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Tilápia ao molho taratur

Posted in Receitas with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 29/11/2014 by Joe

Tilápia ao molho taratur

“Quo Vadis”, filme de 1951 dirigido pelo grande Mervin LeRoy, é uma das produções mais caras de Hollywood e entrou para a filmografia mundial por trazer o par Robert Taylor e a linda Deborah Kerr como pessoas especiais.

Ela, Lígia, filha adotiva de um general romano; ele Marcus Vinicius, também general romano, que teriam tudo para abraçar o altar cheio de deuses adorados pelos romanos, mas que se convertem à fé cristã, não sem antes passarem pela loucura e desatinos de Nero (Peter Ustinov, sensacional!), o imperador do período que, em sua demência, matou a mãe, o meio-irmão e ateou fogo na capital do império. No filme, o fogaréu entra em cena em uma impressionante sequência, em que nem toda a correria e vaivém movem um único fio de cabelo de Taylor, um galã acima de qualquer suspeita.

O outro personagem que se destaca no filme é Pedro, interpretado pelo escocês Finlay Currie, cuja crucificação (assim como a carnificina em plena arena, de cabeça para baixo) é um dos momentos memoráveis da carreira de um ator que também integrou o elenco de produções bíblicas, como Ben-Hur e A Queda do Império Romano.

Naqueles primeiros anos do cristianismo, após a morte de Jesus, Pedro era ouvido por multidões e usou um símbolo forte para expandir a palavra do homem que falou para cultivar o bem, a paz e a união entre os povos: o peixe!

Este era o sinal inequívoco do então ascendente cristianismo.

É em “Quo Vadis” que vemos, pela primeira vez, uma referência à marca que seria definitiva na vida dos cristãos. Perseguidos com sadismo pelo imperador, ao se encontrarem pelas ruas das cidades os seguidores de Jesus usavam o peixe desenhado na areia para avisar sobre as pregações e os encontros entre os fiéis. Desenhavam na areia para que ficasse mais fácil apagar qualquer vestígio de uma prática que levaria os “rebeldes” para o centro do Coliseu, onde o imperador apreciava ver os leões jantarem os fiéis mais exaltados e convencidos de sua crença.

Hoje, dois milênios depois, as duas linhas que começam juntas e se cruzam no fim estão em toda parte, sobretudo nos carros, colados como adesivos. Um modelo eficaz de simplicidade convincente, que jamais frustra quem de fato acredita.

Em outros posts já falamos sobre peixes e suas qualidades nutritivas, deixando algumas receitas muito saborosas. E o prato de hoje é um peixe com o molho taratur, receita típica da região onde nasceram os apóstolos Pedro e Tiago, às margens do Mar da Galileia. Consumido em todo o Oriente Médio, é especialmente servido como acompanhamento do falafel ou de qualquer outro prato à base de peixe, embora o molho combine também com legumes cozidos, quibe frito e palitos de frango empanados.

Tilápia ao molho taratur

Ingredientes

filés de tilápia
sal e pimenta a gosto
sumo de um limão
2 ovos
farinha de rosca

Molho taratur

1/2 xícara (chá) de pasta de gergelim (tahine)
2 dentes de alho
1 colher (chá) de sal
2 colheres (sopa) de água
suco de meio limão
pimenta síria a gosto (opcional)

Modo de preparo

Corte os filé de tilápia em tiras (a espessura fica ao seu gosto), tempere com sal, pimenta e sumo do limão e deixe marinando por uns 30 minutos.

Em um prato, bata os ovos. Coloque a farinha de rosca em outro prato. Pegue os filés de tilápia e passe nos ovos batidos, depois na farinha e reserve em outra vasilha.

Frite os filés empanados em óleo quente numa quantidade que possa cubrí-los. De prerefência, vá fritando aos poucos para não esfriar o óleo e também para não queimar os filés.

Para o molho, comece preparando o alho, socando-o com o sal até formar uma pasta bem homogênea. Reserve.

Coloque a pasta de gergelim em uma vasilha funda e junte a água. Mexa bem com uma colher até que o creme fique mais branco. Acrescente a pimenta síria, a pasta de alho e sal e o limão, mexendo bem até obter uma mistura cremosa e lisa.

Sirva os peixes fritos com o molho. Uma cervejinha gelada é um ótimo acompanhamento que , com certeza, Pedro e Tiago não tiveram oportunidade de experimentar!

By Joemir Rosa.

Quibe de bandeja

Posted in Receitas with tags , , , , , on 08/08/2009 by Joe

Quibe de bandejaComo já havia comentado na semana passada sobre palavras de origem estrangeira que acabam se adaptando à língua portuguesa, também este prato foi adotado em nosso país com grafias diferentes: kibe, quibe, kibbe, quibi e outras, dependendo da região do país.

O prato é muito conhecido em várias partes do mundo e sua origem remonta à “cuisine levantine”, durante o Império Otomano. Seu nome deriva de “kubbah” que significa bola, em árabe. De qualquer forma, é um prato que está sempre associado à árabes e turcos. Mas faz sucesso no Iraque, na Jordânia, Síria, Palestina, Líbano, Chipre, Armênia, República Dominicana, Brasil e, claro, Turquia e península Arábica.

Variações no preparo existem diversas. Uma delas é o quibe de bandeja, assado em forno ao invés de frito em óleo. Ótima opção para quem quer um prato um pouco mais leve. Quanto ao recheio do quibe, existem variações que ficam ao sabor de cada um. Experimente todas! Alguns preparam apenas a massa de carne, trigo para quibe e temperos. Outros optam pelo recheio de tomate picado, uma vez que, durante o processo de assamento, o tomate solta água, deixando a carne mais úmida e menos ressecada. E tem os que prefiram rechear a massa com mais carne moída, temperada e ligeiramente refogada. Queijo e presunto, ricota temperada com espinafre e outros recheios valem a pena serem experimentados também. Invente o seu!

Aqui, a receita da minha versão predileta, com recheio de requeijão cremoso.

Quibe de bandeja

Ingredientes

500 gr trigo para quibe
1,2 kg carne moída (patinho) duas vezes
2 cebolas grandes raladas
6 dentes de alho espremidos
1/2 maço de cheiro verde picado
1/2 maço de hortelã picado
2 tomates picados, sem pele e sem sementes
pimenta síria a gosto
sal a gosto
1 copo de requeijão cremoso
100 gr de manteiga

Modo de preparo

Deixe o trigo de molho por, aproximadamente, duas horas para hidratar. Depois esprema bem com as mãos ou coloque dentro de um pano de prato e torça para tirar o excesso de água. Misture com a carne moída, o alho espremido, o cheiro verde, a hortelã, os tomates picados, a pimenta síria e acerte o sal. Misture bem e aperte para dar liga.

Unte uma assadeira média com manteiga (ou azeite), coloque metade da mistura e espalhe uniformemente com um garfo. Distribua o requeijão de maneira uniforme e cubra com a outra parte da massa. Corte em quadrados (ou losangos) do tamanho desejado, derreta e espalhe a manteiga (ou azeite de oliva) por cima da carne. Leve ao forno pré-aquecido, em fogo médio, por aproximadamente, uma hora.

Sirva com arroz branco e salada de tomates ou salada verde temperada com

Molho de iogurteMolho de iogurte

Ingredientes

1 pote de iogurte desnatado
1 dente de alho bem picado ou alho desidratado
suco de um limão
folhas de hortelã
sal e azeite de oliva a gosto

Modo de preparo

Misture bem todos os ingredientes e coloque em uma molheira.

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