Arquivo para Professores

Lições

Posted in Reflexão with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 19/08/2015 by Joe

Lições

Cada um de nós tem uma área da vida que necessita ser cuidada com mais atenção. Se alguma parte de sua vida anda aborrecida e sem sal, é sinal de que precisa ser mais bem cuidada.

Fique atento ao sinal de alerta da mudança: ele toca sempre que substituímos a alegria de viver pela preocupação. E a fluidez pela tensão. Nesses momentos, você tem de tirar o barco do porto e colocá-lo no mar, rumo a um novo mundo.

É claro que ninguém pode comprar a alegria de viver na padaria da esquina. Temos de aprender a conquistá-la. As lições estão dentro de nós. Precisamos ser professores e alunos de nós mesmos.

Na Índia, os mestres dizem que a diferença entre alguém que está com câncer e alguém com dor de cabeça depende da intensidade da aula de que a pessoa está precisando. Na vida, quanto mais teimoso for o aluno, mais as aulas serão dolorosas. Quanto menos o aluno aprender, mais a vida vai bater pesado para que acorde e aprenda.

A escola da vida funciona assim. Se a pessoa está insatisfeita e fica em casa reclamando da sina, em vez de tentar mudá-la, vai se tornar cada vez mais angustiada, arrumar uma úlcera ou uma depressão. Ela tem a ilusão de se acostumar com a dor, mas o pior é que a dor não para de aumentar. A alegria de viver fica tão inacessível quanto o pico do Everest.

Negar uma necessidade nunca foi boa solução. O problema vai continuar até a pessoa se convencer de que precisa sair daquela situação e começar algo novo. Essa é a lição que está fazendo falta. Quando nos recusamos a aprendê-la, o problema se agrava.

Muitas vezes, as pessoas insistem em comportamentos que dão resultados negativos e depois reclamam. Não percebem que reclamar é inútil e que a única saída é analisar a situação e buscar solucioná-la. Fazer as mesmas coisas e esperar que os resultados mudem é acumular sofrimento. Isso nos deixa amargos.

Na vida, nós somos problema ou solução. Se formos parte do problema, ninguém vai gostar de ficar ao nosso lado. Se formos solução, conseguiremos fazer com que os outros tenham vontade de estar conosco e nos ajudar.

O psicanalista americano Erick Ericsson disse que por volta dos 50 anos as pessoas se encontram numa encruzilhada existencial, entre a amargura e a sabedoria. Aquelas que aprenderam a viver conquistam a maturidade.

Quem aprendeu a simplificar a vida desfruta cada dia com alegria. Quem só aprendeu a reclamar de tudo, terá de aguentar o peso da vida por mais algum tempo.

By Roberto Shinyashiki.

Amor próprio

Posted in Reflexão with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 08/07/2015 by Joe

Amor da Nova Era

O amor nesta era é diferente do que foi no passado. Hoje aprendemos que tudo em nosso mundo exterior é um reflexo do que acontece em nossas mentes. Se quisermos encontrar amor e aceitação, então é isto o que devemos primeiro nos dar.

A maior parte de nós tem longas listas de razões pelas quais acreditamos que não somos amados. Esta lista, geralmente, origina-se de coisas que as nossas famílias ou professores nos disseram, e quando as ouvimos inúmeras vezes, muitas vezes, começamos a acreditar nelas. Ou, talvez, a nossa lista se relacione com ideias que aprendemos com a nossa educação religiosa precoce, ou de conceitos populares ou estereótipos.

Sempre que decidimos aceitar estas opiniões como verdadeiras, desistimos do nosso poder e vivemos uma vida de medo e de limitações.

Lembrem-se: amar a nós mesmos nada tem a ver com vaidade ou arrogância – estas emoções são apenas expressões do medo.

Quando nos amamos, valorizamos e apreciamos os seres maravilhosos que nós somos. Amar a nós mesmos cria uma vida de alegria e de satisfação.

É difícil que outras pessoas os amem quando vocês não se amam. Ainda que alguém os ame, é bem provável que vocês se questionem: “Como ele poderia me amar? O que ele vê em mim?”

Quando vocês não se amam, é difícil acreditar que vocês merecem boas coisas na vida. Portanto, vocês perdem a abundância que está disponível a vocês.

Deixem de se criticar – agora e para sempre. Amem a si mesmos e se aceitem como vocês são agora. Quando o fizerem, vocês irão se desenvolver de maneiras que nem podem sequer imaginar. O amor irá curá-los, eu prometo. Seu amor próprio irá operar milagres em sua vida.

By Louise Hay.

Um raio de luz

Posted in Inspiração with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 14/11/2014 by Joe

Um raio de luz

O gabinete daquela escola de ensino médio se convertera, por alguns momentos, em palco para uma cena constrangedora. Um aluno de 16 anos de idade estava ali, sentado, cabeça baixa, pensamento em desalinho, aguardando a sentença final. Os pais, desolados, olhavam em silêncio para o filho, sem saber o que dizer diante daquele momento.

Vários de seus professores já haviam dado seus depoimentos, todos desfavoráveis ao jovem rebelde. Se o garoto fosse expulso seria um peso a menos na sua árdua obrigação de ensinar… Se se livrassem daquele estorvo suas tarefas ficariam mais leves, talvez pensassem alguns daqueles educadores.

O silêncio enchia a pequena sala, quando chegou o último professor para dar seu parecer sobre a questão: era o professor de física. Homem maduro, lúcido, educador por excelência, sentou-se e, antes de dizer qualquer palavra, olhou detidamente nos olhos de cada uma daquelas criaturas ali sentadas, e sentiu-se extremamente comovido diante da situação. Como poderia ajudar a resolver a questão sem prejuízo para o seu aluno? Afinal, para aquele nobre mestre, expulsar um aluno seria decretar a própria falência como educador.

Então, ele olhou carinhosamente para a mãe e perguntou:

– “O que está havendo? O que aconteceu para que a situação chegasse a esse ponto?”

Tamanha era a vibração de ternura que emanava da voz suave do educador, que a mãe se sentiu amparada na sua desdita e decidiu falar. Olhou com afeto para o filho e, num tom de extremado carinho, disse:

– “Meu filho!”

O jovem, diante da pequena frase que ecoou em seu íntimo com mais força do que mil palavras de reprimenda, desatou a chorar…Chorou e chorou, compulsivamente…

A comoção tomou conta do gabinete e as lágrimas rolaram quentes dos olhos daqueles pais sofridos, e também do professor e da diretora…

Após vários minutos, as lágrimas foram cedendo lugar a um certo alívio, como se uma chuva de bênçãos tivesse lavado o gosto amargo que pairava sobre a pequena assembleia. Quebrando o silêncio, o garoto falou:

– “Mãe, posso lhe prometer uma coisa? Vocês nunca mais virão à escola por motivos como este… Podem acreditar em mim!”

Um ano se passou e a promessa que o jovem fez se cumpriu.

Um dia, o professor encontrou seu aluno no corredor da escola e lhe fez a pergunta que há muito desejava fazer:

– “O que fez você mudar, aquele dia, no gabinete?”

E o jovem respondeu, um tanto constrangido:

– “É que minha mãe nunca havia me chamado de “meu filho”. Aquelas duas palavras, professor, pronunciadas pela minha mãe com uma sonoridade espiritual tão profunda, foram o suficiente para eu mudar o rumo da minha vida…”

O rapaz se despediu e se foi, deixando o mestre absorto em seus pensamentos. Em sua mente, voltou a cena daquele dia distante, em que adentrou a pequena sala do gabinete. Em suas conjecturas, se perguntou sobre qual seria a situação daquele moço se tivesse sido expulso da escola naquela oportunidade… Pensou também na força da pequena frase:

– “Meu filho…”

E ficou a imaginar quão poderoso é o afeto de mãe. E, como homem notável e admirável educador, concluiu, em seus lúcidos raciocínios:

– “O dia que as mães quiserem, elas mudarão o mundo…”

By Raul Teixeira, professor e palestrante.

Respeito ao mais experiente

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Respeito ao mais experiente

A expectativa de vida dos japoneses é uma das mais altas do mundo: 85 anos de idade para mulheres e 78 para homens. Além disto, o Japão é o país onde se concentra o maior número de centenários. São mais de 30 mil pessoas com idade igual ou superior a 100 anos e este número vem crescendo consideravelmente. Em 2003, estimava-se apenas 20 mil deles.

O segredo desta longevidade toda é a alimentação saudável, menos industrializada que a dos países ocidentais. Mas outro fator coopera e muito: a qualidade de vida que o Japão oferece aos seus cidadãos, incluindo respeito e tratamento diferenciado que os idosos recebem dos mais jovens.

O respeito aos mais velhos é parte da tradição milenar japonesa, vem de berço – as crianças aprendem com os pais a reverenciar e respeitar a opinião dos avós. E esta cultura segue para todos os segmentos da sociedade. Nas escolas, o respeito aos mestres é sagrado. Os professores são muito valorizados, tendo sua importância reconhecida como fundamental na formação da criança.

Nas indústrias, a hierarquia é soberana, seguindo a escala superior, o respeito ao líder mais experiente é uma norma rígida nas empresas, que todos seguem ao pé da letra. Alguns ocidentais consideram tais atitudes, submissas, porém elas fazem parte da cultura japonesa de ouvir o mais velho, a voz da experiência.

Após ver o país destruído pela guerra, o povo permaneceu firme, sem desespero, esperando a decisão do seu líder maior, o Imperador, que pediu calma e esforço para reconstruir o país, salientando que, a partir daquele momento, tomando as lições que a guerra trouxe, o Japão tornar-se-ia uma nação pacífica e prosperaria com o esforço de cada cidadão.

A população confiou no seu líder e suas palavras se concretizaram. Hoje, o país é uma grande potência econômica e, acima de tudo, pacífica. Aliás, o respeito e a veneração pela família imperial, são unânimes, desde a criança até o mais velho, do mais humilde cidadão até o Primeiro Ministro. Todos, sem distinção, reverenciam seu líder maior.

A cultura do respeito aos idosos é tão enraizada na sociedade japonesa que foi instituído uma data comemorativa. Na terceira segunda-feira do mês de setembro, é comemorado o Dia de Respeito ao Idoso.

A ideia surgiu em 1947, quando uma pequena aldeia, na província de Hyogo, resolveu oficializar a data como forma de respeito e valorização aos anciãos japoneses, que sempre contribuíram para o país com sua sabedoria e seu trabalho.

O Dia de Respeito ao Idoso é uma data criada exclusivamente no Japão, ao contrário do Dia das Mães, por exemplo, que foi “importada” dos países ocidentais. Neste dia, as famílias se reúnem e celebram junto aos seus entes mais velhos.

Desconheço a autoria.

Gaiolas e asas

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Gaiolas e asas

Os pensamentos me chegam de forma inesperada, sob a forma de aforismos. Fico feliz porque sei que Lichtenberg, William Blake e Nietzsche frequentemente eram também atacados por eles. Digo “atacados“ porque eles surgem repentinamente, sem preparo, com a força de um raio. Aforismos são visões: fazem ver, sem explicar.

Pois ontem, de repente, esse aforismo me atacou: “Há escolas que são gaiolas. Há escolas que são asas“…

Escolas que são gaiolas existem para que os pássaros desaprendam a arte do voo. Pássaros engaiolados são pássaros sob controle. Engaiolados, o seu dono pode levá-los para onde quiser. Pássaros engaiolados sempre têm um dono. Deixaram de ser pássaros. Porque a essência dos pássaros é o voo.

Escolas que são asas não amam pássaros engaiolados. O que elas amam são os pássaros em voo. Existem para dar aos pássaros coragem para voar. Ensinar o voo, isso elas não podem fazer, porque o voo já nasce dentro dos pássaros. O voo não pode ser ensinado. Só pode ser encorajado.

Esse simples aforismo nasceu de um sofrimento: sofri conversando com professoras de segundo grau, em escolas de periferia. O que elas contam são relatos de horror e medo. Balbúrdia, gritaria, desrespeito, ofensas, ameaças … E elas, timidamente, pedindo silêncio, tentando fazer as coisas que a burocracia determina que sejam feitas, dar o programa, fazer avaliações …

Ouvindo os seus relatos vi uma jaula cheia de tigres famintos, dentes arreganhados, garras à mostra – e as domadoras com seus chicotes, fazendo ameaças fracas demais para a força dos tigres… Sentir alegria ao sair de casa para ir para a escola? Ter prazer em ensinar? Amar os alunos? O seu sonho é livrar-se de tudo aquilo. Mas não podem. A porta de ferro que fecha os tigres é a mesma porta que as fecha junto com os tigres.

Nos tempos da minha infância eu tinha um prazer cruel: pegar passarinhos. Fazia minhas próprias arapucas, punha fubá dentro e ficava escondido, esperando… O pobre passarinho vinha, atraído pelo fubá. Ia comendo, entrava na arapuca, pisava no poleiro – e era uma vez um passarinho voante. Cuidadosamente, eu enfiava a mão na arapuca, pegava o passarinho e o colocava dentro de uma gaiola. O pássaro se lançava furiosamente contra os arames, batia as asas, crispava as garras, enfiava o bico entre nos vãos, na inútil tentativa de ganhar de novo o espaço, ficava ensanguentado… sempre me lembro com tristeza da minha crueldade infantil.

Violento, o pássaro que luta contra os arames da gaiola? Ou violenta será a imóvel gaiola que o prende? Violentos, os adolescentes de periferia? Ou serão as escolas que são violentas? As escolas serão gaiolas?

Me falaram sobre a necessidade das escolas dizendo que os adolescentes de periferia precisam ser educados para melhorarem de vida. De acordo. É preciso que os adolescentes tenham uma boa educação. Uma boa educação abre os caminhos de uma vida melhor. Mas, eu pergunto: nossas escolas estão dando uma boa educação? E o que é uma boa educação?

O que os burocratas pressupõe sem pensar é que os alunos ganham uma boa educação se aprendem os conteúdos dos programas oficiais. E para se testar a qualidade da educação eles criam mecanismos, provas, avaliações, acrescidos dos novos exames elaborados pelo Ministério da Educação.

Mas será mesmo? Será que a aprendizagem dos programas oficiais se identifica com o ideal de uma boa educação? Você sabe o que é “dígrafo“? E os usos da partícula “se“? E o nome das enzimas que entram na digestão? E o sujeito da frase “Ouviram do Ipiranga as margens plácidas de um povo heróico o brado retumbante“? Qual a utilidade da palavra “mesóclise“?

Pobres professoras, também engaioladas… São obrigadas a ensinar o que os programas mandam, sabendo que é inútil. Isso é hábito velho das escolas. Bruno Bettelheim relata sua experiência com as escolas:

“Fui forçado (!) a estudar o que os professores haviam decidido que eu deveria aprender – e aprender à sua maneira…“

O sujeito da educação é o corpo porque é nele que está a vida. É o corpo que quer aprender para poder viver. É ele que dá as ordens. A inteligência é um instrumento do corpo cuja função é ajudá-lo a viver. Nietzsche dizia que ela, a inteligência, era “ferramenta“ e “brinquedo“ do corpo. Nisso se resume o programa educacional do corpo: aprender “ferramentas“, aprender “brinquedos“.

“Ferramentas“ são conhecimentos que nos permitem resolver os problemas vitais do dia a dia. “Brinquedos“ são todas aquelas coisas que, não tendo nenhuma utilidade como ferramentas, dão prazer e alegria à alma. No momento em que escrevo este texto estou ouvindo o coral da 9ª sinfonia. Não é ferramenta. Não serve para nada. Mas enche a minha alma de felicidade.

Nessas duas palavras, ferramentas e brinquedos, está o resumo educação.

Ferramentas e brinquedos não são gaiolas. São asas. Ferramentas me permitem voar pelos caminhos do mundo. Brinquedos me permitem voar pelos caminhos da alma. Quem está aprendendo ferramentas e brinquedos está aprendendo liberdade, não fica violento. Fica alegre, vendo as asas crescerem…

Assim todo professor, ao ensinar, teria que perguntar:

“Isso que vou ensinar, é ferramenta? É brinquedo? Se não for é melhor deixar de lado”.

As estatísticas oficiais anunciam o aumento das escolas e o aumento dos alunos matriculados. Esses dados não me dizem nada. Não me dizem se são gaiolas ou asas. Mas eu sei que há professores que amam o voo dos seus alunos. Há esperança…

By Rubem Alves.

A Fábula da Corrupção

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A Fábula da Corrupção

A Fábula da Corrupção é um curta-metragem de 8 minutos que nasceu de um edital lançado pela Controladoria Geral da União e UNODC, que tinha como tema a luta contra a corrupção, um assunto difícil de ser abordado, principalmente tentando atingir um publico abrangente e sem restrição de faixa etária. Criar um roteiro a partir de uma temática pré-definida pode ser um grande estímulo ou causar um completo bloqueio criativo. Ainda bem que a inspiração veio na hora certa.

Usando a estrutura de uma fábula de fundo moral onde os animais servem de metáfora para as atitudes humanas, a história conta, através de uma narrativa rimada e simples, como a corrupção pode se originar de pequenas atitudes e tomar grandes proporções, prejudicando não só instituições públicas ou privadas, como também a própria vida dos corruptos e corruptores. O mais legal desse trabalho foi bolar uma animação voltada para as crianças, já que os curtas sempre foram mais focados para o público adulto.

O enredo é simples: em um armazém de beira de estrada, um homem vive em paz com seus animais de estimação: o cão que vigia a casa, o gato que caça os ratos e o jumento que é o meio de transporte. No porão da casa habitam vários ratos que vivem roubando comida em quantidades tão pequenas que não chegam a prejudicar o negócio. Porém, com a chegada de um rato estranho, toda a harmonia do mercadinho se acaba.

Em tempos de corrupção tão em foco, é importante educar nossos filhos e mostrar a eles como começa esse ato revoltante. Importante também é mostrar que a corrupção não está apenas no governo, mas em pequenas atitudes que quase já são consideradas “normais” desde cedo. Para perceber como a corrupção está bem próxima da gente, vejam alguns exemplos:

O filho que mente para os pais ou para os professores… é corrupto!
O aluno que cola na prova é… corrupto!
A empresa que sonega imposto… é corrupta!
O motorista que fura o sinal… é corrupto!
O operário que pega um atestado sem estar doente… é corrupto!
O motorista que oferece uma “cervejinha” ao guarda para não ser multado… é corrupto!
O cidadão que “fura a fila” em bancos, cinemas, teatros, repartições… é corrupto!
O eleitor que vende seu voto é… corrupto!

As consequências desses diferentes tipos de corrupção se apresentam com intensidades diferentes. Porém, em todos eles há prejuízo para alguma parte envolvida. Vamos ensinar nossos filhos que pequenos corruptos podem se transformar em grandes bandidos, ou pior, em políticos que irão roubar e prejudicar milhões de cidadãos!

Este ano temos eleições e essa é a oportunidade para mudarmos muitas coisas. Cuidado, pois há muito lobo em pele de cordeiro se aclamando como salvador da pátria! Procure saber quem é o seu candidato, o que ele já fez, conheça o seu passado e veja se tem ficha limpa mesmo! E, principalmente, a qual partido ele está afiliado.

“O que me preocupa não é o grito dos maus… é o silêncio dos bons” (Martin Luther King).

Assistam ao vídeo e mostrem para seus filhos, alunos, netos!

A Fábula da Corrupção:

Direção, Roteiro e Direção de Arte; Lisandro Santos
Animação e Edição: Guto Bozzetti
Cenários: Maumau
Locução: Carlos Cunha
Desenho de Som e Trilha Original: Fabrício Licks
Produção Executiva: Paola Rodrigues
Assistência de Produção: Gisa Aquino

By Joemir Rosa.

Quero a vida de volta!

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Valores

Fui criado com princípios morais comuns: quando eu era pequeno, mães, pais, professores, avós, tios, vizinhos, todos eram autoridades dignas de respeito e consideração. Quanto mais próximos ou mais velhos, mais afeto. Inimaginável responder de forma mal educada aos mais velhos, professores ou autoridades…

Confiávamos nos adultos porque todos eram pais, mães ou familiares das crianças da nossa rua, do bairro, ou da cidade. Tínhamos medo apenas do escuro, dos sapos e dos filmes de terror.

Hoje me deu uma tristeza infinita por tudo aquilo que perdemos. Por tudo o que meus netos um dia enfrentarão pelo medo no olhar das crianças, dos jovens, dos velhos e dos adultos.

Direitos humanos para criminosos, deveres ilimitados para cidadãos honestos. Não levar vantagem em tudo significa ser idiota. Pagar dívidas em dia é ser tonto…

Anistia para políticos corruptos e sonegadores…

O que aconteceu conosco? Professores maltratados nas salas de aula, comerciantes ameaçados por traficantes, grades em nossas janelas e portas. Que valores são esses? Automóveis que valem mais que abraços, filhas querendo uma cirurgia como presente por passar de ano. Celulares nas mochilas de crianças…

O que vão querer em troca de um abraço? A diversão vale mais que um diploma? Mais vale uma maquiagem que um sorvete? Mais vale parecer do que ser? Quando foi que tudo desapareceu ou se tornou ridículo?

Quero arrancar as grades da minha janela para poder tocar as flores! Quero me sentar na varanda e dormir com a porta aberta nas noites de verão! Quero a honestidade como motivo de orgulho. Quero a retidão de caráter, a cara limpa e o olho-no-olho. Quero a vergonha na cara e a solidariedade. Quero a esperança, a alegria, a confiança!

Abaixo o “ter”, viva o “ser”e viva o retorno da verdadeira vida, simples como a chuva, limpa como o céu de primavera, leve como a brisa da manhã!

E definitivamente bela, como cada amanhecer.

Quero ter de volta o meu mundo, simples e comum, onde existam amor, solidariedade e fraternidade como bases. Vamos voltar a ser “gente”, a nos indignarmos diante da falta de ética, de moral, de respeito… Vamos construir um mundo melhor, mais justo, mais humano, onde as pessoas respeitem as pessoas…

Utopia? Quem sabe? Mas precisamos tentar… nossos filhos merecem e nossos netos certamente nos agradecerão!

Desconheço a autoria.

Os 7 novos pecados capitais

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Os 7 novos pecados capitais

Quando a igreja decretou os 7 pecados capitais, a intenção era que isso servisse como um manual do comportamento humano. Por séculos a fio, isso tem servido de modelo para enquadrar o ser humano dentro de certos padrões morais e éticos, ditando o que é certo e o que é errado!

Mas o mundo girou muito desde então e esses pecados já não têm o mesmo peso e força sobre os seres humanos, seja porque foram banalizados ou porque os valores foram mudando e o que era fora dos padrões morais há séculos, não o é mais atualmente! Alguns até evoluíram e mudaram de time: a vaidade hoje é vista com bons olhos, onde o indivíduo se cuida para melhorar sua autoestima!

É preciso atualizar!

Pensando um pouco na forma como as pessoas se relacionam atualmente, listei o que poderíamos chamar de “Os novos pecados capitais da era moderna”! São eles: hipocrisia, prepotência, deselegância, inconsciência, mentira, desrespeito e fofoca! Sei que outros poderiam fazer parte desta lista, mas estes sete envolvem aquilo que mais está em mudança ultimamente: valores!

Hipocrisia: este pecado é o que mais se destaca na era moderna e aparece como uma espécie de transição entre os antigos valores e os novos. Muita gente critica os demais por agirem de uma determinada forma, sendo que, sempre que têm oportunidade, agem da mesma forma. Pergunto: você acha que aquelas duas pessoas do mesmo sexo que se amam na novela da noite é mais bizarro do que os crimes mostrados em detalhes na TV?

Prepotência: enquadram-se aqui aqueles indivíduos que, mesmo estando errados, colocam-se como se fossem os donos da verdade, acima da lei! Veja como alguns políticos reagiram perante a mídia quando condenados pelos crimes praticados, com aquele ar de superioridade, dando uma “banana” para o povo! Dúvida: quando alguém mostra que você está errado, mesmo assim você continua insistindo que está certo, que o mundo não te compreende?

Deselegância: hoje em dia é muito comum vermos pessoas arrogantes que, por estarem em posições de hierarquia superior no curral de suas funções, eximem-se de tratarem os hierarquicamente inferiores com educação, ou simplesmente, ignorando-os! Por falar nisso, hoje cedo você deu “bom dia” para o porteiro do edifício onde mora ou trabalha?

Inconsciência: este é um dos pecados modernos que mais avança entre as pessoas! É aquele pecado que “cega” as pessoas, impedindo-as de ver o que acontece ao seu redor, dentro de sua própria casa, na sua cidade ou no seu país! Diante de tanta coisa errada, mantém-se apáticos, adotando a posição do “isto não é comigo” e do “alguém vai resolver”. Também atinge aqueles que não perguntam os porquês das coisas, perpetuando, assim, crenças e valores ultrapassados! E você? Continua achando que certas coisas “sempre foram assim, meu pai e minha mãe me ensinaram desta forma” ou “eu sempre fui assim, não tem jeito”?

Mentira: o pecado que faz parte do dia-a-dia de muita gente! Mentem porque não são capazes de assumir suas responsabilidades; mentem porque preferem enganar os demais do que mostrar suas fraquezas; mentem porque já se acostumaram a viver uma vida de mentiras… Deixo uma proposta para você pensar: que tal contar ao seu marido (esposa, patrão, amigo, mãe, pai) aquele segredinho que você guarda a sete chaves!

Desrespeito: antigamente, entendíamos nossos pais com apenas um olhar. E os tratávamos com respeito, com educação, não porque os temíamos, mas sim, porque sabíamos que o respeito fazia parte da nossa educação. E, assim, esse respeito era automaticamente mostrado aos nossos professores, a todos com os quais nos relacionávamos. Não queimávamos índios, moradores de rua, nem falávamos palavrões dentro de casa, tratávamos nossos pais usando os pronomes de tratamento “senhor ou senhora” (será que ainda ensinam esses pronomes nas escolas?)! Este é um dos novos pecados que mais colabora para a violência dentro da sociedade!

Fofoca: ahhhh, a fofoca! Como ela pode fazer muito mal às pessoas! Aliás, faz mal a quem fofoca também. Talvez este pecado seja o mais pesado destes todos, pois quem fofoca se mostra, na maioria das vezes, hipócrita, prepotente, deselegante, mentiroso, desrespeitoso… Por que as pessoas tendem a fofocar aquilo que nem sabem se existe um fundo de verdade! Pura maldade!

By Joemir Rosa.

A consciência de sua missão

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Consciência de sua missão

Frequentemente, eu me pergunto:

– “O que cada um de nós está fazendo neste planeta?”

Se a vida for somente tentar aproveitar o máximo possível as horas e minutos, esse filme é bobo. Tenho certeza de que existe um sentido melhor em tudo o que vivemos. Para mim, nossa vinda ao planeta Terra tem basicamente dois motivos: evoluir espiritualmente e aprender a amar melhor.

Todos os nossos bens, na verdade, não são nossos. Somos apenas as nossas almas. E devemos aproveitar todas as oportunidades que a vida nos dá para nos aprimorarmos como pessoas.

Portanto, lembre sempre que os seus fracassos são sempre os melhores professores e é nos momentos difíceis que as pessoas precisam encontrar uma razão maior para continuar em frente.

As nossas ações, especialmente quando temos de nos superar, fazem de nós pessoas melhores.

A nossa capacidade de resistir às tentações, aos desânimos para continuar o caminho é que nos torna pessoas especiais. Ninguém veio a esta vida com a missão de juntar dinheiro e comer do bom e do melhor. Ganhar dinheiro e alimentar-se faz parte da vida, mas não pode ser a razão da vida.

Tenho certeza que pessoas como Martin Luther King, Mahatma Ghandi, Nelson Mandela, Madre Tereza de Calcutá, Irmã Dulce, Betinho e tantas outras anônimas, que lutaram e lutam para melhorar a vida dos mais fracos e dos mais pobres, não estavam motivadas pela ideia de ganhar dinheiro. O que move essas pessoas generosas a trabalhar diariamente, a não desistir nunca?

A resposta é uma só: a consciência de sua missão nesta vida!

Quando você tem a consciência de que através do seu trabalho você está realizando sua missão, você desenvolve uma força extra, capaz de levá-lo ao cume da montanha mais alta do planeta.

Infelizmente, muita gente se perde nesta viagem e distorce o sentido de sua existência pensando que acumular bens materiais é o objetivo da vida. E quando chega no final do caminho percebe que o caixão não tem gavetas e que ela só vai poder levar daqui o bem que fez às pessoas.

Se você tem estado angustiado sem motivo aparente, está aí um aviso para parar e refletir sobre o seu estilo de vida. Escute a sua alma: ela tem a orientação sobre qual caminho seguir.

Tudo na vida é um convite para o avanço e a conquista de valores, na harmonia e na glória do bem.

By Roberto Shinyashiki.

A unanimidade inteligente

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Toda unimidade é burra

Muitas pessoas, sem pensar, usam a terrível afirmação de Nelson Rodrigues: “Toda unanimidade é burra”. E imagino que Nelson chamaria de “cretinos fundamentais” ou de “grã-finas com narinas de cadáver” (dependendo do caso) aqueles a quem ouvisse repetir esta sua famosa frase.

Trata-se de uma frase de efeito. Como aquela outra: “Nem toda mulher gosta de apanhar, só as normais”. Ou esta: “Um suicida já nasce suicida”. Expressões que Nelson colecionava para nos fazer refletir, provocar polêmica, e não para encerrar discussões ou aumentar o número de lugares-comuns.

Frase de efeito que é também armadilha de Nelson. Quando todo mundo concordar que toda a unanimidade é burra ficará comprovado que toda a unanimidade é burra mesmo!

A palavra “unanimidade” vem do latim unanimis. Significa, simplesmente, que duas ou mais pessoas vivem com um (unus) só ânimo (animus).

Em dados contextos, sim, a unanimidade pode ser burra. É burrice todos obedecerem cegamente a uma ordem que vem não se sabe de onde, com finalidades obscuras ou inconfessáveis. É burrice, por exemplo, comprarmos um livro pelo único fato de ele constar da lista dos mais vendidos.

Já um time de futebol bem treinado, uma equipe de trabalho bem articulada, dois amigos leais, um casal que pensa e age em harmonia são exemplos de unanimidade inteligente.

Unanimidade inteligente começa na alma de cada um. Começa na individualidade. Na luta pessoal contra as nossas intolerâncias, contra essa tendência a só sentir as próprias dores, a observar o mundo pelo buraco de um canudinho.

Unanimidade inteligente requer a liberdade de distinguir entre o direito nosso de questionar e o dever nosso de comprometer-nos. Requer, mais ainda, a capacidade de reconhecer que podemos estar errados e a maioria estar certa…

Existem unanimidades excepcionais. Os especialistas da educação são unânimes, por exemplo, ao afirmar que todo aluno pode descobrir o prazer de aprender. Esta verdade ajudará os professores a trabalharem com ânimo e esperança.

Espero que sejamos unânimes, também, quanto a certas ideias e valores que nos obrigam a repensar nossa conduta, pedir perdão, desdizer o que dissemos, enfim, melhorarmos como pessoas.

O ser humano é perfectível. Seremos mais humanos se formos unânimes naquilo que valha a pena. A melhor forma de vencer a unanimidade burra é participar da unanimidade inteligente.

By Gabriel Perissé, coordenador pedagógico do Instituto Paulista de Ensino e Pesquisa e autor do livro “A arte de ensinar”, pela Editora Montiei.

Curiosidade: segundo o historiador Romero Garcia, esta frase teria sido dita por Rudolph Hess à sua prima, quando Adolph Hitler se intitulou “Fuher” e todos foram unanimes, concordando. Nelson Rodrigues apenas teria se apropriado da frase, tirada de um artigo sobre a ascensão e queda do nazismo.

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