Assunto já focado neste blog, mas que precisa estar sempre presente em nossas mentes, o aquecimento global continua mostrando seus efeitos sobre o nosso planeta. A cúpula do clima, em Copenhagen, começa a debater o futuro da Terra a partir da próxima semana com políticos, cientistas e ativistas.
Um consenso: se não tomarmos nenhuma atitude concreta para reduzir as emissões de gases estufa, nosso planeta ficará 2ºC mais quente ao final do século XXI e as consequências serão catastróficas: aumento dos níveis dos oceanos devido ao derretimento das calotas polares, a desertificação de áreas férteis e a redução dos estoques naturais de água potável, o que levaria a uma queda drástica na produção de alimentos, entre muitos outros danos.
O aquecimento global é resultado do lançamento excessivo de gases de efeito estufa (GEEs), sobretudo o dióxido de carbono (CO2), na atmosfera. Esses gases formam uma espécie de cobertor cada dia mais espesso que torna o planeta cada vez mais quente e não permite a saída de radiação solar.
O efeito estufa é um fenômeno natural para manter o planeta aquecido. O problema é que, ao lançar muitos gases de efeito estufa (GEEs) na atmosfera, o planeta se torna quente demais, podendo levar a graves conseqüências. O mecanismo do efeito estufa é o seguinte: os raios solares que vêm do Sol chegam à atmosfera terrestre e são espalhados, absorvidos e refletidos. Quando chegam à superfície da Terra, estes raios são absorvidos e reemitidos de volta para a atmosfera. Com os GEEs atuantes, temos uma barreira que impede que esta energia liberada pela Terra seja emitida para o espaço, e retorna novamente. Cada vez que a energia bate na barreira e volta, a temperatura aumenta.
Os gases de efeito estufa são lançados através da queima de combustíveis fósseis (como petróleo, carvão e gás natural) e o desmatamento (no Brasil, o desmatamento é o principal responsável por nossas emissões de GEEs).
Existem várias maneiras de reduzir as emissões dos gases de efeito estufa. Diminuir o desmatamento, incentivar o uso de energias renováveis não-convencionais, eficiência energética e a reciclagem de materiais, melhorar o transporte público são algumas das possibilidades.
São várias as conseqüências prováveis do aquecimento global. Algumas delas já podem ser sentidas em diferentes partes do planeta como o aumento da intensidade de eventos de extremos climáticos (furacões, tempestades tropicais, inundações, ondas de calor, seca ou deslizamentos de terra). Além disso, os cientistas hoje já observam o aumento do nível do mar por causa do derretimento das calotas polares e o aumento da temperatura média do planeta em 0,8º C desde a Revolução Industrial. Acima de 2º C, efeitos potencialmente catastróficos podem acontecer, comprometendo seriamente os esforços de desenvolvimento dos países. Em alguns casos, países inteiros poderão ser engolidos pelo aumento do nível do mar e comunidades terão que migrar devido ao aumento das regiões áridas.
O desmatamento também influencia de forma decisiva para a mudança do clima no planeta. Muitas pessoas queimam madeira que não tem valor comercial. O gás carbônico (CO2) contido na fumaça oriunda desse incêndio sobe para a atmosfera e se acumula a outros gases aumentando o efeito estufa. No Brasil, 75% das emissões são provenientes do desmatamento.
Além disso, o desmatamento contribui para o processo de desertificação de áreas vegetadas, o que pode modificar a circulação atmosférica local por causa da mudança nos padrões de umidade.
O vídeo abaixo, chamado de “Home Shrinking” (Casa Encolhendo) traz um novo alerta sobre as ameaças do aquecimento global a algumas regiões do planeta e, consequentemente, a espécies que dependem do frio e das geleiras para sobreviver. A vítima é, novamente, o urso polar, mas a abordagem é inovadora.
O urso polar corre risco de extinção devido ao aquecimento global. No Ártico o ritmo do aquecimento é duas vezes maior, tornando as placas de gelo menores a cada ano e mais distantes umas das outras, forçando os ursos nadarem distâncias cada vez maiores.
Confira!