Lembre-se, em qualquer situação, qualquer que seja o problema, não importando o tamanho:
– “Se houver 1% de chance, tenha 99% de fé!!!”
Desconheço a autoria.
Lembre-se, em qualquer situação, qualquer que seja o problema, não importando o tamanho:
– “Se houver 1% de chance, tenha 99% de fé!!!”
Desconheço a autoria.
Toda resistência interior é vivenciada como uma negatividade. Toda negatividade é uma resistência. Nesse contexto, as duas palavras são quase sinônimas. A negatividade vai de uma irritação ou impaciência a uma raiva furiosa, de um humor deprimido ou um ressentimento a um desespero suicida.
Às vezes, a resistência faz disparar o sofrimento emocional, caso em que mesmo uma situação banal pode produzir uma negatividade intensa, como a raiva, a depressão ou um profundo pesar.
O ego acredita que, através da negatividade, pode manipular a realidade e conseguir o que deseja. Acredita que, através dela, pode atrair uma circunstância desejável ou dissolver uma indesejável. Sempre que estamos infelizes, acreditamos inconscientemente que a infelicidade “compra” para nós o que queremos. Se “você” – a mente – não acreditou que a infelicidade funciona, por que a criaria?
O fato é que essa negatividade não funciona! Em vez de atrair uma circunstância desejável, ela a interrompe ao nascer. Em vez de desfazer uma circunstância indesejável, ela a mantém no lugar. Sua única utilidade é que ela fortalece o ego, e essa é a razão pela qual ele a adora.
Uma vez que você tenha se identificado com alguma forma de negatividade, não vai querer que ela desapareça e, em um nível inconsciente mais profundo, não vai desejar uma mudança positiva. Ela iria ameaçar a sua identidade como uma pessoa depressiva, zangada ou difícil de lidar. Você, então, passa a ignorar, negar ou sabotar aquilo que é positivo em sua vida. É um fenômeno comum. E também doentio.
A negatividade é completamente antinatural. É um poluente psíquico e existe um vínculo profundo entre o envenenamento e a destruição da natureza e a grande negatividade que vem sendo acumulada na psique coletiva humana. Nenhuma outra forma de vida no planeta conhece a negatividade, somente os seres humanos, assim como nenhuma outra forma de vida violenta e envenena a Terra que a sustenta.
Você já viu uma flor infeliz ou um carvalho estressado? Já cruzou com um golfinho deprimido, um sapo com problemas de autoestima, um gato que não consegue relaxar, ou um pássaro com ódio e ressentimento? Os únicos animais que eventualmente vivenciam alguma coisa semelhante à negatividade, ou mostram sinais de comportamento neurótico, são os que vivem em contato íntimo com os seres humanos e assim se ligam à mente humana e à insanidade deles.
Observe as plantas e animais, aprenda com eles a aceitar aquilo que é. Deixe que eles lhe ensinem o que é Ser, o que é integridade – estar em unidade, ser você mesmo, ser verdadeiro. Aprenda como viver e como morrer, e como não fazer do viver e do morrer um problema.
Até mesmo os patos nos ensinam importantes lições espirituais. Observá-los é uma meditação. Como eles flutuam em paz, de bem com eles mesmos, totalmente presentes no agora, dignos e perfeitos, tanto quanto uma criatura sem mente pode ser.
Eventualmente, no entanto, dois patos vão se envolver em uma briga, algumas vezes sem nenhuma razão aparente ou porque um pato penetrou no espaço particular do outro. A briga geralmente dura só alguns segundos e então os patos se separam, nadam em direções opostas e batem suas asas com força, por algumas vezes. Então, continuam a nadar em paz, como se a briga nunca tivesse acontecido.
Ao bater as asas eles estavam soltando a energia acumulada, evitando assim que ela ficasse aprisionada no corpo e se transformado em negatividade. Isso é sabedoria natural. É fácil para eles porque não têm uma mente para manter vivo o passado, sem necessidade, e então construir uma identidade em volta dele.
By Eckhart Tolle.
… e encontre o amor!
Se existem verdades absolutas neste mundo, uma delas é que todos nós temos medo de sofrer. Assim, ingenuamente tentamos controlar as situações ao nosso redor, como se isso fosse possível.
Obcecados por esse desejo de nos proteger, gastamos nossa energia e nosso tempo tentando controlar os pensamentos, as atitudes e até os sentimentos das pessoas que amamos e que, sobretudo, desejamos que nos amem.
No entanto, não nos damos conta de que a vida se baseia no imprevisível, no incontrolável, no surpreendente! Nenhum sentimento é garantido, nenhuma consequência é revelada antecipadamente. O futuro é totalmente incerto. E, apesar de tamanha imprevisibilidade, temos em nosso coração toda a possibilidade de conquistarmos o que e quem amamos, o que é muito diferente de controlar, prever ou obter garantias!
Muitas pessoas não conseguem encontrar um amor, não se entregam a uma relação profunda e verdadeira simplesmente porque estão, todo o tempo, tentando obter certezas. As perguntas não param de gritar, as dúvidas não têm fim e o medo de se deparar com a dor parece assombrar milhares de corações, impedindo-os de enxergar uma outra possibilidade, tão plausível quanto a de sofrer. Será que ele me ama? Será que vale a pena perdoar e tentar de novo? Será que ele não vai me trair? Será que não estou sendo idiota? Será que não vou sofrer mais do que se ficar sozinho? Será? Será?
O que será, eu responderia com muita tranquilidade, não importa agora! Na verdade, nunca importará! A pergunta correta é: “Eu quero?” Quando aprendermos a responder, com respeito e responsabilidade, essa simples perguntinha, teremos previsto qualquer possibilidade. Sim, porque o amor é uma chance, uma oportunidade, não uma garantia, nunca uma certeza! Podemos vivê-lo conforme nossa vontade, de acordo com nosso coração ou… passaremos a vida inteira tentando controlar o incontrolável, garantir o incerto! Jamais teremos como saber se o outro está sendo fiel, se o amor que sentimos é correspondido na mesma medida, se vamos sofrer ou se seremos felizes. Jamais saberemos do amanhã ou do outro.
Então, que usemos nossa inteligência, a despeito de todo o medo que isso possa nos fazer sentir. Ou seja, que possamos, de uma vez por todas, abrir mão dessa tentativa inútil de controlar o amor, a vida e o outro e nos concentremos em nós, em nosso coração e em nossos reais objetivos!
Descobriremos que nos ocupar com nossos próprios sentimentos já é trabalho para vida inteira. Descobriremos que agir conforme nossa vontade é o bastante para que nos sintamos preenchidos, embora possamos mesmo vir a sofrer… simplesmente porque o sofrimento é uma possibilidade tão possível quanto a felicidade!
E digo mais: só conseguiremos entrar de fato no coração de alguém, mesmo sem termos certeza disso, quando tivermos a audácia e a coragem de nos entregar ao imprevisível, quando conseguirmos compreender que a segurança é mérito pessoal, interno, sentimento que não se pode ter em relação a ninguém além de nós mesmos.
Portanto, para todas as pessoas que perguntam sobre qual é o “segredo” para viver o amor sem sentir tanta insegurança, tanto ciúme e tanto medo de sofrer, aproveito este momento para responder: o segredo está em saber se você quer, se você realmente quer! Porque se você quiser e fizer por merecer, agindo você com sinceridade, qualquer possibilidade de dor e sofrimento valerá a pena. Porque quando a gente quer de verdade, com o coração, a magia do amor nos faz entender que sofrer faz parte do caminho e, no final das contas, é tudo crescimento, aprendizagem, evolução e, por fim, a tão desejada felicidade. E não que ela esteja no final do caminho ou no final da vida, simplesmente porque ser feliz é isso: entregar-se ao imprevisível e aceitar a dor e a alegria como partes do amor!
E quando penso que essa entrega é realmente difícil, me lembro de uma frase que gosto muito:
– “Se o seu problema tem solução, relaxe… ele tem solução. E se o seu problema não tem solução, relaxe… ele não tem solução!”
É uma frase engraçada, mas muitíssimo sábia.
Portanto, quando estiver doendo muito, não resista! Simplesmente relaxe e aceite, pois a resposta virá!
By Rosana Braga, escritora, jornalista e consultora em relacionamentos, palestrante e autora dos livros “Alma Gêmea – Segredos de um Encontro” e “Amor – sem regras para viver”, entre outros.
Cada um de nós tem uma área da vida que necessita ser cuidada com mais atenção. Se alguma parte de sua vida anda aborrecida e sem sal, é sinal de que precisa ser mais bem cuidada.
Fique atento ao sinal de alerta da mudança: ele toca sempre que substituímos a alegria de viver pela preocupação. E a fluidez pela tensão. Nesses momentos, você tem de tirar o barco do porto e colocá-lo no mar, rumo a um novo mundo.
É claro que ninguém pode comprar a alegria de viver na padaria da esquina. Temos de aprender a conquistá-la. As lições estão dentro de nós. Precisamos ser professores e alunos de nós mesmos.
Na Índia, os mestres dizem que a diferença entre alguém que está com câncer e alguém com dor de cabeça depende da intensidade da aula de que a pessoa está precisando. Na vida, quanto mais teimoso for o aluno, mais as aulas serão dolorosas. Quanto menos o aluno aprender, mais a vida vai bater pesado para que acorde e aprenda.
A escola da vida funciona assim. Se a pessoa está insatisfeita e fica em casa reclamando da sina, em vez de tentar mudá-la, vai se tornar cada vez mais angustiada, arrumar uma úlcera ou uma depressão. Ela tem a ilusão de se acostumar com a dor, mas o pior é que a dor não para de aumentar. A alegria de viver fica tão inacessível quanto o pico do Everest.
Negar uma necessidade nunca foi boa solução. O problema vai continuar até a pessoa se convencer de que precisa sair daquela situação e começar algo novo. Essa é a lição que está fazendo falta. Quando nos recusamos a aprendê-la, o problema se agrava.
Muitas vezes, as pessoas insistem em comportamentos que dão resultados negativos e depois reclamam. Não percebem que reclamar é inútil e que a única saída é analisar a situação e buscar solucioná-la. Fazer as mesmas coisas e esperar que os resultados mudem é acumular sofrimento. Isso nos deixa amargos.
Na vida, nós somos problema ou solução. Se formos parte do problema, ninguém vai gostar de ficar ao nosso lado. Se formos solução, conseguiremos fazer com que os outros tenham vontade de estar conosco e nos ajudar.
O psicanalista americano Erick Ericsson disse que por volta dos 50 anos as pessoas se encontram numa encruzilhada existencial, entre a amargura e a sabedoria. Aquelas que aprenderam a viver conquistam a maturidade.
Quem aprendeu a simplificar a vida desfruta cada dia com alegria. Quem só aprendeu a reclamar de tudo, terá de aguentar o peso da vida por mais algum tempo.
By Roberto Shinyashiki.
Esta é uma verdade cabalista que economiza muita preocupação. Quantas vezes, na vida, nós “piramos” por não acreditar que exista uma resposta, uma cura, uma saída. Nós não precisaríamos nos preocupar: ela está lá. Precisamos apenas encontrá-la.
O primeiro passo é estar imbuído desta verdade: independentemente da dificuldade que você está enfrentando, existe uma solução!
Lembre-se, hoje e sempre: a Luz funciona além da lógica. As respostas provêm de lugares inesperados. A solução existe. Quanto mais você sentir esta verdade, mais rápido ela virá.
By Yehuda Berg, “Kabbalah Tune Up”.
“Nós os índios, conhecemos o silêncio. Não temos medo dele. Na verdade, para nós ele é mais poderoso do que as palavras. Nossos ancestrais foram educados nas maneiras do silêncio e eles nos transmitiram esse conhecimento.
“Observe, escute, e depois atue”, nos diziam.
Esta é a maneira correta de viver. Observar os animais para ver como cuidam de seus filhotes. Observar os anciões para ver como se comportam. Observar o homem branco para ver o que querem.
Sempre observe primeiro, com o coração e a mente quietos, e então aprenderás. Quanto tiveres observado o suficiente, então poderás atuar.
Com vocês, brancos, é o contrário. Vocês aprendem falando. Dão prêmios às crianças que falam mais na escola. Em suas festas, todos tratam de falar. No trabalho estão sempre tendo reuniões nas quais todos interrompem a todos, e todos falam cinco, dez, cem vezes. E chamam isso de “resolver um problema”.
Quando estão numa habitação e há silêncio, ficam nervosos. Precisam preencher o espaço com sons. Então, falam compulsivamente, mesmo antes de saber o que vão dizer.
Vocês gostam de discutir. Nem sequer permitem que o outro termine uma frase. Sempre interrompem. Para nós, isso é muito desrespeitoso e muito estúpido, inclusive.
Se começas a falar, eu não vou te interromper. Te escutarei. Talvez deixe de escutá-lo se não gostar do que estás dizendo. Mas não vou te interromper. Quando terminares, tomarei minha decisão sobre o que disseste, mas não te direi se não estou de acordo, a menos que seja importante.
Do contrário, simplesmente ficarei calado e me afastarei. Terás dito o que preciso saber. Não há mais nada a dizer.
Mas isso não é suficiente para a maioria de vocês. Deveríamos pensar nas suas palavras como se fossem sementes. Deveriam plantá-las, e permiti-las crescer em silêncio.
Nossos ancestrais nos ensinaram que a terra está sempre nos falando, e que devemos ficar em silêncio para escutá-la.
Existem muitas vozes além das nossas.
Muitas vozes…
Só vamos escutá-las em silêncio.
By Sabedoria Indígena.
Uma vez, Renato Russo disse, com uma sabedoria ímpar: “Digam o que disserem, o mal do século é a solidão”. Pretensiosamente, digo que assino embaixo, sem dúvida alguma. Parem para notar, os sinais estão batendo em nossa cara todos os dias.
Baladas recheadas de garotas lindas, com roupas cada vez mais micros e transparentes, danças e poses em closes ginecológicos, chegam sozinhas. E saem sozinhas. Empresários, advogados, engenheiros que estudaram, trabalharam, alcançaram sucesso profissional e… sozinhos.
Tem mulher contratando homem para dançar com elas em bailes, os novíssimos “personal dancers”… incrível, né? E não é só sexo não, se fosse era resolvido fácil, alguém duvida?
Estamos é com carência de passear de mãos dadas, dar e receber carinho sem necessariamente ter que depois mostrar performances dignas de um atleta olímpico, fazer um jantar pra quem você gosta e depois saber que vão “apenas” dormir abraçados… sabe, essas coisas simples que perdemos nessa marcha de uma evolução cega!
Pode fazer tudo, desde que não interrompa a carreira, a produção. Tornamo-nos máquinas e agora estamos desesperados por não saber como voltar a “sentir”! Só isso, algo tão simples que a cada dia fica tão distante de nós.
Quem duvida do que estou dizendo é só dar uma olhada nas redes sociais o número de grupos como: “Quero um amor pra vida toda!”, “Eu sou pra casar!” e até a desesperançada “Nasci pra ser sozinho!”. Unindo milhares, ou melhor, milhões de solitários em meio a uma multidão de rostos cada vez mais estranhos, plásticos, quase etéreos e inacessíveis.
Vivemos cada vez mais tempo, retardamos o envelhecimento e estamos cada dia mais belos e… mais sozinhos. Sei que estou parecendo o solteirão infeliz, mas pelo contrário, pra chegar a escrever estas bobagens (mais que verdadeiras) é preciso encarar os fantasmas de frente e aceitar essa verdade de cara limpa. Todo mundo quer ter alguém ao seu lado, mas hoje em dia é feio, demodèe, brega.
Alô, gente! Felicidade, amor, todas essas emoções nos fazem parecer ridículos, abobalhados… mas e daí? Seja ridículo, não seja frustrado, “pague mico”, saia gritando e falando bobagens, pague pra ver, você vai descobrir, mais cedo ou mais tarde, que o tempo pra ser feliz é curto, e cada instante que vai embora não volta.
Mais (estou muito brega!): aquela pessoa que passou hoje por você na rua, talvez nunca mais volte a vê-la, quem sabe ali estivesse a oportunidade de um sorriso a dois.
Quem disse que ser adulto é ser ranzinza? Um ditado tibetano diz que, se um problema é grande demais não pense nele, e se ele é pequeno demais, pra quê pensar nele? Dá pra ser um homem de negócios e tomar iogurte com o dedo ou uma advogada de sucesso que adora rir de si mesma por ser estabanada; o que realmente não dá é continuarmos achando que viver é out, que o vento não pode desmanchar o nosso cabelo ou que eu não posso me aventurar a dizer pra alguém: “vamos ter bons e maus momentos e uma hora ou outra, um dos dois (ou quem sabe até os dois), vai querer pular fora. Mas se eu não pedir para que fique comigo porque pessoas vão se machucar, tenho certeza que vou me arrepender pelo resto da vida”. Afinal, pessoas sempre vão se machucar… até mesmo quem não se arrisca!
Antes idiota que infeliz!
Desconheço a autoria.
Estamos em um novo milênio. Alguns de nós têm sido conscientes de que uma determinada forma de pensar e atuar desembarcou na mudança climática, no consumismo que empobrece aos pobres e na ausência dos valores que geram plenitude!
Dizem por aí que aqueles que não contemplam sua história estão condenados a repeti-la e, embora o começo do novo milênio marcou um ponto de reflexão para começar a fazer as coisas de forma diferente, só a vontade e a decisão pessoal e intransferível de ir além dos mapas da realidade que tínhamos concebido até agora poderão superar os limites que nos pusemos para encontrar novas soluções aos conflitos que assolam o mundo.
Se pretendermos trocar “a realidade”, é lícito perguntar-se:
– “O que é a realidade? O que abrange, onde termina e onde começa?”
A física quântica vem nos complicar um pouco mais as coisas afirmando que a realidade observada depende da condição do observador. Esta ideia proposta já faz muitos séculos pelos místicos foi magistralmente resumida pelo linguista Korzybsky ao dizer: “o mapa não é o território”. Se o mapa mental fosse tão exato como o território ocuparia exatamente o mesmo lugar, com o qual não seria funcional, não nos caberia na mochila.
Cada pessoa confecciona em sua mente um mapa funcional “da realidade” atendendo às experiências e sucessos que considera mais relevantes, ou os que nós costumamos registrar. Deste modo, sintetizamos “a realidade” em um mapa controlável que vai condicionar o que percebemos, o que recordamos, como o relacionamos e, portanto, como valorizamos o vivido.
Segundo a linguística, há três formas básicas de síntese mental para que a realidade se converta em um mapa de bolso: o princípio da generalização, da omissão e da distorção. Dito de outra forma, todos nós sem exceção, para gerar explicações sobre o que está se passando em nosso mundo, recorremos a: generalizar ideias com base na nossa experiência; omitir certa parte da informação e relacionar e encadear sucessos; e distorcer, segundo nosso próprio critério.
O mapa da compreensão do Universo e do comportamento das partículas elementares que conformam a matéria proposto pela ciência atual diz-nos que não existe separação entre as partículas, que tudo é energia em distintos graus vibratórios e que toda separação é ilusória. Como diz David Bohm:
– “A comunicação entre partículas muito distantes é possível porque, na realidade, não estão separadas”.
E Paul Davies afirma:
– “O Universo (e todo o contido nele) não está formado por um conjunto de partes separadas, mas sim, existe uma espécie de unidade universal”.
Acredito que todos havemos escutado estas teorias que constituem o novo paradigma, mais amplo, para explicar o Universo e as relações dos objetos entre si. Se aplicarmos este mesmo mapa para pensarmos no Ser humano, suas relações com outros e com a natureza, o conceberíamos como uma Unidade constituída por infinidade de “partículas” aparentemente separadas, embora unidas entre si, em constante comunicação!
O antigo modelo da civilização grega concebe o ser humano constituído por três planos de manifestação: soma ou corpo físico, psique que é o conjunto de intelecto e emoções (chamada alma e/ou mente) e pneuma, o plano mais sutil (ao que chamamos espírito). Neste antigo modelo, se descreve à psique constituída por uma matéria flexível e de grande plasticidade que cumpre a função de conexão entre soma e pneuma, o corpo e o espírito.
Este mapa do ser humano esteve presente em todas as colocações físicas e humanistas das civilizações antigas e, embora tenha sido abandonado por nossa civilização ocidental faz poucos séculos, começou a ser recuperado parcialmente no início dos anos 50 com o conceito de que o homem é uma unidade psicossomática.
Ao longo da história, e dependendo das teorias emergentes em cada época, se sintetizou “a realidade” generalizando algumas ideias e omitindo e distorcendo – relacionando – outras. Havemos generalizado a importância do pneuma omitindo o soma e a psique (Idade Média) ou havemos relacionado soma e psique omitindo o nous (positivismo).
Para elaborar uma teoria controlável, generalizamos um modelo de relações que sempre limitará de alguma forma nossa compreensão, mas será controlável. Isto é vital para nos darmos conta de que o que pensamos sobre a realidade é uma síntese e não é tão infalível, é um mapa útil com todas as limitações de um mapa de bolso que merece a pena ser revisado e analisado para saber que parâmetros temos generalizado, omitido e distorcido.
Einstein insistia em que não se pode resolver nenhum problema do mesmo nível de consciência no que se criou. É hora de ampliar nosso mapa da realidade para procurar novos pensamentos e ações ante o grande desafio do século XXI. Cada um terá que fazer sua própria análise para re-elaborar seu mapa, ocupar seu lugar e efetuar as ações oportunas em consequência.
Minha re-elaboração pessoal adquiriu o paradigma da ciência atual para acreditar que todos e tudo está interconectado e unido por uma energia comum, que meus pensamentos, sentimentos e ações têm consequências em todo o planeta. Este mapa mental me tem feito pôr muita atenção e carinho aos pensamentos, sentimentos e ações do dia a dia, sabendo que posso projetar consolo para Nova Orleans e que posso limpar o planeta desencardindo minhas próprias ações.
Também ressoa em mim essa realidade interconectada do pneuma-psico-somático apontada nos gregos e acredito que todos os campos têm incidência uns sobre os outros, que somos capazes de adoecer e sanar com nossos pensamentos, emoções e experiências espirituais e que o trabalho corporal me aproxima do centro psicológico e à experiência espiritual.
Se quiser trocar “a realidade”, talvez seja interessante compreender primeiro como elaborou teu próprio mapa mental, o que procura generalizar, omitir, relacionar/distorcer. Talvez este seja o primeiro passo para gerar novas ações, novos modelos para um tempo novo.
Desconheço a autoria.