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Passividade

Posted in Comportamento with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 28/08/2015 by Joe

Passividade

Uma coisa que sempre me pergunto é o porquê das pessoas sempre almejarem algo melhor, uma melhora, mas nunca fazerem nada de concreto para isso.

É muito fácil jogar a culpa nos outros, no governo, nos políticos, e ficar em casa tranquilamente vendo o Jornal Nacional. Muitos vão à igreja, mas saem de lá falando mal dos próprios irmãos. Na verdade, isso tudo é inerente ao ser humano e, infelizmente, difícil de mudar.

Se levarmos em conta que o homem é um animal como qualquer outro, e que no reino animal sempre tem o que “manda mais”, veremos que a igualdade tanto pregada é apenas uma utopia. Desde a Lei da Evolução das Espécies (de Darwin) até as leis econômicas do capitalismo, vemos que o mais forte sobrevive. E olha que falamos de leis naturais.

Portanto, não acho que um dia poderá existir a igualdade, mas sim um método melhor de distribuição de riquezas, que afete menos a sociedade como um todo, cobrindo lacunas hoje existentes.

Desconheço a autoria, mas expressou uma verdade crua, sem utopia, sem falsas esperanças como as que estamos acostumados a ver e ler por aí.

Lidando com a raiva

Posted in Reflexão with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 23/12/2014 by Joe

Lidando com a raiva

No livro “A Arte de Lidar Com a Raiva”, o Dalai Lama conta um historinha muito sábia.

Um eremita vivia sozinho nas montanhas. Certo dia, um pastor passou pelo refúgio do ermitão e perguntou-lhe o que estava fazendo ali no meio do nada. O eremita respondeu:

– “Estou meditando sobre a paciência”.

Silêncio.

Passado um bom tempo, o pastor virou-se para ir embora e gritou:

– “Ah, antes que eu me esqueça, vá para o inferno!!!”

E, imediatamente, o eremita, furioso, replicou:

– “Ora, vá você para o inferno!!!”

Rindo, o pastor seguiu seu caminho, não sem antes lembrar ao solitário que a paciência precisava antes de tudo ser posta em prática!

Esta história traz verdades profundas escondidas atrás de uma aparente simplicidade. Primeiro, ficamos sabendo que nossa paciência e tolerância estão sendo testadas a cada passo que damos.

Vamos lá, confira você mesmo as chances que teve hoje de estourar com alguém ou com alguma coisa! A raiva do ermitão nos faz perceber também que a paciência não é virtude que se desenvolva na solidão. Ao contrário, ela nasce do convívio.

Um rabino disse certa vez:

– “Não existe desenvolvimento espiritual fora do mundo. A gente precisa ser sábio aqui no meio dos homens, vivendo com eles, sofrendo com eles. Pular fora é fácil, mas não é para isto que estamos aqui!”

Conclusão: você pode ficar anos sem ver nenhuma criatura nem sofrer nenhuma contrariedade. No minuto em que você puser os pés no mundo de novo, os gatilhos que fazem detonar sua raiva vão estar lá, ao alcance do seu dedo.

Lidar com a raiva. Será possível? O Dalai Lama explica que a paciência e a tolerância “derivam da capacidade de permanecer firme e inabalável, de não se deixar sufocar pelas situações ou condições adversas”.

Nada a ver com sinais de fraqueza, passividade ou falta de entusiasmo. Coisas de gente débil, que aceita tudo. Não. Ao contrário, paciência e tolerância são sinais de força de caráter.

– “Pessoas que exercitam a tolerância e a paciência”, adverte o Dalai Lama, “mesmo que vivam em um ambiente agitado e estressante, conseguem manter a calma, a serenidade e a paz de espírito”.

Repararam no verbo exercitar? É isso mesmo, estes estados de alma são alcançados se você se acostumar a praticá-los. Simplesmente. Praticar a paciência, no entanto, seria um exercício vazio, se não fosse a compaixão. É ela que dá força e razão de ser para nossa vontade de melhorar e de contribuir para um mundo melhor.

– “A compaixão pode ser aproximadamente definida como um estado da mente que é não-violento, não-prejudicial, não-agressivo”, avisa o Dalai Lama, e completa: “nós possuímos, de forma inerente, este potencial ou base para a compaixão, assim como a natureza humana básica e fundamental é a gentileza”.

E, para começar, vou pegar estes dois versos do “Guia para o Modo de Vida do Bodhisattva”, do sábio Shantideva, para pendurá-los na porta da minha geladeira:

“Qualquer coisa que me aconteça não vai perturbar minha alegria mental. Por me fazer infeliz, não realizarei o que desejo e minhas virtudes não vão definhar.”

– “Por que ser infeliz com alguma coisa que a gente pode consertar? E de que adianta ser infeliz com algo que não é possível remediar?”

By Dalai Lama.

Sinto vergonha de mim

Posted in Atualidade with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 07/10/2014 by Joe

Sinto vergonha de mim

Sinto vergonha de mim, por ter sido educador de parte deste povo, por ter batalhado sempre pela justiça, por compactuar com a honestidade, por primar pela verdade, e por ver este povo já chamado varonil, enveredar pelo caminho da desonra.

Sinto vergonha de mim, por ter feito parte de uma era que lutou pela democracia, pela liberdade de ser e ter que entregar aos meus filhos, simples e abominavelmente a derrota das virtudes pelos vícios, a ausência da sensatez no julgamento da verdade, a negligência com a família, célula-mater da sociedade, a demasiada preocupação com o ‘eu’ feliz a qualquer custo, buscando a tal ‘felicidade’ em caminhos eivados de desrespeito para com o seu próximo.

Tenho vergonha de mim pela passividade em ouvir, sem despejar meu verbo a tantas desculpas ditadas pelo orgulho e vaidade, a tanta falta de humildade para reconhecer um erro cometido, a tantos ‘floreios’ para justificar atos criminosos, a tanta relutância em esquecer a antiga posição de sempre ‘contestar’, voltar atrás e mudar o futuro.

Tenho vergonha de mim, pois faço parte de um povo que não reconheço, enveredando por caminhos que não quero percorrer…

Tenho vergonha da minha impotência, da minha falta de garra, das minhas desilusões e do meu cansaço. Não tenho para onde ir, pois amo este meu chão, vibro ao ouvir o meu Hino e jamais usei a minha Bandeira para enxugar o meu suor, ou enrolar o meu corpo na pecaminosa manifestação de nacionalidade.

Ao lado da vergonha de mim, tenho tanta pena de ti, povo deste mundo!

“De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude. A rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto” (Rui Barbosa).

By Cleide Canton, texto erroneamente atribuído a Ruy Barbosa. De Ruy Barbosa é apenas a citação final, colocada entre aspas, no original.

21 de Abril

Posted in Atualidade, Reflexão with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 21/04/2014 by Joe

Povo burro

Com base em um índice que mede o grau de educação de um país, o Brasil ficou em 53º lugar, num ranking entre 65 países! E ficamos lamentando o 22º lugar nas últimas olimpíadas!

Vejam bem: num país onde não se investe em educação, cultura, saúde, 22º lugar é praticamente medalha de ouro!

O Brasil é um país de 4º mundo que bota banca de 1º mundo, com uma população massiva que sofre, enquanto meia dúzia gasta milhões de dólares em compras em Miami e Nova Yorque, onde essa massa passiva não se interessa por cidadania, por educação, preferindo gastar horas e horas diariamente na frente do computador e da televisão – a nossa grande “Mestra” – do que pegar um livro pra ler ou fazer um curso gratuito dos tantos que são oferecidos pela própria Internet e que ainda reclamam da vida, da situação em que vivem, da falta de dinheiro para suas necessidades, da falta de segurança nas ruas e até dentro de casa!

Porém, quando chamados a manifestar sua indignação, seus protestos contra os bandidos políticos que (des)governam este país, simplesmente não comparecem, não se interessam em mudar nada!

Este ano teremos eleições, a chance de mostrar toda a nossa indignação, nossa revolta contra o atual estado de coisas que estão aí! Vamos realmente mudar alguma coisa – ou pelo menos tentar – ou vamos dar continuidade, votando nos mesmos políticos, nos nomes mais conhecidos, no mais bonitinho, nos que dizem “roubar, mas fazer”?

Que país vamos deixar para nossos filhos e netos? Antes disso, como será este país daqui alguns anos quando precisarmos viver na dependência de uma mísera aposentadoria e talvez dependamos de um SUS, de um hospital público?

Ah, entendi! Você é rico e tem plano de saúde, sua família está bem amparada finaceiramente!! Então pense nos que nada têm – e quando digo “nada têm” estou me referindo a quem nada tem mais a perder – e estão começando a perceber que é mais fácil tirar de quem tem, porque não foram educados a pensar coletivamente, não tiveram escola, nem saúde, nem moradia! É o que estamos vendo todos os dias nos noticiários, não é?

Está mais do que na hora de pensarmos nisso também! Ou será que, além de passivos, somos um povo burro?

Não acha que é chegada a hora de tomarmos as rédeas do nosso futuro? Afinal, apesar de ser 21 de Abril, nenhum novo Tiradentes irá aparecer para tentar nos livrar dos grilhões da passividade, da burrice e da falta de educação!

By Joemir Rosa.

O poder de nossas escolhas

Posted in Reflexão with tags , , , , , , , , , , , on 11/10/2010 by Joe

Coisas ruins não são o pior que pode nos acontecer. O que de pior pode nos acontecer é NADA.

Uma vida fácil nada nos ensina. No fim, é o que aprendemos o que importa: o que aprendemos e como nos desenvolvemos.

Traçamos nossas vidas pelo poder de nossas escolhas. Quando nossas escolhas são feitas passivamente, quando não somos nós mesmos que traçamos nossas vidas, nos sentimos frustrados.

Uma pequena mudança hoje pode acarretar-nos um amanhã profundamente diferente. São grandes as recompensas para aqueles que têm a coragem de mudar, mas essas recompensas acham-se ocultas pelo tempo.

Geramos nossos próprios meios. Obtemos exatamente aquilo pelo que lutamos. Somos responsáveis pela vida que nós próprios criamos. Quem terá a culpa, a quem cabe o louvor, senão a nós mesmos? Quem pode mudar nossas vidas, a qualquer tempo, senão nós mesmos?

Deus sabe que isto é verdade.

By Richard Bach.

Até quando?

Posted in Reflexão with tags , , , , , , , , , on 11/08/2009 by Joe

CaladosPrimeiro levaram os negros.
Mas não me importei com isso …
Eu não era negro.
 
Em seguida levaram alguns operários.
Mas não me importei com isso …
Eu também não era operário.
 
Depois prenderam os miseráveis.
Mas não me importei com isso …
Porque eu não sou miserável.
 
Depois agarraram uns desempregados
Mas como tenho meu emprego …
Também não me importei.
 
Agora estão me levando.
Mas já é tarde…
Como eu não me importei com ninguém,
Ninguém se importa comigo.
 
By Bertold Brecht (1898-1956)

Um dia vieram
e levaram meu vizinho que era judeu.
Como não sou judeu, não me incomodei.
 
No dia seguinte
vieram e levaram meu outro vizinho que era comunista.
Como não sou comunista, não me incomodei.
 
No terceiro dia vieram e levaram meu vizinho católico.
Como não sou católico, não me incomodei.
 
No quarto dia, vieram e me levaram;
já não havia mais ninguém para reclamar…
 
By Martin Niemöller, símbolo da resistência aos nazistas, em 1933.

Na primeira noite eles se aproximam
e roubam uma flor do nosso jardim…
E não dizemos nada.
 
Na segunda noite, já não se escondem;
pisam as flores, matam nosso cão…
e não dizemos nada.
 
Até que um dia, o mais frágil deles
entra sozinho em nossa casa,
rouba-nos a luz e, conhecendo nosso medo,
arranca-nos a voz da garganta.
 
E já não podemos dizer nada.
 
By Eduardo Alves Costa, poeta, carioca, em 1967.

Primeiro eles roubaram nos sinais,
mas não fui eu a vítima …
 
Depois incendiaram os ônibus,
mas eu não estava neles …
 
Depois fecharam ruas,
onde não moro;
 
Fecharam então o portão da favela,
que não habito;
 
Em seguida arrastaram até a morte uma criança,
que não era meu filho…
 
By Cláudio Humberto, em Fevereiro de 2009.

Primeiro, eles podaram o Congresso
que se realizaria na década de 70 em Salvador…
E nós ficamos quietos.
 
Depois, empurraram com a barriga durante 30 anos
E nós aceitamos.
 
Aí, pressionados pela sociedade,
marcaram o Congresso com um nome que nada
tem a ver com o que está ocorrendo …
E nós permanecemos calados.
 
Agora, estão colocando no temário tudo o que for melhor para eles.
E nós não temos, sequer, coragem de opinar.
 
Um dia haverá menos empregos disponíveis e salários ainda menores…
Porque não fomos capazes de defender nossos direitos!
 
Texto atribuído a Haroldo Ribeiro.
 
Nota do Blog:

Muitos poetas, pensadores e escritores vêm nos alertando há tempos e os nossos governantes continuam a delapidar o erário público, aniquilar as instituições (né, Sarney?), deixando o pobre cidadão cada vez mais pobre e cada vez menos cidadão!

Até quando vamos nos calar e continuar dizendo “amém” para tudo que acontece em nosso país?
Até quando vamos continuar escolhendo sempre os mesmos para serem a voz que foi roubada de nossas gargantas?
Até quando, Brasil, manteremos nosso direito ao silêncio?

Até quando ???

By Joe.

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