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L’omelette de la Mère Poulard

Posted in Receitas with tags , , , , , , , , , on 03/12/2011 by Joe

A história do omelete perde-se no tempo. Dizem que surgiu na antiga Pérsia. Ovos batidos eram misturados com ervas picadas, fritos até ficarem firmes, e depois cortados em pedaços, para formar um prato conhecido como ‘kookoo’.

Acredita-se que essa receita chegou até a Europa através do Oriente Médio e da África do Norte, onde foi sofrendo adaptações e originou a “frittata” italiana, a “tortilla” espanhola e a “omelette” francesa.

Conta-se que na França, em 1888, uma senhora chamada Annette Poulard montou uma pousada junto com seu marido, no Monte Saint-Michel, na Normandia. A pousada chamava-se L’ Auberge Saint-Michel Tête D’ Or e lá eram recebidos viajantes famintos e cansados. Uma mesa bem grande, sempre posta, ao lado da lareira onde ela cozinhava, acolhia os visitantes, de braços abertos. Mère Poulard, como era conhecida, era muito simpática e hospitaleira e sempre preparava pratos nutritivos e bem saborosos. Fazia uma “quiche normande” que era muito conhecida nas redondezas.

Contudo, o que tornou Mère Poulard famosa até os dias de hoje, foi a invenção da célebre omelete. Ela queria um prato que sustentasse, fosse rápido no preparo e saboroso.

Sabe-se que ela usava o que havia de melhor: “fines herbes” dos terrenos da Bretanha e Normandia, ovos de sua granja e manteiga feita por ela. Mas havia um segredo! Uns diziam que era o separar da gema e da clara; outros, que ela colocava um cálice de creme de leite fresco, e até há quem diga que umas gotas de “bordeaux” era adicionado à receita.

Ninguém saberá jamais!

Quando alguém perguntava o segredo, Mme. Poulard respondia: “Nada como o calor da lenha queimada…”

Até hoje só sabemos alguns rumores de como Mme. Poulard fazia sua omelete. A felicidade proporcionada por ela com a calorosa cozinha oferecida a transformou em rainha nos corações dos felizardos hóspedes. A herança que essa mulher deixou tem inspirado até hoje os grandes chefs de cuisine.

Algumas receitas foram preparadas e testadas e – dizem! – se aproximam bastante da receita preparada por Mère Poulard. Acho que vale a pena experimentar a receita abaixo, uma das mais repetidas nas pesquisas que fiz. Eu, particularmente, gostei bastante do resultado. Espero que vocês também curtam!

L’omelette de la Mère Poulard

Ingredientes

150 ml de leite
30 gramas de manteiga sem sal
4 ovos inteiros
sal a gosto
ervas finas a gosto
30 gramas de farinha de trigo
1/2 colher (café) de bicarbonato
1 colher de sopa de manteiga (para untar a assadeira)
100 gramas de queijo prato ralado
70 gramas de parmesão ralado

Modo de preparo

Bata bem os ovos com o bicarbonato até ficarem cremosos e brancos. Ferva o leite, adicione a manteiga até dissolver e, ainda quente, incorpore aos ovos batidos, sempre batendo bem. Em seguida adicione o sal, as ervas finas e a farinha de trigo e misture tudo muito bem até dissolver a farinha.

Unte com manteiga uma assadeira pequena que possa ir ao forno. Acrescente metade da massa. Adicione metade dos queijos (prato e parmesão) ralados, coloque o restante da massa e, em seguida, a outra metade dos queijos por cima.

Leve ao forno, pré-aquecido a 180 graus, por uns 10 minutos até dourar nas laterais. Retire do recipiente e dobre ao meio. Sirva com salada verde, arroz ou até mesmo com molho de tomate e manjericão.

Algumas variações na receita podem ser feitas, como a adição de outras ervas e temperos ao gosto de cada um.

By Joemir Rosa.

Mjadra

Posted in Receitas with tags , , , , , , , on 03/09/2011 by Joe

A mjadra (aportuguesando a pronúncia, le-se mijadra) é um prato de origem persa muito consumido por sírios, libaneses, e judeus de origem árabe. Atualmente, conforme a região ou o país, também é conhecido com outras denominações. No Egito é chamado de kushari e na Síria, de mujaddara. Esse prato é também preparado, com ligeiras variações, em vários países não-árabes do Mediterrâneo.

A mjadra era o prato dos pobres, por excelência. Popularizou-se no mundo árabe nos anos 40 e 50 do século passado por conta das sucessivas guerras e migrações. A facilidade de sua conservação e do transporte de seus ingredientes – arroz e lentilhas – ajudou a difundí-lo, sobretudo em períodos de conflitos sociais e guerras.

Um convidado à mesa de um árabe jamais era brindado com mjadra, fato que, sem dúvida, seria considerado uma ofensa. Porém, se o convidado solicitasse ao anfitrião, antecipadamente, um prato de mjadra, isso significava uma mútua confiança, exigência de austeridade e confissão tácita de humildade por parte do convidado.

Porém, entre quatro paredes, a mjadra não é um prato secundário, mas sim, o prato principal e alimento habitual para a maioria da população árabe.

História e etiquetas à parte, vamos, então, à receita, porque estamos aqui para saborear um delicioso prato e não para conversar! Ah, sim, como sempre, existem várias formas de preparo e com algumas variações de ingredientes e no preparo. Aqui, uma receita fácil de preparar, com ingredientes simples.

Mjadra

Ingredientes

6 cebolas grandes fatiadas bem fininho
1/2 colher (sopa) óleo
1/2 colher (sopa) azeite
1 xícara de arroz
1 xícara de lentilhas
1 colher (sopa) de fermento biológico em pó
sal a gosto
3 xícaras de água fervente

Modo de preparo

Lave bem o arroz e escorra. As lentilhas devem ser lavadas e ficar de molho por uma ou duas horas com em água misturada com 1 colher de sopa de fermento biológico em pó. Isto deixará as lentilhas bem macias. Depois, escorrra e lave bem.

Refogue a cebola no azeite e óleo em fogo médio até ficarem douradas. Mexa de vez em quando para evitar que queimem. Quando estiverem douradas, tempere com sal e reserve metade para decorar. Na outra metade, refogue o arroz na frigideira por 2 minutos e junte a lentilha. Passe tudo para uma panela e cubra com a água fervendo. Coloque sal, tomando cuidado para não exceder na quantidade.

Deixe cozinhar em fogo médio com a panela tampada. Se a água secar e o arroz e lentilha ainda não estiverem cozidos, acrescente mais 1/2 xícara de água fervendo. Quando estiver pronto, decore com a outra metade das cebolas e sirva acompanhado de salada árabe.

Salada árabe

Ingredientes

2 pepinos
1 maço de hortelã
1 copo de coalhada fresca
sal a gosto
azeite a gosto

Modo de preparo

Descasque os pepinos deixando 3 tiras finas da casca e fatie em rodelas. Arrume em uma travessa e tempere com sal e azeite. Triture o maço de hortelã com a faca e salpique metade dela por cima das fatias de pepino. Depois despeje a coalhada por cima das fatias de pepino, salpique o restante da hortelã e sirva.

By Joemir Rosa.

Denver omelette

Posted in Receitas with tags , , , , , , , , on 01/01/2011 by Joe

Quando postei a receita da famosa L’omelette de la Mère Poulard, contei um pouco da história do omelete. Dizem que surgiu na antiga Pérsia, onde ovos batidos eram misturados com ervas picadas, fritos até ficarem firmes, e depois cortados em pedaços, para formar um prato conhecido como “kookoo“.

Acredita-se que essa receita tenha chegado até a Europa através do Oriente Médio e da África do Norte, onde foi sofrendo adaptações e originou a “frittata” italiana, a “tortilla” espanhola e a “omelette” francesa.

Nos Estados Unidos a western omelette, também conhecida como Denver Omelette, é uma espécie de tortilla francesa elaborada com pedaços de presunto, cebolas e pimentões. Consumida com frequência no médio-oeste dos Estados Unidos e às vezes tem queijo e acompanha-se com batatas fritas.

E é exatamente a receita desse prato – muito saborosa, por sinal – que trago para começar o Ano Novo!

Denver Omelette

Ingredientes

1 dente de alho picado
1/2 cebola em fatias finas
azeite ou manteiga
1/2 xícara (chá) de presunto magro picado
1/2 xícara (chá) cogumelos fatiados
pimenta-do-reino e sal a gosto
3 ovos grandes
1 colher (sopa) de leite desnatado
1/4 colher (chá) cúrcuma
1 colher (sopa) de queijo parmesão ralado
1/2 xícara (chá) de pimentão picado
1 tomate picado, sem pele e sementes
manjericão
queijo de sua preferência, ralado grosso

Modo de preparo

Prepare o recheio primeiro. Aqueça uma frigideira com tefal, coloque um pouco de azeite e refogue o alho e a cebola. Adicione o presunto, o cogumelo, sal e pimenta. De uma rápida refogada e depois remova da frigideira, mantendo aquecido.

Com um garfo, bata levemente o ovo e as claras, o queijo parmesão ralado, o leite, a cúrcuma, sal e pimenta. Reaqueça a frigideira em fogo médio, adicione a mistura de ovos e quando começar a borbulhar, diminua o fogo. Deixe endurecer, mas não completamente. Coloque o recheio em uma metade do omelete. Acrescente o tomate picado, o pimentão, o manjericão e o queijo ralado grosso. Dobre com uma espátula. Retire do fogo e sirva.

By Joe.

L’omelette de la Mère Poulard

Posted in Receitas with tags , , , , , , , , on 10/04/2010 by Joe

A história do omelete perde-se no tempo. Dizem que surgiu na antiga Pérsia. Ovos batidos eram misturados com ervas picadas, fritos até ficarem firmes, e depois cortados em pedaços, para formar um prato conhecido como ‘kookoo’.

Acredita-se que essa receita chegou até a Europa através do Oriente Médio e da África do Norte, onde foi sofrendo adaptações e originou a “frittata” italiana, a “tortilla” espanhola e a “omelette” francesa.

Conta-se que na França, em 1888, uma senhora chamada Annette Poulard montou uma pousada junto com seu marido, no Monte Saint-Michel, na Normandia. A pousada chamava-se L’ Auberge Saint-Michel Tête D’ Or e lá eram recebidos viajantes famintos e cansados. Uma mesa bem grande, sempre posta, ao lado da lareira onde ela cozinhava e acolhia os visitantes, de braços abertos.  Mère Poulard, como era conhecida, era muito simpática e hospitaleira e sempre preparava pratos nutritivos e bem saborosos. Fazia uma “quiche normande” que era muito conhecida nas redondezas.

Contudo, o que tornou Mère Poulard famosa até os dias de hoje, foi a invenção da célebre omelete. Ela queria um prato que sustentasse, fosse rápido no preparo e saboroso.

Sabe-se que ela usava o que havia de melhor, “fines herbes” dos terrenos da Bretanha e Normandia, ovos de sua granja e manteiga feita por ela. Mas havia um segredo! Uns diziam que era o separar da gema e da clara; outros, que ela colocava um cálice de creme de leite fresco e até há quem diga que umas gotas de “Bordeaux” era adicionado à receita.

Ninguém saberá jamais!

Quando alguém perguntava o segredo, Mme. Poulard respondia: “Nada como o calor da lenha queimada…”

Até hoje só se sabem alguns rumores de como Mme. Poulard fazia sua omelete.

A felicidade proporcionada por ela com a calorosa cozinha oferecida a transformava em rainha nos corações dos felizardos hóspedes. A herança que essa mulher deixou tem inspirado até hoje os grandes chefs de cuisine.

Algumas receitas foram preparadas e testadas e – dizem! – se aproximam bastante da receita preparada por Mère Poulard. Acho que vale a pena experimentar a receita abaixo, uma das mais repetidas nas pesquisas que fiz. Eu, particularmente, gostei bastante do resultado. Espero que vocês também curtam!

L’omelette de la Mère Poulard

Ingredientes

150 ml de leite
30 gramas de manteiga sem sal
4 ovos inteiros
sal a gosto
30 gramas de farinha de trigo
1/2 colher (café) de sal de frutas (ou bicarbonato)
1 colher de sopa de manteiga (para untar a assadeira)
100 gramas de queijo prato ralado
70 gramas de parmesão ralado

Modo de preparo

Bata bem os ovos com o sal de frutas até ficarem cremosos e brancos. Ferva o leite, adicione a manteiga até dissolver e, ainda quente, incorpore aos ovos batidos, sempre batendo bem. Em seguida adicione o sal e a farinha de trigo e misture tudo muito bem até dissolver a farinha.

Unte com manteiga uma assadeira pequena que possa ir ao forno. Acrescente metade da massa. Adicione metade dos queijos (prato e parmesão) ralados, coloque o restante da massa e, em seguida, a outra metade dos queijos por cima.

Leve ao forno, pré-aquecido a 180 graus, por uns 10 minutos até dourar nas laterais. Retire do recipiente e dobre ao meio. Sirva com salada, arroz ou até mesmo com molho de tomate e manjericão.

Algumas variações na receita podem ser feitas, como a adição de ervas finas e outros temperos ao gosto de cada um.

By Joe.

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