder é preciso estimular sua consciência, isto é, expandi-la através da prática do autoconhecimento, tirando a venda de seu olhos. O Poder Pessoal não leva as pessoas à alienação e à resignação.

A maioria das pessoas, frequentemente, sente que suas vidas são destinadas e que não podem ser mudadas.

Há 3 tipos de pessoas:

1) As que ficam apenas assistindo às coisas acontecerem na sua vida;
2) As que ficam imaginando o que aconteceu;
3) As que fazem as coisas acontecerem.

Uma pessoa autônoma é aquela que faz as coisas acontecerem, ao contrário dos autômatos (passivos) que ficam esperando que as coisas aconteçam. Pessoa autônoma é aquela que se desrobotizou e encontrou o guru dentro de si mesmo. Por outro lado, para você ser uma pessoa autônoma, é necessário estar disposta a parar de ficar se queixando, culpando e responsabilizando as pessoas, os fatos e a vida pela sua infelicidade. Tudo isso subtrai, diminui a sua capacidade de resolver seus problemas e as dificuldades de sua vida.

Agora, o problema só é grande dependendo do ângulo que se olha para ele. Só vem quando existe um ponto fraco, mal resolvido em você. Qual é o seu ponto fraco? Você têm consciência disso? É não confiar em si? É ter dificuldades em dizer “não”, isto é, vive em função de querer agradar as pessoas, preferindo se desagradar? O que você precisa aprender?

Construa um mundo melhor para você através da firmeza, alegria, sinceridade, vontade e coragem. Tenha a coragem de ser você. Isso que é o diferencial de uma pessoa para outra. Ser comum (medíocre) é viver uma vida sem brilho, sem luz própria, sem metas, sem mudanças. É simplesmente sair de manhã, fazer as mesmas coisas, pegar seu transporte. Encare a vida como uma viagem, em que você conhece muita gente, lugares. Não encare como tormento, dificuldades. Pense rápido e responda. Em que você mais acredita? No difícil ou no fácil?

As coisas virão com dificuldades na sua vida quando você acredita, pensa e só fala em dificuldades. Tem gente que já nasce todo estropiado. Tudo vem difícil na vida dessa pessoa. Quando estava no útero da mãe teve uma gestação difícil e seu nascimento também foi complicado. Não queria nascer, nasceu na marra. Existem também aqueles que enrolam seu pescoço no cordão umbilical para se matar.

Por outro lado, as coisas virão com mais facilidade se você acredita e pensa nas facilidades. Tem gente bem resolvida que veio aqui na Terra só para passar coisas boas. As coisas vêm com facilidade para ela porque a cabeça dela acredita na facilidade. Então, o que é preciso fazer para ser um vencedor? É mudar as idéias erradas que temos sobre nós e a vida.

Você tem o mundo, o Universo a seu favor; é pensar assim. Quando estamos desligados do Universo estamos indo contra ele. Quando estamos conectados com tudo em nossa volta, tudo entra em harmonia conosco. Ocorrem muitos fenômenos de sincronicidade nessa hora, tais como rever amigos que há muito tempo você não vê, os negócios dão certo, aparecem pessoas, fatos, acontecimentos na hora e nos momentos certos.

Você pode se tornar um vencedor. Para isso, determine aonde quer chegar. Não importa onde você está, mas onde quer chegar. Desenvolva um plano para atingir suas metas. Para isso, aqui vai um lembrete se você tem o hábito de deixar para depois o que precisa fazer: aja agora! É o lembrete que você precisa quando sente que o hábito de deixar para depois está se insinuando em você. Estabeleça algumas metas na sua vida, escreva num papel e afixe num local visível e leia-as todos os dias.

Estabeleça também um tempo limite para que você possa cumpri-las. Faça sua parte que o Universo fará o resto. Portanto, a chave do sucesso é fazer coisas diferentes. Mas para fazer coisas diferentes em nossa vida temos que olhar a vida com outros olhos. Nós fomos muito condicionados a ver a vida como um problema. O governo é um problema, dinheiro é um problema, o casamento é um problema, o trabalho é um problema, etc.

Então, temos que mudar o foco, mudar a nossa percepção. Olhar com outros olhos é focar nossa atenção na oportunidade e na solução, e não no problema e na crise. Observe como as pessoas felizes e infelizes encaram a vida. As pessoas infelizes passam boa parte do tempo pensando no que lhes acontece de negativo, enquanto que as pessoas felizes tendem a valorizar o que lhes acontece de positivo, ou a extrair o aspecto positivo nos acontecimentos não muito agradáveis.

Tem gente que faz as coisas sempre da mesma forma e espera que os resultados sejam diferentes. Portanto, para que sua vida mude, é preciso ver com outros olhos a sua realidade; você tem que questionar suas crenças autolimitadoras e tentar fazer coisas diferentes, ou seja, deixar as experiências velhas de lado para adquirir novas experiências.

By Osvaldo Shimoda.

Eu Sou Malala

Posted in Livros with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 10/11/2013 by Joe

Eu Sou MalalaLivro: Eu Sou Malala
By Malala Yousafzai
Editora Companhia das Letras

Quando o Talibã tomou controle do vale do Swat, uma menina levantou a voz. Malala Yousafzai, paquistanesa de nascença, recusou-se a permanecer em silêncio e lutou pelo seu direito à educação.

Mas em 9 de outubro de 2012, uma terça-feira, ela quase pagou o preço com a vida. Malala foi atingida na cabeça por um tiro à queima-roupa dentro do ônibus no qual voltava da escola. A alegação do atentado foi a de que ela estava “promovendo a cultura ocidental em áreas pashuns”. Poucos acreditaram que ela sobreviveria…

Mas a recuperação milagrosa de Malala a levou em uma viagem extraordinária de um vale remoto no norte do Paquistão para as salas das Nações Unidas em Nova York. Graças a uma campanha em prol do direito à educação das meninas e contra o fundamentalismo religioso, Malala ganhou a simpatia do mundo. Aos dezesseis anos, ela se tornou um símbolo global de protesto pacífico e a candidata mais jovem da história a receber o Prêmio Nobel da Paz.

Para termos uma ideia, só no Paquistão, mais de 3,5 milhões de meninas estão fora das escolas!

“Eu sou Malala” é a história de uma família exilada pelo terrorismo global, da luta pelo direito à educação feminina e dos obstáculos à valorização da mulher em uma sociedade que valoriza filhos homens.

O livro acompanha a infância da garota no Paquistão, os primeiros anos de vida escolar, as asperezas da vida numa região marcada pela desigualdade social, as belezas do deserto e as trevas da vida sob o Talibã.

Escrito em parceria com a jornalista britânica Christina Lamb, este livro é uma janela para a singularidade poderosa de uma menina cheia de brio e talento, mas também para um universo religioso e cultural cheio de interdições e particularidades, muitas vezes incompreendido pelo Ocidente.

“Sentar numa cadeira, ler meus livros rodeada pelos meus amigos é um direito meu”, ela diz numa das últimas passagens do livro. A história de Malala renova a crença na capacidade de uma pessoa de inspirar e modificar o mundo.

Hoje Malala vive na Inglaterra com sua família, mas é jurada de morte pelo Talibã que promete que Malala é o alvo tanto no Reino Unido como nos Estados Unidos!

Leia o primeiro capítulo aqui.

By Joemir Rosa.

%d blogueiros gostam disto: