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Salpicão de frango

Posted in Receitas with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 12/07/2014 by Joe

Salpicão de Frango

Salpicão tem sua origem na palavra “salpicar”, ou seja, salgar, polvilhar. O tempo alterou a origem e o termo não ficou restrito apenas ao sal.

Na Espanha é que alguns pratos podem ter sido os precursores do salpicão, tal como conhecemos hoje. Lá pelos meados dos séculos XVI e XVII começaram a aparecer algumas citações a um prato campesino chamado “vaca en salpicón“. Era preparado com pedaços de gorduras e sobras de carnes magras de vaca, bem picadinhas – e daí o termo espanhol, salpicón – e cozidas com cebolas, sal e pimentão. Podia ser servido frio ou quente.

Atualmente, com algumas poucas alterações, e mais o uso de especiarias, o vaca en salpicón é um prato tradicional da cozinha espanhola, muito comum em toda a Costa Andaluza. É desta região sua versão mais famosa, o salpicón de mariscos, que leva vôngoles, camarões, mexilhões, tudo marinado em muito azeite, ervas, rodelas de cebolas, pimentos verde e vermelhos.

O nosso salpicão, mais comum em terras tupiniquins, é preparado com carne de frango – ou de vaca – e legumes e grãos, com uma pitada de frutas cítricas. Variações existem aos montes, com adição de presunto em cubos, queijos, frutos do mar, várias frutas, batatas, vagens, azeitonas, massas e até batatas fritas. Enfim, o que sua imaginação e seu gosto permitirem. Como molho, o creme de leite ou a maionese.

Neste sábado, uma receita de salpicão para ser servido como um prato leve e fresco, próprio para esses dias de inverno de temperaturas mais altas.

Salpicão de frango

Ingredientes

1 peito de frango (600 g)
1 colher (sopa) de sal grosso
3 folhas de louro
1 dente de alho amassado
1 lata de milho verde bem escorrido
1 xícara (chá) de ervilhas frescas ou congeladas
3 cenouras médias raladas
2 maçãs verdes com casca picadas em cubinhos
3 talos de salsão, sem as folhas, fatiados finamente
1 cebola branca média ralada
40 g de uvas-passa sem sementes
1 colher (sopa) de alcaparras
30 ml de vinagre de vinho branco
80 ml de azeite de oliva extra-virgem
sal e pimenta do reino branca a gosto
300 g de creme de leite (fresco ou de caixinha)
10 tomatinhos cereja
100 g de batata palha fina e crocante

Modo de preparo

Em primeiro lugar um alerta: todas as saladas ou salpicões que envolvam creme de leite ou maionese em seu preparo necessitam que os legumes e grãos sejam bem higienizados e secos. Desta forma, ao utilizar grãos em lata, escorra bem em uma peneira e os legumes e folhas (inclusive temperos) devem ser lavados, higienizados e secos antes de sua utilização.

Cozinhe o peito de frango em uma panela de pressão com o sal grosso, o dente de alho amassado e as folhas de louro. Quando estiver cozido, desfie o frango e reserve.

Passe as ervilhas, o milho e a cenoura ralada em água fervente, rapidamente. Deixe escorrendo bem e reserve.

As uvas-passa também devem ficar de molho em água morna por uns 15 minutos, escorridas e reservadas.

Em uma travessa, acomode todos os ingredientes, exceto o creme de leite, os tomatinhos e a batata palha. Acerte o sal, se precisar, regue o vinagre e o azeite, jogue uma pitadinha de pimenta do reino e, com uma colher grande, misture tudo delicadamente. Distribua o creme de leite por cima, mexa mais uma vez e leve à geladeira por uns 10 minutos para refrescar.

Na hora de servir, salpique a batata palha, enfeite com os tomatinhos cereja e uns raminhos de salsinha.

Salpicão em cestinhasSe preferir, sirva o salpicão em forminhas de massa de pastel. Para tanto, utilize discos de massa para pastel de 12 cm. Enquanto os legumes e grãos estão escorrendo, acomode cada disco de massa em uma forminha de empada ou xícara de louça e leve para assar em forno médio. Assim que estiverem douradas, retire do forno e deixe esfriar. Coloque colheradas de salpicão e, por cima, a batata palha. Enfeite com um tomate cereja. Esta forma fica ótima para servir em reunião de amigos.

By Joemir Rosa.

Fricassée de frango com batata palha

Posted in Receitas with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 05/04/2014 by Joe

Fricassée de frango com batatapalha

O mundo está globalizado, com os meios de comunicação (leia-se Internet) cada vez mais unindo os povos dos mais recônditos cantos do planeta.

E, quando isso acontece, todos têm contato com diferentes culturas, costumes, história e … gastronomia! A culinária atual, globalizada, mistura sabores e línguas de todo o mundo!

Um dos meus pratos prediletos tem origem na França, uma receita deliciosa e muito simples de se preparar! Do francês “fricasser”, que significa guisar, formado a partir do verbo “frire” (fritar, mas que também significa comer) mais “casser” (partir, cortar, quebrar), o fricassée é um guisado de vitela ou frango, cortados em pedaços e cozidos em molho bem temperado.

Esta receita é uma verdadeira tentação! Como sempre comento nas receitas que costumo publicar, existem muitas variações de ingredientes e modos de preparo. A receita de hoje é uma dessas variações que adaptei ao meu gosto pessoal, preparada com frango e, em vez do tradicional creme de leite, utilizo requeijão cremoso e finalizo com batata palha.

Outras variações usam o próprio creme de leite em vez do requeijão, e adicionam presunto em cubinhos, ervilhas e noz moscada para dar um toque mais exótico ao sabor final.

Uma coisa é comum a todas elas: qualquer que seja sua preferência, tenho certeza que ficará deliciosa!

Fricassée de frango com batata palha

Ingredientes

1 kg de peito de frango dessossado
1 colher (sopa) de manteiga
2 cebolas raladas
6 dentes de alho moídos
2 cubos de caldo de galinha
quanto baste de água para cozer o frango
2½ xícaras (chá) de leite
1 colher (sopa) de amido de milho
1 copo de requeijão cremoso sabor cheddar
sal
salsa
pimenta-do-reino branca moída
200 gr de mussarela ralada
100 gr de batata palha (de preferência sabor cebola e salsa)

Modo de preparo

Cozinhe, em panela de pressão por uns 25 minutos, o peito de frango em um caldo temperado com metade do alho, os cubos de caldo de galinha, uma cebola ralada e a salsa. Estando cozido, tire do fogo, desfie e reserve. Guarde a água temperada do cozimento para preparar o arroz.

Numa panela, coloque a manteiga, deixe aquecer e refogue a outra cebola e os três dentes de alho até dourarem. Junte o frango desfiado e a pimenta. Refogue bem. Enquanto isso, dissolva o requeijão em duas xícaras de leite e leve ao fogo, numa panelinha pequena, até que fique mais líquido. Junte o amido de milho dissolvido em meia xícara de leite e mexa até quase engrossar. Despeje essa mistura no frango refogado e acerte o sal, corrigindo, se necessário. Misture bem, corrija com mais leite, caso fique muito seco para que fique bem cremoso.

Coloque esta pasta num refratário untado. Cubra com a mussarela ralada, espalhe por cima a batata palha e leve ao forno para gratinar ou até que a mussarela esteja bem derretida.

Pode ser servido com salada completa e arroz preparado com a água utilizada no cozimento do frango, sem necessidade de acrescentar mais temperos.

Um bom vinho branco é o acompanhamento ideal!

Bon appétit!!

By Joemir Rosa.

Strogonoff de caramelo

Posted in Receitas with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 07/12/2013 by Joe

Strogonoff de caramelo

O famoso Strogonoff conhecido no mundo inteiro é de origem russa, mais especificamente, da Ucrânia. A receita, muito parecida com a que conhecemos hoje, à base de carne, creme de leite, cebola, sal, etc, já era preparada na Rússia czarista do século XIX.

Segundo vários historiadores da gastronomia, o nome vem da família russa Stroganov, cuja origem é anterior ao ano 1500. Difícil é saber qual Stroganov foi, de fato, o criador da receita. O mais provável é que tenha sido a família do conde e diplomata Pavel Stroganov, que teve importante atuação política no reinado de Alexandre I (1777-1825), ou a um de seus cozinheiros franceses.

A família era considerada uma das mais ricas da Rússia Imperial; além de construírem palácios e possuírem imensas propriedades, eles faziam parte de uma confraria gastronômica de nobres russos, cujos chefs de cozinha tinham o costume de criar novas iguarias.

A Baronesa Hélène de Lüdinghausen, descendente da família Stroganov, diz que a receita original era bastante diferente da utilizada hoje em dia. De acordo com ela, a carne não era filé mignon picado, mas sim, carne partida em fatias finas do tamanho de um dedo e preparada na véspera, para que desmanchasse com o garfo. O molho também era diferente, cuja receita original levava mostarda e nata azeda, criando um creme de sabor azedo e mais ácido do que o comum.

Com a fuga da nobreza russa após a revolução de 1917, o prato chegou à França e de lá se espalhou para o mundo. A utilização de ketchup na receita foi popularizada pelos Estados Unidos.

Como sempre comento, variações de um prato existem aos montes, dependendo inclusive da região, dos ingredientes e do gosto de cada pessoa.

A receita de hoje é uma variação bastante extrema: um strogonoff doce!! Porém, para os mais ortodoxos, deixo também uma receita do saboroso e famoso strogonoff de carne!

Strogonoff de caramelo

Ingredientes

1 e 1/2 xícaras (chá) de açúcar
500 ml de leite
2 colheres (sopa) de amido de milho
2 xícaras (chá) de creme de leite fresco
10 bombons (Sonho de Valsa ou Bis) picados

Modo de preparo

Em uma panela, coloque o açúcar, leve ao fogo brando mexendo sempre até formar um caramelo. Com cuidado, acrescente o leite e continue mexendo até o caramelo se dissolver. Acrescente o amido de milho dissolvido em um pouco de leite e mexa até engrossar. Reserve e deixe esfriar.

Bata o creme de leite em ponto de chantilly e misture ao creme de caramelo. Misture o bombom, distribua em taças individuais e leve-as para gelar. Decore com bombons picados.

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Para quem gosta de um bom strogonoff de carne, aqui vai uma receita muito fácil e saborosa.

O clássico estrogonofe de carne é perfeiro para os dias ainda frios

Strogonoff de carne

Ingredientes

4 colheres (sopa) de manteiga
1 kg de carne em tiras finas (filé mignon, contra-filé, alcatra)
2 cebolas picadas
1/2 colher (sopa) de sal
1 pitada de pimenta-do-reino
1/2 xícara (chá) de conhaque
200 g de champignons em conserva fatiados
2 colheres (sopa) de catchup
1 colher (sopa) de mostarda
1 lata de creme de leite

Modo de preparo

Em uma frigideira grande, derreta três colheres (sopa) da manteiga e doure a carne, aos poucos, em fogo alto, para não juntar suco. Reserve num prato.

Coloque a manteiga restante na frigideira e refogue a cebola. Junte a carne, tempere com o sal e a pimenta-do-reino. Despeje o conhaque, deixe aquecer e incline levemente a frigideira para que o conhaque incendeie. Deixe flambar até acabar a chama e junte os champignons.

Acrescente o catchup, a mostarde e misture bem. Baixe o fogo, tampe a frigideira e deixe por mais uns 5 minutos. Incorpore delicadamente o creme de leite e retire do fogo antes de ferver.

Sirva a seguir com arroz branco e batata palha.

By Joemir Rosa.

Gelatina de manga

Posted in Receitas with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 20/07/2013 by Joe

Gelatina de manga

Gelatina é uma sobremesa que quase todo mundo gosta. Ela é bem fácil de preparar, combina com vários pratos e pode ser encontrada em diversas cores e sabores.

Mas aí pinta uma dúvida? Você sabe do que é feita a gelatina? Não? Então prepare-se porque, acredito, algumas pessoas vão torcer o nariz quando souberem a sua origem!

A gelatina é produzida a partir da pele, ossos, tendões e fibras que unem músculos aos ossos de porcos e bois! Eca, né? Essa ideia pode não parecer muito apetitosa, mas faz sentido quando paramos pra analisar e vemos que a gelatina é um tipo de proteína chamada colágeno e que existe em grande quantidade nessas partes do corpo dos animais, além do nosso próprio.

É sempre bom lembrar os benefícios que o colágeno (além da queratina e proteínas encontradas nessas partes dos porcos e bois) possui e auxilia na prevenção de dores nas articulações, combate a flacidez, impede a deformação dos ossos, auxilia em dietas, fortalece cabelos e unhas, fortalece os ossos, auxilia na cicatrização e previne o organismo contra doenças como a artrose e a osteoporose. Sua composição contém nove dos dez aminoácidos que o organismo necessita. Não possui gordura, colesterol e nem contra-indicações, devendo ser consumida, no mínimo, 250 ml por dia.

Para virar gelatina, essa pele, tendões e ossos de porcos e bois passam por um processo um tanto longo. Lavados e fervidos (para tirar a gordura), ficam de molho numa solução ácida ou alcalina para que as moléculas do colágeno sejam quebradas em pedaços menores, permitindo que se torne solúvel.

Depois é preciso submetê-los à secagem, formando as folhas de gelatina. Trituradas, essas folhas viram pó e, depois de misturadas a açúcar, corantes e aromatizantes, vão para os supermercados em saquinhos e viram sobremesas deliciosas!

E, por falar em sobremesa deliciosa, bem simples de preparar, saborosíssima, nutritiva, além de um visual muito lindo.

Gelatina de manga

Ingredientes

2 pacotes de gelatina em pó branca, sem sabor
1/3 de xícara (chá) de água para dissolver a gelatina
6 mangas descascadas cortadas em pedaços
1 ½ xícara (chá) de água
1 xícara (chá) de açúcar
1 xícara (chá) de creme de leite

Modo de preparo

Dissolva as gelatinas na água, em banho-maria, mexendo bem até que estejam bem diluídas.

Bata a manga com a água no liquidificador. Passe por uma peneira, acrescente ½ xícara do açúcar e misture bem. Numa tigela, coloque cinco xícaras da mistura de manga, junte a gelatina e o creme de leite. Mexa bem até ficar homogêneo. Despeje numa forma de 25 cm de diâmetro untada com óleo e deixe na geladeira até firmar. Desenforme e reserve.

Misture a manga e o açúcar restantes e use como calda ao servir.

By Joemir Rosa.

Macarronada da mamma

Posted in Receitas with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 13/07/2013 by Joe

Macarronada da mamma

Desde pequeno aprendi que domingo é dia daquela bela macarronada com a família, geralmente regada com um bom vinho, que meus pais me permitiam tomar diluído em um copo com Soda. E sempre havia convidados para essa pequena reunião familiar, que curtiam as delícias gastronômicas italianas preparadas por minha avó e minha mãe! Difícil achar alguém que não gostasse daquele macarrão da “mamma” ou da “nonna”…

Mas… esperem um pouco! Eu disse gastronomia italiana? Desculpem decepcioná-los, mas parece que a história não é bem assim…

Há várias versões para a história do macarrão. Uma das mais comuns é a de que essa massa tenha sido levada da China para o ocidente por volta de 1280, no século 13. E foi a partir daí que essa massa começou a ser difundida pela Europa e mais tarde para as Américas.

A crença de que o macarrão tenha sua origem na Itália deve-se, na verdade, ao molho de tomate, este sim uma invenção italiana. E daí para a macarronada foi um pulo.

Porém, existem indícios de que em civilizações antigas, muito antes dessa época, as pessoas consumiam uma espécie de massa fresca feita da mistura de cereais com água, que seria a origem do macarrão.

E mesmo sem saber com exatidão sua origem, o macarrão conquistou muitos adeptos e se tornou muito popular, por ser o mais fácil, prático e barato almoço de domingo para reunir toda a família.

E não é só com molho de tomate que se consome macarrão. Ele fica ótimo servido com vários tipos de molhos. O macarrão ao sugo é o mais tradicional, apenas com molho de tomate. Outro molho também muito apreciado é à bolonhesa, onde se adiciona carne moída ao molho de tomate. Sem contar os molhos brancos e o delicioso macarrão ao alho e óleo.

Hoje, porém, deixarei aqui uma deliciosa receita do tópico inicial deste post, ou seja, do famoso macarrão da mamma! Ah, sim … não esqueçam daquele bom vinho vinho tinto… italiano, de preferência!

Macarronada da mamma

Ingredientes

1 kg de macarrão tipo espaguete
•2 colheres (sopa) de sal
•água

Para o molho

2 colheres (sopa) de manteiga
•4 colheres (sopa) de azeite
•2 cebolas picadas
•2 talos de salsão picado
•4 dentes de alho picado
•200 g de carne moída
•200 g de linguiça calabresa em rodelinhas
•1 kg de tomate picado, sem pele nem sementes
1 xícara de vinho branco
•1 colher (chá) de açúcar
•2 folhas de louro
•1 colher (chá) de orégano
•2 xícaras (chá) de extrato de tomate
•queijo parmesão ralado a gosto

Modo de preparo

Derreta a manteiga com o azeite em uma panela e doure a cebola, o alho e o salsão. Adicione uma xícara de extrato de tomate e os tomates picados e mexa bem. Junte a carne moída, a linguiça e cozinhe por uns 20 minutos.

Após esse tempo, adicione o vinho branco e deixe borbulhar. Coloque o açúcar, o louro, o orégano e o extrato de tomate restante. Deixe cozinhar por mais uns 20 minutos em fogo brando.

Cozinhe o macarrão em três litros e meio de água fervente com sal, até que esteja al dente. Escorra, espalhe em uma travessa grande e adicione o molho. Misture bem, polvilhe o queijo ralado e sirva em seguida.

Uma dica importante: muita gente acha que o macarrão cozinha melhor se colocarmos um pouco de óleo à água, para não grudar. Não faça isso! O óleo cria uma película em torno do macarrão e, quando adicionar o molho de tomates, este “escorregará” e não ficará bem impregnado na massa. Para que o macarrão não grude, na hora do cozimento, utilize bastante água e separe o espaguete com a ajuda de um garfo longo!

By Joemir Rosa.

Falafel

Posted in Receitas with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 16/02/2013 by Joe

Falafel

Sabe-se que o paladar, muitas vezes, é o último a perder a referência da cultura original. A comida tem o poder de aliar inimigos, diminuir tensões e desentendimentos.

Mas os conflitos também existem, por exemplo, quanto à propriedade da origem de alguns pratos ou bebidas. Como exemplo, temos turcos e gregos brigando pelo café.
Irlandeses católicos e protestantes discutem sobre o whisky. Judeus e árabes discutem a origem do falafel.

Há quem diga que Israel “roubou” o falafel dos árabes. Outros dizem que grupo algum tem o direito de ser proprietário de um bolinho de legumes frito. Dizem que o falafel é uma comida do Oriente Médio, originária do Egito e que se espalhou por Marrocos e Arábia Saudita.

Nessa guerra de milhares de anos, encontramos também o nosso falafel tupiniquim correndo por fora, de origem africana, chamado de akara, que significa “bola de fogo”, e que é também um ícone da nossa cozinha baiana: o acarajé!

O falafel, um prato tradicional e histórico, é um bolinho preparado com grão-de-bico ou feijão-fava. Os pedaços de falafel são geralmente servidos com salada, um molho quente e legumes em conserva. Em seguida, são regados com um pouco de molho à base de tahine para um dar um sabor extra.

Em função dos ingredientes em seu preparo, o falafel é um tipo saudável de alimento, fonte de proteína, aminoácidos, baixo teor de gordura saturada e elevado teor de
fibras.

Bom… depois de tantas informações sobre origem e benefícios desse bolinho, o que resta é darmos a receita e esperar que todos apreciem essa iguaria deliciosa!

Falafel

Ingredientes

Modelador de falafel

Modelador de falafel

Massa

1 kg de grão-de-bico seco
1 maço de salsinha picado
1 maço de coentro picado
2 dentes de alho picados
2 cebolas grandes picadas
2 colheres (sopa) de farinha
4 colheres de água morna
½ colher (chá) de bicarbonato de sódio

Temperos

1 colher (chá) de pimenta do reino
1 colher (chá) de canela
1 colher (chá) de cominho
1 colher (chá) de páprica doce
1 colher (chá) de coentro seco
sal a gosto

1 litro de óleo vegetal para fritar

Molho

1/2 xícara de iogurte natural
3 colheres (sopa) de molho tahine
1 dente de alho amassado
2 colheres (sopa) de suco de limão
1/4 de xícara de água fria
sal e pimenta do reino

Guarnição

pepino
cebola
tomates
salsinha

Modo de preparo

Lave bem os grãos-de-bico e coloque-os de molho por 12 horas em água fria. Escorra bem e coloque em um processador. Junte os demais ingredientes para a massa, exceto o bicarbonato. Dissolva o bicarbonato de sódio na água morna e acrescente aos demais ingredientes no processador. Processe bem até obter uma massa firme e homogênea.

Junte os temperos e misture bem com a mão, ou com a ajuda de uma colher, e deixe descansar por uns 30 minutos.

Unte as mãos com um pouco de óleo e faça bolinhas da massa um pouco menores do que uma bolinha de ping-pong. O ideal é usar o aparelho para modelar os disquinhos (encontrado em casas de especialidades árabes), mas se não tiver, faça pequenas almôndegas com as mãos, amassando-as para formar um disco espesso com a massa bem prensada.

Aqueça o óleo em uma panela funda. Frite os bolinhos aos poucos no óleo quente até que estejam dourados e crocantes. Escorra em papel absorvente e sirva quente.

Para o molho, basta misturar bem todos os ingredientes.

Prepare uma salada com pepinos, tomates e cebolas cortados em cubos de 1 centímetro, salpique a salsinha, coloque os falafel sobre a salada e regue com o molho.

By Joemir Rosa.

Spaghetti ai gamberetti

Posted in Receitas with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 27/10/2012 by Joe

No dia 25 de Outubro comemora-se o Dia Mundial do Macarrão. Esta data foi criada em 1995, durante o I World Pasta Congress (Congresso Mundial de Macarrão), realizado em Roma, que reuniu os principais fabricantes do mundo.

Desde então, a data é comemorada em diversos países, com o objetivo de difundir os benefícios do macarrão e aumentar o consumo per capita.

Ao contrário do que a maioria das pessoas pensa, o macarrão não engorda. Estudos científicos comprovam que as massas podem – e devem – entrar nas refeições diárias de qualquer pessoa. Cada 100 gramas de macarrão cozido apresenta uma quantidade de calorias relativamente baixa, cerca de 110 kcal (macarrão de Sêmola) e 96 kcal (macarrão com ovos), sem molho.

O macarrão é um alimento saudável por uma série de fatores: é fonte de energia; é prático de fazer; combina com vários tipos de molhos, carnes e vegetais; tem custo baixo; pode ser consumido em todas as estações do ano; é um produto que agrada a todos os públicos; está disponível em todas as regiões do país; e apresenta inúmeros formatos e variação de cores.

Sabe-se que o macarrão surgiu logo que o homem descobriu que podia moer alguns cereais, misturar com água e obter uma pasta cozida ou assada. É difícil dizer onde e quando isso aconteceu. Muitos foram os momentos que o macarrão esteve presente na alimentação humana e até os historiadores têm opiniões distintas entre si.

Textos de civilizações antigas relatam que os assírios e babilônios, por volta de 2.500 a.C. já conheciam um produto cozido à base de cereais e água. A primeira referência, e mais próxima ao Ocidente, do macarrão cozido está no Talmude de Jerusalém. O livro que traz as leis judaicas do Século V a.C. Em Roma, no Século VII a.C. comia-se uma papa de farinha cozida em água, chamada pultes.

O macarrão teria chegado a Veneza em 1295 pelas mãos de Marco Polo, que acabara de voltar da China, onde passou 17 anos. Na sua bagagem, entre outras novidades, veio a receita de um prato feito com uma farinha extraída de arbusto de sagu que, depois de cozida, era cortada e seca.

Entretanto, na Itália, em 1279, já havia sido registrado um nome associado às massas. Em um inventário de um soldado genovês de nome Ponzio Bastione, este deixava a família, uma “cesta de massas“, utilizando a palavra “macaronis“para descrever o item. A palavra seria derivada do verbo maccari, de um antigo dialeto da Sicília, que significa “achatar” que, por sua vez, vem do grego makar, que quer dizer “sagrado“. O termo macarrão foi usado na Idade Média para indicar vários tipos de massas.

A versão mais aceita pelos historiadores faz referência aos árabes como os pais do macarrão, levando-o à Sicilia no Século IX, quando conquistaram a maior ilha italiana. Os árabes chamavam o macarrão de itrjia. Era uma massa seca para melhor conservação nas longas travessias pelo deserto. Nesta época, a Sicilia tornou-se o centro mais importante do comércio e exportação de macarrão.

Apesar das várias versões, uma coisa é certa: a partir do Século XIII, os italianos foram os maiores difusores e consumidores do macarrão por todo o mundo. Tanto é que inventaram mais de 500 variedades de tipos e formatos. Nesta época os italianos incorporaram ao macarrão um ingrediente nobre: a farinha de grano duro, que permite o cozimento correto, além de propiciar a mastigabilidade ideal.

Para comemorar esta data tão gostosa, trago uma receita saborosíssima, preparada com o tipo de massa mais consumida, o spaghetti, e camarões (gamberetti) salteados no azeite e vinho branco!

Spaghetti ai gamberetti

Ingredientes

500 g de spaghetti grano duro
500 g de camarões médios sem casca e limpos
100 ml de azeite virgem
100 g de manteiga
1 cebola média ralada
4 dentes de alho picados
200 ml de vinho branco seco
100 ml de molho de tomates
100 g de mussarela de búfala cortada em cubinhos
1/2 limão
pimenta calabresa a gosto
sal a gosto
folhas de manjericão (ou salsinha) para decorar

Modo de preparo

Lave e escorra os camarões. Tempere-os com sal e limão e deixe descansar por uns minutos. Em uma frigideira grande (de preferência, na wok), em fogo baixo, coloque metade do azeite, a manteiga, a cebola e o alho, deixe dourar. Coloque o camarão e refogue até que não tenha mais água no fundo da panela. Coloque o vinho branco e deixe fritar mais um pouco. Por fim, coloque uma pitada de pimenta calabresa e o molho de tomates.

Em outra panela grande, coloque bastante água com 2 colheres (sopa) de sal para o cozimento do spaghetti, seguindo o tempo indicado na embalagem, não esquecendo que a massa deve estar al dente.

Escorra-o, não deixando que seque demais, para que o spaghetti não grude. Adicione-o à frigideira e mexa com cuidado. Adicione o restante do azeite, espalhe os cubinhos de mussarela de búfala e decore com folhas de manjericão (ou salsinha).

Sirva em seguida.

By Joemir Rosa.

Bloomin’ Onion

Posted in Receitas with tags , , , , , , , , , , , on 01/09/2012 by Joe

Há algum tempo eu publiquei a receita das Aussie Cheese Fries, famosas e deliciosas batatas fritas com queijo e bacon de uma rede de fast food americana, também presente no Brasil, e foi um grande sucesso de visitas no blog!

Agora trago mais um delicioso prato dessa rede de fast food, que é um verdadeiro ícone junto com as batatas!

A Bloomin’ Onion é um aperitivo de cebola em formato de flor, empanada em tempero delicioso e servida com um molho especial.

Nos EUA o prato é preparado com cebolas especiais, cujo tamanho chega a ser quatro vezes maior que as nossas cebolas tradicionais. Em alguns mercados municipais é possível encontrar cebolas bem maiores que as encontradas em feiras livres e supermercados.

Apesar do tamanho da receita passar a ideia que é muito trabalhoso (o que não é verdade), garanto que o resultado final vale a pena, até para aqueles que não curtem muito as comidas de fast foods! O fato de prepararmos em casa deixa o prato muito mais saudável, até pelo fato de não reaproveitarmos o óleo!

Espero que gostem e deixem seus comentários!

Bloomin’ Onion

Ingredientes

4 cebolas grandes (porções individuais)
óleo para fritar

Mistura para empanar

1/3 de xícara de amido de milho
1 ½ colher (chá) de farinha de trigo
2 colheres (chá) de alho picado
1 colheres (chá) de páprica
1/2 colher (chá) de sal
pimenta-do-reino a gosto
2 latinhas de cerveja

Modo de preparo

Numa vasilha, junte o amido de milho, a farinha de trigo e os temperos até ficarem bem misturados. Em seguida, adicione a cerveja e misture bem. Reserve.

Farinha temperada

2 xícaras de farinha de trigo
4 colheres de chá de páprica
2 colheres de chá de alho em pó
1/2 colher de chá de pimenta-do-reino
1/4 colher de chá de pimenta vermelha

Modo de preparo

Em uma vasilha, junte todos os ingredientes até ficarem bem misturados. Reserve.

Modo de preparo final

Corte o topo da cebola e retire a casca. Corte a cebola em fatias verticais, começando com um corte a cada 90 graus (formando uma cruz) e depois cortando as seções da cebola, aproximadamente 12 a 16 fatias verticais, mas não indo até a raiz do fundo.

Após cortá-las, mergulhe-as em água quente por um minuto e depois em água bem gelada (coloque pedras de gelo na água para acelerar o processo para que a cebola se abra em flor) e deixe na geladeira por uns vinte ou trinta minutos. Desta forma, as pétalas vão se abrir muito mais fácil.

Tire da geladeira, coloque com as pétalas viradas para baixo para escorrer bem a água e deixe secar bem sobre papel-toalha antes de começar a prepará-las.

Leve-as para a geladeira novamente e deixe por mais 1/2 hora antes de fritar.

Após esse período, mergulhe a cebola aberta na farinha temperada, fazendo com que ela fique toda impregnada pela mistura. Remova o excesso dando umas batidas leves e depois mergulhe na mistura para empanar, de modo que todas as pétalas fiquem cobertas.

Em uma frigideira funda, coloque o óleo e deixe aquecer bem (entre 190 e 200 graus). Mergulhe a cebola de modo que fique toda coberta e frite por um minuto e meio a dois minutos. Retire e escorra em papel-toalha.

Coloque a cebola em uma tigela rasa e remova o centro com um desencaraçador de maçãs e sirva quente com o Molho Bloom.

Molho Bloom

Ingredientes

1/2 copo de maionese
2 colheres (chá) de ketchup
2 colheres de suco de limão
1/4 colher (chá) de páprica
1/4 colher (chá) de sal
1 pitada de orégano seco
1 pitada de pimenta do reino em pó
1 pitada de pimenta vermelha em pó

Modo de preparo

Misture todos os ingredientes em uma tigela e deixe-a coberta até a hora de servir. Ah, claro: cerveja estupidamente gelada é um ótimo acompanhamento.

By Joemir Rosa.

Australian meat pie

Posted in Receitas with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 25/08/2012 by Joe

A “meat pie”, ou “torta de carne”, é considerada um ícone na Austrália e na Nova Zelândia.

A origem da torta de carne é um pouco obscura, com muitos países reivindicando sua criação. Acredita-se que as primeiras versões tenham sido feitas na Grécia Antiga. Eram as chamadas “artocreas“, uma simples massa, na qual se colocava carne cozida.

Os antigos romanos deram um passo adiante, com uma massa inferior e outra superior.

Os franceses acreditam que a torta é o seu bolinho recheado, um prato quase exclusivo da nobreza.

As tortas de carne faziam parte da cozinha inglesa desde os tempos medievais, quando a massa moldada era recheada de carne cozida.

Quase todos os países do mundo têm a sua própria versão da torta de carne. No Brasil temos os empadões, em Chipre tem bourekias e na Polônia tem pierogis.

As primeiras tortas eram preparadas com uma mistura de farinha e água. No entanto, a massa nem sempre era destinada a comer, mas simplesmente um recipiente para molhos e demais alimentos. Mais tarde, o óleo foi adicionado à mistura, para torná-la mais macia, flexível e melhorar seu sabor.

Os primeiros colonizadores levaram a torta para a Austrália que, imediatamente, ganhou popularidade devido à sua base e ingredientes.

A massa recheada com carne e molho estava disponível em Sydney em meados da década de 1800, muitas vezes vendida como um pequeno lanche em restaurantes em hotéis.

Nos anos seguintes as tortas começaram a ser vendidas em carrinhos parados perto de locais de entretenimento ou onde havia grandes grupos reunidos. Uma visão comum nas ruas de Sydney e Melbourne era a de um homem vendendo tortas quentes em uma grande caixa de lata, mantida aquecida em um fogão de carvão de pequeno porte.

Atualmente os australianos consomem mais de meio bilhão de tortas a cada ano, uma media de 12 por habitante. Na Nova Zelândia o consumo anual é de 15 tortas por habitante.

Uma torta de carne da Austrália ou da Nova Zelândia tem o tamanho de uma mão e é normalmente consumida como um lanche ou como comida para levar. A carne bovina é ainda o sabor mais popular, embora haja crescente demanda por mais sabores, como as de legumes e de queijo. As tortas vegetarianas podem ainda conter proteína de soja e cogumelos.

Uma torta de carne típica australiana tem massa grossa no fundo e fina na tampa, recheio de carne bovina macia picada, cozida e preparada com molho. Depois de assada acrescenta-se molho de tomate ou ketchup por cima e se come segurando com a mão.

Vamos à receita, que é muito fácil de se preparar e muito saborosa!

Australian meat pie

Ingredientes

Massa

2 xícaras de farinha de trigo
175 g de manteiga amolecida
1 pitada de sal marinho
1 ovo caipira batido
água à temperatura ambiente, conforme o necessário.

Recheio

500 g de carne bovina, macia e magra, picadinha
2 colheres de sopa de óleo
2 colheres de sopa de farinha de trigo
1 xícara de polpa de tomate
3 colheres de sopa de molho inglês
1/2 xícara de água
Sal marinho a gosto
pimenta vermelha a gosto

Modo de preparo

Massa

Peneire a farinha e junte com o sal em uma tigela, misture bem e adicione a manteiga (o ideal é deixá-la em temperatura ambiente para que fique amolecida). Esfregue a mistura suavemente entre os dedos, até a massa se assemelhar à uma farinha de rosca. Adicione uma pequena quantidade de água e misture bem. Não adicione água demais, pois a massa deve ter consistência macia, não grudenta. Caso adicione muita água, acerte o ponto colocando um pouco mais de farinha.

Despeje a mistura sobre uma superfície enfarinhada e amasse delicadamente até ficar homogênea. Embrulhe-a em filme plástico e deixe descansar na geladeira por 30 minutos. Enquanto isso, prepare o recheio.

Recheio

Aqueça o óleo em uma frigideira média. Adicione a carne picada e o sal, mexendo com uma colher de pau até dourar.

Polvilhe a farinha sobre a carne e cozinhe por mais um minuto. Adicione a polpa de tomate, o molho inglês, a pimenta picadinha e a água. Deixe ferver, reduza o fogo para médio, mexendo ocasionalmente para evitar que a carne grude no fundo da panela. Cozinhe por cerca de 10 minutos, ou até que o molho fique espesso. Retire do fogo e deixe esfriar completamente.

Montagem

Pré-aqueça o forno a 200 °C. Corte a massa em duas partes, sendo uma menor que a outra. Em uma superfície enfarinhada, usando um rolo, abra a massa maior com uma espessura não muito fina, que não se rompa ao adicionar o molho. Corte em discos usando um prato como guia. Forre os fundos e laterais de formas de empadas grandes.

Adicione o recheio, evitando o derramamento nas bordas. Umedeça as bordas das tortas com água.

Pegue a parte menor da massa e abra um pouco mais fina. Corte em discos e cubra as formas. Pressione as bordas e corte o excesso de massa com uma faca afiada. Frise as bordas usando as pontas de um garfo. Faça cortes em forma de uma pequena cruz no centro de cada tampa e pincele com ovo batido.

Asse as tortas por 10 minutos, reduza a temperatura do forno para 180 °C e asse por mais 20 minutos, ou até que a massa esteja dourada. Desenforme e sirva passando um pouco de molho tomate (preparado separadamente), no topo de cada torta. Caso prefira, sirva com ketchup.

By Joemir Rosa.

Poutine

Posted in Receitas with tags , , , , , , , , on 14/01/2012 by Joe

A receita básica é bem simples: batata, queijo e molho.

Trata-se de um prato tradicional canadense cuja origem é um tanto controversa pois existe uma disputa entre duas cidades próximas a Quebec: Victoriaville e Drummondville.

O que se sabe com certeza é que o prato teria sido criado em 1957 por Fernand La Chance que, ao atender o pedido de um cliente que havia solicitado batatas fritas e queijo, gritou para o cozinheiro “ça va faire une maudite poutine” (Vamos fazer uma grande bagunça).

Um famoso dicionário de francês de Quebec traz vários significados para a palavra “poutine“: pode ser uma gíria que descreve uma bagunça; pode ser de origem inglesa, vindo de pudding, e que acabou virando, no francês, “a mess” (bagunça, sujeira).

O que se sabe mesmo é que o prato inventado por Fernand LaChance ficou muito popular entre os moradores da zona rural e acabou ganhando adoradores por todo o Canadá, ganhando diversas versões, sendo servido até com ingredientes da alta gastronomia, como o foie-gras (fígado de pato ou ganso).

O prato ganhou destaque internacional, chegando a Nova York nos anos 1970, conhecido como “disco fries” entre o pessoal da balada da época.

O único problema desse prato é o alto valor calórico, em média, 700 calorias, o que lhe rendeu o slogan de “uma verdadeira orgia de carboidratos”! Mas, de vez em quando, não vai causar tantos estragos assim.

Então, vamos à uma das possíveis receitas, visto que o prato ganhou inúmeras versões, dependendo da região. A versão básica é preparada com batatas, coalho do queijo Frommage Beaucronne e molho de carne de boi. As outras versões são as seguintes:

Poutine Itallienne: com molho de tomato no lugar do molho de carne de boi.
Poutine Bourguinonne: adicionando-se carne moída ao molho de tomate.
Poutine BBQ: com molho de churrasco americano.
Disco Fries: adiciona-se molho de frango com o queijo e coloca-se sobre as fritas.

Poutine

Ingredientes

7 batatas grandes
1 colher de sopa de óleo vegetal
1 cebola pequena cortada em tiras
1 dente de alho picado
1 litro de caldo de carne
2 colheres de sopa de molho de tomate
1 colher de sopa de vinagre de maçã
1 colher de sopa de pimenta verde em grãos
½ colher de chá de molho inglês
2 colheres de sopa de manteiga
2 colheres de sopa de farinha de trigo
2 xícaras de queijo cheddar fresco cortado em cubinhos
Sal e pimenta a gosto
Óleo vegetal para fritura

Modo de preparo

Lave, descasque e corte as batatas em tiras médias. Coloque-as em uma vasilha grande com água fria e deixe descansar por uma hora para que fiquem mais crocantes.

Aqueça 1 colher de óleo vegetal em uma panela em temperatura média e frite o alho e a cebola por 3 minutos, até ficarem transparentes. Adicione o caldo de carne, o molho de tomate, o vinagre de maçã, a pimenta em grão, o molho inglês, misture bem e deixe ferver.

Enquanto isso, em uma panela separada, derreta a manteiga em temperatura média-alta. Adicione a farinha e misture por 2-3 minutos até formar uma massa homogênea. Deixe dourar um pouco. Adicione a mistura com o caldo de carne, bata bem e depois cozinhe em fogo brando por 20 minutos até reduzi-la pela metade e engrossar. Tempere com sal e pimenta. Mantenha aquecido.

Aqueça uma frigideira funda a 120°C e frite as batatas por 2 minutos no óleo. Retire, escorra e deixe descansar por 5 minutos. Em seguida, frite novamente por mais 2 minutos ou até ficarem douradas. Retire, escorra e coloque em uma bandeja com papel toalha para absorver o excesso de óleo. Coloque um pouco de sal e pimenta.

Coe o molho e aqueça novamente. Arrume as batatas fritas em uma vasilha rasa, guarneça com o queijo fresco e despeje o molho por cima.

Sugestão: você pode trocar o queijo cheddar por outro de sua preferência.

By Joemir Rosa.

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