Antes de adotar atitudes prepotentes, com soberba, sem humildade, respeito e amor ao próximo, lembre-se:
“No final do jogo, tanto o rei como o peão voltam para a mesma caixa!”
By Joemir Rosa.
O zabaglione (ou zabaione) é uma sobremesa de origem italiana e consiste num creme muito leve, espumoso, preparada com gemas, açúcar e vinho Marsala (pode ser preparado com Vinho do Porto ou Licor Strega).
Só por essa introdução já dá para imaginar a delicadeza desse creme, a harmonização perfeita entre o sabor das gemas e um bom vinho fortificado, deixando a sobremesa perfeita para ser servida com frutas, mesmo em dias de inverno. Existe também uma versão que é servida gelada, ótima para os dias quentes que se aproximam.
Apesar da origem italiana, o zabaglione foi incorporado na gastronomia francesa, ficando conhecido como sabayon. Esta e várias outras receitas italianas foram levadas para a França com os cozinheiros de Florença quando Catarina de Médici casou-se com Henrique de Orleans, futuro rei da França, por volta de 1533. Ela tinha apenas 14 anos na época. Os franceses aprenderam não só a receita do sabayon, mas muitas outras especialidades italianas.
Para preparar um bom zabaglione é preciso conhecer seus segredos, que são muito fáceis, só exigindo um pouco de paciência para atingir o ponto certo e não ter preguiça para prepará-lo.
A receita é simples, envolve poucos ingredientes e combina com frutas, bolos e biscoitos! Espero que gostem!
Zabaglione
Ingredientes
6 gemas
100 gramas de açúcar
150 ml de vinho Marsala seco
1 colher de sopa de vinho Madeira ou xerez
Modo de preparo
Coloque as gemas e o açúcar num refratário sobre uma panela com água quente (não pode ser muito quente, ou fervente, para que os ovos não cozinhem e encarocem). Com a ajuda de um fouet, bata a mistura até ficar clara e espumosa. Depois, vá despejando o vinho Marsala aos poucos sem parar de bater (desta forma, vai se adicionando ar à mistura e o creme vai engrossando).
Depois de adicionar todo o vinho, continue batendo até que o molho fique bem claro, espesso e leve. Junte o Madeira ou xerez e sirva em seguida com a fruta de sua preferência, com bolos ou biscoitos champagne.
By Joemir Rosa.
Um rei muito poderoso percebeu que lhe faltava o poder sobre todos os poderes: o poder sobre seus estados de espírito. Convocou uma reunião com seus ministros e ordenou-lhes que resolvessem o problema. Um deles disse:
– “Ouvi falar que há, em algum lugar do reino, uma mulher, conhecida como A Sabedoria, que possui um anel dentro do qual há uma mensagem, que é o segredo do poder sobre os estados de espírito.”
– “Pois eu lhe ordeno que encontre este anel e traga-o para mim!”
O ministro partiu e, depois de muito procurar, encontrou-se frente a frente com a Sabedoria. Disse:
– “Soube da existência de um anel que contém a sabedoria em forma de uma mensagem que dá a quem o possui o poder sobre os estados de espírito. E meu rei quer possuir tal poder.”
Diz a mulher:
– “O anel existe e eu o possuo. Presenteio ao seu rei com o anel, mas com uma condição: que só o abra e leia a mensagem poderosa depois de já ter esgotado todos os seus recursos, quando já não tenha o que fazer por já ter feito tudo o que sabe e pode.”
O assessor levou o anel para o rei que ficou muito satisfeito e o recompensou regiamente. O rei colocou o anel e aguardou o momento de abri-lo e conhecer o segredo do poder sobre os estados de espíritos.
Algum tempo depois o rei ficou muito irritado com seus reinos vizinhos, que invadiram suas terras. Pensou em abrir o anel:
– “Não… Ainda posso lutar!”
Perdeu a luta e sentiu muita tristeza. Pensou em abrir o anel:
– “Não… Ainda posso recuperar o que perdi.
Os invasores chegaram ao castelo para matá-lo e sentiu muito medo:
– “Abro o anel agora? Não… ainda posso fugir!”
Fugiu e foi perseguido. Ao chegar à beira de um penhasco, vendo que leões o aguardavam caso saltasse, com o exército inimigo em seus calcanhares, aterrorizado, pensou:
– “Já não há o que fazer, meus recursos se esgotaram. Esta é a hora!”
Abriu o anel e nele estava escrito:
– “Isso também passará!”
Reconfortado, procurou e encontrou um lugar para esconder-se e sobreviveu. Sobreviveu e voltou. Reconquistou seu castelo e seu reino. Sentia-se muito feliz. Ficou tentado a abrir de novo o anel, mas pensou:
– “Vou dar uma festa para estravasar tanta alegria!”
Durante a festa ficou sabendo que seus exércitos haviam tomado os reinos inimigos. Seu coração disparou a ponto dele pensar que iria ter um ataque cardíaco, de tão feliz.
Sentindo-se morrer de felicidade, sem saber mais o que fazer, abriu de novo o anel. E no anel estava escrito:
– “Isso também passará!”
Então, seja qual for o momento que estiver vivendo agora, bom ou ruim, jamais esqueça do que está escrito no anel!
Desconheço a autoria.
Vamos dividir a palavra “preocupação” em duas partes: pré + ocupação. Ou seja, ocupar-se de algo antes que aconteça. Tentar resolver problemas que ainda não tiveram tempo de se manifestar. Imaginar que as coisas, quando chegam, sempre escolhem seu pior aspecto. Há, é claro, muitas exceções. Uma delas é o herói desta pequena estória:
“Um velho rei da Índia condenou um homem à forca. Assim que terminou o julgamento, o condenado lhe pediu:
– “Vossa Majestade é um homem sábio e curioso a respeito de tudo que seus súditos conseguem fazer. Respeita os gurus, os sábios, os encantadores de serpentes e os faquires. Pois bem. Quando eu era criança, meu avô me transmitiu a técnica de fazer um cavalo branco voar. Não existe mais ninguém neste reino que saiba isto, de modo que minha vida deve ser poupada”.
O rei imediatamente mandou trazer um cavalo branco.
– “Preciso ficar dois anos com este animal” – disse o condenado.
– “Você terá dois anos!” – respondeu o rei, a esta altura já meio desconfiado – “Mas se este cavalo não aprender a voar, você será enforcado!”
O homem saiu dali com o cavalo, feliz da vida. Ao chegar em casa, encontrou toda a família em prantos.
– “Você está louco?” – gritaram todos – “Desde quando alguém desta casa sabe fazer um cavalo voar?”
– “Não se preocupem – respondeu ele – Primeiro, nunca alguém tentou ensinar um cavalo a voar, e pode ser que ele aprenda. Segundo, o rei está muito velho e pode morrer nesses dois anos. Terceiro, o animal também pode morrer e eu conseguirei mais dois anos para treinar um novo animal. Isso sem contar a possibilidade de revoluções, golpes de Estado, anistias gerais. Finalmente, se tudo continuar como está, eu ganhei dois anos de vida, e neles poderei fazer tudo o que tiver vontade. Vocês acham pouco?”
Assim como o homem de nossa estória, devemos aprender a olhar a situação com otimismo. Para cada possibilidade adversa, muitas outras favoráveis poderão ser encontradas e, com muita fé e determinação, o que parecia impossível logo será realidade.
Não esmoreça nunca. Mesmo que tudo indique o contrário, creia: o seu cavalo pode voar!
By Paulo Coelho, no livro “Histórias para pais, filhos e netos”.
Em tempos bem antigos, um rei colocou uma pedra enorme no meio de uma estrada. Então, ele se escondeu e ficou observando para ver se alguém tiraria a imensa rocha do caminho. Alguns mercadores e homens muito ricos do reino passaram por ali e simplesmente deram a volta pela pedra.
Alguns até esbravejaram contra o rei dizendo que ele não mantinha as estradas limpas, mas nenhum deles tentou sequer mover a pedra dali.
De repente, passa um camponês com uma boa carga de vegetais. Ao se aproximar da imensa rocha, ele pôs de lado a sua carga e tentou remover a rocha dali. Após muita força e suor, ele finalmente conseguiu mover a pedra para o lado da estrada.
Ele, então, voltou a pegar a sua carga de vegetais, mas notou que havia uma bolsa no local onde estava a pedra. A bolsa continha muitas moedas de ouro e uma nota escrita pelo rei que dizia que o ouro era para a pessoa que tivesse removido a pedra do caminho.
O camponês aprendeu o que muitos de nós nunca entendeu:
– “Todo obstáculo contém uma oportunidade para melhorarmos nossa condição”.
Desconheço a autoria.
Em nosso dia-a-dia utilizamos diversas expressões com significados um tanto diferentes daqueles que representam literalmente … e nem sempre buscamos saber a origem ou a forma correta! Ou então, usamos expressões das quais não sabemos sua origem!
Listo, abaixo, algumas dessas expressões:
1. Batatinha quando nasce, esparrama pelo chão. Se a batata é uma raiz, ou seja, nasce enterrada, como ela se esparrama pelo chão se ela está embaixo dele? O correto é: Batatinha quando nasce, espalha a rama pelo chão.
2. Enfiou o pé na jaca. O correto é: Enfiou o pé no jacá. Antigamente, os tropeiros paravam nas vendinhas, a meio caminho, para tomar uma bebida. Quando bebiam demais, era comum colocarem o pé direito no estribo e, quando jogavam a perna esquerda para montar no burro, erravam, pisavam no jacá (o cesto em que as mercadorias eram carregadas) e levavam um grande tombo. Por isso, quando alguém bebia demais dizia-se que ele enfiaria o pé no jacá. A jaca, fruta, não tem nada com isso.
3. Cor de burro quando foge. Alguém já viu um burro mudar de cor quando foge? Qual a cor que ele fica? O correto é: Corro de burro quando foge!
4. Quem tem boca vai a Roma. Dizem que esta expressão não tem nada a ver com a capacidade de, pela comunicação, ir a qualquer parte do mundo, mas sim, uma forma de exortação à crítica política; o correto seria: Quem tem boca vaia Roma. Porém, esta expressão existe em outras línguas com mesma ideia de que Quem tem boca vai a Roma!
5. É a cara do pai escarrado e cuspido! Essa é forma escatológica de dizer que o filho é muito parecido com o pai. O correto é: É a cara do pai em Carrara esculpido! Carrara é uma cidade italiana de onde se extrai o mais nobre e caro tipo de mármore, que leva o mesmo nome da cidade.
6. Quem não tem cão, caça com gato. O correto é quem não tem cão, caça como gato. Ou seja, sozinho!
7. Dar o voto de Minerva. Orestes, filho de Clitemnestra, foi acusado pelo assassinato da mãe. No julgamento, houve empate entre os jurados. Coube à Minerva, personagem da mitologia grega, o voto decisivo, que foi em favor do réu. Voto de Minerva é, portanto, o voto decisivo.
8. Casa da mãe Joana. Na época do Brasil Império, mais especificamente durante a menoridade de Dom Pedro II, os homens que realmente mandavam no país costumavam se encontrar numa casa, cuja proprietária se chamava Joana. Como esses homens mandavam e desmandavam no país, a frase casa da mãe Joana ficou conhecida como sinônimo de lugar em que ninguém manda.
9. Ficar a ver navios. Dom Sebastião, rei de Portugal, havia morrido na batalha de Alcácer-Quibir, e seu corpo nunca foi encontrado. Por esse motivo, o povo português se recusava a acreditar na morte do monarca. Era comum as pessoas visitarem o Alto de Santa Catarina, em Lisboa, para esperar pelo rei. Como ele não voltou, o povo ficava a ver navios.
10. Não entender patavinas. Os portugueses encontravam uma enorme dificuldade de entender o que falavam os frades italianos patavinos, originários de Pádua, ou Padova; sendo assim, não entender patavina significava não entender nada.
11. Dourar a pílula. Antigamente as farmácias embrulhavam as pílulas em papel dourado, para melhorar o aspecto do remedinho amargo. A expressão dourar a pílula, significa melhorar a aparência de algo.
12. Sem eira nem beira. Os telhados de antigamente possuíam eira e beira, detalhes que conferiam status ao dono do imóvel. Possuir eira e beira era sinal de riqueza e de cultura. Não ter eira nem beira significa que a pessoa é pobre, está sem grana.
13. O canto do cisne. Dizia-se que o cisne emitia um belíssimo canto pouco antes de morrer. A expressão “canto do cisne” representa as últimas realizações de alguém.
14. Esse menino não pára quieto, parece que tem bicho carpinteiro! Mas, afinal, que bicho é esse que é carpinteiro, um bicho pode ser carpinteiro? O correto é: Esse menino não pára quieto, parece que tem bicho no corpo inteiro.
By Joemir Rosa.
Saiu o leão a fazer sua pesquisa estatística, para verificar se ainda era o Rei das Selvas. Os tempos tinham mudado muito, as condições do progresso alterado a psicologia e os métodos de combate das feras, as relações de respeito entre os animais já não eram as mesmas, de modo que seria bom indagar.
Não que restava ao Leão qualquer dúvida quanto à sua realeza. Mas assegurar-se é uma das constantes do espírito humano, e, por extensão, do espírito animal. Ouvir da boca dos outros a consagração do nosso valor, saber o sabido, quando ele nos é favorável, eis um prazer dos deuses.
Assim, o Leão encontrou o Macaco e perguntou:
– “Hei, você aí, macaco … quem é o rei dos animais?”
O Macaco, surpreendido pelo rugir indagatório, deu um salto de pavor e quando respondeu já estava no mais alto galho da mais alta árvore da floresta:
– “Claro que é você, Leão, claro que é você!”
Satisfeito, o Leão continuou pela floresta, encontrou o papagaio e perguntou:
– “Currupaco, papagaio. Quem é, segundo seu conceito, o Senhor da Floresta? É o Leão?”
E como aos papagaios não é dado o dom de improvisar, mas apenas o de repetir, lá repetiu o papagaio:
– “Currupaco… é o Leão? É o Leão? Currupaco, é o Leão?”
Cheio de si, prosseguiu o Leão pela floresta em busca de novas afirmações de sua personalidade. Encontrou a coruja e perguntou:
– “Coruja, não sou eu o maioral da mata?”
– “Sim, és tu”, disse a coruja. Mas disse de sábia, não de crente.
E lá se foi o Leão, mais firme no passo, mais alto de cabeça. Encontrou o tigre.
– “Tigre” – disse em voz de estentor – “eu sou o rei da floresta. Certo?”
O tigre rugiu, hesitou, tentou não responder, mas sentiu o barulho do olhar do Leão fixo em si, e disse, rugindo contrafeito:
– “Sim”. E rugiu ainda mais mal humorado e já arrependido, quando o leão se afastou.
Três quilômetros adiante, numa grande clareira, o Leão encontrou o elefante. Perguntou:
– “Elefante, quem manda na floresta, quem é Rei, Imperador, Presidente da República, dono e senhor de árvores e de seres, dentro da mata?”
O elefante pegou-o pela tromba, deu três voltas com ele pelo ar, atirou-o contra o tronco de uma árvore e desapareceu floresta adentro. O Leão caiu no chão, tonto e ensanguentado, levantou-se lambendo uma das patas e murmurou:
– “Que diabo, só porque não sabia a resposta não era preciso ficar tão zangado”.
Moral da história:
“Cada um tira dos acontecimentos a conclusão que bem entende.”
By Millor Fernandes.