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Aos nossos filhos

Posted in Reflexão with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 12/05/2014 by Joe

Farol

Li, certa vez, que ao pé do farol não há luz. Mas e o que dizer quando falamos, não de uma proximidade geográfica, mas emocional, como na relação entre pais e filhos, por exemplo?

Somente hoje, distante de meu pai, vejo o suficiente para enxergar, com relativa nitidez, a luz de seu farol e para compreender a liberdade acolhedora de seu amor que, à época, eu percebia como sufocante e limitador. Foi preciso jogar-me ao mar, navegar nas ondas e intempéries daquilo a que chamamos vida, para vislumbrar não somente em que me tornei, mas também para reconhecer a segurança do porto de onde parti.

Só assim pude entender não apenas o que hoje sou, mas de que raízes brotei. Lembro-me de, quando jovem, ter dado a meu pai um livro do genial poeta Kahlil Gibran. No capítulo “Dos Filhos”, Gibran escreve: “Vossos filhos não são vossos filhos. São filhos e filhas da ânsia da vida por si mesma.” Eu, como todo jovem, clamava por liberdade. E, como jovem, ignorante e esquecido dos perigos do desconhecido, enxergava apenas o mar que à minha frente se expandia.

Dar o livro a meu pai era como dizer a ele: “me deixa viver, me conceda a liberdade plena da experiência.” Lembro que toda vez que discutíamos sobre liberdade, ele me falava dos perigos que a vida nos reserva. Mas eu, que estava ao pé do farol, enxergava apenas a beleza do horizonte e meus olhos não percebiam a dureza do percurso …

Hoje sou pai …

Os filhos crescem, amadurecem, e percebo que, como muitos pais, continuo a tratá-los como se tivessem sempre a mesma idade, a mesma mentalidade, as mesmas fraquezas. Como hoje eu entendo que, para aprender a navegar precisamos desafiar os tormentos e as borrascas do mar, é chegada a hora de aceitar um dos inevitáveis desígnios da vida: se nossos filhos estão ao pé do farol, eles só poderão ver a luz se entrarem mar adentro. E o melhor que podemos fazer é desejar-lhes boa viagem. E torcer para que carreguem consigo um pouco de suas raízes.

Desconheço a autoria.

“Acreditar que basta ter filhos para ser um pai é tão absurdo quanto acreditar que basta ter instrumentos para ser músico.” (Mansour Chalita).

“Os filhos são educados como se fossem ficar toda a vida filhos, sem nunca se pensar que eles se tornarão pais.” (August Strindberg).

O verdadeiro internauta

Posted in Diversão with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 17/11/2013 by Joe

Internauta

Em plena era da informação, a tecnologia nos faz repensar certos comportamentos e atitudes. Desta forma, podemos destacar uma nova visão acerca do internauta! Abaixo, algumas novas definições!

O verdadeiro internauta ….

Não acorda… dá boot.
Não tem memória… tem HD de 1 Tb.
Não faz análise… dá um scandisk.
Não peca… comete exceções fatais.
Não rouba… executa operação ilegal.
Não pede ajuda… tecla F1.
Não esquece… deleta.
Não evolui… faz upgrade.
Não tem dó… tem DOS.
Quando toma sopa de letrinhas… escolhe a fonte.
Não frequenta boteco… prefere ambiente Windows.
Não tem cérebro… tem gerenciador de dispositivos.
Não guarda rancor… faz backup das mágoas.
Não tem raízes… tem configurações regionais.
Não desmarca compromissos… remove programas.
Não faz implantes… adiciona novo hardware.
Só fica em segundo plano pra configurar papel de parede.
Não gosta de mulher conservadora… prefere as de configuração avançada.
Só usa tabelinha do Excel.
Só mostra documento do Word.
Sempre frequenta o PowerPoint da rapaziada.
Não gosta de prostitutas… prefere garotas de programa.
No restaurante pede o menu iniciar.
Não exagera… maximiza.
Quando está com gripe toma antivírus.
Não socorre… salva.
Não tem motorista… tem driver

Retirado da Internet, sem autoria conhecida.

Seu corpo pode ajudá-lo a conhecer-se melhor

Posted in Saúde with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 29/04/2013 by Joe

Relaxamento

Apesar do constante avanço das ciências médicas, as doenças ainda apresentam aspectos desconhecidos para nós. A existência de outra dimensão, a mental, além das três que são captadas por nossos sentidos, mostra que a ciência e a tecnologia de nada ajudam sem o conhecimento das leis naturais do Universo.

O cérebro pode ser programado e ficar preso a crenças pré-concebidas por nós mesmos ou pelos outros. Essas crenças podem ser mudadas. A saúde, bem como todos os outros aspectos da vida, depende do equilíbrio entre a razão e a emoção. Por isso é necessário conhecer as emoções.

A cura não depende da capacidade intelectual e sim da percepção de seu próprio sistema interior. A doença se origina na mente e não no físico, por isso a cura precisa ser encontrada na mente, para materializar-se no corpo, e não ao contrário.

Todas as doenças podem ser curadas, pois sua causa, na maioria das vezes, segundo recentes estudos da psicanálise, é o sentimento de culpa e contrariedades profundas, ou seja, causas psicossomáticas.

– Doenças ou acidentes no lado direito do corpo, significam, por exemplo, conflito com mulheres.

– A cabeça, sendo o centro da razão, fala de nossa flexibilidade ou falta dela, da nossa relação com a autoridade, com os pais. Daí as dores de cabeça.

– A coluna vertebral é o suporte do corpo. Representa nossas raízes genealógicas e tudo que suportamos dos obstáculos da vida.

– As articulações simbolizam a flexibilidade ou falta dela com relação à mudanças e a outras pessoas. Os ossos simbolizam a estrutura e a formação da personalidade.

– Ossos quebrados significam quebra de relacionamento ou da autoridade.

– Os braços, a ambição, o trabalho, o desejo de realização profissional e de perseguir ideais.

– As pernas, o nosso caminhar pela vida.

– A pele, a proteção da nossa individualidade.

– A gordura é uma proteção que a pessoa cria contra problemas externos.

– Problemas cardíacos resultam de sofrimento contido, medo de perdas, sentimento de vingança.

– Intestino preso é retenção de coisas do passado.

– Quando uma mulher é dependente de alguém que a tolhe em sua criatividade e é obrigada a deixar de fazer o que gosta, seu útero reage com dores, atraso menstrual, etc.

– A pessoa que sofre de problemas nos pulmões demonstra bloqueio na motivação de vida.

– Pessoas que não estão suportando mais os seus aborrecimentos, passam a ter dificuldades com a bexiga, que simboliza “suportar”.

– O câncer, que é um distúrbio celular, é resultado de tumores mentais, formados por orgulho excessivo e intransigências.

By Cristina Cairo, escritora, autora do livro “Linguagem do Corpo”, onde exercícios de relaxamento podem ser encontrados, que ajudam a alcançar o reequilíbrio do organismo.

Árvores

Posted in Reflexão with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 14/06/2012 by Joe

Tempos atrás eu era vizinho de um médico cujo “hobby” era plantar árvores no enorme quintal de sua casa. Às vezes, observava da minha janela o seu esforço para plantar árvores e mais árvores, todos os dias.

O que mais chamava a atenção, entretanto, era o fato de que ele jamais regava as mudas que plantava. Passei a notar, depois de algum tempo, que suas árvores estavam demorando muito para crescer.

Certo dia resolvi, então, aproximar-me do médico e perguntei se ele não tinha receio de que as árvores não crescessem, pois percebia que ele nunca as regava. Foi quando, com um ar orgulhoso, ele me descreveu sua fantástica teoria.

Disse-me que, se regasse suas plantas, as raízes se acomodariam na superfície e ficariam sempre esperando pela água mais fácil, vinda de cima. Como ele não as regava, as árvores demorariam mais para crescer, mas suas raízes tenderiam a migrar para o fundo, em busca da água e das várias fontes nutrientes encontradas nas camadas mais inferiores do solo. Assim, segundo ele, as árvores teriam raízes profundas e seriam mais resistentes às intempéries.

Disse-me, ainda, que frequentemente dava uma palmadinha nas suas árvores, com um jornal enrolado, e que fazia isso para que se mantivessem sempre acordadas e atentas.

Essa foi a única conversa que tive com aquele meu vizinho. Logo depois, fui morar em outro país, e nunca mais o encontrei.

Vários anos depois, ao retornar do exterior, fui dar uma olhada na minha antiga residência. Ao aproximar-me, notei um bosque que não havia antes. Meu antigo vizinho havia realizado seu sonho!

O curioso é que aquele era um dia de um vento muito forte e gelado, em que as árvores da rua estavam arqueadas, como se não estivessem resistindo ao rigor do inverno.

Entretanto, ao aproximar-me do quintal do médico, notei como estavam sólidas as suas árvores: praticamente não se moviam, resistindo implacavelmente àquela ventania toda.

– “Que efeito curioso…”, pensei eu! As adversidades pela qual aquelas árvores tinham passado, levando palmadelas e tendo sido privadas de água, pareciam tê-las beneficiado de um modo que o conforto e o tratamento mais fácil jamais conseguiriam.

Todas as noites, antes de me deitar, dou sempre uma olhada em meus filhos. Debruço-me sobre suas camas e observo como têm crescido. Frequentemente oro por eles. Na maioria das vezes peço para que suas vidas sejam fáceis:

– “Meu Deus, livre meus filhos de todas as dificuldades e agressões deste mundo…”

Tenho pensado, entretanto, que é hora de alterar minhas orações. Essa mudança tem a ver com o fato de que é inevitável que os vento gelados e fortes nos atinjam e aos nossos filhos. Sei que eles encontrarão inúmeros problemas e que, portanto, minhas orações para que as dificuldades não ocorram têm sido ingênuas demais.

Sempre haverá uma tempestade, ocorrendo em algum lugar. Portanto, pretendo mudar minhas orações. Farei isso porque, quer nós queiramos ou não, a vida não é muito fácil.

Ao contrário do que tenho feito, passarei a orar para que meus filhos cresçam com raízes profundas, de tal forma que possam retirar energia das melhores fontes, das mais divinas, que se encontram nos locais mais remotos.

Oramos demais para termos facilidades, mas na verdade o que precisamos fazer é pedir para desenvolvermos raízes fortes e profundas, de tal modo que, quando as tempestades chegarem e os ventos gelados soprarem, resistiremos bravamente, ao invésde sermos subjugados e varridos para longe.

Autoria atribuída à Blandinne.

Aos nossos filhos

Posted in Inspiração with tags , , , , , , , , , , , , , , , , on 14/06/2011 by Joe

Li, certa vez, que ao pé do farol não há luz. Mas e o que dizer quando falamos, não de uma proximidade geográfica, mas emocional, como na relação entre pai e filho, por exemplo?

Somente hoje, distante de meu pai, vejo o suficiente para enxergar, com relativa nitidez, a luz de seu farol e para compreender a liberdade acolhedora de seu amor que, à época, eu percebia como sufocante e limitador. Foi preciso jogar-me ao mar, navegar nas ondas e intempéries daquilo a que chamamos vida, para vislumbrar não somente em que me tornei, mas também para reconhecer a segurança do porto de onde parti.

Só assim pude entender não apenas o que hoje sou, mas de que raízes brotei. Lembro-me de, quando jovem, ter dado a meu pai um livro do genial poeta Kahlil Gibran. No capítulo “Dos Filhos”, Gibran escreve: “Vossos filhos não são vossos filhos. São filhos e filhas da ânsia da vida por si mesma.” Eu, como todo jovem, clamava por liberdade. E, como jovem, ignorante e esquecido dos perigos do desconhecido, enxergava apenas o mar que à minha frente se expandia.

Dar o livro a meu pai era como dizer a ele: “me deixa viver, me conceda a liberdade plena da experiência.” Lembro que toda vez que discutíamos sobre liberdade ele me falava dos perigos que a vida nos reserva.

Mas eu, que estava ao pé do farol, enxergava apenas a beleza do horizonte e meus olhos não percebiam a dureza do percurso …

Hoje sou pai …

Os filhos crescem, amadurecem, e percebo que, como muitos pais, continuo a tratá-los como se tivessem sempre a mesma idade, a mesma mentalidade, as mesmas fraquezas. Como hoje eu entendo que, para aprender a navegar precisamos desafiar os tormentos e as borrascas do mar, é chegada a hora de aceitar um dos inevitáveis desígnios da vida: se nossos filhos estão ao pé do farol, eles só poderão ver a luz se entrarem mar adentro. E o melhor que podemos fazer é desejar-lhes boa viagem. E torcer para que carreguem consigo um pouco de suas raízes.

Desconheço o autor.

“Acreditar que basta ter filhos para ser um pai é tão absurdo quanto acreditar que basta ter instrumentos para ser músico.” (Mansour Chalita).

“Os filhos são educados como se fossem ficar toda a vida filhos, sem nunca se pensar que eles se tornarão pais.” (August Strindberg).

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