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O valioso tempo dos maduros

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O valioso tempo dos maduros

Contei meus anos e descobri que terei menos tempo para viver daqui para frente do que já vivi até agora. Sinto-me como aquela menina que ganhou uma bacia de jabuticabas. As primeiras, ela chupou displicente, mas percebendo que faltavam poucas, roía até o caroço.

Já não tenho tempo para lidar com mediocridades. Não quero estar em reuniões onde desfilam egos inflados.

Não tolero gabolices. Inquieto-me com invejosos tentando destruir quem eles admiram, cobiçando seus lugares, talentos e sorte.

Já não tenho tempo para projetos megalomaníacos. Não participarei de conferências que estabelecem prazos fixos para reverter a miséria do mundo. Não quero que me convidem para eventos de um fim de semana com a proposta de abalar o milênio.

Já não tenho tempo para reuniões intermináveis para discutir estatutos, normas, procedimentos e regimentos internos.

Já não tenho tempo para administrar melindres de pessoas, que apesar da idade cronológica, são imaturas.

Não quero ver os ponteiros do relógio avançando em reuniões de “confrontação”, onde “tiramos fatos a limpo”. Detesto fazer acareação de desafetos que brigaram pelo majestoso cargo de secretário geral do coral.

Lembrei-me agora de Mário de Andrade que afirmou: “as pessoas não debatem conteúdos, apenas os rótulos”.

Meu tempo tornou-se escasso para debater rótulos; quero a essência, minha alma tem pressa!

Sem muitas jabuticabas na bacia, quero viver ao lado de gente humana, muito humana; que sabe rir de seus tropeços, não se encanta com triunfos, não se considera eleita antes da hora, não foge de sua mortalidade, defende a dignidade dos marginalizados, e deseja tão somente andar ao lado do que é justo.

Caminhar perto de coisas e pessoas de verdade, desfrutar desse amor absolutamente sem fraudes, nunca será perda de tempo.

O essencial faz a vida valer a pena. E, para mim, basta o essencial!

“By Ricardo Gondim, texto que consta em seu livro “Creio, Mas Tenho Dúvidas”, publicado pela Editora Ultimato.

Plano de voo

Posted in Reflexão with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 17/09/2013 by Joe

Plano de voo

Boas famílias – até mesmo as melhores – ficam fora da rota 90 por cento do tempo! O segredo é que elas têm um senso de destinação. Conhecem a “trilha”. E estão sempre corrigindo o curso, de novo e de novo.

É como o voo de um avião. Antes da decolagem, os pilotos examinam o plano do voo. Por isso, sabem exatamente aonde vão e iniciam os procedimentos em conformidade com esse plano. Contudo, durante a viagem, o vento, a chuva, a turbulência, o tráfego aéreo, erros humanos e outros fatores interferem no plano, impulsionando ligeiramente a aeronave em direções diferentes, de modo que na maior parte do tempo o avião fica fora da rota de voo prescrita!

Ao longo de toda a jornada, ocorrem pequenos desvios em relação ao plano de voo. Condições climáticas adversas ou um tráfego aéreo especialmente pesado causam desvios maiores. Se não acontecer nada muito grave, o avião chegará ao seu destino.

Mas como isso é possível?

Durante o voo, os pilotos recebem constantes feedbacks. São comunicações dos instrumentos sobre o meio ambiente, informações das torres de controle, de outras aeronaves e às vezes até das estrelas. E, com base nesses feedbacks, fazem os ajustes necessários para, de tempos em tempos retornar, ao plano de voo.

A esperança não jaz nos desvios, mas na visão, no plano e na habilidade de corrigir o curso. O voo desse avião constitui a metáfora ideal para a vida familiar. Não faz nenhuma diferença se a nossa família saiu da rota ou mesmo está enredada em problemas. A esperança se encontra na visão, no plano e na coragem de continuar corrigindo o curso de novo e de novo. O segredo é ter uma destinação, um plano de voo e uma bússola.

By Stephen R. Covey, do livro “Os 7 Hábitos das Famílias Muito Eficazes”.

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