Arquivo para Neurônios

Nossa mente

Posted in Ciência with tags , , , , , , , , , , , , , , , on 08/06/2015 by Joe

A nossa mente original é um microcosmos onde tudo que existe está ali registrado. Trazemos toda a história do Universo em nossos neurônios como uma grande biblioteca, disponível para qualquer consulta.

Um determinado trecho do livro “Ilusões”, de Richard Bach, diz assim:

“Aprender é descobrir aquilo que você já sabe. Ensinar é lembrar aos outros que eles sabem tanto quanto você”.

Portanto, tudo já está em nossa mente, nossa HD com capacidade ilimitada, inclusive as coisas que, por padrão, classificamos como ruins ou não aceitáveis. Mas estão lá!

Cabe a nós, através das vivências e experiências, saber quais arquivos acessar e qual uso fazer deles!

By Joemir Rosa.

Saúde mental

Posted in Reflexão, Saúde with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 21/03/2014 by Joe

Saúde mental

Fui convidado a fazer uma preleção sobre saúde mental. Os que me convidaram supuseram que eu, na qualidade de psicanalista, deveria ser um especialista no assunto. E eu também pensei. Tanto que aceitei. Mas foi só parar para pensar para me arrepender. Percebi que nada sabia. Eu me explico.

Comecei o meu pensamento fazendo uma lista das pessoas que, do meu ponto de vista, tiveram uma vida mental rica e excitante, pessoas cujos livros e obras são alimento para a minha alma. Nietzsche, Fernando Pessoa, Van Gogh, Wittgenstein, Cecília Meireles, Maiakovski. E logo me assustei.

Nietzsche ficou louco. Fernando Pessoa era dado à bebida. Van Gogh matou-se. Wittgenstein alegrou-se ao saber que iria morrer em breve: não suportava mais viver com tanta angústia. Cecília Meireles sofria de uma suave depressão crônica. Maiakovski suicidou-se. Essas eram pessoas lúcidas e profundas que continuarão a ser pão para os vivos muito depois de nós termos sido completamente esquecidos. Mas será que tinham saúde mental?

Saúde mental, essa condição em que as ideias comportam-se bem, sempre iguais, previsíveis, sem surpresas, obedientes ao comando do dever, todas as coisas nos seus lugares, como soldados em ordem unida, jamais permitindo que o corpo falte ao trabalho, ou que faça algo inesperado; nem é preciso dar uma volta ao mundo num barco a vela, basta fazer o que fez Shirley Valentine (se ainda não viu, veja o filme) ou ter um amor proibido ou, mais perigoso que tudo isso, a coragem de pensar o que nunca pensou. Pensar é uma coisa perigosa…

Não, saúde mental elas não tinham. Eram lúcidas demais para isso. Elas sabiam que o mundo é controlado pelos loucos e idosos de gravata. Sendo donos do poder, os loucos passam a ser protótipos da saúde mental. Claro que nenhum dos nomes que citei sobreviveria aos testes psicológicos a que teria de se submeter se fosse pedir emprego numa empresa. Por outro lado, nunca ouvi falar de político que tivesse depressão. Andam sempre fortes em passarelas pelas ruas da cidade, distribuindo sorrisos e certezas.

Sinto que meus pensamentos podem parecer pensamentos de louco e por isso apresso-me aos devidos esclarecimentos. Nós somos muito parecidos com computadores. O funcionamento dos computadores, como todo mundo sabe, requer a interação de duas partes. Uma delas chama-se hardware, literalmente “equipamento duro”, e a outra denomina-se software, “equipamento macio”.

Hardware é constituído por todas as coisas sólidas com que o aparelho é feito. O software é constituído por entidades “espirituais” – símbolos que formam os programas e são gravados mas mídias (CDs, DVDs, Pen-drives, HDs). Nós também temos um hardware e um software. O hardware são os nervos do cérebro, os neurônios, tudo aquilo que compõe o sistema nervoso. O software é constituído por uma série de programas que ficam gravados na memória. Do mesmo jeito como nos computadores, o que fica na memória são símbolos, entidades levíssimas, dir-se-ia mesmo “espirituais”, sendo que o programa mais importante é a linguagem.

Um computador pode enlouquecer por defeitos no hardware ou por defeitos no software. Nós também. Quando o nosso hardware fica louco há que se chamar psiquiatras e neurologistas, que virão com suas poções químicas e bisturis consertar o que se estragou. Quando o problema está no software, entretanto, poções e bisturis não funcionam. Não se conserta um programa com chave de fenda. Porque o software é feito de símbolos; somente símbolos podem entrar dentro dele. Assim, para se lidar com o software há que se fazer uso dos símbolos; eles podem vir de poetas, humoristas, palhaços, escritores, gurus, pastores, amigos e até mesmo psicanalistas …

Acontece, entretanto, que esse computador, que é o corpo humano, tem uma peculiaridade que o diferencia dos outros: o seu hardware, o corpo, é sensível às coisas que o seu software produz. Pois não é isso que acontece conosco?

Ouvimos uma música e choramos. Lemos os poemas eróticos de Drummond e o corpo fica excitado. Imagine um aparelho de som. Imagine que o toca-discos e os acessórios, o hardware, tenham a capacidade de ouvir a música que ele toca e se comover. Imagine mais, que a beleza é tão grande que o hardware não a comporta e se arrebenta de emoção!

Pois foi isso que aconteceu com aquelas pessoas que citei no princípio: a música que saía de seu software era tão bonita que seu hardware não suportou. Dados esses pressupostos teóricos, estamos agora em condições de oferecer uma receita que garantirá, àqueles que a seguirem à risca, “saúde mental” até o fim dos seus dias.

Opte por um software modesto. Evite as coisas belas e comoventes. A beleza é perigosa para o hardware. Cuidado com a música: Brahms, Mahler, Wagner, Bach são especialmente contra-indicados. Quanto às leituras, evite aquelas que fazem pensar. Tranquilize-se, há uma vasta literatura especializada em impedir o pensamento. Se há livros do autor Lair Ribeiro, por que se arriscar lendo Saramago? Os jornais têm o mesmo efeito. Devem ser lidos diariamente. Como eles publicam diariamente sempre a mesma coisa com nomes e caras diferentes, fica garantido que o nosso software pensará sempre coisas iguais. E, aos domingos, não se esqueça do Sílvio Santos e do Faustão.

Seguindo essa receita você terá uma vida tranquila, embora banal. Mas como você cultivou a insensibilidade, você não perceberá o quão banal ela é. E, em vez de ter o fim que tiveram as pessoas que mencionei, você se aposentará para, então, realizar os seus sonhos. Infelizmente, entretanto, quando chegar o tal momento, você já terá se esquecido de como eles eram…

By Rubem Alves, do livro “Sobre o tempo e a eternidade” Editora Papirus, 1996.

Modo de usar-se

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Foi usada

Coitada, foi usada por aquele cafajeste!

Ouvi essa frase na beira da praia, num papo que rolava no guarda-sol ao lado. Pelo visto a coitada em questão financiou algum malandro, ou serviu de degrau para um alpinista social, sei lá, só sei que ela havia sido usada no pior sentido, deu pra perceber pelo tom do comentário. Mas não fiquei com pena da coitada, seja ela quem for.

Não costumo ir atrás dessa história de que “foi usada”. No que se refere a adultos, todo mundo sabe mais ou menos onde está se metendo, ninguém é totalmente inocente. Se nos usam, algum consentimento a gente deu, mesmo sem ter assinado procuração. E se estamos assim tão desfrutáveis para o uso alheio, seguramente é porque estamos nos usando pouco.

Se for este o caso, seguem sugestões para usar a si mesmo: comer, beber, dormir e transar, nossas quatro necessidades básicas, sempre com segurança, mas também sem esquecer que estamos aqui para nos divertir. Usar-se nada mais é do que reconhecer a si próprio como uma fonte de prazer.

Dançar sem medo de pagar mico, dizer o que pensa mesmo que isso contrarie as verdades estabelecidas, rir sem inibição – dane-se se aparecer a gengiva. Mas cuide da sua gengiva, cuide dos dentes, não se negligencie. Use seu médico, seu dentista, sua saúde.

Use-se para progredir na vida. Alguma coisa você já deve ter aprendido até aqui. Encoste-se na sua própria experiência e intuição, honre sua história de vida, seu currículo, e se ele não for tão atraente, incremente-o. Use sua voz: marque entrevistas.

Use sua simpatia: convença os outros. Use seus neurônios: pra todo o resto.

E esse coração acomodado aí no peito? Use-o, ora bolas. Não fique protegendo-se de frustrações só porque seu grande amor da adolescência não deu certo. Ou porque seu casamento até-que-a-morte-os-separe durou “apenas” 13 anos. Não enviuve de si mesmo, ninguém morreu.

Use-se para conseguir uma passagem para a Patagônia, use-se para fazer amigos, use-se para evoluir. Use seus olhos para ler, chorar, reter cenas vistas e vividas – a memória e a emoção veem muito do olho. Use os ouvidos para escutar boa música, estímulos e o silêncio mais completo. Use as pernas para pedalar, escalar, levantar da cama, ir aonde quiser. Seus dedos para pedir carona, escrever poemas, apontar distâncias. Sua boca pra sorrir, sua barriga para gerar filhos, seus seios para amamentar, seus braços para trabalhar, sua alma para preencher-se, seu cérebro para não morrer em vida.

Use-se. Se você não fizer, algum engraçadinho o fará. E você virará assunto de beira de praia.

By Martha Medeiros.

Azulejos de Jansenson

Posted in Diversão, Videos with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 25/08/2013 by Joe

Azulejos de Jansenson

Norberto Jansenson é um norte-americano, ilusionista, que adora fascinar as pessoas deixando-as perplexas com suas “mágicas”!

Desta vez ele utilizou uma caixa de madeira e alguns azulejos. À medida que ele vai mudando parte das peças de lugar, vão sobrando azulejos, mas todos se encaixam perfeitamente dentro da caixa.

Nova mudança de posição, novo azulejo sobrando, e todos se encaixam novamente dentro da caixa de madeira, sem alterar o formato que compõe o quadro!

Assista ao vídeo abaixo, preste muita atenção a todos os detalhes – afinal, você pode achar que se trata de um truque de ilusionismo!

Claro que o ilusionista não conta o seu segredo! E não parece haver nenhum corte ou edição nas imagens; portanto, a resposta está em outro princípio.

Seria fantástico se  pudéssemos aplicar esse truque para obtermos chocolate infinito, não acham?

Espero que curtam e queimem alguns neurônios para sacar qual o truque!!

By Joemir Rosa.

Pilates para o cérebro

Posted in Ciência with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 14/03/2012 by Joe

Está esquecido?

“Como se chama aquele filme no qual a artista que aparece é belíssima? Sim, homem, ela é alta, de cabelos negros, trabalhou algumas vezes com aquele ator maravilhoso que se chama… que trabalhou numa peça de teatro muito famosa. Já sabe de quem estou falando, não?”

Assim começamos …

A partir dos trinta anos, em geral, começamos notar que temos pequenos esquecimentos:

– “Como se chama aquele menino? Eu o conheço muito bem…”

– “A que horas era o encontro, às 5:00 ou 5:30?”

– “Este aparelho, como é mesmo que me disseram que funcionava?”

– “Puxa, onde mesmo que deixei as minhas chaves?”

– “Caramba! Em que andar estacionei meu carro?”

Mas nada é pior como quando exclamamos:

– “Roubaram meu carro!”, sem nos darmos conta de que saimos por outra porta do shopping center…

Ainda que estes pequenos esquecimentos não afetem nossa vida, nos causam ansiedade. Com um certo terror começamos a achar que nosso cérebro está começando a converter-se em gelatina e começamos a nos preocupar se vamos ficar como aquela tia idosa que recorda com pequenos detalhes tudo sobre sua infância, mas não pode lembrar-se do que fez ontem ou mesmo esta manhã.

Se isto lhe parece familiar, não se preocupe, há esperança!

Existem muitos mitos em que as pessoas, equivocadamente, relacionam a idade com a falta de memória. Os neurocientistas têm comprovado que a perda de memória de curto prazo não se deve à idade ou à morte dos neurônios – que realmente morrem, mas se regeneram – mas sim à redução do número de conexões entre si, dos neurônios ou dentritas (ramos dos neurônios).

Isto acontece por uma simples razão: falta de uso. É muito simples: assim como se atrofia um músculo sem uso, as dentritas também atrofiam se não se conectam com frequência, e a habilidade do cérebro para receber nova informação se reduz.

É certo, o exercício ajuda muito a alertar a mente; também há vitaminas e remédios que aumentam e fortalecem a memória. Entretanto, nada como fazer com que nosso cérebro fabrique seu próprio alimento: as neurotrofinas.

As neurotrofinas são moléculas que produzem e secretam as células nervosas e atuam como alimento para manterem-se saudáveis. Quanto mais ativas estejam as células do cérebro, mais quantidade de neurotrofinas produzem e isto gera mais conexões entre as distintas áreas do cérebro.

O que necessitamos é fazer Pilates com os neurônios: esticá-los, surpreendê-los, sair de sua rotina, apresentar-lhes novidades inesperadas e divertidas através das emoções, do olfato, da visão, do tato, do paladar e da audição. O resultado? O cérebro se torna mais flexível, mais ágil e sua capacidade de memória aumenta.

Provavelmente está pensando: “eu leio, trabalho, faço exercícios e mil coisas mais durante o dia, assim minha mente deve estar muito estimulada”.

A verdade é que a vida da maioría de nós converte-se numa série de rotinas. Pense num dia ou semana comum e corrente. O que há de diferente na sua rotina diária? O caminho para o trabalho, a hora que almoça ou regressa para sua casa, o tempo que passa no carro, o tempo e os programas que vê na televisão?

As atividades rotineiras são inconscientes e fazem com que e cérebro funcione automaticamente e que requeira um mínimo de energia. As experiências passam pelas mesmas estradas neuronais já formadas. Não há produção de neurotrofinas.

É preciso fazer alguns exercícios que expandem substancialmente as dentritas e a produção de neurotrofinas.

– Tente, pelos menos uma vez por semana, tomar uma ducha com os olhos fechados. Só com o tato, localizar as torneiras, ajustar a temperatura da água, pegar o sabonete, o shampoo ou creme condicionador. Verá como as suas mãos notarão texturas que nunca havia percebido antes.

– Utilize a mão não-dominante. Coma, escreva, abra as pastas, escove os dentes, abra a gaveta com a mão que mais trabalho te custe usar. Leia em voz alta: distintos circuitos serão ativados, além dos que usa para ler em silêncio.

– Troque as suas rotas ao sair de casa, passe por diferentes caminhos para ir ao trabalho ou na volta para casa. Altere suas rotinas. Faça coisas diferentes. Saia, conheça e fale com pessoas de diferente idades, trabalhos e ideologias. Experimente o inesperado.

– Use as escadas ao invés do elevador. Saia para o campo, caminhe, ouça-o. Troque a localização de algumas coisas. Saber onde tudo está significa que o cérebro já construiu um mapa. Mude, por exemplo, o recipiente de lixo de lugar, e você vai ver o número de vezes que vai atirá-lo no antigo local.

– Aprenda uma habilidade, qualquer coisa: pode ser fotografia, culinária, yoga, estude um novo idioma. Se você gosta de quebra-cabeças ou figuras, cubra um olho para perder a percepção de profundidade, de modo que o cérebro tenha que confiar e buscar outras rotas. Identifique objetos. Coloque no carro uma xícara com várias moedas diferentes e tateie a mão para que, enquanto esteja parado em um semáforo, com os dedos tente identificar cada uma.

Porque não abrimos a mente e provamos esses exercicios tão simples que, de acordo com os estudos de Neurobiologia do Duke University Medical Center, ampliam nossa memória?

Com sorte, nunca mais voltaremos a perguntar:

Onde dexei minhas chaves?

Desconheço a autoria.

Exercícios de Neuróbica

Posted in Ciência with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 13/03/2012 by Joe

A Neuróbica consiste na inversão da ordem de alguns movimentos comuns em nosso dia-a-dia, alterando nossa forma de percepção, sem, contudo, ter que modificar nossa rotina.

O objetivo é executar de forma consciente as ações que levam à reações emocionais e cerebrais. São exercícios que vão desde ler ao contrário até conversar com o vizinho que nunca dá “bom dia”, mas que mexem com aspectos físicos, emocionais e mentais do nosso corpo.

“São esses hábitos que ajudam a estimular a produção de nutrientes no cérebro desenvolvendo suas células e deixando-o mais saudável”, explica Mariuza Pregnolato, psicóloga especialista em análise comportamental e cognitiva.

Quanto mais o cérebro é treinado, mais afiado ele ficará, mas para isso não precisa se matar nos testes de QI ou nas palavras cruzadas para ter resultados satisfatórios. “Estas atividades funcionam, mas a Neuróbica é ainda mais simples. Em vez de se inscrever em um super desafio de matemática e ficar decorando fórmulas, que tal vestir-se de olhos fechados ou andar de trás para frente?”, sugere a especialista. A proposta da neuróbica é mudar o comportamento rotineiro para “forçar” a memória. Por isso, é recomendável virar fotos de cabeça para baixo para concentrar a atenção ou usar um novo caminho para ir ao trabalho.

O programa de exercícios da Neuróbica oferece ao cérebro experiências fora da rotina, usando várias combinações de seus sentidos – visão, olfato, tato, paladar e audição, além dos “sentidos” de cunho emocional e social.

“Os exercícios usam os cinco sentidos para estimular a tendência natural do cérebro de formar associações entre diferentes tipos de informações, assim, quando você veste uma roupa no escuro, coloca seus sentidos em sinal de alerta para a nova situação. Se a visão foi dificultada, e é isso que faz com que você sinta o efeito dos exercícios, outros sentidos serão aguçados como compensação”, explica Mariuza.

Para estimular o paladar, uma dica bacana é fazer combinações gastronômicas inusitadas. Já pensou em misturar doce com salgado? Maionese com leite condensado?

A Neuróbica não vai lhe devolver o cérebro dos vinte anos, mas pode ajudá-lo a acessar o seu arquivo de memórias. “Não dá para aumentar nossa capacidade cerebral; o que acontece é que com os exercícios você consegue ativar áreas do seu cérebro que deixou de usar por falta de treino”, explica Mariuza. “Você só estimula o cérebro se o exercita; por isso, quem sempre esteve atento a esta questão terá menos problemas de saúde cerebral, como demência e doenças cognitivas, como Alzheimer”.

21 exercícios para você começar a treinar:

O desafio da neuróbica é fazer tudo aquilo que contraria ações automáticas, obrigando o cérebro a um trabalho adicional. Por isso:

1. Use o relógio de pulso no braço direito;

2. Ande pela casa de trás para frente;

3. Vista-se de olhos fechados;

4. Estimule o paladar, coma comidas diferentes;

5. Leia ou veja fotos de cabeça para baixo concentrando-se em detalhes nos quais nunca tinha reparado;

6. Veja as horas num espelho;

7. Troque o mouse do computador de lado;

8. Escreva ou escove os dentes utilizando a mão esquerda – ou a direita, se for canhoto;

9. Quando for trabalhar, utilize um percurso diferente do habitual;

10. Introduza pequenas mudanças nos seus hábitos cotidianos, transformando-os em desafios para o seu cérebro;

11. Folheie uma revista e procure uma fotografia que lhe chame a atenção. Agora pense em 25 adjetivos que ache que descrevam a imagem ou o tema fotografado;

12. Quando for a um restaurante, tente identificar os ingredientes que compõem o prato que escolheu e concentre-se nos sabores mais sutís. No final, tire a prova dos nove junto ao garçom ou chef;

13. Ao entrar numa sala onde estejam muitas pessoas, tente determinar quantas pessoas estão do lado esquerdo e do lado direito. Identifique os objetos que decoram a sala, feche os olhos e enumere-os;

14. Selecione uma frase de um livro e tente formar uma frase diferente utilizando as mesmas palavras;

15. Experimente jogar qualquer jogo ou praticar qualquer atividade que nunca tenha tentado antes.

16. Compre um quebra-cabeças e tente encaixar as peças corretas o mais rapidamente que conseguir, cronometrando o tempo. Repita a operação e veja se progrediu;

17. Experimente memorizar aquilo que precisa comprar no supermercado, em vez de elaborar uma lista. Utilize técnicas de memorização ou separe mentalmente o tipo de produtos que precisa. Desde que funcionem, todos os métodos são válidos;

18. Recorrendo a um dicionário, aprenda uma palavra nova todos os dias e tente introduzi-la (adequadamente!) nas conversas que tiver;

19. Ouça as notícias na rádio ou na televisão quando acordar. Durante o dia escreva os pontos principais que se lembrar;

20. Ao ler uma palavra, pense em outras cinco que começam com a mesma letra;

21. A proposta é mudar o comportamento rotineiro. Tente, faça alguma atividade diferente com seu outro lado do corpo e estimule o seu cérebro. Se você é destro, que tal escrever com a outra mão?

Outra atitude indispensável para manter a memória sempre afiada é prestar atenção na qualidade de vida. O neurologista Ivan Okamoto sugere um estilo de vida mais tranquilo, com alimentação balanceada, sem vícios e com a prática regular de exercícios físicos para manter o corpo e a mente saudáveis.

“A melhor maneira de manter a memória em dia é cuidar da saúde, por isso é importante evitar cigarro e bebidas alcoólicas, seguir uma dieta equilibrada, praticar exercícios e exercitar o cérebro. Manter a atividade mental, seja trabalhando ou participando de alguma atividade em grupo, ajuda a elevar a autoestima e deixar a memória a todo vapor”, explica o especialista.

Fonte: Site Minha Vida – Bem Estar.

Neuróbica

Posted in Ciência with tags , , , , , , , , , , , , , , , , on 12/03/2012 by Joe

A Neuróbica é uma nova forma de exercício cerebral projetada para manter o cérebro ágil e saudável. Ações como escovar os dentes com a mão que você não está acostumado ou andar pela casa de olhos fechados, criam novos e diferentes padrões de atividades dos neurônios em nosso cérebro: é assim que a Neuróbica funciona.

A Neuróbica é muito diferente de outros tipos de exercício cerebral, que em geral envolvem quebra-cabeças, palavras cruzadas, exercícios de memória e várias espécies de testes. Em vez disso, os exercícios da Neuróbica usam os cinco sentidos de novas maneiras, a fim de aumentar o impulso natural do cérebro para formar associações entre diferentes tipos de informações.

As associações (juntar um nome a um rosto, ou um aroma a um alimento, por exemplo) são os blocos que constroem a memória e a base da maneira como aprendemos. Criar deliberadamente novos padrões associativos é uma parte fundamental do programa da Neuróbica.

Reunir as descobertas da neurociência com o que os cientistas já sabem sobre os nossos sentidos leva diretamente ao conceito de usar o poder associativo dos cinco sentidos para ajudar na capacidade cerebral de criar seus próprios nutrientes naturais. Resumindo, com a Neuróbica você pode desenvolver seu próprio alimento cerebral, sem drogas e sem dietas.

A palavra Neuróbica é uma alusão deliberada ao exercício físico. Assim como as formas ideais de exercícios físicos enfatizam o uso de muitos grupos musculares diferentes para aumentar a coordenação e flexibilidade, os exercícios cerebrais ideais envolvem a ativação de muitas áreas diferentes do cérebro, de novas maneiras, para ampliar o alcance da ação mental. Por exemplo, um exercício como a natação torna o corpo mais apto em geral, capaz de fazer qualquer exercício. Da mesma forma, a Neuróbica torna o cérebro mais ágil e flexível.

Assim, você pode assumir qualquer desafio mental, seja de memória, desempenho de tarefa ou criatividade. Isso acontece porque a Neuróbica usa um método baseado na maneira como o cérebro funciona, não apenas em como fazer o cérebro funcionar.

Não existe nenhuma mágica na Neuróbica. A magia está na extraordinária capacidade do cérebro de converter certos tipos de atividade mental em auto-ajuda. Felizmente, para todas as pessoas que têm uma vida movimentada, não há necessidade de encontrar um tempo ou lugar especial para realizar os exercícios neuróbicos. A vida cotidiana é a academia da neuróbica cerebral. Ela exige que você faça duas coisas que pode estar negligenciando em seu estilo de vida: experimentar o inesperado e mobilizar a ajuda de todos os seus sentidos ao longo do dia.

Quantas vezes começamos um exercício e acabamos desistindo por falta de motivação ou por não encontrarmos tempo para realizá-lo. É por isso que os exercícios neuróbicos são projetados para se ajustarem ao que você faz num dia comum: levantar, ir para o trabalho, trabalhar, fazer compras, comer, relaxar. A Neuróbica propõe a adoção de um novo estilo de vida. Basta efetuar pequenas mudanças em seus hábitos diários para transformar as rotinas cotidianas em exercícios para o “desenvolvimento da mente”. É o equivalente a melhorar sua condição física usando a escada em vez do elevador, indo até o mercado a pé em vez de usar o carro. A Neuróbica não vai lhe devolver um cérebro de vinte anos, mas pode ajudá-lo a acessar o arquivo de memórias e experiências que um jovem de vinte anos não possui. E pode ajudar também a manter seu cérebro vivo, mais forte e em melhor forma, à medida que você vai envelhecendo.

Muitos exercícios neuróbicos desafiam o cérebro ao reduzir sua dependência da vista e audição, estimulando os sentidos menos usados do olfato, tato e paladar a desempenharem um papel mais proeminente nas atividades diárias. Ao fazer isso, circuitos quase nunca ativados da rede associativa de seu cérebro são utilizados, aumentando a flexibilidade mental.

By Lawrence, Katz e Rubin, no livro: “Mantenha seu Cérebro Vivo”.

Observação: no post de amanhã publicarei alguns exercícios que ajudarão você a ter um cérebro mais ágil, ativo e saudável!

Liberdade absoluta

Posted in Inspiração with tags , , , , , , , , , , , , , , , on 28/08/2011 by Joe

Meu território é o da Liberdade Absoluta. Eu venho é para semear discórdia, quebrar paradigmas, espicaçar padrões.

Não trago nenhuma resposta: só te faço perguntas!

Quero mexer na tua cabeça, por fora e por dentro – respeitosamente.

Quero fazer um cafuné maluco e delicioso nos teus neurônios enrolados. Passar um pente fino nos caracóis da tradição.

Assim como Ele, não vim trazer a Paz. Não venho te propor sossego.

Eu te convido a ter coragem!

Eu te convido a um salto profundo!

By Edson Marques.

Neuróbica 2

Posted in Ciência with tags , , , , , , , , , , on 09/06/2010 by Joe

A Neuróbica é uma nova forma de exercício cerebral projetada para manter o cérebro ágil e saudável. Ações como escovar os dentes coma a mão que você não está acostumado ou andar pela casa de olhos fechados, criam novos e diferentes padrões de atividades dos neurônios em nosso cérebro: é assim que a Neuróbica funciona.

A Neuróbica é muito diferente de outros tipos de exercício cerebral, que em geral envolvem quebra-cabeças, palavras cruzadas, exercícios de memória e várias espécies de testes. Em vez disso, os exercícios da Neuróbica usam os cinco sentidos de novas maneiras, a fim de aumentar o impulso natural do cérebro para formar associações entre diferentes tipos de informações. As associações (juntar um nome a um rosto, ou um aroma a um alimento, por exemplo) são os blocos que constroem a memória e a base da maneira como aprendemos. Criar deliberadamente novos padrões associativos é uma parte fundamental do programa da Neuróbica.

Reunir as descobertas da neurociência com o que os cientistas já sabem sobre os nossos sentidos leva diretamente ao conceito de usar o poder associativo dos cinco sentidos para ajudar na capacidade cerebral de criar seus próprios nutrientes naturais. Resumindo, com a neuróbica você pode desenvolver seu próprio alimento cerebral, sem drogas e sem dietas.

A palavra Neuróbica é uma alusão deliberada ao exercício físico. Assim como as formas ideais de exercício físico enfatizam o uso de muitos grupos musculares diferentes para aumentar a coordenação e flexibilidade, os exercícios cerebrais ideais envolvem a ativação de muitas áreas diferentes do cérebro, de novas maneiras, para ampliar o alcance da ação mental. Por exemplo, um exercício como a natação torna o corpo mais apto em geral, capaz de fazer qualquer exercício. Da mesma forma, a Neuróbica torna o cérebro mais ágil e flexível.

Assim, você pode assumir qualquer desafio mental, seja de memória, desempenho de tarefa ou criatividade. Isso acontece porque a Neuróbica usa um método baseado na maneira como o cérebro funciona, não apenas em como fazer o cérebro funcionar.

Não existe nenhuma mágica na Neuróbica. A magia está na extraordinária capacidade do cérebro de converter certos tipos de atividade mental em auto-ajuda. Felizmente para todas as pessoas que têm uma vida movimentada, não há necessidade de encontrar um tempo ou lugar especial para realizar os exercícios neuróbicos. A vida cotidiana é a academia da neuróbica cerebral. Ela exige que você faça duas coisas que pode estar negligenciando em seu estilo de vida: experimentar o inesperado e mobilizar a ajuda de todos os seus sentidos ao longo do dia.

Quantas vezes começamos um exercício e acabamos desistindo por falta de motivação ou por não encontrarmos tempo para realizá-lo. É por isso que os exercícios neuróbicos são projetados para se ajustarem ao que você faz num dia comum: levantar, ir para o trabalho, trabalhar, fazer compras, comer, relaxar. A Neuróbica propõe a adoção de um novo estilo de vida. Basta efetuar pequenas mudanças em seus hábitos diários para transformar as rotinas cotidianas em exercícios para o “desenvolvimento da mente”. É o equivalente a melhorar sua condição física usando a escada em vez do elevador, indo até o mercado a pé em vez de usar o carro. A Neuróbica não vai lhe devolver um cérebro de vinte anos, mas pode ajudá-lo a acessar o arquivo de memórias e experiências que um jovem de vinte anos não possui. E pode ajudar também a manter seu cérebro vivo, mais forte e em melhor forma, à medida que você vai envelhecendo.

Muitos exercícios neuróbicos desafiam o cérebro ao reduzir sua dependência da vista e audição, estimulando os sentidos menos usados do olfato, tato e paladar a desempenharem um papel mais proeminente nas atividades diárias. Ao fazer isso, circuitos quase nunca ativados da rede associativa de seu cérebro são utilizados, aumentando a flexibilidade mental.

By Lawrence, Katz e Rubin, no livro: “Mantenha seu Cérebro Vivo”.

Pilates para o cérebro

Posted in Ciência with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 08/06/2010 by Joe

“Como se chama aquele filme no qual a artista que aparece é belíssima? Sim, homem, ela é alta, de cabelos negros, trabalhou algumas vezes com aquele ator maravilhoso que se chama… que trabalhou numa peça de teatro muito famosa. Já sabe de quem estou falando, não?”

Está esquecido? Assim começamos …

A partir dos trinta anos, em geral, começamos notar que temos pequenos esquecimentos:

– “Como se chama aquele menino? Eu o conheço muito bem…”

– “A que horas era o encontro, às 5:00 ou 5:30?”

– “Este aparelho, como é mesmo que me disseram que funcionava?”

– ‘Puxa, onde mesmo que deixei as minhas chaves?”

– “Puxa! Em que andar estacionei meu carro?”

Mas nada é pior como quando exclamamos:

– “Roubaram meu carro!”, sem nos darmos conta de que saimos por outra porta do shopping center …

Ainda que estes pequenos esquecimentos não afetem nossa vida, nos causam ansiedade. Com um certo terror começamos a achar que nosso cérebro está começando a converter-se em gelatina e começamos a nos preocupar se vamos ficar como aquela tia idosa, que recorda com pequenos detalhes tudo sobre sua infância, mas não pode lembrar-se do que fez ontem ou mesmo esta manhã.

Se isto lhe parece familiar, não se preocupe, há esperança!

Existem muitos mitos em que as pessoas, equivocadamente, relacionam a idade com a falta de memória. Os neurocientistas têm comprovado que a perda de memória de curto prazo não se deve à idade ou à morte dos neurônios, que realmente morrem, mas se regeneram, mas sim à redução do número de conexões entre si, dos neurônios ou dentritas (ramos dos neurônios).

Isto acontece por uma simples razão: falta de uso. É muito simples. Assim como se atrofia um músculo sem uso, as dentritas também atrofiam se não se conectam com frequência, e a habilidade do cérebro para receber nova informação se reduz.

É certo, o exercício ajuda muito a alertar a mente; também há vitaminas e remédios que aumentam e fortalecem a memória. Entretanto, nada como fazer com que nosso cérebro fabrique seu próprio alimento:  as neurotrofinas.

As neurotrofinas são moléculas que produzem e secretam as células nervosas e atuam como alimento para manterem-se saudáveis. Quanto mais ativas estejam as células do cérebro, mais quantidade de neurotrofinas produzem e isto gera mais conexões entre as distintas áreas do cérebro.

O que necessitamos é fazer Pilates com os neurônios: esticá-los, surpreendê-los, sair de sua rotina, apresentar-lhes novidades inesperadas e divertidas através das emoções, do olfato, da visão, do tato, do paladar e da audição. O resultado? O cérebro se torna mais flexível, mais ágil e sua capacidade de memória aumenta.

Provavelmente está pensando: “eu leio, trabalho, faço exercícios e mil coisas mais durante o dia, assim minha mente deve estar muito estimulada”.

A verdade é que a vida da maioría de nós converte-se numa série de rotinas. Pense num dia ou semana comum e corrente. O que há de diferente na sua rotina diária? O caminho para o trabalho, a hora que almoça ou regressa pra sua casa, o tempo que passa no carro, o tempo e os programas que vê na televisão?

As atividades rotineiras são inconscientes e fazem com que e cérebro funcione automaticamente e que requeira um mínimo de energia. As experiências passam pelas mesmas estradas neuronais já formadas. Não há produção de neurotrofinas.

É preciso fazer alguns exercícios que expandem substancialmente as dentritas e a produção de neurotrofinas.

Tente, pelos menos uma vez por semana, tomar uma ducha com os olhos fechados. Só com o tato, localizar as torneiras, ajustar a temperatura da água, pegar o sabonete, o shampoo ou creme condicionador. Verá como as suas mãos notarão texturas que nunca havia percebido antes.

Utilize a mão não-dominante. Coma, escreva, abra as pastas, escove os dentes, abra a gaveta com a mão que mais trabalho te custe usar. Leia em voz alta: distintos circuitos serão ativados, além dos que usa para ler em silêncio.

Troque as suas rotas ao sair de casa, passe por diferentes caminhos para ir ao trabalho ou na volta para casa. Altere suas rotinas. Faça coisas diferentes. Saia, conheça e fale com pessoas de diferente idades, trabalhos e ideologias. Experimente o inesperado. Use as escadas ao invés do elevador. Saia para o campo, caminhe, ouça-o. Troque a localização de algumas coisas. Saber onde tudo está significa que o cérebro já construiu um mapa. Mude, por exemplo, o recipiente de lixo de lugar, e você vai ver o número de vezes que vai atirá-lo no antigo local.

Aprenda uma habilidade, qualquer coisa: pode ser fotografia, culinária, yoga, estude um novo idioma. Se você gosta de quebra-cabeças ou figuras, cubra um olho para perder a percepção de profundidade, de modo que o cérebro tenha que confiar e buscar outras rotas. Identifique objetos. Coloque no carro uma xícara com várias moedas diferentes e tateie a mão para que, enquanto esteja parado em um semáforo, com os dedos tente identificar cada uma.

Porque não abrimos a mente e provamos esses exercicios tão simples que, de acordo com os estudos de Neurobiologia do Duke University Medical Center, ampliam nossa memória?

Com sorte, nunca mais voltaremos a perguntar:

Onde dexei minhas chaves?

Autoria desconhecida.

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