Arquivo para Redes sociais

O mal da rotina

Posted in Inspiração with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 03/04/2015 by Joe

O mal da rotina

Seu Jorge já cantarolava, abençoado por uma melodia de Chico Buarque: “Todo dia ela faz tudo sempre igual/ me sacode às seis horas da manhã/ me sorri um sorriso pontual/ e me beija com a boca de hortelã”. Ambos os amantes não pareciam incomodados com a rotina que o casal compartilhava, e a composição não deixa transparecer qualquer desconforto com o cotidiano previsível. Mas e se ela o acordasse um pouco antes para cobrir-lhe de beijos com gosto de… maçã? Se não sorrisse ao acordá-lo, mas o pegasse desprevenido com cócegas que o fizesse perder o ar de tanto rir? E se ele faltasse ao trabalho, um dia que seja, para brindar a vida na companhia da amada?

Gostar de rotina não é algo ruim. Precisamos dela para nortear nossas vidas, dar linearidade ao nosso cotidiano, nos tirando do caos e auxiliando-nos a dar foco às metas. A rotina é a nossa cura da ressaca, nosso mais do mesmo que precisa existir, nossa obediência às regras, nossa submissão ao tempo, nossa dose de normalidade diária.

Sair da rotina, do óbvio, é um tanto doloroso para algumas pessoas. Arriscar-se numa atividade nova, atrasar-se mais que cinco minutos, um feriado no meio da semana (acredite: há quem não goste nem um pouco de feriado que tire da mesmice de uma semana de trabalho) nem sempre é fácil de encarar. Ainda mais pra quem trabalha com o método da agenda: acordar às seis, ler as notícias acompanhado de uma xícara de café – nem muito quente, nem frio, nem morno: acertar o ponto todas as vezes é crucial e rotineiro, por assim dizer – tomar um banho rápido, vestir-se e chegar no trabalho às oito. Nem sete e cinquenta e dois, nem sete e cinquenta e nove, muito menos oito e um. Oito. Trabalhar incessantemente, voltar pra casa (pelo mesmo caminho de sempre), assistir qualquer porcaria na televisão, dormir. Fim de semana é almoçar na mãe, ir ao cinema, voltar antes que escureça, dormir.

Pessoas assim não se permitem experimentar algo novo e ousado, por mais simples que seja. Por mais que a mídia tenha explorado e criticado positivamente aquela peça que está em cartaz todas as quartas, não é digno se dar ao luxo de fazer um programa cultural em plena quarta-feira. Amanhã é quinta, dia de labutar. Às oito em ponto.

Por mais que delivery de pizza seja prático, rápido e barato, não custa nada explorar os demais restaurantes da cidade, levar a garota ou o garoto para degustar sushi, comida chinesa, tailandesa, ou churrasco gaúcho, que seja. Algo que não venha engordurado dentro de uma caixa de papelão.

Há quem não goste de acampar na praia, mas que nunca sequer dormiu dentro de uma barraca e protege-se dos pés à cabeça do sol, da areia e da água salgada que resseca e quebra o cabelo. Tem gente que detesta balada, porque sempre frequentou a mesma casa noturna, que conta sempre com a presença dos mesmos DJ’s, sempre com as mesmas pessoas.

Há quem não goste de beber, mas que nunca bebeu, que não goste de redes sociais e que sempre conservou a velha conta de e-mail no BOL, que não goste de chuva, mas que nunca sentiu a deliciosa sensação da água refrescando o corpo num dia de calor infernal, que não gosta de música brasileira, mas que nunca se arriscou a ouvir os mestres da MPB – e que, inclusive, critica ferozmente o nosso funk, mas que dança de forma frenética ao som do pop e do hip hop americano que faz apologia às drogas e ao sexo, com letras tão “proibidonas” quanto as do ritmo carioca.

De que vale a vida, penso eu, se não arriscarmos, nos entregarmos ao novo? Ter o coração partido e se fechar para um novo amor; permanecer num emprego que te causa infelicidade, mas que garante estabilidade; dormir cedo sempre; nunca se atrasar; ir ao mesmo cinema; frequentar as mesmas praias; estranhar novas amizades… que perda de tempo!

Durante muito tempo fui um pouco assim, e confesso que ainda sou paranóica com horários e rotina, mas estou tentando mudar. Reconhecer que a minha bolha é limitada e que a zona de conforto não nos oferece nada mais que conforto é o primeiro passo.

Toda revolução sofre um pouco de resistência no ínicio – mesmo que a revolução seja mudar de cafeteria ou de marca de sabão em pó – mas pequenas ações podem resultar em mudanças positivas na nossa vida.

Se o café está bem quente, eu acho bom. Se está morno, me incomodo um pouco, mas engulo feliz. Se tem suco, agradeço: mais um dia sem cafeína. Viver metodicamente é não viver, ou viver pela metade.

Você por acaso sabe se existe vida após esta aqui? Melhor não desperdiçar. Hortelã pode ser bom, mas há uma infinidade de sabores por aí.

By Jennifer Severo.

Temos fome de amor

Posted in Relacionamentos with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 23/03/2015 by Joe

Temos fome de amor

Uma vez, Renato Russo disse, com uma sabedoria ímpar: “Digam o que disserem, o mal do século é a solidão”. Pretensiosamente, digo que assino embaixo, sem dúvida alguma. Parem para notar, os sinais estão batendo em nossa cara todos os dias.

Baladas recheadas de garotas lindas, com roupas cada vez mais micros e transparentes, danças e poses em closes ginecológicos, chegam sozinhas. E saem sozinhas. Empresários, advogados, engenheiros que estudaram, trabalharam, alcançaram sucesso profissional e… sozinhos.

Tem mulher contratando homem para dançar com elas em bailes, os novíssimos “personal dancers”… incrível, né? E não é só sexo não, se fosse era resolvido fácil, alguém duvida?

Estamos é com carência de passear de mãos dadas, dar e receber carinho sem necessariamente ter que depois mostrar performances dignas de um atleta olímpico, fazer um jantar pra quem você gosta e depois saber que vão “apenas” dormir abraçados… sabe, essas coisas simples que perdemos nessa marcha de uma evolução cega!

Pode fazer tudo, desde que não interrompa a carreira, a produção. Tornamo-nos máquinas e agora estamos desesperados por não saber como voltar a “sentir”! Só isso, algo tão simples que a cada dia fica tão distante de nós.

Quem duvida do que estou dizendo é só dar uma olhada nas redes sociais o número de grupos como: “Quero um amor pra vida toda!”, “Eu sou pra casar!” e até a desesperançada “Nasci pra ser sozinho!”. Unindo milhares, ou melhor, milhões de solitários em meio a uma multidão de rostos cada vez mais estranhos, plásticos, quase etéreos e inacessíveis.

Vivemos cada vez mais tempo, retardamos o envelhecimento e estamos cada dia mais belos e… mais sozinhos. Sei que estou parecendo o solteirão infeliz, mas pelo contrário, pra chegar a escrever estas bobagens (mais que verdadeiras) é preciso encarar os fantasmas de frente e aceitar essa verdade de cara limpa. Todo mundo quer ter alguém ao seu lado, mas hoje em dia é feio, demodèe, brega.

Alô, gente! Felicidade, amor, todas essas emoções nos fazem parecer ridículos, abobalhados… mas e daí? Seja ridículo, não seja frustrado, “pague mico”, saia gritando e falando bobagens, pague pra ver, você vai descobrir, mais cedo ou mais tarde, que o tempo pra ser feliz é curto, e cada instante que vai embora não volta.

Mais (estou muito brega!): aquela pessoa que passou hoje por você na rua, talvez nunca mais volte a vê-la, quem sabe ali estivesse a oportunidade de um sorriso a dois.

Quem disse que ser adulto é ser ranzinza? Um ditado tibetano diz que, se um problema é grande demais não pense nele, e se ele é pequeno demais, pra quê pensar nele? Dá pra ser um homem de negócios e tomar iogurte com o dedo ou uma advogada de sucesso que adora rir de si mesma por ser estabanada; o que realmente não dá é continuarmos achando que viver é out, que o vento não pode desmanchar o nosso cabelo ou que eu não posso me aventurar a dizer pra alguém: “vamos ter bons e maus momentos e uma hora ou outra, um dos dois (ou quem sabe até os dois), vai querer pular fora. Mas se eu não pedir para que fique comigo porque pessoas vão se machucar, tenho certeza que vou me arrepender pelo resto da vida”. Afinal, pessoas sempre vão se machucar… até mesmo quem não se arrisca!

Antes idiota que infeliz!

Desconheço a autoria.

Não tente ser feliz!

Posted in Reflexão with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 24/02/2015 by Joe

Não tente ser feliz

Ser feliz está na moda. Com a felicidade pululando em todo canto (mídia e redes sociais, principalmente) caímos num processo autofágico: enfiamos na cabeça que precisamos alcançá-la a todo custo. Assim como obedecer as leis, ser feliz passa a ser um dever.

Mas o que é ser feliz? A resposta depende da lente pela qual se enxerga o mundo. Para Epicuro, a chave de uma vida feliz estaria na ataraxia (tranquilidade da alma) que pode ser alcançada com prazeres moderados, leitura e introspecção. A vida feliz é simples, justa e virtuosa. Assim, a ambição é o grande obstáculo para alcançar a felicidade. Anos mais tarde, Sêneca diria que o ser humano só seria feliz se renunciasse aos padrões de referência de sua sociedade.

Os dois pensadores concordam ao definir que a vida feliz está em dissonância com os moldes da sociedade contemporânea. Hoje, influenciados principalmente pelo senso comum e pelo aparato midiático, nos movemos por arquétipos e projeções: almejamos um corpo escultural, uma quantia razoável de dinheiro, carisma, uma relação amorosa perfeita, além de muitos dos produtos ou serviços que as empresas nos empurram a todo instante. Como os cães que nunca alcançam o coelho na pista de corrida, corremos a vida toda atrás de algo que acreditamos ser a felicidade. Entretanto, como as coisas não transcorrem como no capítulo derradeiro de uma telenovela, emerge a frustração.

Schopenhauer, no século XIX, alertou-nos quanto a isso. Para ele, a felicidade seria apenas uma breve interrupção do sofrimento. Quem procura a felicidade nas coisas do mundo está sempre incompleto. Ora compra uma casa ou um carro (ou trabalha a vida toda para isso), ora vai a festas ou faz viagens, ora procura a “alma gêmea” e, assim, o tempo vai passando e a felicidade nunca dá as caras. Nestes termos, a vida não passa de um pêndulo entre o sofrimento e o tédio.

Modestamente compartilho de modo parcial a concepção de Schopenhauer de que a felicidade plena é um simulacro que massacra o homem. Todavia, não creio que a única saída seja o total desapego ao mundo, como ele afirma. Talvez o que tenhamos que fazer, em vez de corrermos atrás deste fantasma, seja colecionar momentos de alegria. Singelos, modestos, mas que, somados, podem emprestar alguma cor a essa coisa a que costumam chamar de vida.

By Matheus Arcaro.

Coxinha de brigadeiro

Posted in Receitas with tags , , , , , , , , , , , , , , , on 01/11/2014 by Joe

Coxinha de brigadeiro

Nos últimos dias, uma novidade invadiu as redes sociais e encheu de água os olhos e as bocas de muita gente: a coxinha de brigadeiro!

Já contei aqui, anteriormente, a origem da coxinha de frango e deixei uma receita muito saborosa. Também já contei a história do brigadeiro (ou negrinho, como é chamado no sul do Brasil) e postei diversas receitas (variações) desse delicioso docinho!

Não há muito mais que explicar, até porque o brigadeiro de morango já existia; o que inventaram foi apenas juntar duas delícias presentes em qualquer festa, o próprio brigadeiro e a coxinha!

Então, o melhor é partir direto para a receita desta novidade!

Coxinha de brigadeiro

Ingredientes

2 latas de leite condensado
1 caixinha de creme de leite
1 colher de sopa de manteiga
4 colheres de sopa de cacau em pó
gotas de baunilha (opcional)
20 morangos lavados e secos
granulado ou coco ralado para decorar

Modo de preparo

Antes de começar a preparar a receita, uma dica: mantenha o cabo dos morangos para que eles não liberem o sumo interno e estraguem o doce. Para isso, corte os talos bem perto da polpa, mantendo os morangos bem fechados.

Em uma panela antiaderente média, coloque o leite condensado, o creme de leite, o cacau em pó peneirado e a manteiga. Se quiser dar um sabor e aroma mais gostoso, adicione algumas gotas de essência de baunilha à mistura. Leve ao fogo brando e mexa sem parar até que a massa comece a desprender do fundo da panela, naquele ponto meio puxa-puxa. Desligue o fogo, unte um prato com manteiga e despeje a massa. Espere esfriar.

Depois de fria, unte as mãos com manteiga e comece a trabalhar a massa. Com a ajuda de uma colher de sopa, pegue pequenas porções da massa e abra na palma da mão. Coloque um morango no centro da massa, deixando a parte mais larga da fruta na palma da mão para poder dar o formato mais alongado, como o de uma coxinha salgada.

Passe no granulado ou no coco ralado e coloque em forminhas de papel. Está pronto!

Caso queira variar, use uvas, cerejas, damascos ou outras frutas da sua preferência no lugar do morango. Outra ideia é usar o brigadeiro branco recheado com coco ou morango, por exemplo. Para fazer o brigadeiro branco não tem segredo: é só não acrescentar o chocolate em pó.

By Joemir Rosa.

Desconecte-se!

Posted in Comportamento, Videos with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 25/05/2014 by Joe

Desconecte-se

O que buscamos na vida virtual que já não temos na vida real?

Por que tanta gente gasta horas de cabeça baixa, procurando numa telinha, dedos ágeis e coração vazio, por amizades, amores, carinhos que podem estar bem ao seu lado? Ou na frente de um computador, olhos atentos na tela, coração cheio de esperanças…

Vivemos uma época em que o mundo ficou muito pequeno, onde podemos nos conectar a qualquer parte do mundo, com qualquer pessoa, sem praticamente custo algum. Por outro lado, nos fechamos dentro de nossas casas, na solidão dos nossos quartos, sem contato real algum com as pessoas…

Passamos horas e horas em redes sociais, conversamos com dezenas de “amigos”, trocamos ideias, colocamos para fora o que pensamos, batemos papo em chats sem nos identificarmos, fazemos sexo virtual sem muita emoção, num mundo repleto de informações e ilusões, utilizando a mais moderna tecnologia – tecnologia esta que dura apenas alguns poucos meses e logo vem outra!

Todos buscam o mais moderno smartphone e outros gadgets que nos iluminarão os olhos e a mente, mas nos colocarão ainda mais distantes do mundo real… e das pessoas!

Smart (inteligente) deveria ser o ser humano, muito mais que a tecnologia! Deveríamos ter mais contatos reais com outras pessoas, ler mais, sair mais, dançar mais, enfim, sociabilizarmo-nos um pouco mais e usar a tecnologia apenas para os contatos realmente imprescindíveis…

No vídeo abaixo, uma importante reflexão sobre o tema ora apresentado. Sei que ele é polêmico e muita gente vai discordar, pois é a única forma que sabe se comunicar com o mundo. Mas que fique a reflexão e a proposta de pensarem um pouco mais se isso é satisfatório para suas vidas!

Reflita e responda: onde estão suas emoções de verdade?

Look up (levante os olhos, olhe para cima)!

 By Joemir Rosa.

Flash mobs

Posted in Videos with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 28/04/2013 by Joe

Flash Mob

Flash Mobs são aglomerações instantâneas de pessoas em certo lugar para realizar determinada ação inusitada, previamente combinada, onde as pessoas se dispersam tão rapidamente quanto se reuniram.

A expressão geralmente se aplica a reuniões organizadas através de e-mails ou de redes sociais.

Mas quem pensa que os flash mobs são uma fato do mundo moderno, está enganado. O termo surgiu em 1844 e era usado para designar um grupo da sociedade, que usava uma “flash language” (língua rápida). Numa prisão de mulheres na Tasmânia (Australia), a revolta de 300 delas culminou numa rebelião na qual, de repente, viraram de costas para o reverendo local, governador e primeira dama, levantaram as roupas, mostrando as partes íntimas simultaneamente, fazendo um barulho muito alto com as mãos. Um escândalo em pleno século XIX!

Atualmente pode-se entender flash mob como uma intervenção urbana que consiste em um numeroso grupo de pessoas que se reúne repentinamente em um local público, realiza um ato inusitado em conjunto combinado previamente e por um curto espaço de tempo, e depois rapidamente se dispersa.

A história está repleta de exemplos de flash mobs, recurso muito utilizado em manifestações políticas. Na França, a Revolução Francesa, onde o povo, para pressionar a monarquia francesa, tomou de assalto a fortaleza-prisão da Bastilha e invadiu o palácio das Tulherias, fazendo a família real refém.

O mesmo aconteceu com os bolcheviques na Rússia, que pretendiam a formação de uma aliança entre operários e camponeses para colocar fim a autocracia czarista.

Contemporaneamente, em meados de 1968, Paris foi palco de uma revolta estudantil, cujas consequências ultrapassaram em muito as fronteiras da França. Convidado para palestrar na Universidade de Paris X (Paris Oeste – Nanterre La Défense), o psicanalista Wilhelm Reich foi vetado pela administração universitária, o que provocou um protesto organizado por estudantes, que acabaram por tomar o controle da universidade em maio daquele ano.

Seguiu-se então uma série de protestos pela cidade, liderados por Daniel Cohn-Bendit, duramente reprimidos pelas forças da ordem. O movimento se propagou, ao ganhar a simpatia de outros setores da sociedade, incorporando reivindicações trabalhistas, de sindicalistas, professores e comerciários, que contestavam o governo De Gaulle.

Entre maio e junho, cerca de nove milhões de franceses declararam greve. Paris tornou-se uma espécie de campo de batalha e no dia 13 de maio cerca de um milhão e meio de pessoas participaram de uma marcha contra o governo.

Afinal, porém, De Gaulle venceu as eleições em junho, e o movimento estudantil viu-se fraco perante a famosa “maioria silenciosa”. O maio de 1968 é considerada uma das maiores mobilizações políticas do século XX, marcando o início de uma série de revoltas em vários países do mundo, cujas consequências são sentidas até os dias atuais.

O movimento ampliou-se, ultrapassando a esfera do movimento estudantil e incorporando reivindicações de outros grupos sociais, e transformando-se simbolicamente em ponto de ruptura dos paradigmas vigentes até então, nas sociedades ocidentais.

Mais atualmente, porém, os flash mobs se transformaram em eventos musicais, onde músicos e artistas se reunem em um local público para apresentar um múmero musical e se dispersam tão rapidamente quanto chegaram ao local ao final da apresentação.

Uma rápida pesquisa pelo termo flash mob no YouTube pode render horas e horas de vídeos interessantes e divertidos, além de culturais!

O video de hoje é um desses exemplos de flash mob onde um músico está parado numa praça, um chapéu colocado à sua frente, como que esperando uma moeda pra dar início à sua apresentação. Aí, surge uma menina que deposita uma moeda e …. bom, melhor assistirem ao video!

A ação se passa na cidade de Sabadell, na Catalúnia, Espanha e é protagonizada pela Orquestra Sinfônica de Vallès que apresenta Ode à Alegria, de Beethoven!

Quem dera tivéssemos, em nossas cidades, flash mobs desse nível, principalmente numa época em que a nossa música está passando por uma fase de nihilismo total!

By Joemir Rosa.

Respeito às diferenças

Posted in Reflexão with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 20/11/2012 by Joe

Aproveitando este feriado em que se comemora o “Dia da Consciência Negra”, é preciso fazer algumas reflexões sobre o respeito às diferenças. É o momento para pensarmos um pouco sobre nossas atitudes, no dia-a-dia, nos relacionamentos eventuais com pessoas que nos ajudam com serviços, atendimentos, e até mesmo nas redes sociais.

Leiam, reflitam e percebam que, mais importante que palavras, são as atitudes!
.

“Os fatos revelam tudo, as atitudes confirmam. O que você diz – com todo o respeito – é apenas o que você diz.”

By Martha Medeiros
.

“Nada é mais despreciável que o respeito baseado no medo.”

By Albert Camus.
.

“Posso não concordar com nenhuma das palavras que você disser, mas defenderei até a morte o direito de você dizê-las.”

By Voltaire.
.

“As religiões são caminhos diferentes convergindo para o mesmo ponto. Que importância tem se seguimos por caminhos diferentes, desde que alcancemos o mesmo objetivo?”

By Mahatma Gandhi.
.

“Vocês riem de mim por eu ser diferente, e eu rio de vocês por serem todos iguais.”

By Bob Marley.
.

“Quando o homem aprender a respeitar até o menor ser da criação, seja animal ou vegetal, ninguém precisará ensiná-lo a amar seus semelhantes.”

By Albert Schweitzer.
.

Um sujeito estava colocando flores no túmulo de um parente, quando vê um chinês depositando um prato de arroz na lápide ao lado. Ele vira para o chinês e pergunta-lhe:

– “Desculpe, mas o senhor acha mesmo que o defunto virá comer o arroz?”

“Somos todos diferentes, mas não desiguais!”

Desconheço a autoria.

E o chinês reponde-lhe:

– “Sim, quando o seu vier cheirar as flores!”

Respeitar as opções do outro, em qualquer aspecto, é uma das maiores virtudes que um ser humano pode ter.

As pessoas são diferentes, agem de forma diferente e pensam diferentemente. Nunca as julgue, apenas compreenda-as.

By Sabedoria Oriental.
.

By Joemir Rosa

Doe Palavras

Posted in Solidariedade with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 30/01/2012 by Joe

Um movimento muito importante está em andamento, principalmente para os antenados em tecnologia. Trata-se do projeto “Doe Palavras”, iniciativa do Instituto Mário Penna, de Belo Horizonte, que trata de pacientes com câncer.

O projeto é justamente esse: Doe Palavras. Você escreve uma mensagem de apoio através do site www.doepalavras.com.br ou pelo Twitter (use a hashtag #doepalavras) e ela é veiculada nos monitores internos do Hospital Mario Penna, Hospital Luxemburgo e Casa de Apoio Beatriz Ferraz, em locais onde os pacientes mais precisam de força, como a sala de quimioterapia.

Então, sugiro a todos que participam de redes sociais como Orkut, Facebook, Flickr, MySpace, Hi5, Linkedin, Sonico, UOLK e tantas outras, que participem desse projeto. Para tanto basta enviar uma mensagem usando frases divertidas, inteligentes, criativas.

Vamos sair do lugar comum, fugindo daquelas frases tipo, “tenha fé, Deus está contigo, etc.”, e outras que, de tanto serem repetidas acabam perdendo o efeito. Lembrem-se que as pessoas que lá se encontram estão sofrendo, com dores, às vezes até sem perspectivas e precisam de muito carinho, precisam de força e alto astral.

Quem acompanha meu blog leu, há pouco tempo, textos que falam sobre os neuropeptídeos, substâncias liberadas pelo cérebro e que têm um efeito sobre as células do corpo humano. Então, vamos fazer essas pessoas darem risadas, sentirem-se mais leves, para que seus corpos sejam beneficiados com a serotonina, que ajuda a recuperar e melhorar o sistema imunológico.

Então, vamos cooperar enviando mensagens via Twitter (#doepalavras) ou pelo site www.doepalavras.com.br. Aproveite também para conhecer o Instituto Mario Penna e o trabalho importante que eles realizam, bem como outros projetos!

Vamos lá?

Doem palavras … com criatividade, bom humor, alto astral! Não custa nada e faz bem para quem recebe e para quem envia!

By Joemir Rosa.

Basta de hipocrisia!

Posted in Atualidade with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 19/01/2012 by Joe

Todo ano é a mesma história: basta entrar no ar o programa global BBB e começa o patrulhamento ideológico!

Além disso, os mesmos e-mails e arquivos em PowerPoint voltam a circular, com pequenas alterações, adaptados à edição do ano. Os mesmos argumentos – alguns válidos, admito! – mas trazendo uma sombra negra navegando ao redor.

Numa época em que lutamos contra a SOPA-PIPA, em discussão no Congresso dos Estados Unidos, e que poderá atentar contra a liberdade de expressão e informação na Internet, ainda tem gente querendo a volta da censura aos meios de comunicação em nosso país!

Mas, voltando aos e-mails e PPTs que circulam nesta época, os autores fazem críticas contra Pedro Bial e os participantes, chamando a casa de zoológico humano, ofendendo os participantes, e até cometendo crime de homofobia com preconceitos gratuitos!

As críticas dirigidas a Pedro Bial vai até o ponto de chamarem-no de cúmplice da “morte da cultura, dos valores e princípios morais, éticos e da dignidade”!

E por aí adiante, sempre citando muitos detalhes do programa, mostrando um conhecimento profundo, que somente os que o acompanham diariamente podem ter.

Nas redes sociais não é menor o furor de algumas pessoas contra o programa! Diariamente encontramos publicações criticando o baixo nível do programa e a vergonha que está sendo divulgada pela Rede Globo de Televisão.

Não sou fã de carteirinha do BBB e nem morro de amores pela Rede Globo. E muito menos tenho procuração para defender qualquer um dos dois! Porém, fico muito irritado quando leio alguma crítica a um veículo de comunicação no sentido de querer ditar regras ou, pior ainda, no sentido de querer censurar a veiculação de um programa, texto ou seja lá o que for.

Quem viveu os anos de chumbo que imperaram por quase 30 anos em nosso país sabe o quanto foi dolorido esse período de trevas, onde tudo era censurado, onde as artes não podiam ser veiculadas pois tudo era uma “ameaça ao sistema”!

Hoje, que recobramos parte da liberdade de imprensa, ainda me assusto quando um indivíduo – covarde por nem assinar o que redige – vem à público exigindo a volta da censura! Claro que não estou classificando o BBB como uma manifestação de arte, mas também  não sou hipócrita como a pessoa que redigiu o tal texto, mostrando conhecer todos os detalhes do programa, o que demonstra que ela assiste atentamente.

Em outro trecho o autor do texto diz: “o BBB é a pura e suprema banalização do sexo. Impossível assistir este programa ao lado dos filhos”.

É óbvio que não é um programa indicado para se ver ao lado dos filhos! Para isso o programa apresenta, antes do seu início, a classificação etária, avisando que é impróprio para menores de tal idade. Cabe aos pais tirar os filhos da frente da TV ou mudar de canal. Aliás, TODOS os programas da TV brasileira apresentam essa indicação. Basta saber ler para ver na telinha antes do início de qualquer programa!

E, caso não tenham percebido, ele tem a mais democrática ferramenta de censura em suas mãos: o controle remoto! Ele não é obrigado a assistir o BBB, nem outros programas de baixo nível que são apresentandos na nossa TV, diariamente. E também não precisa que alguém (na maioria das vezes, tão desqualificado quanto ele mesmo) faça isso por nós!

Achar que o programa é “a morte da cultura, de valores e princípios, da moral, da ética e da dignidade”, também me parece uma hipocrisia e – me perdoem o termo – uma idiotice que não tem tamanho! Pergunto ao caro autor se ele busca a cultura, a moral, a ética e a dignidade na televisão!! Cultura você busca em livros, em cursos, em teatro (existem ótimas peças em cartaz), em escolas e universidades (experimente cursar uma).

Então, querer censurar a TV, ou qualquer outro veículo de comunicação, é uma atitude tão infeliz que só os pobres de espírito são capazes de ter! Além de ser muito perigosa essa manifestação, pois já vivemos anos negros em nossa história, como já citei antes.

Já vivemos num mundo em que a informação nos chega deturpada, distorcida pelos donos do poder, pelas segundas intenções das indústrias que ditam moda, e ainda tem gente querendo estreitar mais os canais de informação!

Eu acho uma imbecilidade tão grande (e me perdoem novamente pela bronca) essa coisa das pessoas ficarem esperando que o governo faça tudo na vida delas. A gente cansa de ouvir o tempo todo as pessoas dizerem que é um absurdo o governo não fazer isso, não fazer aquilo, não proibir isto, não permitir aquilo … e o que as pessoas fazem pra melhorar a vidas delas? Jogam lixo pelo chão da cidade e reclamam que o prefeito não limpa a cidade e depois choram quando as enchentes cobrem suas casas de água e outros detritos; não desempenham o seu melhor no trabalho e reclamam que o patrão paga mal; reclamam dos mensalões, do dinheiro nas cuecas de políticos, mas continuam votando nos mesmos em todas as eleições; em vez de procurarem melhorar sua vida profissional e pessoal procurando estudar, fazer um curso de especialização, ficam vendo programas de baixíssimo nível na TV!

Outro detalhe: por que será que as pessoas não manifestam igual furor contra a violência que permeia o nosso país e contra as autoridades (??) que nada fazem? Por que não se manisfestam também contra a violência que cambeia solta em programas e noticiários de televisão? Por que não publicam sua indignação contra a falta de leitos em hospitais? Contra o baixo nível da educação brasileira e os salários que pagam aos nossos professores? Por que não fizeram um movimento e sairam às ruas quando os bandidos de colarinho branco aumentaram absurdamente seus salários, enquanto o salário mínimo sofre um “aumento” de 6%? Por que será que a sexualidade incomoda tanto essa gente? Por que temos tantos “fiscais de fio-fó espalhados pelas ruas, batendo e matando pessoas que têm uma opção sexual diferente das deles?

Minha opinião? Hipocrisia pura! O brasileiro tem essa mania de criticar (e até tentar derrubar) as pessoas que alcançam aquilo que ele, cidadão verde-amarelo, não alcança… para ele as uvas estão sempre verdes! Aposto como esses críticos ao BBB, por exemplo, adorariam ser convidados a participar da casa e lutar pelo prêmio!

Acho que está mais do que na hora das pessoas pararem com tanta hipocrisia e assumirem suas responsabilidades em todos os aspectos!!!

Assumam seus papéis como cidadãos conscientes na hora de escolherem seus representantes nas próximas eleições! E cobrem deles atitudes comprometidas com o nosso povo!

Assumam, isso sim, seus papéis de pais, orientando seus filhos, estabelecendo limites, horários, dizendo “não” e explicando o porquê das negativas! Assumam para si a responsabilidade de criarem filhos melhores para o nosso planeta! Só assim seremos um nação de cidadãos de verdade e não marionetes nas mãos dos que só querem se aproveitar da passividade do nosso povo!

Ah, em tempo: querem tirar do ar um programa de baixo nível? É muito simples: basta deixar de consumir os produtos fabricados pelos patrocinadores  do programa. São eles que mandam na grade de programação de uma emissora. E publiquem nas redes sociais a sua atitude como cidadão consciente que você deveria ser! Façam campanhas no Twitter, no Facebook e no Orkut! Mandem e-mails pros amigos explicando a forma mais inteligente de tirar um programa do ar. Mas jamais peçam a volta da censura … vocês não têm ideia do quão perigoso isso pode ser!

Basta de hipocrisia!!!!

By Joemir Rosa.

%d blogueiros gostam disto: