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A marionete

Posted in Inspiração with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 24/10/2014 by Joe

A marionete

Se, por um instante, Deus se esquecesse de que sou uma marionete de trapo e me presenteasse com um pedaço de vida, possivelmente não diria tudo o que penso, mas, certamente, pensaria tudo o que digo.

Daria valor às coisas, não pelo que valem, mas pelo que significam.

Dormiria pouco, sonharia mais, pois sei que a cada minuto que fechamos os olhos, perdemos sessenta segundos de luz. Andaria quando os demais parassem, acordaria quando os outros dormem. Escutaria quando os outros falassem e gozaria um bom sorvete de chocolate.

Se Deus me presenteasse com um pedaço de vida, vestiria simplesmente, me jogaria de bruços no solo, deixando a descoberto não apenas meu corpo, como minha alma.

Deus meu, se eu tivesse um coração, escreveria meu ódio sobre o gelo e esperaria que o sol saísse. Pintaria, com um sonho de Van Gogh sobre estrelas, um poema de Mario Benedetti e uma canção de Serrat seria a serenata que ofereceria à Lua.

Regaria as rosas com minhas lágrimas para sentir a dor dos espinhos e o encarnado beijo de suas pétalas.

Deus meu, se eu tivesse um pedaço de vida… Não deixaria passar um só dia sem dizer às gentes – te amo, te amo. Convenceria cada mulher e cada homem que são os meus favoritos e viveria enamorado do amor.

Aos homens, lhes provaria como estão enganados ao pensar que deixam de se apaixonar quando envelhecem, sem saber que envelhecem quando deixam de se apaixonar.

A uma criança, lhe daria asas, mas deixaria que aprendesse a voar sozinha.

Aos velhos ensinaria que a morte não chega com a velhice, mas com o esquecimento.

Tantas coisas aprendi com vocês, os homens…

Aprendi que todo mundo quer viver no cimo da montanha, sem saber que a verdadeira felicidade está na forma de subir a escarpa.

Aprendi que, quando um recém-nascido aperta com sua pequena mão pela primeira vez o dedo de seu pai, o tem prisioneiro para sempre.

Aprendi que um homem só tem o direito de olhar um outro de cima para baixo para ajudá-lo a levantar-se.

São tantas as coisas que pude aprender com vocês, mas, finalmente, não poderão servir muito porque quando me olharem dentro dessa maleta, infelizmente estarei morrendo.

By Gabriel Garcia Marques.

A sabedoria do silêncio interno

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A sabedoria do silêncio interno

O palavreado constante de nossa mente e de nossa boca esgota o Chi (energia criadora) e nos debilita consideravelmente. Fale simplesmente quando for necessário. Pense no que vai dizer antes de abrir a boca. Seja breve e preciso, já que cada vez que deixa sair a palavra pela boca, deixa sair, ao mesmo tempo, parte da sua vitalidade.

Desenvolva a arte de falar sem perder a energia.

Nunca faça promessas que não possa cumprir. Não se queixe e não utilize em seu vocabulário palavras que projetem imagens negativas, porque isto produzirá ao teu redor tudo o que criou com suas palavras carregadas da energia criadora.

Se não tem nada de bom, verdadeiro e útil a dizer, é melhor se calar e não dizer nada.

Aprenda a ser como um espelho: observe e reflita a energia. O próprio Universo é o melhor exemplo de um espelho que a natureza nos deu, porque ele aceita, sem condições, nossos pensamentos, nossas emoções, nossas palavras, nossas ações, e nos envia o reflexo de nossa própria energia através das diferentes circunstâncias que se apresentam em nossas vidas.

Se você se identifica com o fracasso, terá fracasso. Se você se identifica com o êxito, terá êxito. Assim, podemos observar que as circunstâncias que vivemos são, simplesmente, manifestações externas do conteúdo de nossa conversa interna.

Aprenda a ser como o Universo, escutando e refletindo a energia sem emoções densas e sem prejuízos. Porque sendo como um espelho sem emoções, aprendemos a falar de outra maneira. Com o poder mental tranquilo e em silêncio, sem lhe dar oportunidade de se impor com suas opiniões pessoais e evitando que tenha reações emocionais excessivas, simplesmente permita uma comunicação sincera e fluida.

Não se dê muita importância. Seja humilde, porque quanto mais se mostrar superior, inteligente e prepotente, mais se tornará prisioneiro de sua própria imagem, e viverá num mundo de tensões e ilusões.

Seja discreto, preserve a sua vida íntima. Desta maneira você se libera da opinião dos outros e terá uma vida tranquila e benevolente. Não entre em competição com os demais; torne-se como a terra que nos nutre, que nos dá o necessário.

Ajude os outros perceberem suas qualidades, suas virtudes e a brilhar. O espírito competitivo faz com que o ego cresça, nos separe e cria conflitos, inevitavelmente.

Tenha confiança em si mesmo, preserve sua paz interna evitando entrar em provocações e nas trapaças dos outros.

Não se comprometa facilmente. Se agir de maneira precipitada, sem ter consciência profunda da situação, vai acabar criando complicações. As pessoas não têm confiança naqueles que dizem “sim” muito facilmente porque sabem que esse famoso “sim” não é sólido e lhe falta valor.

Tome um momento de silêncio interno para considerar tudo que se apresenta a ti, e só então tome uma decisão. Assim, desenvolverá a confiança em si mesmo e a sabedoria.

Se realmente há algo que não sabe, ou não tenha a resposta a uma pergunta que tenham feito, aceite o fato. O fato de não saber é muito incômodo para o ego porque ele gosta de saber tudo, sempre ter razão e sempre dar sua opinião muito pessoal. Na realidade, o ego nada sabe, simplesmente faz acreditar que sabe.

Evite o hábito de julgar e criticar as pessoas. Cada vez que você julga alguém, a única coisa que faz é expressar sua opinião pessoal, e isso é uma perda de energia, é puro barulho. Julgar é uma maneira de esconder suas próprias fraquezas. O sábio a tudo tolera, sem dizer uma palavra.

Recorde-se que tudo que te incomoda nos outros é uma projeção de tudo que não venceu em si mesmo. Deixe que cada um resolva seus problemas e concentre sua energia em sua própria vida.

Ocupe-se de si mesmo, não se defenda. Quando você tenta se defender, na realidade está dando demasiada importância às palavras dos outros, dando mais força à agressão deles. Se aceitar não se defender estará mostrando que as opiniões dos demais não te afetam, que são simplesmente opiniões, e que não necessita convencer os outros para ser feliz.

Teu silêncio interno o torna impassível. Faça uso regular do silêncio para educar teu ego que tem o mal costume de falar o tempo todo. Pratique a arte do não falar. Tome um dia da semana para abster-se de falar. Ou, pelo menos, algumas horas no dia, segundo permitir a sua organização pessoal.

Progressivamente, irá desenvolver a arte de falar sem falar, e sua verdadeira natureza interna substituirá sua personalidade artificial, deixando aparecer a luz do seu coração e o poder da sabedoria do silêncio. Graças a esssa força atrairá para si tudo que necessita para sua própria realização e completa liberação.

Porém, tenha cuidado para que o ego não se infiltre. O poder permanece quando o ego se mantém tranquilo e em silêncio. Se teu ego se impõe e abusa desse poder, o mesmo poder se converterá em um veneno, e todo seu ser se envenenará rapidamente.

Fique em silêncio, cultive seu próprio poder interno. Assim, pois, silencie.

Respeite a vida dos demais e de tudo que existe no mundo.

Não force, manipule ou controle o próximo.

Converta-se em seu próprio Mestre e deixe os demais serem o que são, ou o que têm a capacidade de ser.

Dizendo em outras palavras, viva seguindo a vida sagrada do TAO.

Texto Taoísta.

Pessoas sensíveis

Posted in Reflexão with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 22/11/2012 by Joe

Nenhum de nós pode escolher as coisas que nos acontecem, algumas boas, outras más. Mas todos nós podemos escolher nossa resposta às coisas que nos acontecem. Você não é prisioneiro das reações.

Algumas pessoas dizem que são muito “sensíveis”, que se magoam facilmente, que se decepcionam com amigos, colegas e família e com aquilo que outros dizem ou fazem. Tais pessoas, que se dizem “muito sensíveis”, na verdade não têm muita sensibilidade.

Pessoas sensíveis (por definição) são capazes de obter uma gama maior de informações sensoriais e emocionais vindas de outros e, portanto, geralmente são muito mais compreensivas, calmas e raramente se desapontam com os comportamentos alheios, exatamente porque sua sensibilidade aguçada mostra mais do que as aparências, evitando que se desapontem. Além disso, pessoas sensíveis jamais dizem que são sensíveis.

Então, o que são aquelas pessoas que a todo momento se definem como sensíveis, que ficam deprimidas por razões aparentemente pequenas e cujos dias são destruídos por uma advertência do chefe, por uma crítica dos colegas, por uma frase mal construída de um membro da família? Elas não são sensíveis?

Não.

Tais pessoas são reativas – o contrário de sensíveis. Pessoas reativas não pensam. Ou melhor, pensam que pensam, quando somente reagem emocionalmente a qualquer coisa, sem refletir, sem controlar, sem observar o todo, como crianças.

Todos nós somos reativos, vez ou outra, mas conforme amadurecemos nos tornamos menos reativos e mais sensíveis, já que escolhemos nossas respostas. Quando somos crianças, simplesmente reagimos (o que é natural), por isso adultos reativos são, normalmente, acusados de um comportamento infantil e birrento.

Uma pessoa sensível (por obter mais informações que estão à sua volta) raramente perde o controle, mesmo quando atacada porque, sendo sensível, ela observa e escolhe a melhor resposta. Raramente reage, como um animal faminto faria.

Você não tem o poder de escolher aquilo que te acontecerá hoje, amanhã ou depois. Mas você tem o poder de escolher a melhor resposta que dará a tudo o que vai te acontecer. Resposta não é reação. Reação é sinônimo de programa automático. Resposta é sinônimo de escolha.

Seja mais sensível a partir de agora, evitando dizer a primeira coisa que lhe venha à mente, mesmo que seja algo que você diz pra você mesmo. Escolha as palavras, escolha os pensamentos, escolha as respostas, fugindo da armadilha que torna a vida das pessoas reativas sempre dependente de cada problema que acontece.

E observe aqueles que dizem que são “sensíveis”. Olhe o comportamento dessas pessoas. Você verá que elas são completamente dependentes dos humores dos outros e dos acontecimentos externos. Elas simplesmente reagem, por mais que racionalizem e se enganem, afirmando que suas reações são causadas por sua suposta sensibilidade. Sempre apresentarão razões para suas dores e tristezas, mas ainda assim estarão somente reagindo.

Você tem o poder de escolher aquilo que é melhor. Você pode! Porque, como afirma Stephen Covey: “Entre o que acontece comigo e minha reação ao que acontece comigo, há um espaço. Neste espaço está minha capacidade em escolher minhas respostas e definir meu destino”.

Desconheço a autoria.

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