Dizem que um homem de fé se aproximou de Jesus e indagou, após externar-se em manifestações de júbilo e reverência:
– “Senhor, onde está o caminho da paz? Que fazer de meu filho que me arrasa a tranquilidade, atolado na rebeldia?”
– “Abençoa-o sempre” – respondeu o Divino Mestre – “procurando socorrê-lo com mais amor.”
– “E como agir, à frente de meu tio, aquele que me furtou a herança dos avós?”
– “Buscarás perdoá-lo, usando compaixão e esquecimento.”
– “E meu antigo sócio? De que modo proceder com esse homem que tanto me prejudicou e injuriou?”
– “Desculpando-o, orando em favor dele.”
– “Tenho quatro empregados ignorantes… De que maneira harmonizar-me com esses companheiros-problemas, se me afligem com as maiores dificuldades, dia por dia?”
– “Saberás instruí-los.”
– “Minha existência está repleta de perseguidores… Que fazer com essa gente cruel?”
– “Esquecerás qualquer agravo e auxiliarás em benefício de cada um tanto quanto puderes.”
O devoto baixou a cabeça, sentindo-se na presença da verdade, e considerou timidamente:
– “Senhor, estou satisfeito!”
Conta-se que Jesus afagou-lhe a cabeça dolorida e rematou, ao despedir-se:
– “Então, vai, serve sempre e não perguntes mais.”
By Fancisco Cândido Xavier, psicografado.