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Abandonando a negatividade

Posted in Ciência with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 17/09/2015 by Joe

Abandonando a negatividade

Toda resistência interior é vivenciada como uma negatividade. Toda negatividade é uma resistência. Nesse contexto, as duas palavras são quase sinônimas. A negatividade vai de uma irritação ou impaciência a uma raiva furiosa, de um humor deprimido ou um ressentimento a um desespero suicida.

Às vezes, a resistência faz disparar o sofrimento emocional, caso em que mesmo uma situação banal pode produzir uma negatividade intensa, como a raiva, a depressão ou um profundo pesar.

O ego acredita que, através da negatividade, pode manipular a realidade e conseguir o que deseja. Acredita que, através dela, pode atrair uma circunstância desejável ou dissolver uma indesejável. Sempre que estamos infelizes, acreditamos inconscientemente que a infelicidade “compra” para nós o que queremos. Se “você” – a mente – não acreditou que a infelicidade funciona, por que a criaria?

O fato é que essa negatividade não funciona! Em vez de atrair uma circunstância desejável, ela a interrompe ao nascer. Em vez de desfazer uma circunstância indesejável, ela a mantém no lugar. Sua única utilidade é que ela fortalece o ego, e essa é a razão pela qual ele a adora.

Uma vez que você tenha se identificado com alguma forma de negatividade, não vai querer que ela desapareça e, em um nível inconsciente mais profundo, não vai desejar uma mudança positiva. Ela iria ameaçar a sua identidade como uma pessoa depressiva, zangada ou difícil de lidar. Você, então, passa a ignorar, negar ou sabotar aquilo que é positivo em sua vida. É um fenômeno comum. E também doentio.

A negatividade é completamente antinatural. É um poluente psíquico e existe um vínculo profundo entre o envenenamento e a destruição da natureza e a grande negatividade que vem sendo acumulada na psique coletiva humana. Nenhuma outra forma de vida no planeta conhece a negatividade, somente os seres humanos, assim como nenhuma outra forma de vida violenta e envenena a Terra que a sustenta.

Você já viu uma flor infeliz ou um carvalho estressado? Já cruzou com um golfinho deprimido, um sapo com problemas de autoestima, um gato que não consegue relaxar, ou um pássaro com ódio e ressentimento? Os únicos animais que eventualmente vivenciam alguma coisa semelhante à negatividade, ou mostram sinais de comportamento neurótico, são os que vivem em contato íntimo com os seres humanos e assim se ligam à mente humana e à insanidade deles.

Observe as plantas e animais, aprenda com eles a aceitar aquilo que é. Deixe que eles lhe ensinem o que é Ser, o que é integridade – estar em unidade, ser você mesmo, ser verdadeiro. Aprenda como viver e como morrer, e como não fazer do viver e do morrer um problema.

Até mesmo os patos nos ensinam importantes lições espirituais. Observá-los é uma meditação. Como eles flutuam em paz, de bem com eles mesmos, totalmente presentes no agora, dignos e perfeitos, tanto quanto uma criatura sem mente pode ser.

Eventualmente, no entanto, dois patos vão se envolver em uma briga, algumas vezes sem nenhuma razão aparente ou porque um pato penetrou no espaço particular do outro. A briga geralmente dura só alguns segundos e então os patos se separam, nadam em direções opostas e batem suas asas com força, por algumas vezes. Então, continuam a nadar em paz, como se a briga nunca tivesse acontecido.

Ao bater as asas eles estavam soltando a energia acumulada, evitando assim que ela ficasse aprisionada no corpo e se transformado em negatividade. Isso é sabedoria natural. É fácil para eles porque não têm uma mente para manter vivo o passado, sem necessidade, e então construir uma identidade em volta dele.

By Eckhart Tolle.

A vida é agora!

Posted in Inspiração with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 03/03/2014 by Joe

O tempo

Dizem que a vida é curta, mas não é verdade. A vida é longa para quem consegue viver pequenas felicidades. E essa tal felicidade anda por aí, disfarçada, como uma criança traquina, brincando de esconde-esconde.

Infelizmente, às vezes não percebemos isso e passamos nossa existência colecionando e dando muito valor aos nãos: a viagem que não fizemos, o presente que não demos, o beijo que não roubamos, a festa à qual não fomos, o amor que não vivemos, o perfume que não sentimos, o abraço que não demos, o “eu te amo” que não falamos…

A vida é mais emocionante quando se é ator e não espectador, quando se é piloto e não passageiro, pássaro e não paisagem, cavaleiro e não montaria. E como ela é feita de instantes, não pode e nem deve ser medida em anos ou meses, mas em minutos e segundos.

Esta mensagem é um tributo ao tempo. Tanto aquele tempo que você soube aproveitar no passado, quanto aquele tempo que você não vai desperdiçar no futuro.

Porque a vida é agora…

Viva!!!

Desconheço a autoria.

Abandonando a negatividade

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Abandonando a negatividade

Toda resistência interior é vivenciada como uma negatividade. Toda negatividade é uma resistência. Nesse contexto, as duas palavras são quase sinônimas. A negatividade vai de uma irritação ou impaciência a uma raiva furiosa, de um humor deprimido ou um ressentimento a um desespero suicida.

Às vezes, a resistência faz disparar o sofrimento emocional, caso em que mesmo uma situação banal pode produzir uma negatividade intensa, como a raiva, a depressão ou um profundo pesar.

O ego acredita que, através da negatividade, pode manipular a realidade e conseguir o que deseja. Acredita que, através dela, pode atrair uma circunstância desejável ou dissolver uma indesejável. Sempre que estamos infelizes, acreditamos inconscientemente que a infelicidade “compra” para nós o que queremos. Se “você” – a mente – não acreditou que a infelicidade funciona, por que a criaria?

O fato é que essa negatividade não funciona! Em vez de atrair uma circunstância desejável, ela a interrompe ao nascer. Em vez de desfazer uma circunstância indesejável, ela a mantém no lugar. Sua única utilidade é que ela fortalece o ego, e essa é a razão pela qual ele a adora.

Uma vez que você tenha se identificado com alguma forma de negatividade, não vai querer que ela desapareça e, em um nível inconsciente mais profundo, não vai desejar uma mudança positiva. Ela iria ameaçar a sua identidade como uma pessoa depressiva, zangada ou difícil de lidar. Você, então, passa a ignorar, negar ou sabotar aquilo que é positivo em sua vida. É um fenômeno comum. E também doentio.

A negatividade é completamente antinatural. É um poluente psíquico e existe um vínculo profundo entre o envenenamento e a destruição da natureza e a grande negatividade que vem sendo acumulada na psique coletiva humana. Nenhuma outra forma de vida no planeta conhece a negatividade, somente os seres humanos, assim como nenhuma outra forma de vida violenta e envenena a Terra que a sustenta.

Você já viu uma flor infeliz ou um carvalho estressado? Já cruzou com um golfinho deprimido, um sapo com problemas de autoestima, um gato que não consegue relaxar, ou um pássaro com ódio e ressentimento? Os únicos animais que eventualmente vivenciam alguma coisa semelhante à negatividade, ou mostram sinais de comportamento neurótico, são os que vivem em contato íntimo com os seres humanos e assim se ligam à mente humana e à insanidade deles.

Observe as plantas e animais, aprenda com eles a aceitar aquilo que é. Deixe que eles lhe ensinem o que é Ser, o que é integridade – estar em unidade, ser você mesmo, ser verdadeiro. Aprenda como viver e como morrer, e como não fazer do viver e do morrer um problema.

Até mesmo os patos nos ensinam importantes lições espirituais. Observá-los é uma meditação. Como eles flutuam em paz, de bem com eles mesmos, totalmente presentes no agora, dignos e perfeitos, tanto quanto uma criatura sem mente pode ser.

Eventualmente, no entanto, dois patos vão se envolver em uma briga, algumas vezes sem nenhuma razão aparente ou porque um pato penetrou no espaço particular do outro. A briga geralmente dura só alguns segundos e então os patos se separam, nadam em direções opostas e batem suas asas com força, por algumas vezes. Então, continuam a nadar em paz, como se a briga nunca tivesse acontecido.

Ao bater as asas eles estavam soltando a energia acumulada, evitando assim que ela ficasse aprisionada no corpo e se transformado em negatividade. Isso é sabedoria natural. É fácil para eles porque não têm uma mente para manter vivo o passado, sem necessidade, e então construir uma identidade em volta dele.

By Eckhart Tolle.

Seja você mesmo

Posted in Reflexão with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 08/11/2012 by Joe

Certo dia, um Samurai, que era um guerreiro muito orgulhoso, veio ver um Mestre Zen.

Embora fosse muito famoso, ao olhar o Mestre, sua beleza e o encanto daquele momento, o samurai sentiu-se repentinamente inferior.

Ele então disse ao Mestre:

– “Mestre, por que estou me sentindo inferior? Apenas um momento atrás, tudo estava bem. Quando aqui entrei, subitamente me senti inferior e jamais me senti assim antes.
Encarei a morte muitas vezes, mas nunca experimentei medo algum. Por que estou me sentindo assustado agora?”

O Mestre respondeu:

– “Espere. Quando todos tiverem partido responderei.”

Durante todo o dia, pessoas chegavam para ver o Mestre, e o samurai estava ficando mais e mais cansado de esperar. Ao anoitecer, quando todos tinham saído, o samurai perguntou novamente:

– “Agora você pode responder por que me sinto inferior?”

O Mestre o levou para fora. Era um noite de lua cheia e a lua estava justamente surgindo no horizonte. Ele disse:

– “Olhe para estas duas árvores: a árvore alta e a árvore pequena ao seu lado. Ambas estiveram juntas ao lado da minha janela durante anos e nunca houve problema algum. A árvore menor jamais disse à maior ‘Por que me sinto inferior diante de você?’. Esta árvore é pequena e aquela é grande – este é o fato, e nunca ouvi sussurro algum sobre isso.”

O samurai então argumentou:

– “Isto se dá porque elas não podem se comparar.”

E o Mestre replicou:

– “Então não precisa me perguntar mais nada, você sabe a resposta”.

Quando você não compara, toda a inferioridade e superioridade desaparecem. Você é o que é e simplesmente existe. Um pequeno arbusto ou uma grande e alta árvore, não importa, você é você mesmo.

Uma folhinha da relva é tão necessária quanto a maior das estrelas.

O canto de um pássaro é tão necessário quanto qualquer Buda, pois o mundo será menos rico se este canto desaparecer.

Simplesmente olhe à sua volta. Tudo é necessário e tudo se encaixa. É uma unidade orgânica: ninguém é mais alto ou mais baixo, ninguém é superior ou inferior. Cada um é incomparavelmente único.

Você é necessário e basta. Na Natureza, tamanho não é diferença. Tudo é expressão igual de vida!

Desconheço a autoria.

Dignidade

Posted in Inspiração with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 03/08/2012 by Joe

Certa vez houve uma inundação numa imensa floresta. O choro das nuvens que deveriam promover a vida, dessa vez anunciou morte.

Os grandes animais bateram em retirada fugindo do afogamento, deixando até seus filhos para trás. Devastavam tudo o que estava à frente. Os animais menores seguiam seus rastros.

De repente, uma pequena andorinha, toda ensopada, apareceu na contramão, procurando a quem salvar.

As hienas viram a atitude da andorinha e ficaram admiradíssimas. Disseram:

– “Você é louca! O que poderá fazer com um corpo tão frágil?”

Os abutres bradaram:

– “Utópica! Veja se enxerga a sua pequenez!”

Por onde a frágil andorinha passava, era ridicularizada. Mas, atenta, procurava alguém que pudesse resgatar…

Suas asas batiam fatigadas, quando viu um filhote de beija-flor debatendo-se na água, quase se entregando. Apesar de nunca ter aprendido mergulhar, ela se atirou na água e, com muito esforço, pegou o diminuto pássaro pela asa esquerda. E bateu em retirada, carregando o filhote no bico.

Ao retornar, encontrou outras hienas, que não tardaram muito a declarar:

– “Maluca! Está querendo se heroína!”

Mas não parou; muito fatigada, só descansou após deixar o pequeno beija-flor em local seguro.

Horas depois encontrou as hienas embaixo de uma sombra. Fitando-as nos olhos, deu a sua resposta:

– “Só me sinto digna das minhas asas se eu as utilizar para fazer os outros voarem!”

By Augusto Cury, do livro “O Vendedor de Sonhos”.

O ninho do robin

Posted in Videos with tags , , , , , , on 25/03/2012 by Joe

Robin é um pássaro migratório de peito laranja-avermelhado, muito ativo durante o dia. Tem como característica, estar entre as primeiras aves a cantar pela manhã e entre as últimas a se manifestar ao anoitecer.

Muitas vezes desperta antes do amanhecer, sendo considerado por muitos o símbolo da primavera.

No vídeo de hoje vamos ver um robin fêmea que construiu um ninho e pôs quatro ovos. Num lindo trabalho de filmagem, poderemos ver o que aconteceu durante as quatro semanas após a construção do ninho e o nascimento de seus filhotes.

Mais uma linda lição que a Natureza nos dá!

By Joemir Rosa.

Sexalescentes

Posted in Atualidade with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 02/03/2012 by Joe

Se estivermos atentos, podemos notar que está  aparecendo uma nova franja social: a das pessoas que andam à volta dos sessenta anos de idade, os sexalescentes: é a geração que rejeita a palavra “sexagenário”, porque simplesmente não está nos seus planos deixar-se envelhecer.

Trata-se de uma verdadeira novidade demográfica – parecida com a que, em meados do século XX, se deu com a consciência da idade da adolescência, que deu identidade a uma massa de jovens oprimidos em corpos desenvolvidos, que até então não sabiam onde meter-se, nem como vestir-se.

Este novo grupo humano, que hoje ronda os sessenta, teve uma vida razoavelmente satisfatória.

São homens e mulheres independentes que trabalham há muitos anos e que conseguiram mudar o significado tétrico que tantos autores deram durante décadas ao conceito de trabalho. Que procuraram e encontraram, há muito, a atividade de que mais gostavam e que com ela ganharam a vida.

Talvez seja por isso que se sentem realizados… Alguns nem sonham em aposentar-se!

E os que já se aposentaram, gozam plenamente cada dia, sem medo do ócio ou da solidão, crescem por dentro, quer num, quer na outra. Desfrutam a situação, porque, depois de anos de trabalho, criação dos filhos, preocupações, fracassos e sucessos, sabem bem olhar para o mar, sem pensar em mais nada, ou seguir o voo de um pássaro da janela de um 5.º andar…

Neste universo de pessoas saudáveis, curiosas e ativas, a mulher tem um papel destacado. Traz décadas de experiência de fazer a sua vontade, quando as suas mães só podiam obedecer, e de ocupar lugares na sociedade que as suas mães nem tinham sonhado ocupar.

Esta mulher sexalescente sobreviveu à bebedeira de poder que lhe deu o feminismo dos anos 60. Naqueles momentos da sua juventude, em que eram tantas as mudanças, parou e refletiu sobre o que, na realidade, queria.

Algumas optaram por viver sozinhas, outras fizeram carreiras que sempre tinham sido exclusivamente para homens, outras escolheram ter filhos, outras não, foram jornalistas, atletas, juízas, médicas, diplomatas … Mas cada uma fez o que quis: reconheçamos que não foi fácil e, no entanto, continuam a fazê-lo todos os dias.

Algumas coisas podem dar-se por adquiridas.

Por exemplo, não são pessoas que estejam paradas no tempo: a geração dos “sessenta”, homens e mulheres, lida com o computador como se o tivesse feito toda a vida. Escrevem aos filhos que estão longe (e veem-se), e até se esquecem do velho telefone para contactar os amigos – mandam e-mails com suas notícias, ideias e vivências.

De uma maneira geral, estão satisfeitos com o seu estado civil e, quando não estão, não se conformam e procuram mudá-lo. Raramente se desfazem em prantos sentimentais.

Ao contrário dos jovens, os sexalescentes conhecem e pesam todos os riscos. Ninguém se põe a chorar quando perde: apenas reflete, toma nota, e parte para outra …

Os maiores partilham a devoção pela juventude e as suas formas superlativas, quase insolentes de beleza; mas não se sentem em retirada. Competem de outra forma, cultivam o seu próprio estilo … Os homens não invejam a aparência das jovens estrelas do desporto, ou dos que ostentam um Armani, nem as mulheres sonham em ter as formas perfeitas de uma modelo. Em vez disso, conhecem a importância de um olhar cúmplice, de uma frase inteligente ou de um sorriso iluminado pela experiência.

Hoje, as pessoas na década dos sessenta estreiam uma idade que não tem nome. Antes seriam velhos, e agora já não o são. Hoje têm boa saúde, física e mental, recordam a juventude, mas sem nostalgias, porque a juventude ela própria também está cheia de nostalgias e de problemas.

Celebram o sol em cada manhã e sorriem para si próprios…

Talvez por alguma secreta razão, que só sabem e saberão os que chegam aos 60 no século XXI …

Desconheço a autoria.

Palavras do Grande Inquisidor

Posted in Reflexão with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 23/01/2012 by Joe

Na obra “Os Irmãos Karamazov”, de Dotoiévsksi, há um trecho envolvendo o “Grande Inquisidor”. É assim:

“Jesus havia voltado à terra e andava incógnito entre as pessoas. Todos o reconheciam e sentiam o seu poder, mas ninguém se atrevia a pronunciar o seu nome. Não era necessário. De longe, o Grande Inquisidor o observa no meio da multidão e ordena que ele seja preso e trazido à sua presença. Então, diante do prisioneiro silencioso, ele profere a sua acusação:

– “Não há nada mais sedutor aos olhos dos homens do que a liberdade de consciência, mas também não há nada mais terrível. Em lugar de pacificar a consciência humana, de uma vez por todas, mediante sólidos princípios, Tu lhe ofereceste o que há de mais estranho, de mais enigmático, de mais indeterminado, tudo o que ultrapassava as forças humanas: a liberdade. Agiste, pois, como se não amasses os homens… Em vez de Te apoderares da liberdade humana, Tu a multiplicaste, e assim fazendo, envenenaste com tormentos a vida do homem, para toda a eternidade…”

“O Grande Inquisidor estava certo. Ele conhecia o coração dos homens. Os homens dizem amar a liberdade, mas, de posse dela, são tomados por um grande medo e fogem para abrigos seguros. A liberdade dá medo. Os homens são pássaros que amam o vôo, mas têm medo dos abismos. Por isso abandonam o vôo e se trancam em gaiolas.”

“Somos assim: sonhamos o vôo mas tememos a altura . Para voar é preciso ter coragem para enfrentar o terror do vazio. Porque é só no vazio que o vôo acontece. O vazio é o espaço da liberdade, a ausência de certezas. Mas é isso o que tememos: o não ter certezas. Por isso trocamos o vôo por gaiolas. As gaiolas são o lugar onde onde as certezas moram.

É um engano pensar que os homens seriam livres se pudessem, que eles não são livres porque um estranho os engaiolou, que eles voariam se as portas estivessem abertas… A verdade é oposto. Não há carcereiros. Os homens preferem as gaiolas aos vôos. São eles mesmos que constroem as gaiolas em que se aprisionam…”

“Deus dá a nostalgia pelo vôo. As religiões constroem gaiolas.”

“Os hereges são aqueles que odeiam as gaiolas e abrem as suas portas para que o Pássaro Encantado voe livre. Esse pecado, abrir as portas das gaiolas para que o Pássaro voe livre, não tem perdão. O seu destino é a fogueira”.

Palavras do Grande Inquisidor

By Rubem Alves.

Dar um tempo

Posted in Relacionamentos with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 09/12/2010 by Joe

Não conheço algo mais irritante do que dar um tempo, para quem pede e para quem recebe. O casal lembra um amontoado de papéis colados. Papéis presos. Tentar desdobrar uma carta molhada é difícil. Ela rasga nos vincos.

Tentar sair de um passado sem arranhar é tão difícil quanto. Vai rasgar de qualquer jeito, porque envolve expectativa e uma boa dose de suspense.

Os pratos vão quebrar, haverá choro, dor de cotovelo, ciúme, inveja, ódio. É natural explodir. Não é possível arrumar a gravata ou pintar o rosto quando se briga. Não se fica bonito, o rosto incha com ou sem lágrimas. Dar um tempo é se reprimir, supor que se sai e se entra em uma vida com indiferença, sem levar ou deixar algo. Dar um tempo é uma invenção fácil para não sofrer. Mas dar um tempo faz sofrer pois não se diz a verdade.

Dar um tempo é igual a praguejar “desapareça da minha frente”. É despejar, escorraçar, dispensar. Não há delicadeza. Aspira ao cinismo. É um jeito educado de faltar com a educação. Dar um tempo não deveria existir porque não se deu a eternidade antes. Quando se dá um tempo é que não há mais tempo para dar, já se gastou o tempo com a possibilidade de um novo romance. Só se dá o tempo para avisar que o tempo acabou. E amor não é consulta, não é terapia, para se controlar o tempo.

Quem conta beijos e olha o relógio insistentemente não estava vivo para dar tempo. Deveria dar distância, tempo não. Tempo se consome, se acaba, não é mercadoria, não é corpo. Tempo se esgota, como um pássaro lambe as asas e bebe o ar que sobrou de seu vôo. Qualquer um odeia eufemismo, compaixão, piedade tola. Odeia ser enganado com sinônimos e atenuantes. Odeia ser abafado, sonegado, traído por um termo. Que seja a mais dura palavra, mas nunca dar um tempo.

Dar um tempo é uma ilusão que não será promovida a esperança. Dar um tempo é tirar o tempo. Dar um tempo é fingido. Melhor a clareza do que os modos. Dar um tempo é covardia, para quem não tem coragem de se despedir. Dar um tempo é um tchau que não teve a convicção de um adeus. Dar um tempo não significa nada e é justamente o nada que dói.

Resumir a relação a um ato mecânico dói. Todos dão um tempo e ninguém pretende ser igual a todos nessa hora. Espera-se algo que escape do lugar-comum. Uma frase honesta, autêntica, sublime, ainda que triste. Não se pode dar um tempo, não existe mais coincidência de tempos entre os dois. Dar um tempo é roubar o tempo que foi.

Convencionou-se como forma de sair da relação limpo e de banho lavado, sem sinais de violência. Ora, não há maior violência do que dar o tempo. É mandar matar e acreditar que não se sujou as mãos. É compatível em maldade com “quero continuar sendo teu amigo”. O que se adia não será cumprido depois.

By Fabrício Carpinejar.

As pessoas fazem a diferença

Posted in Inspiração with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 23/06/2010 by Joe

É comum nós falarmos que precisamos resolver este ou aquele problema. Na verdade, os problemas não existem. Ou melhor, os verdadeiros problemas são aqueles que estão dentro de nós e, às vezes, nem percebemos.

É o que ilustra a segunte história:

Um dirigente chegou cansado do trabalho e seu filho de seis anos o chamou para brincar. O pai, como precisava descansar, teve a ideia de recortar um mapa mundi e dar uma tarefa ao filho:

– “Quando você conseguir juntar todas as partes desse mapa, eu vou brincar com você”.

Para surpresa do pai, o filho concluiu a tarefa em poucos minutos. Ao ver que o menino havia realizado a tarefa rapidamente, o pai perguntou:

– “Como você conseguiu fazer isso?”

O garoto respondeu:

– “Foi fácil. Atrás do mapa tem a foto de um homem. Juntei as partes a partir dessa foto”.

A conclusão é a seguinte: para conseguirmos consertar o mundo e remover as dificuldades, devemos antes consertar os homens.

Precisamos aprender a vencer as dificuldades ou obstáculos que nos aparecem, sejam na vida pessoal ou profissional. Isto pode ser feito com estratégia, tática e execução eficazes.

Podemos imaginar que as dificuldades são colocadas diante de nós para que possamos vencê-las e crescer como pessoa. Que tal encarar as dificuldades como oportunidades? Alguns fazem o contrário: vêem as oportunidades como dificuldades.

A forma de perceber a vida com outros olhos faz uma grande diferença. Quanto mais questionarmos aquilo que pensamos ser real, mais nos aproximaremos da verdadeira realidade. Precisamos ter a consciência de que vivemos num mundo de ilusões e nossos órgãos do sentido podem nos enganar. A realidade que está na cabeça de cada um de nós é apenas a nossa realidade.

Alguém já viu um pássaro voar com apenas uma asa? Como, então, poderemos ser bem sucedidos sem usar os dois lados do cérebro? É comum conhecermos pessoas que são pura emoção. Outras são apenas razão.

Neste mundo atual de tanta complexidade, precisamos aprender a usar simultaneamente os dois lados do cérebro – direito (emoção), esquerdo (razão), de modo equilibrado. Temos que ter, ao mesmo tempo, visão sistêmica e holística.

O que hoje pode parecer impossível na nossa vida, é impossível, baseado no paradigma que vivemos. Se mudarmos o paradigma, isso se torna possível.

Na vida somos julgados por quatro coisas: pelo que fazemos; pelo que dizemos; pela aparência; e, pela forma como dizemos o que dizemos.

Ouvimos constantemente as pessoas falarem em sustentabilidade, combate às drogas, segurança, saúde, educação. Tudo isto somente terá as dificuldades resolvidas, ou minimizadas, quando trabalharmos quatro coisas: eficácia pessoal, eficácia interpessoal, eficácia gerencial e eficácia organizacional. Este deve ser o ponto de partida para alcançar melhores resultados.

São as pessoas que fazem as diferenças.

By Edinaldo Marques, professor, palestrante e consultor pós-graduado com mestrado em Administração.

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