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Erótica é a alma

Posted in Astral with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 17/02/2015 by Joe
Erotize sua alma
Adélia Prado certa vez escreveu: “Erótica é a alma”. Além de poética, a frase é redentora, pois alivia o peso da sensualidade a qualquer custo, a busca desenfreada pela juventude perdida, a corrida pelos últimos lançamentos da indústria cosmética.E nos autoriza a cuidar mais da alma, a viajar pro interior, a descobrir o que nos completa. Pois se os olhos são as janelas da alma, de que adianta levantar pálpebras se descortinam um olhar de súplica?

Erótica é a alma que se diverte, que se perdoa, que ri de si mesma e faz as pazes com sua história. Que usa a espontaneidade pra ser sensual, que se despe de preconceitos, intolerâncias, desafetos. Erótica é a alma que aceita a passagem do tempo com leveza e conserva o bom humor apesar dos vincos em torno dos olhos e o código de barras acima dos lábios…

Erótica é a alma que não esconde seus defeitos, que não se culpa pela passagem do tempo. Erótica é a alma que aceita suas dores, atravessa seu deserto e ama sem pudores. Porque não adianta sex-shop sem sex-appeal; bisturi por fora sem plástica por dentro; lifting, botox, laser e preenchimento facial sem cuidado com aquilo que pensa, processa e fala; retoque de raiz sem reforma de pensamento; strip-tease sem ousadia ou espontaneidade.

Querendo ou não, iremos todos envelhecer, faz parte da vida. As pernas irão pesar, a coluna doer, o colesterol aumentar. A imagem no espelho irá se alterar gradativamente e perderemos estatura, lábios e cabelos. A boa notícia é que a alma pode permanecer com o humor dos dez, o viço dos vinte e o erotismo dos trinta anos, se você permitir.

O segredo não é reformar por fora. É, acima de tudo, renovar a mobília interior, tirar o pó, dar brilho, trocar o estofado, abrir as janelas, arejar o ambiente. Porque o tempo, invariavelmente, irá corroer o exterior. E quando ocorrer, o alicerce precisa estar forte pra suportar.

Não tem problema cuidar do corpo. É primordial ter saúde e faz bem dar um agrado à autoestima. O perigo é ficar refém do espelho, obcecado pelo bisturi, viciado em reduzir, esticar, acrescentar, modelar – até plástica íntima andam fazendo!

Aprenda: bisturi algum vai dar conta do buraco de uma alma negligenciada anos a fio!

Vivemos a era das emergências. De repente tudo tem conserto, tudo se resolve num piscar de olhos; há varinha de condão e tarja preta pra sanar dores do corpo, alma e coração. Como canta Nando Reis, “O mundo está ao contrário e ninguém reparou…”

Desaprendemos a valorizar aquilo que é importante, o que é eterno, o que tem vocação de eternidade. E de tanto lustrar a carapaça, vivemos a “Síndrome da Maça do Amor”: brilhantes por fora e podres por dentro. O tempo tornou-se escasso, acreditamos que “perdemos tempo” quando lemos um livro inteiro, quando passamos horas com nossos filhos, quando oramos ou viajamos com a família. E nos iludimos achando que poderemos “segurar o tempo” cuidando da flacidez, esticando a pele, preenchendo espaços.

Cuide do interior. Erotize a alma. Enriqueça seu tempo com uma nova receita culinária, boas conversas, um curso de canto ou dança. Leia, medite, cultive um jardim. Sinta o sol no rosto e por um instante não se preocupe com o envelhecimento cutâneo.

Alongue-se, experimente o prazer que seu corpo ainda pode lhe proporcionar. Não se ressinta das novas dores, da pouca agilidade, dos novos vincos. Descubra, enfim, que a alegria pode rejuvenescer mais que o botox. E não se esqueça: em vez de se concentrar no lustre da maçã, trate de aproveitar o sabor que ela ainda é capaz de proporcionar…

By Fabíola Simões.

Gelatina de manga

Posted in Receitas with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 20/07/2013 by Joe

Gelatina de manga

Gelatina é uma sobremesa que quase todo mundo gosta. Ela é bem fácil de preparar, combina com vários pratos e pode ser encontrada em diversas cores e sabores.

Mas aí pinta uma dúvida? Você sabe do que é feita a gelatina? Não? Então prepare-se porque, acredito, algumas pessoas vão torcer o nariz quando souberem a sua origem!

A gelatina é produzida a partir da pele, ossos, tendões e fibras que unem músculos aos ossos de porcos e bois! Eca, né? Essa ideia pode não parecer muito apetitosa, mas faz sentido quando paramos pra analisar e vemos que a gelatina é um tipo de proteína chamada colágeno e que existe em grande quantidade nessas partes do corpo dos animais, além do nosso próprio.

É sempre bom lembrar os benefícios que o colágeno (além da queratina e proteínas encontradas nessas partes dos porcos e bois) possui e auxilia na prevenção de dores nas articulações, combate a flacidez, impede a deformação dos ossos, auxilia em dietas, fortalece cabelos e unhas, fortalece os ossos, auxilia na cicatrização e previne o organismo contra doenças como a artrose e a osteoporose. Sua composição contém nove dos dez aminoácidos que o organismo necessita. Não possui gordura, colesterol e nem contra-indicações, devendo ser consumida, no mínimo, 250 ml por dia.

Para virar gelatina, essa pele, tendões e ossos de porcos e bois passam por um processo um tanto longo. Lavados e fervidos (para tirar a gordura), ficam de molho numa solução ácida ou alcalina para que as moléculas do colágeno sejam quebradas em pedaços menores, permitindo que se torne solúvel.

Depois é preciso submetê-los à secagem, formando as folhas de gelatina. Trituradas, essas folhas viram pó e, depois de misturadas a açúcar, corantes e aromatizantes, vão para os supermercados em saquinhos e viram sobremesas deliciosas!

E, por falar em sobremesa deliciosa, bem simples de preparar, saborosíssima, nutritiva, além de um visual muito lindo.

Gelatina de manga

Ingredientes

2 pacotes de gelatina em pó branca, sem sabor
1/3 de xícara (chá) de água para dissolver a gelatina
6 mangas descascadas cortadas em pedaços
1 ½ xícara (chá) de água
1 xícara (chá) de açúcar
1 xícara (chá) de creme de leite

Modo de preparo

Dissolva as gelatinas na água, em banho-maria, mexendo bem até que estejam bem diluídas.

Bata a manga com a água no liquidificador. Passe por uma peneira, acrescente ½ xícara do açúcar e misture bem. Numa tigela, coloque cinco xícaras da mistura de manga, junte a gelatina e o creme de leite. Mexa bem até ficar homogêneo. Despeje numa forma de 25 cm de diâmetro untada com óleo e deixe na geladeira até firmar. Desenforme e reserve.

Misture a manga e o açúcar restantes e use como calda ao servir.

By Joemir Rosa.

O exemplo sempre fala mais alto

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Mostrar e enxergar

As sandálias do discípulo fizeram um barulho especial nos degraus da escada de pedra que levavam aos porões do velho convento. Era naquele local que vivia um homem muito sábio.

O jovem empurrou a pesada porta de madeira, entrou e demorou um pouco para acostumar os olhos com a pouca luminosidade.

Finalmente, ele localizou o ancião sentado atrás de uma enorme escrivaninha, tendo um capuz a lhe cobrir parte do rosto. De forma estranha, apesar do escuro, ele fazia anotações num grande livro, tão velho quanto ele.

O discípulo se aproximou com respeito e perguntou, ansioso pela resposta:

– “Mestre, qual o sentido da vida?”

O idoso monge permaneceu em silêncio. Apenas apontou um pedaço de pano, um trapo grosseiro no chão junto à parede. Depois, apontou seu indicador magro para o alto, para o vidro da janela, cheio de poeira e teias de aranha.

Mais do que depressa, o discípulo pegou o pano, subiu em algumas prateleiras de uma pesada estante forrada de livros. Conseguiu alcançar a vidraça, e começou a esfregá-la com força, retirando a sujeira que impedia a transparência. O sol inundou o aposento e iluminou, com sua luz, estranhos objetos, instrumentos raros, dezenas de papiros e pergaminhos com misteriosas anotações.

Cheio de alegria, o jovem declarou:

– “Entendi, mestre! Devemos nos livrar de tudo aquilo que não permita o nosso aprendizado. Buscar retirar o pó dos preconceitos e as teias das opiniões que impedem que a luz do conhecimento nos atinja. Só então poderemos enxergar as coisas com mais nitidez!”

Fez uma reverência e saiu do aposento, a fim de comunicar aos seus amigos o que aprendera.

O velho monge, de rosto enrugado e ainda encoberto pelo largo capuz, sentiu os raios quentes do sol a invadir o quarto com uma claridade a que se desacostumara. Viu o discípulo se afastando, sorriu levemente e falou:

– “Mais importante do que aquilo que alguém mostra é o que o outro enxerga. Afinal, eu só queria que ele colocasse o pano no lugar de onde caiu!”

Pense em como aquilo que você faz todos os dias está influenciando os outros. Por isso, aja sempre no bem. Faça as coisas corretas, começando pelas pequenas coisas como, por exemplo, manter limpa a cidade. Seja você aquele que não joga papel no chão. Coloque-o no bolso, na bolsa, num lugarzinho no chão do carro. Quando passar por uma lixeira, deposite-o ali.

Seja você aquele que respeita os sinais de trânsito. Não estacione seu carro sobre a calçada. Não estacione em fila dupla.

Respeite as filas de ônibus, do banco, do supermercado, em qualquer lugar. Espere a sua vez sem reclamar e nem xingar. Preserve a paz.

Não arranque flores dos jardins públicos, mesmo que seja para plantar em sua casa, em seu jardim. Preserve o que é de todos.

Enfim, dê o bom exemplo em tudo.

Ao seu lado, sempre haverá uma criança, um jovem, um adulto, alguém enfim que se achará no direito de fazer o que você faz, principalmente se você for alguém que ele respeita, como o pai, a mãe, o professor, o melhor amigo, o político conhecido na cidade.

E lembra-se:

– “Mais importante do que aquilo que alguém mostra é o que o outro enxerga!”

Desconheço a autoria.

Arriscar

Posted in Reflexão with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , on 28/09/2010 by Joe

Um homem estava perdido no deserto, prestes a morrer de sede. Eis que ele chegou a uma cabana velha, desmoronando, sem janelas, sem teto. O homem andou por ali e encontrou uma pequena sombra onde se acomodou, fugindo do calor do sol desértico.

Olhando ao redor viu uma velha bomba de água, bem enferrujada. Ele se arrastou até ali, agarrou a manivela e começou a bombear, a bombear, a bombear sem parar. Nada aconteceu. Desapontado, caiu prostrado, para trás. E notou que ao seu lado havia uma velha garrafa. Olhou-a, limpou-a, removendo a sujeira e o pó, e leu um recado que dizia:

– “Você precisa primeiro preparar a bomba com toda água desta garrafa, meu amigo. Depois faça o favor de encher a garrafa outra vez antes de partir”.

O homem arrancou a rolha da garrafa e, de fato, lá estava ela! A garrafa estava quase cheia de água! De repente, ele se viu num dilema. Se bebesse aquela água, poderia sobreviver. Mas, se despejasse toda aquela água na velha bomba enferrujada, talvez obtivesse água fresca, bem fria, lá do fundo do poço, toda água que quisesse. Ou talvez não.

Que deveria fazer? Despejar a água na velha bomba e esperar vir a ter água fresca, fria, ou beber a água da velha garrafa e desprezar a mensagem? Deveria perder toda aquela água, na esperança daquelas instruções pouco confiáveis, escritas não sabia quando?

Com relutância, o homem despejou toda a água na bomba. Em seguida, agarrou a manivela e começou a bombear… e a bomba pôs-se a ranger e chiar sem fim. E nada aconteceu! E a bomba foi rangendo e chiando…

Então, começou a surgir um fiozinho de água; depois, um pequeno fluxo e, finalmente, a água jorrou com abundância! Para alívio do homem, a bomba velha fez jorrar água fresca, cristalina.

Ele encheu a garrafa e bebeu dela ansiosamente. Encheu-a outra vez e tornou a beber seu conteúdo refrescante. Em seguida, voltou a encher a garrafa para o próximo viajante. Encheu-a até o gargalo, arrolhou-a e acrescentou uma pequena nota:

– “Creia-me, funciona. Você precisa dar toda a água antes de poder obtê-la de volta.”

Quantas vezes temos medo de iniciar um novo projeto pois este demandará um enorme investimento de tempo, recursos, preparo e conhecimento? Quantos ficam parados, satisfazendo- se com resultados medíocres, quando poderiam conquistar significativas vitórias???

By Charlles Swindoll.

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