Somente a compaixão é terapêutica, porque tudo o que é doença no homem é causado pela falta de amor.
By Osho.
Aprenda a viver com a confusão. Não tenha pressa para concluir. A confusão não é necessariamente algo errado. Não a rotule como sendo confusão. Rotular é errado. Algumas vezes um rótulo errado pode criar muitos problemas.
Isso não é realmente confusão: é um estado de transição, de mudança. Você se desenraizou do velho solo e está procurando pelo novo e, entre os dois, isso acontece.
Isso não é confusão, isso é apenas um hesitante estado de crescimento. Isso é crescimento e sempre que existe crescimento costuma-se rotular como confusão. Mas ao rotular como confusão, você está interpretando errado e começará a tentar resolver de algum jeito. Se você chamar isso de crescimento, então não haverá pressa em resolver. Na verdade, você terá que dar suporte a isso, pois é crescimento.
Se chamar de confusão, você estará condenando e terá que encontrar uma maneira de sair disso. Não há necessidade de sair disso; aprenda a viver com isso. Aprenda a viver com todos os tipos de estados que estarão surgindo. E, se algumas vezes for confusão, o que há de errado na confusão?
Nos ensinaram erradamente que devemos ser absolutamente claros. Somente os tolos conseguem ser absolutamente claros, somente os tolos estão certos.
A confusão é natural: ela é o caos criativo dentro de você. É somente a partir desse caos que a criatividade começa. Chame isso de caos criativo, não chame de confusão.
By Osho, em “The Sacred Yes”.
O homem pode funcionar a partir de três centros: um é a cabeça, outro é o coração e o terceiro é o umbigo!
Quando você funciona a partir da cabeça, você produz pensamentos e pensamentos e pensamentos. Eles são muito insubstanciais, da matéria dos sonhos – eles prometem muito e não entregam nada.
A mente é uma tremenda trapaceira, tem uma grande capacidade de iludir porque ela pode projetar. Ela pode lhe dar grandes utopias, grandes desejos e vai sempre dizendo: “Amanhã vai acontecer…” e nunca acontece. Nada acontece na cabeça – a cabeça não é o lugar para as coisas acontecerem.
O segundo centro é o coração. É o centro do sentir – sentimos através do coração. Você está mais perto de casa – não ainda em casa, mas mais próximo. Quando você sente, você é mais substancial, você tem mais solidez. Quando você sente há a possibilidade de algo acontecer.
Não há nenhuma possibilidade com a cabeça, mas há uma pequena possibilidade com o coração!
A coisa real não é o coração ainda. A coisa real é mais profunda que o coração – é o umbigo. É o centro do ser.
Pensar, sentir e ser – esses são os três centros. Mas, certamente, o sentir está mais próximo do ser do que o pensar, e o sentir funciona como um método.
Se você quiser descer da cabeça, precisará passar pelo coração – esse é o ponto de cruzamento onde as estradas se separam. Você não pode ir diretamente ao ser, não é possível; você precisará passar pelo coração. Assim, o coração deve ser usado como um método.
Sinta mais e você pensará menos. Não lute contra os pensamentos, porque lutar contra os pensamentos significa, novamente, criar outros pensamentos de luta. Então, a mente nunca é derrotada. Se você ganhar, foi a mente que venceu; se você for derrotado, você é o derrotado.
Nunca lute contra os pensamentos; isso é inútil. Em vez de lutar contra os pensamentos, mova a sua energia para o sentir. Cante em vez de pensar, ame em vez de filosofar, leia poesia em vez da prosa. Dance, olhe a natureza, e tudo o que você fizer, faça-o através do coração.
Por exemplo, quando você tocar alguém, toque com o coração, toque sentindo, deixe seu ser vibrar. Quando olhar para alguém, não olhe simplesmente com olhos mortos como pedra. Deixe sua energia verter através dos olhos e, imediatamente, você sentirá que algo está acontecendo no coração. É apenas uma questão de experimentar.
O coração é o centro negligenciado. Quando você começa a prestar atenção nele, ele começa a funcionar. Quando ele começa a funcionar, a energia que estava automaticamente indo para a mente, começa a se mover através do coração. E o coração está mais próximo do centro de energia. O centro de energia está no umbigo. Assim, bombear energia para a cabeça é, na verdade, um trabalho árduo.
É para isso que existem todos os sistemas educacionais: para ensiná-lo a bombear energia do centro, diretamente para a cabeça. De fato, todo o sistema educacional desenvolvido em todo o mundo é para ensiná-lo a evitar o coração, a como tornar-se mais e mais mental e a como bombear a energia diretamente para a cabeça.
Assim, o amor é negado, o sentimento é negado, condenado – é quase um pecado sentir. A pessoa tem de ser lógica e racional, não emocional. Se você for emocional, as pessoas dirão que você é infantil – de certa forma, eles estão literalmente certos, porque só uma criança sente.
Uma pessoa adulta instruída, culta, condicionada, para de sentir. Ela se torna quase seca, madeira morta – não flui mais nenhum sumo dali. Daí haver tanto sofrimento: o sofrimento é por causa da cabeça.
A cabeça não pode celebrar, não há nenhuma celebração possível através da cabeça – ela pode pensar sobre e sobre e sobre, mas ela não pode celebrar. A celebração acontece através do coração.
Assim, a primeira coisa é começar a sentir cada vez mais e mais. Torne-se uma morada de amor, um santuário de amor; este é o primeiro passo. Uma vez que você dê este primeiro passo, o segundo será muito, muito fácil.
Primeiro, você ama – a metade da jornada está completa. E, assim como é fácil mover-se da cabeça para o coração, é ainda mais fácil mover-se do coração para o umbigo. No umbigo você é simplesmente um ser, puro ser.
By Osho, da obra “For Madmen Only”.
Palavras não são apenas palavras. Elas têm disposição de ânimo, climas próprios.
Quando uma palavra se aloja dentro de você, ela traz um clima diferente à sua mente, uma abordagem diferente, uma visão diferente. Chame a mesma coisa de um nome diferente e perceberá: algo fica imediatamente diferente.
Existem as palavras dos sentimentos e as palavras intelectuais. Abandone cada vez mais as palavras intelectuais, use cada vez mais palavras dos sentimentos.
Existem palavras políticas e palavras religiosas. Abandone as palavras políticas.
Existem palavras que imediatamente criam conflito. No momento em que você as pronuncia, surgem discussões. Assim, nunca use uma linguagem lógica e argumentativa. Use a linguagem do afeto, do carinho, do amor, para que não surja discussão alguma.
Se você começar a ficar consciente disso, perceberá uma imensa mudança surgindo. Se você estiver um pouco alerta na vida, muitas infelicidades poderão ser evitadas.
Uma única palavra pronunciada na inconsciência pode criar uma longa corrente de aflição. Uma leve diferença, apenas uma virada muito pequena, e isso cria muita mudança.
Você deveria ser muito cuidadoso e usar as palavras quando absolutamente necessário. Evite palavras contaminadas. Use palavras arejadas, não controversas, que não são argumentos, mas apenas expressões de suas impressões. Se você puder se tornar um especialista em palavras, toda a sua vida será totalmente diferente.
Se uma palavra trouxer infelicidade, raiva, conflito, dor ou discussão, abandone-a. Qual é o sentido de carregá-la? Substitua-a por algo melhor.
O melhor, às vezes, é o silêncio, depois é o canto, a poesia, o amor.
By Osho.
Muitas pessoas insistem em permanecer em relacionamentos falidos porque, apesar das insatisfações, é mais fácil permanecer em sua zona de conforto do que assumir a responsabilidade de ser quem é e correr riscos, aceitar novos desafios, aprender com outras pessoas e situações. É mais fácil ser um dependente emocional e permanecer com pessoas também dependentes.
Livre-se de suas mazelas, tenha coragem de expor o que pensa, o que sente, independente do que o outro vá pensar ou julgar.
Ninguém pode impedi-lo de ser livre. Você pode ser destruído, mas, a menos que você deixe, a sua liberdade não pode ser tirada de você. Em última análise, é sempre o seu desejo de não ser livre que tira a sua liberdade.
É o seu desejo de ser dependente, o seu desejo de negar a responsabilidade de ser você mesmo, que faz de você uma pessoa sem liberdade.
Osho, em “Liberdade: A Coragem de Ser Você Mesmo”.
Osho, mestre da meditação, disse-nos que é através dela que nos tornamos conscientes do nosso verdadeiro Eu.
Disse ele:
“O verdadeiro Eu é perigoso: perigoso para a Igreja estabelecida, perigoso para o Estado, perigoso para as massas, perigoso para a tradição, porque, uma vez que um Homem conheça o seu verdadeiro Eu, torna-se num indivíduo.”
“Deixa de pertencer à psicologia das massas; não será supersticioso e não será explorado, e não poderá ser conduzido como o gado, não poderá ser dirigido e nem comandado. Viverá de acordo com a sua luz; viverá a partir da sua interioridade.”
By Osho.
Ouça-o com muita atenção, com muita consciência e você nunca errará. E, ouvindo o seu coração, você começará a seguir na direção certa, sem mesmo pensar no que é certo ou errado. E segui-lo, onde quer que ele o leve.
Sim, algumas vezes ele o deixará frente a frente com alguns perigos – mas, lembre-se, esses perigos são necessários para que você amadureça.
Outras vezes, ele o fará se extraviar – mas, lembre-se mais uma vez, errar o caminho faz parte do crescimento.
Muitas vezes você cairá – torne a levantar-se, porque é assim que se reúnem forças, caindo e levantando-se novamente.
É assim que se fica integrado…
Mas não siga regras impostas pelo mundo exterior. Nunca imite, seja sempre original. Não vire uma cópia em papel carbono. Mas é isso o que está acontecendo no mundo todo – cópias e cópias em papel carbono.
Cristo é Cristo, Buda é Buda, Krishna é Krishna, e você é você. E você não é, de maneira nenhuma, menos do que ninguém. Respeite-se, respeite sua voz interior e siga-a.
E lembre-se: não estou garantindo a você que essa voz sempre o levará ao lugar certo. Muitas vezes ela o levará ao lugar errado, pois, para encontrar a porta certa, é preciso bater primeiro em algumas – às vezes, até muitas – portas erradas. É assim que as coisas são.
Se você topar de repente com a porta certa, não será capaz de reconhecer se ela é a certa. Portanto, lembre-se de que, no final das contas, nenhum esforço é jamais desperdiçado; todos os esforços contribuem para o apogeu do seu crescimento.
Portanto, não hesite, não fique tão preocupado quando cometer um erro.
Isso é um problema: ensinam às pessoas a nunca fazer nada errado, e então elas hesitam; ficam tão receosas, tão apavoradas com a possibilidade de fazer alguma coisa errada, que ficam empacadas. Não conseguem sair do lugar, alguma coisa pode dar errado. Então, ficam como pedras, perdem todos os movimentos.
Cometa tantos erros quanto possível! Lembre-se apenas de não cometer o mesmo erro duas vezes. E você estará crescendo.
By Osho.
Era uma vez um homem que estava viajando e, acidentalmente, entrou no Paraíso.
No conceito indiano de Paraíso, existem árvores dos desejos. Você simplesmente senta debaixo delas, deseja qualquer coisa e, imediatamente, seu desejo é realizado – não há intervalo entre o desejo e sua realização.
O homem estava cansado e pegou no sono sob a árvore dos desejos. Quando despertou, estava com muita fome, e então disse:
– “Estou com tanta fome… desejaria conseguir alguma comida de algum lugar.”
Imediatamente apareceu comida vinda do nada – simplesmente uma deliciosa comida flutuando no ar. Ele estava tão faminto que não quis nem saber de onde ela viera. Começou a comer imediatamente e a comida era tão deliciosa…
Depois de ter saciado sua fome, olhou à sua volta. Agora estava satisfeito. Outro pensamento surgiu em sua mente:
– “Se ao menos eu conseguisse algo para beber…”
Como não há proibições no Paraíso, imediatamente apareceu um excelente vinho. Bebendo vinho relaxadamente na brisa fresca do lugar, sob a sombra da árvore, começou a pensar:
– “Mas… o que está acontecendo? O que está havendo? Como essa comida e essa bebida apareceram? Estou sonhando ou existem espíritos ao meu redor zombando de mim?”
E os espíritos apareceram! E eram ferozes, horríveis, nauseantes. Ele começou a tremer e um pensamento surgiu em sua mente:
– “Agora vou ser assassinado, com certeza!”
Conforme seu desejo, foi o que aconteceu…
Esta é uma antiga parábola de imenso significado. Sua mente é a arvore dos desejos – o que você pensa, mais cedo ou mais tarde se realiza. Às vezes, o intervalo é tão grande que você se esquece completamente que, de alguma forma, desejou aquilo; então não faz ligação com a fonte.
Mas se olharmos profundamente, perceberemos que todos os nossos pensamentos, medos e receios estão formando nossas vidas. Eles criam o nosso Inferno ou o nosso Paraíso. Criam nossos tormentos ou criam nossas alegrias. Eles criam o negativo ou criam o positivo. Todos aqui são mágicos. E todos estão fiando e tecendo um mundo mágico ao seu redor… e aí são apanhados! A aranha é pega em sua própria teia!
Ninguém o está torturando a não ser você mesmo. E, uma vez que isso seja compreendido, mudanças começam a acontecer. Então, você pode dar a volta, pode transformar seu Inferno em Paraíso! É simplesmente uma questão de pintá-lo a partir de um ângulo diferente.
Seu Paraíso depende apenas de você!
By Osho.